Cientistas descobriram um novo tipo de feixe de luz, que se propaga sem se espalhar.
O feixe, que os cientistas batizaram de "agulha de luz", permanece muito estreito e precisamente controlado.
A agulha de luz estende-se por uma distância grande o suficiente para
que ela possa ser utilizada no interior de chips que trocam dados por
luz, os chamados processadores fotônicos.
Plasmônica
A agulha de luz é produzida por uma classe especial de quasipartículas chamadas plásmons de superfície, ondulações de elétrons que viajam sobre uma superfície metálica.
Os fios metálicos que transportam esses plásmons são vistos como
candidatos a substituir os fios de cobre que fazem as interligações
entre os transistores no interior dos processadores, consumindo menos
energia e esquentando menos.
Um dos problemas fundamentais, que tem atrapalhado o desenvolvimento
prático desses chips plasmônicos, é o fato de que todas as ondas se
espalham lateralmente durante a propagação, um fenômeno conhecido como
difração.
Isso resulta em perdas de sinal, devido à redução da parte do sinal que pode ser efetivamente detectada.
Interferência construtiva
Jiao Lin e Patrice Genevet demonstraram que o problema pode ser
resolvido esculpindo uma malha de ranhuras em uma película metálica
depositada sobre uma placa de vidro.
Quando iluminado por um laser, o aparato dispara duas ondas
plasmônicas que interferem uma com a outra de forma construtiva, criando
o feixe não-difratante.
O próximo passo é incorporar o componente em um circuito óptico para
demonstrar sua capacidade de transferir informações com eficiência.
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