Computadores parecem sempre poder ficar mais rápidos - pelo menos tem sido assim desde que eles foram inventados.
Mas há limites. Os elétrons não são as partículas mais rápidas do
universo, e os materiais usados na eletrônica nem mesmo são as rodovias
mais rápidas para elétrons.
Para encerrar qualquer conversa quando o assunto é velocidade - que o digam os neutrinos - é melhor passar logo para a luz.
Enquanto a tecnologia não consegue fabricar processadores totalmente fotônicos
em larga escala, o caminho parece ser a tecnologia optoeletrônica, que
mescla a eletrônica tradicional com a transmissão de dados por luz.
É aí que entra a chave óptica desenvolvida por cientistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Chave óptica
A chave consegue desviar um feixe de luz de uma direção para outra em
120 picossegundos (120 trilionésimos de segundo) gastando apenas 90
attojoules de energia (90 x 10-18 joules).
No comprimento de onda usado nesse protótipo - infravermelho próximo,
com comprimento de onda de 921 nanômetros - isso significa deixar
passar meros 140 fótons de cada vez, para um lado ou para o outro.
Mas bastam 6 fótons para mudar a chave de posição.
Além da velocidade e baixo consumo, esta nova chave óptica destaca-se
pela dimensão extremamente reduzida, baseada em um único ponto quântico
- outras chaves ópticas já demonstradas são bem maiores.
Transístor de luz
Mas, já que liga e desliga a passagem da luz, será que essa nova chave óptica não poderia funcionar como um transístor óptico?
"Ainda não," diz o Dr. Ranojoy Bose. "Nossa configuração de guia de
ondas ainda não pode ser usada para modular um feixe de luz usando
apenas um outro pulso de luz."
Mas ele afirma que está trabalhando na redução do número de fótons necessários para ligar e desligar a chave.
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