segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Helicóptero virtual é pilotado apenas com o pensamento

Cientistas criaram uma interface neural não-invasiva que permite que os usuários controlem um helicóptero virtual usando apenas suas mentes.

A interface cérebro-computador é um aprimoramento de um exame de eletroencefalografia que usa eletrodos fixados em uma touca flexível.

O grande avanço em relação aos experimentos anteriores do mesmo tipo é que os usuários pilotam seu helicóptero em um espaço tridimensional livre.

Esta é uma tarefa bem mais complexa do que pegar um objeto usando um braço robótico, por exemplo, porque toda a cena, que é acompanhada pelo usuário na tela de um computador, está em contínuo movimento.

Interface neural não-invasiva

Vários trabalhos anteriores nesta área exigiam tratamentos invasivos para medir a atividade intracraniana. Mas esta nova abordagem usa apenas uma touca flexível, não exigindo nem mesmo que o usuário raspe os cabelos.

A interface neural monitora ondas específicas do cérebro, conhecidas como ritmo sensório-motor, que por sua vez podem ser caracterizadas e calibradas para controlar os movimentos do helicóptero na tela.

Os sinais do eletroencefalograma são filtrados temporal e espacialmente para produzir os componentes individuais do movimento 3D.

Estes componentes são ponderados e digitalizados de forma a gerar uma saída que controla o helicóptero virtual.

Controle mental do mundo virtual

Simplesmente pensando na direção que deseja seguir, o usuário navega continuamente e com muita precisão - a meta é passar em três círculos que surgem em diferentes posições e diferentes altitudes no ambiente virtual.

A tarefa exigia que os usuários pilotassem seu helicóptero virtual através dos anéis, posicionados aleatoriamente no espaço tridimensional.

A meta foi alcançada com sucesso de 85% das vezes.

"Este trabalho demonstra, pela primeira vez, que se pode realizar um controle tridimensional, contínuo e em tempo real, de um objeto voador em um mundo virtual," disse o Dr. Bin He, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, coordenador do trabalho.

Embora as aplicações em entretenimento sejam óbvias, o Dr. He está mais interessado em criar uma interface neural que permita que pessoas parcial ou totalmente paralisadas controlem próteses e até robôs assistentes.

Material similar ao grafeno pode ser magnético e supercondutor

Depois que grafeno deu aos seus descobridores o Prêmio Nobel de Física, essas folhas unidimensionais de carbono vêm recebendo um bocado de atenção.

Talvez por isso os resultados de uma nova pesquisa realizada na Coreia e na Alemanha estejam agora atraindo o foco dos holofotes.

Frederik Wolff-Fabris e seus colegas desenvolveram um material que possui propriedades físicas similares às do grafeno - mas que também tem algumas vantagens adicionais muito interessantes.

A primeira é que o material se assemelha a um tipo de supercondutor de alta temperatura, à base de ferro - os pnictidos de ferro, descobertos em 2008, e atuais estrelas das pesquisas na área de supercondução.

A segunda, e mais promissora, é que, devido à posição dos elementos individuais do novo material na Tabela Periódica, alguns dos seus átomos podem ser simplesmente substituídos por outros átomos.

Magnético, supercondutor ou isolante topológico

Estas duas características combinadas permitem a criação de novos materiais que podem ser supercondutores, magnéticos, ou se comportarem como isolantes topológicos.

Os isolantes topológicos são materiais que permitem a condução perfeita de elétrons em sua superfície, o que os diferencia dos supercondutores, cuja condução livre ocorre em todo o material.

Com isto, eles são mais adequados à transferência de pequenas correntes, como as que circulam no interior dos chips.

Este novo material é um metal, formado por uma liga de estrôncio, manganês e bismuto (SrMnBi2), que se comporta de forma muito similar ao grafeno, o que abre a possibilidade de seu uso em conjunto ou como substituto nas mesmas funções.

Mas o que mais está chamando a atenção é a possibilidade de "dopagem" do SrMnBi2 com outros elementos, o que poderá criar ímãs super fortes ou novos materiais supercondutores de alta temperatura.

Cientistas transformam vírus em Legos moleculares

Pesquisadores transformaram um vírus benigno em uma ferramenta de engenharia para a montagem de estruturas que imitam o colágeno, uma das proteínas estruturais mais importantes na natureza.

O processo poderá eventualmente ser usado para a fabricação de materiais com propriedades ópticas, mecânicas e biomédicas totalmente ajustáveis.

Colágeno

Vários animais derivam sua coloração não de pigmentos, mas da forma como finas fibras de colágeno em camadas na sua pele refletem a luz - as faces azuis do macaco mandril são um belo exemplo desse fenômeno.

Por outro lado, o alinhamento do colágeno em padrões perpendiculares, semelhantes a grades, gera a transparência, o que é a base do tecido da córnea.

E fibras em forma de saca-rolhas, mineralizadas ao interagir com cálcio e fosfato, podem gerar as partes mais duras do nosso corpo: os ossos e os dentes.

"O bloco de construção básico para todos estes materiais funcionais - córneas, pele e dentes - é exatamente o mesmo. É o colágeno,", explica Lee Seung-Wuk, da Universidade da Califórnia, coordenador da pesquisa.

Manufatura viral

Os pesquisadores escolheram o vírus M13 - inofensivo aos seres humanos - porque o seu longo formato, com uma ranhura helicoidal na superfície, se assemelha às fibras de colágeno.

A técnica consiste em mergulhar uma folha plana de vidro em uma solução com o vírus e, então, puxá-la lentamente para fora, com velocidades precisas.

A velocidade é importante para dar tempo aos vírus para se "automontarem" na superfície de vidro.

Ajustando a concentração de vírus na solução e a velocidade com que o vidro é puxado, é possível controlar a viscosidade do líquido, a tensão superficial e a taxa de evaporação durante o processo de crescimento do biofilme.

Esses fatores determinam o tipo de padrão formado pelos vírus sobre a placa de vidro.

Os pesquisadores criaram três padrões distintos de filmes usando esta técnica.

Vírus biomédico

A seguir, a equipe demonstrou que o processo de montagem do vírus pode ser usado em aplicações biomédicas.

Eles modificaram geneticamente o vírus para que ele expressasse peptídeos específicos, que influenciam o crescimento dos tecidos moles e duros.

Os filmes virais resultantes foram então usados como modelos para orientar os tecidos para a biomineralização de fosfato de cálcio, formando um compósito similar ao esmalte do dente que, no futuro, poderá ser aplicado como material regenerador de tecidos.

Lento

A simplicidade da técnica torna promissora sua adaptação para uso em larga escala, segundo os pesquisadores: uma vez que os parâmetros são definidos, é possível deixar que o processo de automontagem se realize sozinho.

Antes de chegar a uma fábrica, porém, eles terão que encontrar uma forma de acelerar o processo.

Puxando a placa de vidro a uma velocidade entre 10 e 100 micrômetros por minuto, como demonstrado nos experimentos, pode levar entre 1 e 10 horas para criar cada estrutura.

Encontre uma rede Wi Fi gratuita perto de você

Hoje o número de laptops, celulares e tablets é crescente. Basta andar pelas ruas que vemos cada vez mais pessoas navegando na internet em seus aparelhos de diferentes modelos, marcas, cores, e tamanhos.

Por isso, o acesso sem fio por pontos Wi-Fi, que são chamados hotspots, é bem procurado.

Se quiser saber quais redes Wi Fi disponíveis têm perto de você, acesse o site Mapa Wi Fi e digite o nome da sua cidade. No mapa que vai aparecer, é possível saber quais redes são gratuitas e quais são pagas.

Mas é preciso ter cuidado. É recomendável evitar o aceso a redes desconhecidas (certifique-se antes de conectar que a rede selecionada é a do lugar em que está) e manter o firewall ligado e atualizado.

Hackers x traficantes: Anonymous prepara ataque a cartel mexicano

O grupo hacker Anonymous (que já tirou do ar sites de pedofilia) ameaçou expor a identidade de membros de um temido cartel de drogas mexicano no próximo dia 5/11, como uma forma de retaliação ao sequestro de um de seus integrantes. O coletivo já hackeou o site de um ex-oficial de estado, alegando que ele possui associações com os Zetas, um dos maiores grupos de tranficantes do México.

Mas a ação não possui o apoio de todos os membros do Anonymous, que se preocupam com uma possível retaliação (leia-se assassinatos) dos traficantes. No domingo, 30/10, alguns membros do grupo chegaram a tentar cancelar a iniciativa, porém integrantes importantes do Anonymous continuam a apoiá-la.

Um vídeo em espanhol publicado no YouTube em 6/10, por um usuário chamado "MrAnonymousguyfawkes", fazia ameaças de que o Anonymous publicaria os nomes, fotos e endereços de policiais, jornalistas e taxistas que colaboram com o cartel, esperando assim que o governo dos Estados Unidos entre em ação e prenda-os.

“Vocês cometeram um erro enorme ao pegar um de nós. Solte-o. E se acontecer alguma coisa com ele, vocês (!) sempre se lembrarão desse próximo dia 5 de novembro”, afirmou uma pessoa mascarada no vídeo.

O dia 5 de novembro é celebrado como o Dia de Guy Fawkes após uma conspiração feita nessa data em 1605 para tentar acabar com o Parlamento Inglês. A mascara de Guy Fawkes, popularizada pelo filme “V de Vingança”, foi adotada pelo grupo Anonymous.

O Anonymous afirmou no domingo que realizou o defacement (alteração do conteúdo de uma página na Internet) no site de um ex-oficial de estado mexicano da região de Tabasco. Nesta segunda-feira, a página trazia uma mensagem em espanhol do Anonymous México dizendo que o oficial fazia parte do cartel Zetas.

O cartel mexicano de drogas já matou pessoas que o criticaram em blogs e outros meios de mídias sociais. O Comitê de Proteção para Jornalistas (CPJ) de Nova York informou em setembro o assassinato de um jornalista como retaliação direta por informações postadas em redes sociais.

Segundo Sara Rafsky, pesquisadora ligada ao programa dos EUA do Comitê de Proteção aos Jornalistas, como os jornais são censurados pelo medo, muitos moradores do México e jornalistas estão se voltando para as mídias sociais para compartilhar notícias. “Por isso, não deveria ser uma surpresa que os cartéis de drogas estejam de olho na Internet.”

“Saibam que a consequência é a morte. A participação é limitada para membros dispostos. O Anonymous não é unânime”, afirmou um membro do grupo hacker em uma mensagem no Twitter, após vários usuários terem alertado o grupo hacker sobre os perigos de expor o cartel.
Responsável por uma longa lista de ações contra redes corporativas, o Anonymous diz usar o hacking como forma de chamar a atenção para as causas e questões que defende. Nos últimos tempos, o grupo adotou alvos militares, aliados dos EUA e empresas do setor de defesa.

Fonte: IDG Now!

Micro-ondas substituem raios X na mamografia

As micro-ondas podem se tornar uma nova arma contra o câncer, auxiliando tanto no diagnóstico quanto no tratamento da doença.

Segundo médicos da Universidade Chalmers, na Suécia, as novas técnicas são mais eficazes, menos invasivas e mais simples do que os tratamentos atualmente disponíveis.

Seu principal apelo em é substituição aos raios-X, que têm inúmeros efeitos colaterais.

As micro-ondas já estão sendo utilizadas em uma nova técnica de imageamento, chamada tomografia por micro-ondas.

A equipe do Dr. Andreas Fhager agora demonstrou que essa radiação não-ionizante pode ser usada também no diagnóstico e em tratamentos do câncer.

Alternativa à mamografia

A primeira técnica é uma alternativa à tradicional mamografia, que hoje usa raios X para detectar o câncer de mama, cuja pequena dose de radiação pode na verdade aumentar o risco desse tipo de câncer em mulheres de determinados grupos de risco.

Mamografia pode aumentar risco de câncer de mama em grupo de risco

"Ao contrário dos raios X, a técnica emite doses desprezíveis de radiação não-ionizante - menos de um centésimo da radiação a que você está exposto quando usa um telefone celular," diz o Fhager.

Além disso, as imagens geradas por micro-ondas são melhores e de maior resolução, mostrando tumores menores, que não aparecem nos exames tradicionais.

A segunda técnica, voltada para tratar tumores na mama, na cabeça e no pescoço, usa as micro-ondas para aquecer as células cancerosas e causar sua morte.

