terça-feira, 26 de março de 2013

Como montar um sistema RAID

Redundant Array of Independent Drives, também denominado Redundant Array of Inexpensive Drives, mais conhecido como simplesmente RAID ou ainda em portuguêsConjunto Redundante de Discos Independentes ou também Conjunto Redundante de Discos Econômicos ou ainda Arranjo Redundante de Discos Independentes, é um meio de se criar um sub-sistema de armazenamento composto por vários discos individuais, com a finalidade de ganhar segurança e desempenho.
Popularmente, RAID seriam dois ou mais discos (por exemplo, HD ou disco rígido) trabalhando simultaneamente para um mesmo fim, por exemplo, citando o exemplo de RAID-1, serviria como um espelhamento simples, rápido e confiável entre dois discos, para fazer o backup de um disco em outro. Apesar do RAID oferecer segurança e confiabilidade na adição de redundância e evitar falhas dos discos, o RAID não protege contra falhas de energia ou erros de operação. Falhas de energia, código errado de núcleo ou erros operacionais podem danificar os dados de forma irrecuperável.

Gerador de pistão livre dá mais liberdade aos carros elétricos

Engenheiros do Centro Espacial Alemão (DLR) criaram um tipo inteiramente novo de motorização capaz de aumentar a autonomia dos veículos elétricos.
Trata-se de um gerador linear de pistão livre.
É essencialmente um motor a combustão dedicado a gerar eletricidade para alimentar carros elétricos quando as baterias ficam descarregadas.
A diferença é que, com um pistão livre, o motor é muito mais simples, dispensando biela, virabrequim, comandos de válvulas e todos os outros componentes grandes e pesados dos motores tradicionais.
Ele se enquadra em uma categoria chamada "extensores de autonomia" dos veículos elétricos - a intenção é substituir os motores elétricos usados nos atuais carros híbridos, que misturam motores a combustão, geradores e motores elétricos.
Motor linear de pistão livre
A maior vantagem do motor de pistão livre é que ele aceita virtualmente qualquer tipo de combustível, líquido ou gasoso.
O conceito não é novo, mas só agora ele se mostrou funcional, graças ao que os engenheiros da DLR chamam de "mola de gás" - o mecanismo que faz com que o pistão volte depois da explosão funciona com base em um gás.
O gerador linear de pistão livre retira a energia do combustível de forma similar a um motor de carro convencional. Contudo, em vez de converter o movimento linear dos pistões em movimento rotacional de um eixo, ele gera eletricidade diretamente.
A ignição detona a mistura ar-combustível dentro de uma câmara de combustão, que se expande e empurra o pistão em direção às molas de gás, que desaceleram o pistão e o mandam de volta.
Esse movimento linear faz com que um ímã passe no interior de um conjunto de bobinas, gerando eletricidade.
Combustível líquido ou gasoso
O sistema de controle criado pelos engenheiros alemães controla o movimento do pistão com uma precisão na casa dos décimos de milímetro, permitindo ajustar a taxa de compressão, a velocidade do pistão e a capacidade cúbica da câmara de combustão.
Isso significa que praticamente qualquer combustível pode ser utilizado, incluindo gasolina, diesel, etanol, gás natural ou hidrogênio.
Outra vantagem é que o funcionamento do gerador - e o combustível que ele consome - pode ser ajustado continuamente, de acordo com o padrão de uso docarro elétrico.
A grande vantagem dos extensores de autonomia é que eles substituem os conjuntos motor/gerador dos veículos híbridos atuais, muito mais pesados, e permitem a construção de veículos elétricos com conjuntos de baterias menores, mais leves e mais baratos.
"Com nosso demonstrador funcional, nós mostramos pela primeira vez que nosso princípio de gerador linear de pistão livre pode ser implementado. No próximo passo, precisaremos trabalhar com a indústria para desenvolver essa tecnologia e construir um protótipo," disse Horst Friedrich, coordenador do projeto.

