Já existem tecnologias para detectar pedestres e evitar atropelamentos em várias versões.
O problema é o custo desses equipamentos - por volta de R$5.000 - o
que tem restringido sua utilização aos modelos de veículos mais
luxuosos.
O coração desses equipamentos é um detector de raios infravermelhos, ou seja, do calor emitido pelos seres vivos.
Pelo menos essa parte do equipamento - o detector de infravermelho - agora deu um verdadeiro mergulho nos custos.
"Nós desenvolvemos um processo produtivo de lentes que nos permite
baixar os custos desses componentes em mais de 70%," disse a Dra Helen
Muller, do instituto IWM, na Alemanha.
Lentes estampadas
Normalmente essas lentes são fabricadas com materiais cristalinos, como germânio, seleneto de zinco ou sulfeto de zinco.
O problema é que esses materiais em bruto já são muito caros.
E eles só podem ser processados mecanicamente, com etapas de
desbaste, polimento e acabamento em torno com ferramentas de diamante,
todos passos essenciais para dar às lentes o formato preciso.
Em lugar dos materiais cristalinos, os engenheiros alemães usaram um material amorfo, uma espécie de vidro, chamado calcogeneto.
E, em vez das várias etapas intensivas em trabalho, o material
alternativo pode ser moldado sob baixa temperatura, o que significa que
seu formato pode ser dado por meio de estampagem, usando uma prensa.
Sem acabamento
O uso de um molde de alta precisão dispensa qualquer trabalho final de acabamento.
Segundo os pesquisadores, o baixo custo das lentes infravermelhas
viabilizará uma série de outras aplicações da tecnologia, como a
inspeção de processos produtivos, a detecção de "vazamentos de energia"
em edifícios e o monitoramento de pessoas idosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário