Uma empresa com sede nos Estados Unidos anunciou recentemente sua         presença oficial no mercado de games e o início de operações em         países como República Dominicana, Chile, México e... Brasil. Com         sede em Miami, a Proximo Games considera o país uma prioridade         na América Latina e promete trazer jogos e videogames a preços         competitivos.
   
      A Proximo conta com um centro de operações em         Curitiba (PR) e tem planos de abrir lojas próprias em até seis         meses, além de fornecer produtos para revendedores já         estabelecidos. Segundo a empresa, a atuação sem intermediários         permite um preço mais competitivo para os games, já que eles         serão comprados diretamente dos fabricantes e trazidos para o         Brasil. O diretor de desenvolvimento de negócios, Kevin Baqai,         porém, preferiu não fazer uma estimativa de quanto poderá custar         um jogo para um console de nova geração, como Xbox 360 e         PlayStation 3.
   
      Em menos de dois anos, a Proximo já é a terceira         franquia de revenda e distribuição de games a estabelecer uma         base de operações no Brasil. Antes dela, a canadense Synergex e         a franquia mexicana Gamers também inauguraram lojas e         escritórios no país. 
Em entrevista ao G1, o diretor Kevin Baqai fala         sobre o mercado de games no Brasil e dos planos da Proximo para         a estréia no país. Ele diz que já visitou cidades brasileiras         como São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba, e garante:         apesar das condições nem sempre favoráveis ao setor, o Brasil é         um dos principais mercados da América Latina.
   
      G1 – Quando e por que a Proximo decidiu investir no Brasil?      
      Kevin Baqai – Para nós, o Brasil é um dos         mercados de game mais importantes da região. Na verdade, é nosso         primeiro escritório fora dos Estados Unidos – estamos sediados         em Curitiba. Estivemos trabalhando com vários distribuidores e         revendedores no Brasil por mais de 5 anos, através da Game         Quest.
   
      G1 – Quando começam oficialmente as operações no Brasil?      
      Kevin – Na verdade, estamos bem avançados. A         companhia já está em operação, com equipes locais. Estamos em         discussão com alguns parceiros regionais sobre acordos e         franquias. Gostaríamos de ter um parceiro forte, com a mesma         visão de nosso diretor-executivo, que definiu nossa missão: ser         a número 1 entre as lojas especializadas em games na América         Latina.
   
      G1 – O mercado brasileiro conta com a distribuidora             canadense Synergex e com a rede de lojas Gamers, do México.             Nesse mercado, qual vai ser o foco da Proximo?      
      Kevin – Temos um modelo de negócios único que         vai beneficiar tanto a indústria quanto os jogadores. Compramos         os produtos diretamente dos fabricantes e trazemos para o         Brasil, eliminando intermediários e possibilitando os preços que         os jogadores esperavam pagar.
   
      G1 – Um jogo de Xbox 360 ou PlayStation 3 no Brasil é             vendido a um preço que chega a três vezes o preço original             em dólar. É possível prever qual será a faixa de preços dos             games trazidos pela Proximo?      
      Kevin – Esperamos que o preço nas lojas seja         competitivo com o preço dos Estados Unidos. Considerando que o         Brasil tem taxas e tarifas complexas, esperamos oferecer aos         jogadores as melhores opções, preços e serviços. 
G1 – Qual a importância da América Latina nesse mercado?      
      Kevin – É um mercado subestimado, que tem um         potencial de crescimento signigficativo. A comunidade de         jogadores sempre quis poder conseguir os novos lançamentos         direto nas lojas locais, mas nunca teve opções.
   
      G1 – Como estão os contatos com empresas e o governo no Brasil?      
      Kevin – Temos um ótimo relacionamento com         produtoras como Activision, Ubisoft, Konami e muitas outras.         Atualmente estamos em negociação com diretores regionais das         três fabricantes de videogame – Sony, Microsoft e Nintendo –         para criar promoções e suprir a demanda do mercado. Planejamos         entrar para a Abes (Associação Brasileira das Empresas de         Software), com quem já discutimos sobre assuntos referentes às         políticas da indústria de games no país.
   
      G1 – A pirataria é um obstáculo para os negócios no Brasil?      
      Kevin – Sim e não. A pirataria vai durar até         que os consumidores percebam que estão prejudicando a indústria         da qual eles fazem parte. Conforme os games se tornam cada vez         mais avançados, com recursos on-line, vai diminuir a ocorrência         de produtos pirateados, porque o consumidor vai querer jogos que         funcionem completamente. Temos planos de trabalhar com         produtoras de software e hardware para conseguir suporte em         ações legais contra piratas de aparelhos e de games.
   
      G1 – Quando serão inauguradas as primeiras lojas?      
      Kevin – No momento estamos importando games         para os clientes atuais. Quando inauguramos as primeiras lojas         com a marca Proximo, o que deve acontecer num prazo de três a         seis meses, já devemos estar vendendo também videogames e         periféricos. 
 
 
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