Não é apenas o motor do seu carro que precisa de óleo lubrificante.
Inúmeros processos industriais dependem de fresas e tornos para
cortar e esculpir peças de aço e ligas metálicas ainda mais duras.
Embora o trabalho seja desgastar o bloco bruto de metal, o
lubrificante é tão importante aqui quanto o é quando o objetivo é evitar
o desgaste.
Ocorre que, para fazer seu trabalho, a ferramenta - a ponta dura que
desbasta o metal - não pode superaquecer-se, o que a destruiria em
poucos segundos.
Hoje utiliza-se sobretudo o óleo mineral na maior parte dessas operações.
Segundo o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha,
isso coloca algumas restrições nas operações, devido, entre outros
fatores, à flamabilidade do óleo derivado de petróleo.
Mas ele e seus colegas já estão com a solução pronta.
Lubrificação à base de água
Eisner e seus colegas descobriram uma forma de usar água como base
para o resfriamento das ferramentas, e sem adicionar um elemento
corrosivo à equação.
A solução encontrada foi tornar a água mais viscosa com a adição de componentes biológicos, todos renováveis.
A equipe avaliou celuloses, amido e até polissacarídeos de origem
bacteriana, até descobrir a fórmula ideal que permite usar apenas água
com biopolímeros para lubrificar as máquinas-ferramentas.
O resultado é um biolubrificante, devidamente aprimorado com a adição
de aditivos solúveis em água, que funcionam como agente anticorrosivo.
Água viscosa
Segundo o grupo, sua "água viscosa" é mais eficiente do que o óleo
mineral, prolongando a vida útil das ferramentas e tornando a limpeza
dos equipamentos e dos produtos finais mais fácil.
Além disso, a lubrificação à base de água é uma solução inteiramente
renovável, sem os problemas ambientais associados com o descarte do óleo
mineral usado.
O biolubrificante já foi licenciado para uma empresa alemã, e deverá chegar ao mercado nos próximos meses.
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