Os pesquisadores estão se preparando para testar estas abordagens em pacientes nos próximos seis meses.

Tomografia por micro-ondas

A tomografia por micro-ondas usa um aparelho experimental que consiste em 30 antenas, dispostas em um formato cilíndrico, adequado à colocação em volta da mama, do cérebro ou do pescoço.

Todas as antenas funcionam tanto como transmissoras quanto como receptoras.

As micro-ondas espalham-se a partir das antenas, formando um complexo padrão 3D, que é analisado por algoritmos de computador, responsáveis pela reconstrução da imagem do tecido.

Um equipamento desses, quando totalmente desenvolvido, deverá custar significativamente menos do que um aparelho de raios X.

Teranóstica

Na segunda técnica, as micro-ondas são usadas para destruir o tumor por aquecimento, um processo chamado hipertermia.

A expectativa dos médicos é que os dois aparelhos possam ser combinados em um só, em um conceito chamado teranóstica, onde o mesmo equipamento usado para o diagnóstico também é utilizado no tratamento.

Com isto, o tratamento pode se iniciar imediatamente, tão logo um tumor seja detectado.

As micro-ondas são um tipo de radiação eletromagnética na faixa das radiofrequências, com um comprimento de onda menor do que as ondas de rádio comuns.

Descoberta contradiz teoria dominante sobre Mal de Alzheimer

Durante décadas, a chamada "hipótese amiloide" vem dominando o campo de pesquisa da doença de Alzheimer.

A teoria descreve como um aumento na secreção dos peptídeos beta-amiloides levaria à formação de placas, aglomerados tóxicos de proteínas danificadas entre as células, que acabam por resultar na neurodegeneração.

Há cerca de um ano, um pesquisador norte-americano lançou um manifesto afirmando que essa teoria não está funcionando, sendo esta a principal razão para os fracos resultados das pesquisas que buscam tratamentos para a doença.

É hora de uma nova teoria sobre a Doença de Alzheimer

Cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, agora apresentaram um estudo que vira esta premissa de cabeça para baixo.

Não é excesso, é falta de beta-amiloide

Os dados revelam uma hipótese contrária, sugerindo que é na verdade a incapacidade dos neurônios de secretar a beta-amiloide que está no coração da patogênese da doença de Alzheimer.

No estudo, publicado no Journal of Neuroscience, o acúmulo de beta-amiloide no interior do neurônio é o causador da perda da função normal para secretar beta-amiloide.

Contrariamente ao que diz a teoria dominante, onde agregados extracelulares de beta-amiloide são considerados os principais culpados, o estudo demonstra que é a redução da secreção de beta-amiloide que sinaliza o início da doença.

Caminho inverso

O professor Gunnar Gouras, coordenador do estudo, espera que as descobertas surpreendentes possam ajudar a levar o campo de pesquisa da doença em uma nova direção.

"Inúmeros cientistas e empresas farmacêuticas que estão buscando compostos que reduzam a secreção de beta-amiloide estão fazendo a coisa de forma errada. O problema é justamente o contrário, que ela não está sendo segregada," afirmou ele.

"Estamos mostrando aqui que o aumento da beta-amiloide intracelular é um dos primeiros eventos que ocorrem na doença de Alzheimer, antes da formação das placas," completa.

Nova teoria sobre Alzheimer

A teoria da acumulação precoce de beta-amiloide no interior da célula oferece uma explicação alternativa para a formação das placas.

Quando quantidades excessivas de beta-amiloide começam a se acumular dentro da célula, ela também passa a ser armazenada nas sinapses.

Quando as sinapses não conseguem mais absorver as crescentes quantidades do peptídeo tóxico, então a membrana se rompe, liberando os resíduos no espaço extracelular.

As toxinas liberadas agora criam a semente para que outras amiloides se reúnam e comecem a formar as placas.

domingo, 30 de outubro de 2011

Quebrado o código do misterioso Copiale Cipher

O Copiale Cipher é um manuscrito que parece saído de algum romance de reinos mágicos.

Com 105 páginas verdes e douradas escritas à mão, e com acabamento primoroso, ele contém 75.000 caracteres, entre letras romanas, gregas e símbolos desconhecidos.

Ele era até agora um dos maiores desafios para o mundo da criptografia, uma vez que ninguém sabia sua origem, ou sobre o que ele versava.

Encontrado em uma biblioteca da antiga Alemanha Oriental, depois da queda do muro de Berlim, a datação indica que ele foi escrito entre 1760 e 1780.

Sociedade secreta

Seu conteúdo acaba de ser revelado agora, graças ao trabalho de Kevin Knight (Universidade da Califórnia), Beáta Megyesi e Christiane Schaefer (Universidade de Uppsala-Suécia).

O Copiale Cipher revela os rituais e crenças políticas de uma sociedade secreta alemã.

Os rituais indicam que a sociedade tinha uma fascinação por oftalmologia e cirurgias nos olhos, embora não haja indicações de que seus membros sequer fossem médicos.

"Os historiadores acreditam que as sociedades secretas venham desempenhando papéis nas revoluções, mas tudo isso ainda está por ser trabalhado, e uma grande parte disso se deve a que muitos documentos estão criptografados," comentou Knight.

Intuição humana

Para quebrar o código do Cipher Copiale, os pesquisadores criaram uma versão digital do texto, e o submeteram a um programa de computador criado para ajudar a quantificar a ocorrência de certos símbolos e outros padrões, e que já havia sido utilizado para desvendar uma língua extinta:

Programa de computador decifra língua extinta

"Quando você recebe um código novo e olha para ele, as possibilidades são quase infinitas," conta Knight. "Assim que você levanta uma hipótese, com base na sua intuição como ser humano, então você pode dar um monte de trabalho duro para o computador."

Uma das dificuldades é que a equipe começou sua tarefa sem nem mesmo saber o idioma original do documento criptografado - não é porque ele foi encontrado na Alemanha que a mensagem original estaria necessariamente escrita em alemão, embora esta fosse uma boa hipótese.

Todas as tentativas em torno dos caracteres romanos e gregos distribuídos por todo o manuscrito resultaram em completo fracasso.

80 idiomas

Depois de tentar 80 idiomas, a equipe percebeu que os caracteres romanos eram na verdade "nulos", destinados a confundir alguém que estivesse tentando quebrar o código.