Descoberto acelerador de partículas natural ao redor de Saturno

Há poucos dias, astrofísicos anunciaram ter finalmente comprovado que os raios cósmicos se originam nas distantes e retumbantes supernovas.
Enquanto isso, a sonda espacial Cassini cruzava por acaso com algo que parece ser uma lufada especialmente forte de vento solar atingindo Saturno.
Durante esse evento, os instrumentos da sonda detectaram partículas sendo aceleradas a energia ultra-altas, similares à aceleração que acontece ao redor das distantes e poderosas supernovas.
Isso é uma ótima notícia - já que não possuímos ainda a tecnologia necessária para viajar até uma supernova, a onda de choque que se forma quando o vento solar se choca com o campo magnético de Saturno, e provavelmente Júpiter, podem se tornar um laboratório inesperado para estudar o fenômeno de geração dos raios cósmicos bem na nossa vizinhança.
LHC do espaço
Já há algum tempo os físicos sabiam da existência de aceleradores de partículas naturais no Universo.
O que não se sabia era o quanto eles podem ser eficientes - e que não precisam estar ligados a eventos raros e explosivos.
Quando atingem o campo magnético de Saturno em um determinado ângulo, as partículas do vento solar podem ser aceleradas a velocidades próximas à velocidade da luz.
Segundo os astrofísicos, essas podem ser a fontes dominantes dos raios cósmicosque permeiam toda a nossa galáxia, e que sempre foram relatados pelos astronautas como flashes de luz que eles viam mesmo quando estavam de olhos fechados.
O Universo é aqui
Os cientistas detectaram que o fenômeno é particularmente forte quando o vento solar atinge o campo magnético em um alinhamento "quasiparalelo", quando o campo magnético e a "frente" da onda de choque das partículas solares estão quase alinhados.
"A Cassini essencialmente nos deu a capacidade de estudar a natureza de um choque de supernova em nosso próprio Sistema Solar, estabelecendo uma ponte com os distantes fenômenos astrofísicos de alta energia que normalmente só são estudados remotamente," disse Adam Master, do Instituto de Ciência Espacial e Astronáutica do Japão.

Refrigeração magnética sem magnetismo tira calor de processadores

Recentemente, pesquisadores anunciaram uma tecnologia microfluídica passiva que promete resfriar os processadores de computador com grande eficiência.
O pesquisador espanhol Luis Hueso acredita ter encontrado uma solução ainda mais promissora.
A equipe de Hueso desenvolveu uma nova tecnologia de refrigeração magnética para chips que retira o calor explorando a tensão a que os materiais dos circuitos integrados são submetidos.
Os aparelhos de refrigeração tradicionais, seja uma geladeira, um freezer ou um aparelho de ar condicionado, funcionam com base na compressão e na expansão de um gás.
Quando o gás é comprimido, ele passa para o estado líquido e, quando se expande, evapora-se novamente. Para evaporar, ele precisa de calor, que extrai do material com o qual está em contato, resfriando-o.
Já a refrigeração magnética utiliza um material magnético em vez de um gás, com ciclos de magnetização e desmagnetização substituindo os ciclos de compressão e expansão do gás.
O princípio básico é o efeito magnetocalórico, uma propriedade apresentada por certos materiais que alteram a sua temperatura quando são submetidos a um campo magnético.
O problema é que aplicar um campo magnético dentro dos equipamentos eletrônicos ultraminiaturizados atuais pode gerar uma série de efeitos colaterais, com o campo interagindo com o processador, a memória etc.
Magnetismo sem campos magnéticos
Hueso então teve uma ideia inusitada: substituir a aplicação de um campo magnético pela deformação dos materiais magnetocalóricos.
"Ao esticar o material e, em seguida relaxá-lo, tem-se um efeito semelhante ao de um campo magnético, induzindo assim o efeito magnetocalórico responsável pelo arrefecimento", explica Hueso.
"Esta nova tecnologia nos dá uma técnica de resfriamento mais local e mais controlada, sem interferir com os outros componentes do aparelho, e em linha com a tendência de miniaturização dos dispositivos tecnológicos," acrescentou.
O material utilizado é uma fina lâmina, com 20 nanômetros de espessura, fabricada com lantânio, cálcio, manganês e oxigênio (La0.7Ca0.3MnO3).
"Tecnologicamente, não há qualquer obstáculo para usá-lo em geladeiras, freezers etc, mas economicamente não vale a pena por causa do tamanho," ressalta Hueso, referindo-se ao preço de fabricação do novo material.

