Essa conclusão, de uma equipe norte-americana e japonesa que teve acesso a amostras do vírus H7N9, aumenta a preocupação sobre seu potencial para desencadear uma pandemia de gripe.
O grupo analisou as sequências genéticas do H7N9 isolados de quatro das vítimas humanas do patógeno, bem como amostras derivados de aves e de um mercado nos arredores de Xangai.
"Os [vírus coletados dos] humanos, mas não das aves e ambientais, têm uma mutação de proteína que permite seu crescimento eficiente em células humanas, e isto também permite que cresçam a uma temperatura que corresponde ao trato respiratório superior dos humanos, que é mais baixa do se encontra nas aves," afirmaram Yoshihiro Kawaoka e seus colegas das universidades de Wisconsin-Madison (EUA) e Tóquio (Japão).
Os resultados, obtidos a partir de sequências genéticas depositadas por pesquisadores chineses em um banco de dados internacional, fornece algumas das primeiras pistas moleculares sobre a nova cepa da gripe aviária.
Os primeiros casos humanos dessa gripe foram notificados em 31 de março pelo Centro Chinês para o Controle de Doenças e Prevenção. Até agora, o novo vírus já infectou mais de 30 pessoas, matando pelo menos treze.
Embora seja muito cedo para prever o potencial de que o H7N9 cause uma pandemia, os sinais de que o vírus está se adaptando aos mamíferos e, em particular, aos hospedeiros humanos são inconfundíveis, disse Kawaoka.
"Estes vírus possuem várias características dos vírus da gripe de mamíferos, o que provavelmente contribui para a sua capacidade de infectar os seres humanos e aumentar as preocupações quanto ao seu potencial de uma pandemia", concluíram Kawaoka e seus colegas.
Fonte: Diário da Saúde
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