A verdadeira mensagem estava nos símbolos abstratos, cujas formas semelhantes representam um caracter ou grupos de letras.

Deixando de lado os caracteres romanos, eles então obtiveram os primeiros resultados em alemão mesmo: "Cerimônias de Iniciação", seguidos de "Seção Secreta".

Quebrado o código, o computador fez o trabalho duro e revelou todo o texto.

Veja mais detalhes sobre o Copiale Cipher e o processo de quebra do código no endereço http://stp.lingfil.uu.se/~bea/copiale/

A luz que aciona o interruptor

Apertar um interruptor para acender uma lâmpada é algo trivial, ainda que um tanto arcaico em tempos de "tudo sem fios".

Já usar a luz para acionar um interruptor - uma chave mecânica - está no outro extremo dos feitos científicos, que logo poderão se traduzir em aplicações tecnológicas.

A força da luz

Este feito - usar a luz para acionar uma chave mecânica - acaba de ser realizado por Mahmood Bagheri e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

O feito segue a mesma linha de uma série de experimentos recentes, que estão mostrando a possibilidade de interação entre os fenômenos clássicos e quânticos - mais especificamente, entre os fenômenos ópticos e os fenômenos mecânicos.

Nanozíper usa propriedades mecânicas da luz e responde a um único fóton

Mundo quântico "comunica-se" com o mundo macro pela primeira vez

Como sempre acontece nas áreas emergentes, esta nova realização é mais simples e mais prática.

Os pesquisadores usaram a luz de um laser para "bombear" energia para uma minúscula barra de silício, fazendo-a chavear entre duas configurações físicas estáveis - uma descrição caprichada para um interruptor mecânico.

Nanoponte

A barra, estendida sobre dois suportes, de forma parecida com uma ponte, mede 10 micrômetros de comprimento, 500 nanômetros de largura e 110 nanômetros de espessura.

Pode parecer pequeno, e realmente é, mas essa ponte é uma obra faraônica quando comparada com as dimensões dos objetos quânticos normalmente "acionados" por fótons.

A ponte propriamente dita é um pouco maior do que o "vale" que ela cobre. Desta forma, ela pode ficar arqueada para cima ou para baixo, como a carta de um baralho presa entre dois dedos.

O truque foi usar a luz para mudar de uma posição para outra de forma controlada, o que foi feito de forma similar à técnica usada recentemente por outra equipe para atingir o estado quântico fundamental.

Pista de luz

A ponte foi construída de forma a fazer parte de uma pista oval por onde a luz pode se transmitida em duas faixas separadas - a pista inteira é uma "cavidade óptica".

Se a ponte estiver na posição "para baixo", os pesquisadores disparam luz com um comprimento de onda menor - mais energético -, o que bombeia energia para a ponte, fazendo-a aquecer-se, expandir-se e curvar para cima.

Para fazê-la "desligar-se" novamente, aplica-se luz de um comprimento de onda ligeiramente maior - menos energético - do que o exigido para aquela posição, o que resfria a ponte e a faz arquear para baixo.

Segundo os pesquisadores, este mecanismo, que funciona a temperatura ambiente, poderá se tornar a base de um bit de memória de um computador óptico.

Mas ele deverá ser usado muito antes no campo da nascente optomecânica - mecanismos controlados por luz - que até agora dependia inteiramente de dispositivos vibrantes - literalmente.

Falha no Facebook permite enviar vírus para qualquer usuário

Um pesquisador da área de segurança descobriu uma falha de segurança no Facebook que habilita o usuário a enviar a qualquer integrante da rede social programas como vírus.

A informação foi divulgada pelo especialista Nathan Power, da empresa de pesquisa na área de segurança CDW, em seu blog. Segundo ele, a falha foi comunicada ao Facebook no dia 30/09, que teria reconhecido o problema apenas esta semana.

O Facebook normalmente não permite que os usuários enviem arquivos executáveis anexados com o uso da opção Mensagens. Se você tentar fazer isso, receberá uma resposta de “erro de upload”.

Segundo Power, uma análise da requisição de publicação feita aos servidores do Facebook mostrou que uma variável chamada “filename” pode ser modificada facilmente, permitindo que um arquivo executável (.exe) nocivo seja anexado à mensagem. "Isso foi suficiente para enganar o componente e habilitar o envio”, explica o consultor de segurança.

Com isso, não é necessário ter recebido aprovação de um usuário do Facebook para disparar mensagens. Um cracker (o hacker “do mal”) pode usar a falha para enviar arquivos nocivos para qualquer um. Quem clicar, vai contaminar a máquina e pode ter a máquina controlada remotamente ou ter senhas furtadas.

Em comunicado, o gerente de segurança da rede social, Ryan McGeehan disse que um ataque bem-sucedido iria requerer "uma esforço extra de engenharia social".

Segundo ele, o Facebook não se apoia somente na identificação de um arquivo. Ele diz que a rede faz escaneamento de arquivos, "por isso temos defesas contra esse tipo de ataque".

Fonte: IDG Now!

Cibertaque rouba planos militares e de usinas nucleares de empresa japonesa

Informações secretas sobre equipamentos de defesa vitais, como aviões de combate, assim como o projeto de usinas nucleares e planos de segurança, podem ter sido roubados da Mitsubishi Heavy Industries durante um ciberataque, em agosto.

De acordo com o jornal japonês The Asahi Shimbun, uma investigação interna encontrou pistas de que dados confidenciais foram transmitidos para fora da rede da companhia.

Segundo a reportagem, é a primeira vez que as fontes reconheceram que esses dados podem ter sido copiados. Antes, a empresa dizia que o ataque havia sido identificado antes de qualquer dano.

A invasão foi descoberta em agosto, com 83 computadores infectados. Essas máquinas estavam em 11 locais, incluindo os estaleiros de Kobe e Nagasaki, onde são construídos submarinos e destróieres, bem como a instalação de Nagoya, responsável pela fabricação de um sistema de mísseis guiados.

Uma investigação mais aprofundada em dezenas de computadores em outros locais encontrou evidências de que informações sobre equipamentos de defesa e usinas de energia nuclear foram enviadas para fora da rede da Mitsubishi, diz a reportagem.