Minerais flexíveis criam armaduras antichoque e antiperfuração

Minerais flexíveis criam armaduras antichoque e antiperfuração
As dimensões nanométricas dos cristais de calcita facilitam sua integração com o material biológico, evitando a característica quebradiça dos minerais naturais.[Imagem: Tremel Group/JGU]
Espículas
Salvo algumas exceções, minerais são rochas duras e quebradiças.
Mas cientistas alemães demonstraram que mesmo minerais que são naturalmente assim, podem ser sintetizados para serem quase tão flexíveis quanto uma mola.
Uma equipe da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz e do Instituto Max Planck foi buscar inspiração no esqueleto das esponjas do mar para fabricar de forma sintética os minerais flexíveis.
A equipe criou um material híbrido mineral-orgânico com um teor mineral de cerca de 90%, mas que é extremamente flexível.
Eles imitaram elementos estruturais - conhecidos como espículas -, encontrados na maioria das esponjas marinhas, usando o mineral natural carbonato de cálcio e uma proteína extraída das próprias esponjas.
As espículas dão suporte estrutural para as esponjas e as protegem contra os predadores. São estruturas duras, espinhosas, e muito difíceis de cortar, mesmo com uma faca.
Por isso, as espículas das esponjas têm sido vistas como um exemplo perfeito de um sistema de defesa leve, resistente e quase impenetrável, inspirando engenheiros que buscam criar armaduras e materiais à prova de balas.
Híbrido mineral-orgânico
Contudo, mesmo sendo duros e resistentes, os minerais naturais são quebradiços, frágeis como porcelana.
Essa deficiência foi superada adicionando uma pitada de material orgânico aos minerais.
Além de mais resistente, o mineral flexível dobra-se com uma flexibilidade semelhante à da borracha.
As espículas sintéticas podem ser facilmente dobradas em forma de U, sem quebrar ou apresentar quaisquer sinais de fratura.
Esta característica incomum deve-se principalmente às substâncias orgânicas, que compõem cerca de 10% do novo material híbrido, 10 vezes mais do que as espículas naturais.
Os pesquisadores agora pretendem começar a explorar usos práticos do novo material, sobretudo na criação de revestimentos protetores antichoque e antiperfuração.

Nova esperança de tratamento para a malária

Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de um princípio ativo que poderá ser a base de um novo medicamento contra a malária.
"Esses compostos são altamente ativos contra os tipos de parasitas da malária que infectam os seres humanos, oPlasmodium falciparum e o Plasmodium vivax," disse Vicky Avery, uma das participantes da equipe.
Como pesquisadores brasileiros chamaram a atenção recentemente, amalária causada pelo Plasmodium falciparum é muito diferente daquela causada pelo Plasmodium Vivax.
Isso torna o novo composto especialmente interessante e promissor.
A identificação do composto, chamado 4(1H)-quinolona-3, foi publicada na revista Science.
Quinolona
A quinolona age inibindo um mecanismo nas mitocôndrias dos parasitas, chamado complexo citocromo BC1 mitocondrial.
Segundo a Dra Avery, a grande vantagem do novo composto é que ele atua sobre os parasitas da malária em diferentes estágios de seu ciclo de vida.
Isso abre a perspectiva de matar o parasita não apenas em pessoas que já estão infectadas, tratando os sintomas clínicos da doença, mas também de reduzir as taxas de transmissão da malária.
"Apenas uma dessas propriedades já seria um benefício muito grande, mas os dois juntos realmente farão a diferença na redução dessa doença que assola os países em desenvolvimento," disse a pesquisadora, que trabalha na Universidade Friffith, na Austrália.
Esta é a segunda boa notícia em poucos dias com relação às chamadas doenças negligenciadas. Na semana passada, cientistas anunciaram a descoberta de um composto que eles acreditam poder se tornar uma cura para a Doença de Chagas.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Tratamento experimental interrompe tipo grave de leucemia

Os médicos tradicionalmente têm poucas opções de tratamento para oferecer a adultos com leucemia linfoblástica aguda (LLA), uma forma de câncer do sangue que ataca as células B e que evolui muito rapidamente.
A doença geralmente retorna, com as recaídas seguindo-se ao tratamento padrão com quimioterapia.
Nesse ponto, os pacientes são frequentemente resistentes à quimioterapia adicional e não são candidatos para o transplante de células-tronco, que geralmente é eficaz somente quando a doença está em remissão completa.
Agora, cientistas do Memorial Sloan-Kettering (EUA) anunciaram o desenvolvimento de um novo tratamento que usa células do sistema imunológico geneticamente modificadas para matar as células cancerosas no organismo de pacientes com recaída da leucemia linfoblástica aguda.
Os resultados do ensaio clínico inicial foram publicados na revista Science Translational Medicine.
Imunoterapia específica
"Este é uma descoberta entusiasmante para pacientes com leucemia linfoblástica aguda das células B e uma grande conquista no campo da imunoterapia direcionada," disse o Dr. Michel Sadelain, que conduziu o estudo junto com sua colega Renier Brentjens.
A imunoterapia específica, ou direcionada, instrui o sistema imunológico para que ele reconheça e ataque as células tumorais.
A abordagem usada pelos dois médicos envolve a remoção de glóbulos brancos do sangue - células T - e a introdução de um novo gene nessas células, utilizando um vetor viral.
Vetores virais são vírus que foram desativados para que não possam se replicar, mas que transportam de forma eficiente sua carga genética para uma célula hospedeira.
Depois que o gene é transferido e expresso, as células T são infundidas de volta no paciente, onde se multiplicam e causam várias respostas imunes diferentes destinadas a atacar as células cancerosas.
O gene utilizado na imunoterapia específica para leucemia linfoblástica aguda codifica a criação de um receptor nas células T que lhes permite reconhecer a proteína CD19, que está presente nas células B de todas as células tumorais desta leucemia.
Esperanças
Quatro dos cinco pacientes que receberam o tratamento experimental receberam uma terapia adicional na forma de um transplante de medula, o padrão de atendimento para os pacientes que conseguiram alcançar a remissão completa do câncer após tratamento para a recaída da doença.
Até o momento, três desses quatro pacientes permanecem em remissão completa, por um período que varia entre cinco meses e dois anos.

