quarta-feira, 10 de julho de 2013

Estudantes criam aparelho que evita repetição de cirurgias

Um grupo de estudantes de graduação da Universidade Johns Hopkins (EUA) desenvolveu um aparelho que pode aliviar muito o tratamento de mulheres com câncer de mama.

Quando um tumor da mama é detectado, muitas mulheres optam pela lumpectomia, uma cirurgia para remover o tecido doente, preservando a mama.

No entanto, durante este procedimento, o médico não consegue saber imediatamente se todo o tecido canceroso foi removido, o que exige uma análise microscópica.

Essa análise já é feita na hora para a maioria dos tumores, congelando-se o tecido e analisando-o imediatamente, enquanto o paciente está na mesa de cirurgia. Contudo, esse exame ainda não está disponível para o câncer de mama, devido à estrutura muito delicada das células mamárias.

Devido à demora na análise, uma em cada cinco mulheres precisa retornar para uma segunda cirurgia para remover o câncer remanescente.
 
Exame na hora

Agora, os estudantes criaram um dispositivo para permitir que os patologistas inspecionem rapidamente o tecido mamário extirpado em 20 minutos, enquanto a paciente ainda está na sala de cirurgia.

Se essa análise indicar que o tumor não foi completamente removido, o cirurgião pode então remover tecido adicional durante a mesma operação.

A eliminação da necessidade de uma segunda operação pode evitar um adicional de ansiedade a pacientes que já estão enfrentando uma situação muito delicada - sem contar a diminuição dos riscos a que elas são submetidas e os custos envolvidos no tratamento.

O aparelho aplica uma película de adesivo sobre o tecido da mama, antes de ele ser segmentado para análise no microscópio. A película mantém o delicado tecido coeso, evitando danos nas amostras durante o processo de corte.

O resultado é uma amostra que pode ser analisada por um patologista 20 minutos depois da sua remoção, eliminando a necessidade de uma segunda cirurgia em outro dia.

O sistema foi testado em amostras de tecido de animais e humanos coletados de um banco de tecidos, mas ainda não foi usado em pacientes.

A Universidade premiou o trabalho dos estudantes Anjana Sinha, Hector Neira, Qing Xiang Yee e Vaishakhi Mayya, e garantiu-lhes suporte financeiro para que os testes do aparelho possam ser levados adiante.

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