As informações militares estão relacionadas com a caças e helicópteros pesados ​​que Mitsubushi fabrica para o Ministério da Defesa do Japão. A empresa é a 26ª maior fornecedora militar do mundo, segundo um site especializado.

Já os dados sobre usinas nucleares incluíam o projeto de instalações e equipamentos, bem como medidas anti-terremoto.

Procurada pelo jornal, a fabricante não quis comentar o assunto.

Fonte: IDG Now!

Ciberguerra: hackers atacaram sistema de satélites dos EUA

A chamada ciberguerra é cada vez mais real. Segundo a agência Bloomberg, hackers atacaram sistemas de satélites do governo dos Estados Unidos quatro vezes, entre os anos de 2007 e 2008. O fato faz parte de um relatório do congresso norte-americano que deve ser divulgado no mês de novembro.

Os alvos eram utilizados para captar informações da superfície da Terra e para controle do clima. Segundo o relatório da U.S.-China Economic and Security Review Commission, comissão que estuda questões econômicas e de segurança relacionadas aos EUA e à China, o caso deixa claro o perigo que os hackers representam.

O documento deixa claro que o acesso aos satélites pode levar à destruição do equipamento ou mesmo à manipulação das transmissões. Segundo o relatório, só o satélite Landsat-7 teve interferências geradas por um ataque por pelo menos 12 minutos em outubro de 2007 e julho de 2008. Acredita-se que os hackers utilizaram na ação a conexão à Internet de uma estação especial localizada na Noruega, o que levou ao sistema de satélites.

A China tem sido apontada como responsável por vários ciberataques a outras nações ou mesmo empresas, com o governo negando participação. Em junho, por exemplo, as autoridades chinesas negaram que os ataques que vitimaram contas de e-mail de oficiais americanos partiram do país – mais especificadamente da cidade de Jihan.

Na época, a Google afirmou, via nota no blog oficial, que uma ofensiva contra o serviço atingira funcionários dos governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, além de ativistas políticos na China e jornalistas desses países.

Documentos divulgado pelo site Wikileaks afirmam que o governo chinês também teria sido o mandante de um ataque aos servidores do Google em dezembro de 2009.

Fonte: IDG Now!

Pacientes de Alzheimer estão recebendo medicamentos com efeitos opostos

Você não costuma pisar no freio do seu carro ao mesmo tempo em que pisa no acelerador, e, provavelmente, também não costuma usar café expresso para ajudar a engolir comprimidos para dormir.

Contudo, inúmeros pacientes estão recebendo receitas dos medicamentos mais comuns para a doença de Alzheimer - os inibidores da colinesterase - juntamente com medicamentos com propriedades anticolinérgicas, que têm efeitos opostos.

"Os inibidores da colinesterase são a terapia primária atualmente para retardar a doença de Alzheimer", explica Denise Boudreau, do Group Health Research Institute, uma entidade de pesquisas médicas sem fins lucrativos, sediada nos Estados Unidos.

"As propriedades anticolinérgicas são frequentemente encontradas em drogas geralmente usadas para tratar doenças gastrointestinais, alergias, incontinência urinária, depressão e doença de Parkinson, e podem ter efeitos negativos sobre a cognição em idosos.

"A preocupação é que, se alguém está tomando os dois tipos de medicamentos - inibidores da colinesterase e medicações anticolinérgicas - eles vão antagonizar um ao outro, e nenhum deles vai funcionar," afirma a médica.

Inibidores da colinesterase e anticolinérgicos

Nos ensaios clínicos, os inibidores da colinesterase mostraram efeitos modestos contra o declínio funcional e cognitivo das pessoas com doença de Alzheimer.

Estes medicamentos, como o donepezil (Aricept) funcionam inibindo a falta de acetilcolina, que envia sinais ao sistema nervoso.

Por outro lado, os anticolinérgicos - como a difenidramina (Benadryl) e a oxibutinina (Ditopan) - bloqueiam a ação da acetilcolina.

Uma vez que os dois tipos de medicamentos têm efeitos opostos, não faz sentido dar ambos os tipos de drogas para uma mesma pessoa.

Mas não é isto o que vem acontecendo na prática.

Sem efeitos

Os pesquisadores descobriram que, entre os usuários do inibidor de colinesterase, 37% estavam também tomando pelo menos uma droga anticolinérgica, e mais de 11% estavam tomando duas ou mais.

Para aqueles que utilizam os dois tipos de medicamentos, o uso simultâneo geralmente durou de três a quatro meses, mas 25% usaram ambas as classes de medicamentos por mais de um ano.

Os anticolinérgicos já estavam sendo usados por 23% das pessoas que receberam uma nova receita de inibidor de colinesterase, e 77% continuaram seu uso, mesmo depois de iniciar o uso do inibidor de colinesterase.

Apesar disso, os pesquisadores não encontraram aumento no risco à saúde - internação e morte - entre os pacientes que usavam simultaneamente os dois tipos de medicamento.

Descoberta brasileira abre nova rota para tratamento do diabetes

O Diabetes mellitus é uma doença provocada pela deficiência de produção ou de ação da insulina, cujo principal sintoma é a alta quantidade de glicose no sangue (hiperglicemia).

Ela pode causar diversos problemas crônicos, entre os quais a cegueira, a deficiência renal e as doenças cardiovasculares.

Apesar dos esforços, a doença prossegue avançando sem cura. O que existe atualmente é apenas controle.

Mas um estudo desenvolvido no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp deu agora um passo importante para descortinar o entendimento do diabetes.

Citocina protetora

O pesquisador Gustavo Jorge dos Santos mostrou que a citocina anti-inflamatória CNTF (Ciliary Neurotrophic Factor) é capaz de proteger as células produtoras de insulina (células beta pancreáticas) contra a morte.

As citocinas são um extenso grupo de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunológicas.

"Assim, como uma das causas do diabetes é a morte dessas células produtoras de insulina, o CNTF pode ser um novo aliado na luta contra esse mal", expõe o pesquisador.

O trabalho também indicou que a citocina estudada pode garantir um efeito protetor prolongado, defendendo as células secretoras de insulina por um período de até 30 dias após o início do tratamento.

Isto abre novas possibilidades para a terapêutica auxiliar do diabetes, diminuindo a necessidade de injeções diárias ou a dosagem de insulina injetada nos pacientes, o que pode melhorar a sua qualidade de vida.

Cura do diabetes?

O pesquisador descobriu que as células que recebem CNTF junto com aloxana (substância diabetogênica) morrem menos do que as que recebiam somente esta droga, mostrando que o CNTF protege as células.

Além do mais, quando tais células não expressavam a proteína AMPK (que atua como um "sensor energético" celular), o CNTF já não conseguia mais protegê-las, mostrando que seu efeito protetor depende da inibição dessa proteína.

Como o CNTF e a AMPK desempenham funções importantes nas células beta-pancreáticas, ambos poderão ser alvos terapêuticos para o tratamento do diabetes.

Sobre a expectativa de cura do diabetes, Gustavo Jorge esclarece que essa hipótese ainda está descartada no momento, "porém, se o paciente se submeter ao tratamento adequado", diz, "ele poderá viver bem".

Esse tratamento inclui essencialmente controle da ingestão de alimentos (qualidade e quantidade), aplicação correta de insulina, realização de atividade física regular e acompanhamento médico-nutricional.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo

Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.

Uma análise (DOWNLOAD) das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.

A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça.

Brasil precisa da Engenharia de Sistemas Complexos

Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.

"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."

Rede de controle econômico mundial

A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.

O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.

Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.

O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.

A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.

Poder econômico mundial

Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.

Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.

Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.

E isso não é tudo.

Super-entidade econômica

Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.

"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.

E a maioria delas são bancos.

Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.

Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.

Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.

A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.

Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.

As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas

1. BARCLAYS PLC GB 6512 SCC 4.05
2. CAPITAL GROUP COMPANIES INC, THE US 6713 IN 6.66
3. FMR CORP US 6713 IN 8.94
4. AXA FR 6712 SCC 11.21
5. STATE STREET CORPORATION US 6713 SCC 13.02
6. JPMORGAN CHASE & CO. US 6512 SCC 14.55
7. LEGAL & GENERAL GROUP PLC GB 6603 SCC 16.02
8. VANGUARD GROUP, INC., THE US 7415 IN 17.25
9. UBS AG CH 6512 SCC 18.46
10. MERRILL LYNCH & CO., INC. US 6712 SCC 19.45
11. WELLINGTON MANAGEMENT CO. L.L.P. US 6713 IN 20.33
12. DEUTSCHE BANK AG DE 6512 SCC 21.17
13. FRANKLIN RESOURCES, INC. US 6512 SCC 21.99
14. CREDIT SUISSE GROUP CH 6512 SCC 22.81
15. WALTON ENTERPRISES LLC US 2923 T&T 23.56
16. BANK OF NEW YORK MELLON CORP. US 6512 IN 24.28
17. NATIXIS FR 6512 SCC 24.98
18. GOLDMAN SACHS GROUP, INC., THE US 6712 SCC 25.64
19. T. ROWE PRICE GROUP, INC. US 6713 SCC 26.29
20. LEGG MASON, INC. US 6712 SCC 26.92
21. MORGAN STANLEY US 6712 SCC 27.56
22. MITSUBISHI UFJ FINANCIAL GROUP, INC. JP 6512 SCC 28.16
23. NORTHERN TRUST CORPORATION US 6512 SCC 28.72
24. SOCIÉTÉ GÉNÉRALE FR 6512 SCC 29.26
25. BANK OF AMERICA CORPORATION US 6512 SCC 29.79
26. LLOYDS TSB GROUP PLC GB 6512 SCC 30.30
27. INVESCO PLC GB 6523 SCC 30.82
28. ALLIANZ SE DE 7415 SCC 31.32
29. TIAA US 6601 IN 32.24
30. OLD MUTUAL PUBLIC LIMITED COMPANY GB 6601 SCC 32.69
31. AVIVA PLC GB 6601 SCC 33.14
32. SCHRODERS PLC GB 6712 SCC 33.57
33. DODGE & COX US 7415 IN 34.00
34. LEHMAN BROTHERS HOLDINGS, INC. US 6712 SCC 34.43
35. SUN LIFE FINANCIAL, INC. CA 6601 SCC 34.82
36. STANDARD LIFE PLC GB 6601 SCC 35.2
37. CNCE FR 6512 SCC 35.57
38. NOMURA HOLDINGS, INC. JP 6512 SCC 35.92
39. THE DEPOSITORY TRUST COMPANY US 6512 IN 36.28
40. MASSACHUSETTS MUTUAL LIFE INSUR. US 6601 IN 36.63
41. ING GROEP N.V. NL 6603 SCC 36.96
42. BRANDES INVESTMENT PARTNERS, L.P. US 6713 IN 37.29
43. UNICREDITO ITALIANO SPA IT 6512 SCC 37.61
44. DEPOSIT INSURANCE CORPORATION OF JP JP 6511 IN 37.93
45. VERENIGING AEGON NL 6512 IN 38.25
46. BNP PARIBAS FR 6512 SCC 38.56
47. AFFILIATED MANAGERS GROUP, INC. US 6713 SCC 38.88
48. RESONA HOLDINGS, INC. JP 6512 SCC 39.18
49. CAPITAL GROUP INTERNATIONAL, INC. US 7414 IN 39.48
50. CHINA PETROCHEMICAL GROUP CO. CN 6511 T&T 39.78

Sensor infravermelho dá mais "cores" à visão noturna

Será possível enxergar cores na escuridão?

Esta é a proposta da professora Manijeh Razeghi, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

Enquanto as câmeras e filmadoras tradicionais operam na faixa visível do espectro, as câmeras e óculos de visão noturna operam no infravermelho - o que significa que elas essencialmente "enxergam" o calor.

É por isso que elas são boas para vigilância e para enxergar seres vivos à noite, devido ao calor que eles emitem.

Mas suas imagens borradas e indistintas ainda estão longe de permitir identificações positivas e imediatas.

Mas isto está começando a mudar, agora que a equipe da professora Razeghi descobriu que um material semicondutor utilizado nos sensores infravermelhos pode ser ajustado não apenas para absorver uma grande variedade de comprimentos de onda infravermelhos, mas também bandas distintas do espectro ao mesmo tempo.

Mais do que cores

A imagem final não é colorida, no sentido tradicional - ainda.

Mas o resultado já é melhor do que isso, pelo menos por dois motivos principais.

O primeiro é que os novos sensores permitem enxergar partes da cena que permanecem invisíveis aos sensores atuais.

A imagem mostra bem o detalhe da chama do isqueiro que o pesquisador está segurando. Na imagem infravermelha tradicional, à esquerda, a chama simplesmente não aparece, enquanto é vista claramente com o novo sensor.

A segunda vantagem está em que as frequências ressonantes dos materiais visualizados podem ser identificadas nesta faixa espectral.

Isto significa que uma simples câmera infravermelha poderá permitir a realização de espectroscopia em tempo real - a espectroscopia permite deduzir a composição química dos materiais a partir da radiação que ela emite.

"Quando processadas por algoritmos de processamento de imagens, aplicados sobre múltiplas bandas, a quantidade de informação gerada por uma única cena é tremenda," diz Razeghi.

Super rede tipo-II

Foram protótipos de câmeras infravermelhas que ajudaram a inspecionar a usina de Fukushima, depois do tsunami de Março de 2011, permitindo o registro das temperaturas internas.

Mas, até agora, os pesquisadores usavam uma liga (HgCdTe) que é cara demais e que não funciona para todos os comprimentos de onda infravermelha.

A equipe da professora Razeghi fez muito melhor com um semicondutor conhecido como super rede tipo-II, que é eficiente e muito mais barato.

A sensibilidade do novo sensor à temperatura, por exemplo, é altíssima, chegando a uma precisão de 0,015°C.

E as cores? Bem, um algoritmo adequado poderá facilmente dar um jeito nisso, agora que todos os objetos da cena estão visíveis e distintos.

Nova geração de radiotelescópios vai ouvir os céus

Poucas áreas de pesquisas têm atraído tanto a atenção do público nos últimos anos quanto a astronomia, a astrofísica e a cosmologia.

Se, há poucos anos, o Instituto SETI já conseguia capturar a imaginação com sua busca por sinais de vida extraterrestre, esse interesse aumentou muito com a descoberta dos planetas extrassolares.

Os cientistas também precisam de equipamentos cada vez mais potentes, não apenas para refinar suas teorias, mas sobretudo para tentar unificá-las.

Este é o objetivo de uma nova geração de radiotelescópios que começa a surgir.

Ao contrário dos telescópios, que olham e enxergam os céus em diversos comprimentos de onda, o papel dos radiotelescópios é diferente: eles querem ouvir os céus, e ouvir todas as "estações celestes".

FAST

Em janeiro de 2010 começou a construção daquele que será o maior radiotelescópio do mundo.

O FAST (Five-hundred-metre Aperture Spherical Telescope) - radiotelescópio de abertura esférica de quinhentos metros - está sendo erguido na província de Guizhou, no sul da China.

A gigantesca antena, que será a maior da Terra, será formada por 4.400 painéis de alumínio triangulares, com um sistema de motores para alterar a forma de sua superfície reflexiva, permitindo que o FAST faça varreduras de grandes áreas do céu.

Quando pronto, em 2016, ele vai superar o famoso Observatório de Arecibo, em Porto Rico, cuja antena tem "apenas" 305 metros.

China começa a construir maior radiotelescópio do mundo

ALMA

O ALMA(Atacama Large Millimeter Array) impressiona por ser um radiotelescópio flexível, formado por antenas que podem ser movidas para formar diferentes redes de observação.

Ele será também o observatório terrestre instalado na maior altitude - 5.500 metros, no deserto de Atacama, no Chile.

O ALMA já fez suas primeiras observações científicas, mesmo contando com apenas um terço das suas 66 antenas.

Quando pronto, essas antenas poderão ser espaçadas em uma área de até 16 quilômetros quadrados, permitindo a captura de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, aproximadamente mil vezes maiores do que os comprimentos de onda da radiação visível.

Radiotelescópio ALMA está pronto para iniciar fase científica

LOFAR

O LOFAR (LOw Frequency ARray) também vai fazer estudos na faixa das ondas de rádio com grandes comprimentos de onda, pouquíssimo estudadas até hoje.

A radiação refletida pelo hidrogênio que existia quando da formação das primeiras estrelas e galáxias que se formaram chegam à Terra nesses comprimentos de onda.

O LOFAR está sendo instalado primariamente na Holanda, mas se espalha por vários países europeus.

A antena virtual do LOFAR atingirá um diâmetro de até 1.000 quilômetros quadrados. Só que, em vez de um prato gigantesco, serão 2.500 antenas dipolo espalhadas pela Europa, em uma bonita formação em caracol.

Astrônomos querem sintonizar a "Rádio Universo"

LWA

Como o LOFAR, o LWA (Long Wavelength Array) também observará o Universo nas radiofrequências de grandes comprimentos de onda.

Ele já começou suas primeiras observações científicas, mesmo ainda não estando pronto.

Em instalação no estado do Novo México, nos Estados Unidos, o LWA já possui 50 das suas 53 estações previstas, embora ainda incompletas.

É que cada estação possuirá 256 antenas, totalizando mais de 13.000 antenas, espalhadas em uma área de 400 quilômetros de diâmetro.

O LWA tem interesse direto nos planetas extrassolares - ou exoplanetas. Mas, como os comprimentos de onda que ele vai observar quase não foram estudados: os cientistas estão abertos a novas experiências:

"Como a natureza é mais esperta do que nós, é bem possível que venhamos a descobrir algo sobre o que nem imaginamos," disse Joseph Lazio, membro da equipe do LWA.

Radiotelescópio com 13.000 antenas vai buscar outras Terras

RadioAstron

O RadioAstron é o único da linha de novos radiotelescópios que irá operar no espaço.

Ele acaba de ser lançado, devendo ficar mais perto da Lua do que da Terra.

A princípio, o pequeno observatório espacial não parece digno de fazer companhia para os outros super-radiotelescópios, principalmente quando se olha para sua humilde antena de 10 metros de diâmetro.

Mas a ideia dos astrônomos é colocá-lo para funcionar de forma sincronizada com antenas na Terra, criando um receptor único que será 30 vezes maior do que o nosso planeta.

Na sua melhor configuração, o RadioAstron terá uma resolução 10.000 vezes maior do que a do Telescópio Espacial Hubble, embora olhem para coisas diferentes.

Radiotelescópio espacial será maior do que a Terra

SKA

Com tanta mania de grandeza, o SKA ("Square Kilometre Array") promete tornar-se o maior radiotelescópio do mundo.

