segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lentes infravermelhas salvam vidas de pedestres

Já existem tecnologias para detectar pedestres e evitar atropelamentos em várias versões.

O problema é o custo desses equipamentos - por volta de R$5.000 - o que tem restringido sua utilização aos modelos de veículos mais luxuosos.

O coração desses equipamentos é um detector de raios infravermelhos, ou seja, do calor emitido pelos seres vivos.

Pelo menos essa parte do equipamento - o detector de infravermelho - agora deu um verdadeiro mergulho nos custos.

"Nós desenvolvemos um processo produtivo de lentes que nos permite baixar os custos desses componentes em mais de 70%," disse a Dra Helen Muller, do instituto IWM, na Alemanha.

Lentes estampadas

Normalmente essas lentes são fabricadas com materiais cristalinos, como germânio, seleneto de zinco ou sulfeto de zinco.

O problema é que esses materiais em bruto já são muito caros.

E eles só podem ser processados mecanicamente, com etapas de desbaste, polimento e acabamento em torno com ferramentas de diamante, todos passos essenciais para dar às lentes o formato preciso.

Em lugar dos materiais cristalinos, os engenheiros alemães usaram um material amorfo, uma espécie de vidro, chamado calcogeneto.

E, em vez das várias etapas intensivas em trabalho, o material alternativo pode ser moldado sob baixa temperatura, o que significa que seu formato pode ser dado por meio de estampagem, usando uma prensa.

Sem acabamento

O uso de um molde de alta precisão dispensa qualquer trabalho final de acabamento.

Segundo os pesquisadores, o baixo custo das lentes infravermelhas viabilizará uma série de outras aplicações da tecnologia, como a inspeção de processos produtivos, a detecção de "vazamentos de energia" em edifícios e o monitoramento de pessoas idosas.

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