A interligação das chamadas "fazendas solares" ocorrerá a partir do início de 2013.
São 18 projetos de usinas solares aprovados para várias concessionárias de energia, totalizando 25 megawatts (MW) de potência instalada.
Para se ter uma ideia do atraso da energia solar no Brasil, a energia eólica já conta com 1.479 MW instalados.
Em uma única liberação de recursos para energia eólica, feita pelo BNDES há poucos dias, está prevista a instalação de 150 MW adicionais, seis vezes mais do que todo o "arranque" inicial dado à energia solar.
O futuro chegou
Apesar disso, o momento é de entusiasmo.
"Este é um marco para a energia fotovoltaica no Brasil porque é o momento de introdução dessa tecnologia no País. Sempre falávamos no futuro e agora o futuro chegou," diz professor Ennio Peres da Silva, da Unicamp.
A capacidade instalada de energia solar no Brasil é de 6 MW, provenientes de unidades criadas no Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios, para atender comunidades isoladas. Essa capacidade agora será ampliada mais de quatro vezes.
Os pesquisadores da Unicamp estão trabalhando em associação com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), para a instalação de uma unidade híbrida, que irá explorar energia eólica e solar, interligando ambas à rede de distribuição.
Serão dois aerogeradores com 5 kW de potência, instalados na Usina de Tanquinho, em Campinas.
Tanquinho também terá painéis solares para a geração 1 MW, enquanto a Unicamp receberá quatro conjuntos de painéis solares de diferentes tecnologias, de 15 quilowatts (kW) cada um.
Serão testados painéis solares e aerogeradores nacionais e importados.
Aprimoramento tecnológico
A Unicamp já atuava como parceira da CPFL no desenvolvimento de tecnologias de geração solar/eólica, em um projeto de 20 kW.
Com a instalação das novas usinas, os pesquisadores da Unicamp vão iniciar estudos de medições, simulações e também de aprimoramento das tecnologias já desenvolvidas para a conexão à rede elétrica da energia fotovoltaica gerada.
"A melhoria do controle dos conversores eletrônicos de potência é uma delas," diz Ruppert Filho, orientador da pesquisa que resultou no primeiro conversor trifásico para a conexão de painéis solares à rede elétrica.
A equipe da Unicamp também já desenvolveu um microinversor, interligação à rede das futuras "usinas solares domésticas".
Segundo o professor Ennio, a integração da energia fotovoltaica com a eólica na rede é uma novidade. "Precisamos estudar como compatibilizar essas energias, aliando-as aos dados do clima, para evitar perdas. Há uma série de condições que precisam ser atendidas".
Fonte: Jornal da Unicamp
Um comentário:
Justo o que eu procurava sobre energia fotovoltaica como funciona
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