Agora, engenheiros estão usando esse mesmo princípio para criar processadores muito mais rápidos.
Em vez de processadores que tentem rodar a toda velocidade o tempo todo, a ideia é construir chips capazes de tornar smartphones e outros equipamentos portáteis até 10 vezes mais rápidos, sem fritar a bateria na primeira arrancada.
"Na realidade, estamos propondo construir computadores que ficam cansados," explicou Milo Martin, da Universidade de Pensilvânia. "Mas o lado positivo é que você pode fazer um bocado a mais por curtos períodos de tempo."
Processamento sob demanda
A proposta de Martin e seus colegas é construir processadores com mais de uma dúzia de núcleos.
Um telefone celular usaria apenas um núcleo para seu uso normal, para conversar com alguém, por exemplo.
Mas bastaria uma solicitação de processamento mais pesado, como o processamento ou a transferência de uma imagem ou uma sintetização do SIRI, para que todos os núcleos entrassem imediatamente em operação, atendendo à solicitação em menos de 1 segundo.
A seguir, os núcleos extras se desativariam automaticamente para resfriar, e ficariam aguardando o próximo sprint.
Processador Bolt
Para permitir que o chip rode em modo full por mais tempo, os pesquisadores sugerem incorporar um material de mudança de fase, ou PCM (Phase change materials), capaz de absorver calor rapidamente.
O grupo simulou um "chip de arrancada" com 16 núcleos e verificou que ele pode resultar em um aumento de desempenho de 10 vezes sem impor nenhuma exigência nova de hardware para um telefone celulares.
De posse de seus cálculos, os pesquisadores agora planejam construir um protótipo do seu processador de 16 núcleos.
Fonte: New Scientist
Nenhum comentário:
Postar um comentário