Malware vSkimmer tem como alvo sistemas de pontos de venda

Um novo malware personalizado vendido no mercado negro da Internet está sendo usado para coletar dados de pagamento de cartões de sistemas de ponto de venda (PoS), de acordo com pesquisadores da empresa de segurança McAfee.

Apelidado de vSkimmer, o Trojan foi projetado para infectar computadores baseados em Windows que possuem leitores de cartões de pagamento embutidos, disse o pesquisador de segurança da McAfee, Chintan Shah, na quinta-feira (21/3) em um post no blog da empresa.

O malware foi detectado pelo sensor de rede da McAfee em 13 de fevereiro e está sendo anunciado em fóruns cibercriminosos como sendo melhor do que o Dexter - um malware PoS diferente, que foi descoberto em dezembro.

Como o vSkimmer age

Uma vez instalado no computador, o vSkimmer reúne informações sobre o sistema operacional - incluindo a versão, identificador GUID exclusivo, linguagem padrão, hostname e nome de usuário ativo.

Estas informações são enviadas para o servidor de controle e comando em formato codificado como parte de todas as solicitações HTTP, e são usadas pelos crackers para controlar as máquinas infectadas individualmente. O malware espera que o servidor responda com um comando "dlx" (baixar e executar) ou "upd" (atualizar).

O vSkimmer busca na memória de todos os processos em execução no computador infectado (exceto aqueles codificados em uma whitelist) por informações que correspondem a um padrão específico. Este processo foi projetado para encontrar e extrair dados "Track 2" do cartão da memória do processo associado com o leitor de cartão de crédito.

Dados "Track 2" referem-se a informações armazenadas na faixa magnética dos cartões e podem ser usadas para cloná-lo - a menos que o cartão de pagamento utilize o padrão EMV (chip e pin).
Dito isso, em um comunicado publicado no início deste mês em um fórum arbitrário, o autor do malware disse que o trabalho está sendo feito para adicionar suporte para cartões EMV e que "2013 será um ano quente".

Outros problemas

O malware também fornece um mecanismo de extração de dados offline. Quando uma conexão com a Internet não está disponível, o vSkimmer espera por um dispositivo USB com o nome do volume "KARTOXA007" para ser conectado ao computador infectado e, depois, copia um arquivo de log com os dados capturados, disse Shah.

Isso sugere que o vSkimmer foi projetado para também suportar operações fraudulentas de pagamento com cartão que se beneficiam de ajuda interna, além de roubos remotos.

O vSkimmer é outro exemplo de como a fraude financeira está evoluindo e como os Cavalos de Troia bancários estão mudando o foco de internet banking de computadores de usuários individuais para terminais de pagamento de cartões, disse Shah.
Fonte: IDG Now!

domingo, 24 de março de 2013

Mesmo com bloqueio, falha em aparelhos Samsung permite execução de apps

A Samsung está trabalhando em uma correção para uma falha de segurança na tela de bloqueio de alguns de seus dispositivos Android, disse a empresa na quarta-feira (20/3) ao site AllThingsD. A vulnerabilidade permite a um usuário pular as medidas de segurança e executar qualquer aplicativo que quiser.

A brecha foi identificada e reportada porTerence Eden, um "entusiasta da tecnologia móvel", como ele mesmo se descreve. Eden também postou um vídeo em seu blog que demonstrava como a falha poderia ser explorada.

"É possível desativar completamente a tela de bloqueio e obter acesso a qualquer aplicativo - mesmo quando o telefone está "seguramente" bloqueado com um padrão, PIN, senha ou detecção de rosto", disse.

