A doença de Chagas é uma infecção fatal, causada pelo protozoárioTrypanosoma cruzi e transmitida pelo barbeiro (Rhodnius prolixus).
Ela sempre assolou os chamados trópicos, onde se concentram os países mais pobres.
Mundialmente ela tem sido considerada uma "doença negligenciada" - males para os quais não se desenvolvem novos medicamentos e cujos tratamentos estão parados no tempo.
De fato, o tratamento atual para o Mal de Chagas é tóxico e limitado à fase aguda da doença. Pior ainda, um tipo específico de malária começou a apresentar resistência aos medicamentos.
Mais recentemente, a doença começou a dar ares de globalização, e passou a causar vítimas também nos países mais ricos, incluindo os EUA.
Agora, Galina Lepesheva e seus colegas da Universidade de Vanderbilt (EUA) anunciaram ter conseguido curar ambas as formas - aguda e crônica - da doença de Chagas em camundongos.
Cura para a Doença de Chagas?
Para curar a doença de Chagas nas cobaias, os pesquisadores utilizaram uma pequena molécula, chamada VNI.
A VNI inibe especificamente uma enzima essencial para a multiplicação celular e a integridade do T. cruzi.
Nos modelos animais da doença de Chagas, a VNI alcançou a cura com 100% de sobrevivência e sem efeitos colaterais tóxicos.
A descoberta "representa um possível novo caminho para combater uma ameaça grave a nível mundial, para a qual atualmente existem poucas opções terapêuticas," disse Richard Okita, do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA.
Globalização da Doença de Chagas
Cerca de 8 milhões de pessoas estão infectadas pelo T. cruzi, principalmente na América Latina, mas barbeiros foram recentemente encontrados em todo o sul dos Estados Unidos.
Como o parasita fica nas fezes do inseto, a doença também pode ser transmitida através de alimentos e bebidas contaminadas, através do sangue e de mãe para filho.
O sintoma mais comum da fase aguda da doença de Chagas é a febre, mas o parasita também pode provocar inflamação do coração e do cérebro, o que pode ser fatal.
Na fase crônica, a doença de Chagas afeta mais severamente o coração e o trato gastrointestinal.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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