Engenheiros projetaram um novo tipo de material artificial - um metamaterial - capaz de manipular uma ampla gama de ondas acústicas usando um único dispositivo muito simples.
O feito mereceu a capa da renomada revista Journal of Applied Physics.
A invenção irá beneficiar quase todas as aplicações sônicas e
ultra-sônicas atuais, tais como exames médicos de ultra-som e testes
ultra-sônicos não destrutivos.
Metamateriais sônicos
Metamateriais ópticos têm sido amplamente estudados para aplicações como mantos da invisibilidade e lentes perfeitas.
Embora ondas acústicas e ondas eletromagnéticas sejam muito
diferentes, os princípios básicos dos metamateriais ópticos aplicam-se
aos metamateriais acústicos.
As estruturas artificiais, conhecidas como metamateriais, são criadas
em padrões que curvam a onda acústica, direcionando-a para um ponto
único.
Em seguida, a onda acústica é reorientada para formar um feixe que
pode ser mais largo ou mais estreito, dependendo da direção de
deslocamento.
O dispositivo - tecnicamente um modificador de abertura acústico -
foi construído com cristais fonônicos com índice de refração variável,
um nome pomposo para uma matriz de pinos de aço incorporados em epóxi,
segundo um padrão cuidadosamente calculado.
Os obstáculos - os pinos de aço - diminuem a velocidade da onda acústica, fazendo-a compor feixes curvos.
Terapias ultra-sônicas
Segundo Sz-Chin Steven Lin, idealizador do novo dispositivo, embora
outros tipos de metamateriais acústicos também possam concentrar ou
desfocar um feixe acústico, o novo aparelho possui a vantagem de ser
pequeno e ter uma elevada conservação de energia.
Hoje, cientistas e médicos precisam de vários transdutores de
tamanhos diferentes para produzir ondas acústicas com aberturas
diferentes.
É algo parecido a ter que trocar as lentes de uma câmera para mudar a abertura da lente.
Com este novo metamaterial acústico, a abertura desejada poderá ser
facilmente obtida apenas alterando o modificador de abertura acústico
ligado ao transdutor.
O dispositivo também deverá permitir o desenvolvimento de novas
terapias ultra-sônicas de alta intensidade mais precisas e mais
eficientes.
Essa técnica não-invasiva de calor pode ser usada no combate a uma variedade de cânceres e doenças neurológicas.
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