Ainda de acordo com o blogueiro, o problema não é do sistema operacional em si, mas está ligado ao modo como a Samsung implementa o Android em seus aparelhos. "Só testei em um Galaxy Note II executando Android 4.1.2 - e acredito que também funcione no Samsung Galaxy SIII. E pode funcionar em outros aparelhos da Samsung", disse.

Eden afirmou ter reportado a falha à Samsung em fevereiro. "Estamos cientes desse problema e liberaremos uma correção o mais breve possível", disse um representante da Samsung ao AllThingsD. "A Samsung considera a privacidade e a segurança dos dados do usuário a sua prioridade."

Fonte: IDG Now!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Refrigeração óptica promete geladeiras a laser

Os grandes e barulhentos aparelhos de ar-condicionado logo poderão ser coisa do passado.
Cientistas descobriram uma forma revolucionária de refrigeração que usa raios lasers no lugar dos compressores e gases danosos para a camada de ozônio.
A inovação também poderá ter uma série de outros usos, incluindo a miniaturização de equipamentos de ressonância magnética, óculos de visão noturna e câmeras de satélites - todos esses equipamentos exigem sistemas de refrigeração de alta eficiência.
Retirando calor com luz
Os pesquisadores demonstraram a nova tecnologia de refrigeração a laser usando a luz para baixar a temperatura de um semicondutor de 20º C para -20º C.
Embora lasers já sejam usados pararesfriar experimentos quânticos até temperaturas criogênicas, o princípio nunca havia sido demonstrado em semicondutores, o que abre as portas para sua utilização em macroescala.
Escolhendo cuidadosamente a frequência do laser é possível extrair energia mecânica do material por meio da luz que se reflete nele.
A energia é extraída na forma de fónons, "partículas" associadas com oscilações mecânicas, assim como os fótons são associados com oscilações eletromagnéticas - os fónons são aniquilados durante um fenômeno conhecido como luminescência anti-Stokes.
O sistema é mais simples do que outra abordagem da refrigeração óptica a laserdemonstrada anteriormente.
Refrigeração óptica
Embora mais do que adequado para os sistemas de ar-condicionado domésticos e industriais, os pesquisadores querem levar a tecnologia ao extremo, atingindo temperaturas de -269º C, que hoje são atingidas usando hélio líquido.
"Nossos resultados iniciais, publicados na Nature, mostraram que é possível resfriar um semicondutor a laser até a temperatura do nitrogênio líquido, e nós queremos alcançar uma temperatura ainda mais baixa, como a do hélio líquido," disse o Dr. Xiong Qihua, da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura.
"Se pudermos domar o poder da refrigeração a laser, isto vai significar que equipamentos médicos que exigem refrigeração extrema, como as máquinas de ressonância magnética, que usam hélio líquido, poderão jogar fora seus enormes sistemas de refrigeração e substituí-los por um sistema de refrigeração óptica," afirmou Xiong.

Bombeiros enxergam através do fogo com visão holográfica

Bombeiros já utilizam equipamentos de visão infravermelha para detectar pontos mais quentes, que precisam ser resfriados primeiro.
Quando o fogo se alastra para valer, porém não dá para ver nada lá dentro - por exemplo, pessoas cercadas pelas chamas.
A menos que haja uma forma de enxergar através do fogo.
É o que acabam de inventar Massimiliano Locatelli e seus colegas do Instituto Nacional de Óptica, na Itália.
Eles criaram uma nova câmera que usa holografia para captar imagens digitais em 3D na faixa do infravermelho.
Visão através da fumaça e do fogo
Já existem equipamentos que permitem alguma visão através da fumaça, mas eles não funcionam quando há fogo.
Como usam lentes para coletar e focalizar a luz, a intensa radiação infravermelha emitida pelas chamas cega os sensores que capturam as imagens.
O sistema criado por Locatelli não usa lentes, de forma que a luz coletada é distribuída por todos os pixels do sensor da câmera, evitando a saturação e a criação de pontos cegos.
O segredo está na holografia, uma técnica para criar imagens 3D de um objeto.
Holograma a quente
Para criar um holograma, um feixe de laser é dividido em dois - um feixe que varre o objeto e um feixe de referência. Quando a reflexão do feixe de objeto - a parte dele que volta depois de incidir sobre o objeto - e o feixe de referência são recombinados, eles criam um padrão de interferência que codifica a imagem 3-D.
No novo sistema, um feixe de laser infravermelho é disperso por todo o ambiente. Ao contrário da luz visível, que não consegue penetrar na fumaça espessa e nas chamas, os raios infravermelhos passam por elas quase totalmente.
A luz infravermelha, no entanto, reflete-se em quaisquer objetos ou pessoas na sala, e as informações recolhidas por esta luz refletida são gravadas por uma câmera holográfica.
Em seguida, as informações são decodificadas para revelar os objetos além da fumaça e das chamas.
Holografia infravermelha permite bombeiros veram através do fogo e fumaça
O sistema de filmagem holográfica não usa lentes, evitando a saturação e capturando detalhes dos objetos. [Imagem: Optics Express]
Filme holográfico ao vivo
O resultado é um filme em 3-D da sala e de tudo o que há dentro dela.
"Nós demonstramos pela primeira vez a possibilidade de se obter uma gravação holográfica de uma pessoa ao vivo, mesmo quando ela está em movimento," disse Pietro Ferraro, coautor da pesquisa.
O próximo passo é miniaturizar toda a tecnologia na forma de um equipamento que possa ser posto em um tripé.
Além de fazer imagens de áreas incendiadas, o equipamento poderá ser usado em túneis, em testes não-destrutivos de estruturas e em várias aplicações biomédicas, por exemplo, monitoramento da respiração, detecção de batimentos cardíacos e exames do coração, medições de deformação do corpo durante exercícios etc.

