Pesquisadores inventaram um novo tipo de amplificador para sinais elétricos.
Seja para produzir um volume mais elevado em um aparelho de som, seja
para incrementar os tênues sinais captados por cada pixel de uma câmera
digital, a moderna tecnologia é totalmente dependente dos
amplificadores.
Eles são usados em quase tudo, dos instrumentos de medição aos sensores dos telescópios usados para observar o Universo.
Amplificadores
Um amplificador é basicamente um circuito que aumenta a intensidade
de um sinal fraco. Hoje, esse papel é basicamente desempenhado pelos transistores.
Em um transistor, uma pequena corrente - o sinal que se deseja
reforçar - impõe suas características em uma corrente muito maior que
atravessa o componente, resultando no sinal original amplificado.
Como bem se sabe, amplificadores transistorizados são muito bons para
a maioria das tarefas, sendo capazes de reforçar sinais de uma gama
muito ampla de frequências.
Eles só começam a falhar quando os sinais são muito fracos - como a
medição de um evento de baixíssima energia, ou a captura de sinais de
ondas de rádio de alta frequência vindos de galáxias distantes, apenas
para citar dois exemplos.
O sinal sai forte, mas com pouca clareza - como um rádio com um
volume muito alto, mas onde os chiados e estalidos tornam quase
impossível entender o que o locutor está dizendo.
Amplificadores paramétricos
Mas existem outros tipos de reforçadores de sinais, como os amplificadores paramétricos.
Em um amplificador paramétrico, um sinal forte, chamado sinal de
bombeamento, injeta energia no sinal mais fraco que se deseja reforçar,
amplificando-o.
A seu favor, eles têm o fato de que o único ruído que produzem
resulta da inevitável agitação dos átomos e das ondas produzidas segundo
as leis da mecânica quântica.
Contra, eles têm a característica de operar apenas em faixas muito
estreitas de frequências, o que restringe suas aplicações práticas.
Amplificador híbrido
Agora, cientistas da NASA e do Instituto de Tecnologia da Califórnia
inventaram um novo tipo de amplificador que é um híbrido entre os
transistores e os amplificadores paramétricos.
Usando materiais supercondutores - nitreto de titânio (TiN) e nitreto
de titânio-níóbio (NbTiN) - os pesquisadores construíram uma espécie de
amplificador paramétrico de banda larga, ou seja, ele opera em uma
larga faixa de frequências, como os amplificadores a transístor, mas
produz quase nenhum ruído, com os amplificadores paramétricos clássicos.
O novo amplificador tem inúmeras aplicações, como a medição de eventos químicos e físicos não detectáveis pelos sensores atuais.
Segundo os pesquisadores, o novo amplificador vai redefinir o que é possível medir, revolucionando o campo da metrologia.
Mas, como estão ligados à NASA, os cientistas estão interessados em seu uso imediato para estudar o Universo.
Amplificador de sinais cósmicos
O novo amplificador será usado para amplificar os sinais de eventos
cósmicos distantes em uma ampla faixa de frequências, das ondas de rádio
aos raios X, emitidos por galáxias distantes, buracos negros e outros corpos celestes exóticos.
Ele permitirá, por exemplo, fazer um mapeamento muito mais sensível da radiação cósmica de fundo, detectada nos comprimentos de onda milimétrico e submilimétrico - entre as ondas de rádio e a radiação infravermelha.
Em vez de amplificar diretamente o sinal astronômico, o amplificador
paramétrico de banda larga poderá ser usado para amplificar o sinal
eletrônico dos detectores de luz de telescópios ópticos, ultravioletas
ou mesmo de raios X, facilitando a detecção de objetos celestes muito
distantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário