Segundo a OMS, milhões de pessoas com a doença venérea podem estar sob risco de ficarem sem tratamento.
A resistência da gonorreia ao antibiótico cefalosporina já foi registrada em vários países, incluindo Austrália, França, Japão, Noruega, Suécia e Reino Unido.
A primeira infecção com a nova variante da Neisseria gonohhoeae, chamada H041, foi registrada no Japão em 2008:
A organização estima que 106 milhões de pessoas são infectadas todos os anos com a gonorreia, que é transmitida sexualmente.
Resistência da bactéria da gonorreia
"Os dados disponíveis mostram apenas a ponta do iceberg. Sem uma vigilância adequada, não saberemos o grau de resistência à gonorreia, e sem pesquisas de novos agentes antimicrobianos, em breve poderá não haver nenhum tratamento eficaz para os pacientes," afirmou Manjula Lusti-Narasimhan, responsável da OMS por saúde reprodutiva.
A Neisseria gonorrhoea já desenvolveu resistência a vários dos antibióticos mais comuns usados no tratamento, incluindo penicilina, tetraciclinas e quinolonas.
"Estamos muito preocupados com os relatos recentes de falhas no tratamento da última opção de tratamento eficaz - a classe de antibióticos cefalosporínicos -, já que não existem novas drogas terapêuticas em desenvolvimento," disse Lusti-Narasimhan. "Se as infecções gonocócicas tornarem-se intratáveis, as implicações para a saúde serão significativas."
Gonorreia
Uma infecção gonocócica não tratada pode causar problemas de saúde em homens, mulheres e recém-nascidos, incluindo:
- infecção da uretra colo do útero e do reto;
- infertilidade em homens e mulheres;
- um risco significativamente maior de infecção e de transmissão do HIV;
- gravidez ectópica, aborto espontâneo, natimortos e partos prematuros, e infecções oculares graves ocorrem em 30-50% dos bebês nascidos de mulheres com gonorreia não tratada, o que pode levar à cegueira.
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