Grafeno multiplica energia da luz

O otimismo da comunidade científica de que o grafeno vai proporcionar uma mudança de paradigma na tecnologia acentuou-se depois que a Comunidade Europeia decidiu investir mais de €$1 bilhão em pesquisas com o material maravilha.
E também nos laboratórios os experimentos estão revelando motivos cada vez maiores para entusiasmo.
Uma equipe internacional acaba de demonstrar que o grafeno é capaz de converter um único fóton em múltiplos elétrons, um fenômeno conhecido como multiplicação das cargas.
Isso torna o grafeno uma alternativa para a criação de uma nova geração de células solares de alto rendimento.
"Na maioria dos materiais, um fóton absorvido gera um elétron, mas no caso do grafeno vimos que um fóton absorvido é capaz de produzir muitos elétrons excitados e, portanto, gerar maiores sinais elétricos", explica Frank Koppens, do Instituto de Ciências Fotônicas, na Espanha, coordenador do grupo.
Esta característica torna o grafeno um elemento ideal para qualquer dispositivo que se baseia na conversão da luz em eletricidade.
Em particular, ela permitirá a construção de detectores de luz mais eficientes e células solares que potencialmente poderão aproveitar todo o espectro solar para gerar energia.
Em 2011, outra equipe demonstrou esse milagre da multiplicação dos elétrons, mas eles usaram pontos quânticos, que são fabricados usando metais pesados e tóxicos - o grafeno é carbono puro.
Grafeno solar
O experimento consistiu no envio de um número conhecido de fótons com energias diferentes (cores diferentes) para uma monocamada de grafeno.
"Verificamos que os fótons de alta energia (por exemplo, violeta) são convertidos em um número maior de elétrons excitados do que os fótons de baixa energia (por exemplo, infravermelho). A relação observada entre a energia do fóton e o número de elétrons excitados gerados mostra que o grafeno converte a luz em eletricidade com uma eficiência muito alta," disse Klaas-Jan Tielrooij, principal autor da descoberta.
Segundo o pesquisador, já havia especulações de que o grafeno pudesse servir para a construção de células solares, mas o estudo mostrou que o material cumpre essa função de forma muito mais eficiente do que o esperado.
Ainda há muitos problemas a resolver antes que se possa fabricar as primeiras células solares de grafeno, entre elas a baixa absorção do material - depois que absorveu um fóton, o grafeno gera muitos elétrons, mas o problema é que ele absorve poucos fótons, ainda que o faça em uma amplitude muito grande do espectro.
"Nosso próximo desafio será encontrar formas de extrair a corrente elétrica e aumentar a absorção do grafeno. Então seremos capazes de projetar dispositivos de grafeno que detectam a luz de forma mais eficiente e até mesmo células solares mais eficientes," anunciou o professor Koppens.

Cientistas anunciam cura para Doença de Chagas

doença de Chagas é uma infecção fatal, causada pelo protozoárioTrypanosoma cruzi e transmitida pelo barbeiro (Rhodnius prolixus).
Ela sempre assolou os chamados trópicos, onde se concentram os países mais pobres.
Mundialmente ela tem sido considerada uma "doença negligenciada" - males para os quais não se desenvolvem novos medicamentos e cujos tratamentos estão parados no tempo.
De fato, o tratamento atual para o Mal de Chagas é tóxico e limitado à fase aguda da doença. Pior ainda, um tipo específico de malária começou a apresentar resistência aos medicamentos.
Mais recentemente, a doença começou a dar ares de globalização, e passou a causar vítimas também nos países mais ricos, incluindo os EUA.
Agora, Galina Lepesheva e seus colegas da Universidade de Vanderbilt (EUA) anunciaram ter conseguido curar ambas as formas - aguda e crônica - da doença de Chagas em camundongos.
Cura para a Doença de Chagas?
Para curar a doença de Chagas nas cobaias, os pesquisadores utilizaram uma pequena molécula, chamada VNI.
A VNI inibe especificamente uma enzima essencial para a multiplicação celular e a integridade do T. cruzi.
Nos modelos animais da doença de Chagas, a VNI alcançou a cura com 100% de sobrevivência e sem efeitos colaterais tóxicos.
A descoberta "representa um possível novo caminho para combater uma ameaça grave a nível mundial, para a qual atualmente existem poucas opções terapêuticas," disse Richard Okita, do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA.
Globalização da Doença de Chagas
Cerca de 8 milhões de pessoas estão infectadas pelo T. cruzi, principalmente na América Latina, mas barbeiros foram recentemente encontrados em todo o sul dos Estados Unidos.
Como o parasita fica nas fezes do inseto, a doença também pode ser transmitida através de alimentos e bebidas contaminadas, através do sangue e de mãe para filho.
O sintoma mais comum da fase aguda da doença de Chagas é a febre, mas o parasita também pode provocar inflamação do coração e do cérebro, o que pode ser fatal.
Na fase crônica, a doença de Chagas afeta mais severamente o coração e o trato gastrointestinal.

Bálsamo para os ossos: nanopartículas com DNA

Cientistas desenvolveram uma espécie de creme capaz de consertar defeitos nos ossos.
Em caso de acidentes ou de remoção cirúrgica, frequentemente é necessário transplantar tecido ósseo saudável, ou material sintético, para reparar as lesões ósseas.
Infelizmente, os resultados atuais estão bastante aquém do esperado.
Matthias Epple e seus colegas da Universidade Duisburg-Essen (Alemanha) foram buscar ajuda da nanotecnologia para tentar superar essa deficiência das práticas e dos materiais atuais.
"Temos estudado o impacto do tecido mineral, tais como dentes, ossos e conchas do mar há vários anos, e agora estamos utilizando o conhecimento que obtivemos para produzir novos biomateriais," disse ele.
Nanopartículas com DNA
Como a quantidade de tecido ósseo saudável que pode ser retirado de cada paciente é limitada, normalmente se usa o mineral fosfato de cálcio, um material sintético inorgânico.
Os inconvenientes do uso material sintético incluem a cicatrização mais lenta dos ossos, maior risco de infecção e baixa estabilidade mecânica final do osso.
Os pesquisadores então criaram uma pasta recobrindo nanocristais do mesmo fosfato de cálcio com ácidos nucleicos - em outras palavras, com DNA.
"As nanopartículas são capturadas pelas células. O fosfato de cálcio se dissolve e o DNA é liberado, estimulando a formação de duas proteínas importantes para a cicatrização: A BMP-7, que estimula a formação óssea, e a VEGF-A, responsável pela criação de novos vasos sanguíneos," explica o pesquisador.
Assim, o novo osso recebe prontamente os nutrientes necessários para se desenvolver mais rapidamente e mais forte.
A equipe, que já testou sua nanopasta biossintética em três tipos de células, acrescenta que serão necessários novos testes antes que o material possa estar disponível para os departamentos de traumatologia dos hospitais.

Falha no padrão HTML5 para web permite encher discos rígidos com "lixo"

Um pesquisador em segurança descobriu uma falha na forma como o padrão HTML5 Web Storage é implementado no Chrome, Internet Explorer e Safari que poderia permitir que sites mal-intencionados preencham as unidades de disco rígido dos visitantes com grandes quantidades de dados "lixo".

O HTML5 Web Storage define uma API (Interface de Programação de Aplicação) que permite a sites armazenar mais dados dentro dos navegadores que era possível previamente por meio do uso de cookies, que são restritos ao tamanho máximo de 4 KB.

O atributo de armazenamento local do Web Storage API permite que página da web armazene entre 2,5 MB e 10 MB de dados por origem (nome de domínio), dependendo do browser utilizado. O Chrome impõe um limite de 2 MB, o Firefox limita a 5 MB e o Internet Explorer, 10 MB.

No entanto, o padrão do Web Storage adverte que alguns sites podem tentar burlar o limite armazenando dados de seus subdomínios. "Os agentes de usuário deveriam proteger contra sites que armazenam por meio de sites afiliados, por exemplo, armazenando até o limite em a1.example.com, a2.example.com, a3.example.com, etc, contornando o limite de armazenamento principal do example.com", de acordo com a norma publicada pela World Wide Web Consortium.

"Atualmente, Chrome, Safari e IE não implementam qualquer limite de armazenamento para 'site afiliado'", disse o desenvolvedor Web e pesquisador de segurança FeRoss Aboukhadijeh, na última quarta-feira (27/2) em um post em seu blog. Levando em conta que os proprietários de sites podem gerar subdomínios à vontade, eles podem explorar esta brecha para efetivamente ganhar espaço de armazenamento ilimitado nos computadores dos visitantes, disse ele.

Aboukhadijeh criou um site prova-de-conceito que usa esse truque para preencher unidades de disco rígido de visitantes com "lixo". A página foi testada com o Chrome 25, Safari 6, Opera 12 e IE 10, e era capaz de escrever 1 GB de dados a cada 16 segundos em um MacBook Pro equipado com uma unidade de estado sólido (SSD), disse o pesquisador.

"Navegadores 32-bit, como o Chrome, podem travar antes que o disco esteja cheio", disse Aboukhadijeh. O ataque não funciona no Firefox, porque "a implementação do Firefox de armazenamento local é mais inteligente", disse.

Os desenvolvedores do browser do Google identificaram o problema em uma entrada no rastreador de bugs do Chrome, mas encontrar uma correção pode não ser fácil.

De acordo com algumas pessoas envolvidas na discussão, limitando o espaço de armazenamento local para subdomínios em relação ao limite de seus respectivos domínios pode criar problemas em sites como o Github Pages ou Appspot que permitem aos usuários com seus próprios subdomínios criar projetos.
Fonte: IDG Now!

Malware espião que usa brecha do Adobe Reader atinge países da OTAN

O MiniDuke, malware espião que atacou bases de dados estratégicas de países e instituições ligadas à OTAN, além de ter se espalhado (até mesmo no Brasil) ao longo da última semana é, na verdade, uma variação de um malware descoberto há quase um ano pela empresa de segurança Bitdefender.

De acordo com a companhia, a única diferença importante entre a variante atual do malware e sua versão original está na forma de propagação. O código utilizava como isca uma página chamada "What's the Time in China" ("Que horas são na China", em tradução), contendo um relógio que indicava data e hora e infectava os visitantes. A nova versão, por sua vez, utiliza uma brecha do PDF Adobe Reader para se alojar na máquina da vítima.

"Embora os ataques recentes tenham sido detectados principalmente em países membros da OTAN e países do Leste Europeu, é grande a probabilidade de que o MiniDuke esteja agindo em diversas outras áreas do globo, por meio de outras estratégias", afirma Eduardo D´Antona, parceiro da Bidefender no Brasil.

Na avaliação da empresa de antivírus, a descoberta no ano passado sugere que a comunidade de segurança está apenas começando a entender o tamanho e o alcance do MiniDuke. A empresa informou que ainda está analisando as amostras e irá comunicar quaisquer outras descobertas significativas sobre a ameaça.

Já se sabe que o MiniDuke tentou roubar informações de governos da Irlanda, Bélgica, Romênia, Portugal e República Checa, bem como de vários institutos de saúde privada nos EUA e fez outras vítimas no Japão, Brasil e outros países.

Ataques personalizados

Segundo a empresa de segurança Kaspersky Lab, o malware envia PDFs comprometidos às suas vítimas e, devido ao alto perfil das empresas que o MiniDuke visa, os crackers utilizaram conteúdos personalizados, contendo informações sobre um suposto seminário dedicado aos direitos humanos, bem como dados sobre a política externa da Ucrânia e planos de adesão à OTAN.

Os PDFs maliciosos atingem as versões 9, 10 e 11 do Adobe Reader, contornando os sistemas de segurança (sandbox) do software. A análise da Kaspersky foi realizada em conjunto com a empresa de segurança CrySyS Lab.

Vale lembrar que, no início de fevereiro, a empresa de segurança FireEye identificou um malware que explorava uma vulnerabilidade 0-day do Adobe Reader. Essa falha (CVE-2013-0640), segundo a CrySys Lab, é a mesma utilizada pelo MiniDuke nos ataques.
Fonte: IDG Now!