Mas, ao contrário dos anteriores, ele ainda está na fase de projeto, e não se espera que se torne realidade antes de 2020.

O núcleo central do radiotelescópio ocupará uma área de um milhão de metros quadrados, mas conterá apenas 20% da área de coleta de informações.

Núcleos menores, cada um com 28 antenas, se espalharão a partir desse centro.

Os núcleos mais externos, formando um conjunto de 5 braços espiralados, estarão a 3.000 quilômetros do centro.

Seus objetivos? A busca por planetas semelhantes à Terra e potenciais sinais de vida extraterrestre, a descoberta dos primeiros objetos que se formaram no Universo, testar as teorias da gravidade e analisar os mistérios da energia escura.

Maior radiotelescópio do mundo fica mais próximo da realidade

Cientistas filmam elétrons durante uma reação química

Uma equipe de cientistas da Suíça, França e Canadá conseguiu pela primeira vez visualizar diretamente o movimento dos elétrons durante uma reação química.

Além do interesse geral para a química, o feito é de importância fundamental para a área da fotoquímica, para as pesquisas com fotossíntese artificial, devendo ainda auxiliar o projeto de células solares mais eficientes.

A equipe irradiou moléculas de dióxido de nitrogênio (NO2) com um pulso pulso de luz laser ultravioleta muito curto.

Isto fez a molécula absorver a energia do pulso, o que colocou seus elétrons em movimento.

Os elétrons começaram a se organizar, fazendo com que a nuvem de elétrons oscilasse entre duas formas diferentes por um tempo muito curto, antes de a molécula começa a vibrar e então se decompor em óxido nítrico e um átomo de oxigênio.

"O experimento pode ser comparado com uma fotografia, que, por exemplo, captura a imagem de um projétil atravessando uma maçã. Mas a bala pode ser rápida demais para o obturador de uma câmera, resultando em uma imagem borrada. Portanto, o obturador é deixado aberto e o objeto é iluminado com flashes de luz, que são mais rápidos do que a bala. É assim que nós tiramos nossa fotografia dos elétrons," explica o professor Hans Jakob Wörner, do instituto suíço ETH.

Monitorando reações químicas

O progresso nesta área tem sido contínuo, desde que Ahmed Zewail ganhou o Prêmio Nobel de Física ao estudar as reações químicas usando pulsos de laser ultra-curtos.

Em 2008, cientistas do Instituto Caltech, nos Estados Unidos, introduziram o microscópio eletrônico 4D, que tornou possível, pela primeira, a visualização em tempo real, no espaço real, de mudanças extremamente sutis na estrutura da matéria.

Em 2010, a mesma equipe conseguiu filmar fótons usando elétrons, o que permitiu não apenas visualizar, mas também acompanhar as mudanças nas estruturas atômicas.

Agora, a equipe do professor Wörner gravou o movimento dos elétrons durante uma reação química completa.

Interseções cônicas

O dióxido de nitrogênio é considerado um modelo para o estudo do movimento eletrônico.

Na molécula de NO2, dois estados dos elétrons podem ter a mesma energia para uma geometria em particular - comumente chamada de intersecção cônica.

A intersecção cônica é muito importante para fotoquímica e frequentemente ocorre em processos químicos naturais induzidos pela luz, como a fotossíntese.

A intersecção cônica funciona como uma chave. Por exemplo, quando a retina é irradiada pela luz, os elétrons começam a se mover, e as moléculas da retina mudam de forma, o que finalmente converte a informação da luz em informação elétrica para o cérebro humano.

O aspecto mais importante com relação às interseções cônicas é que o movimento dos elétrons é transferido para um movimento dos átomos de forma muito eficiente.

Pele artificial super flexível e transparente

Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram uma das mais versáteis peles artificiais já fabricadas até hoje.

Com um projeto extremamente simples, o material poderá ser usado da área biomédica até a robótica.

O primeiro avanço está em uma flexibilidade incomparável, que permite que o material seja esticado repetidamente até o dobro do seu tamanho e retorne à dimensão original sem apresentar rugas e sem variações em seu funcionamento.

A segunda melhoria está em uma sensibilidade muito maior, capaz de detectar desde um leve toque até pesos na faixa das toneladas - os pesquisadores falam na pressão de um elefante equilibrando-se em uma única pata.

E estas duas características funcionam em conjunto, ou seja, a função de sensor funciona tanto se a pele estiver sendo esticada quanto se ela estiver sendo comprimida como uma esponja.

Finalmente, a nova pele artificial é transparente, permitindo aplicações em próteses artificiais, robótica e até em um novo tipo de tela sensível ao toque, que use materiais mais baratos e mais robustos.

Nanomolas

Darren Lipomi e seus colegas usaram nanotubos de carbono dispostos de forma a funcionarem como molas.

Os nanotubos em uma suspensão líquida são espalhados sobre uma fina camada de silicone. Durante sua pulverização, os nanotubos tendem a se aglomerar em formatos totalmente aleatórios.

Um primeiro puxão faz com que eles se alinhem no sentido do esticamento. Quando o silicone é solto, voltando à sua dimensão original, os nanotubos se contorcem, formando as "nanomolas".

O mesmo procedimento pode ser repetido em qualquer direção.

"Depois de termos feito essa espécie de pré-esticamento dos nanotubos, eles se comportam como molas e podem ser esticados sucessivas vezes, sem qualquer alteração de formato," garante a professora Zhenan Bao, coordenadora da pesquisa.

Funcionamento sensorial

As nanomolas de nanotubos dão à pele artificial a capacidade de esticamento e retorno à dimensão original sem rugas, além da condutividade elétrica.

Mas, para que possa ser chamada realmente de pele artificial, ela precisa se transformar em um sensor totalmente autocontido.

A capacidade sensorial é obtida usando duas camadas do silicone com nanotubos, orientadas para que as camadas pulverizadas de nanotubos fiquem face-a-face, separadas apenas por uma fina camada de um outro tipo de silicone, menos resistente, mas ainda mais flexível.

Essa camada interna armazena cargas elétricas de forma muito parecida com uma bateria. Quando o silicone recebe uma pressão, essa camada interna é comprimida, alterando a quantidade de carga elétrica que ela consegue armazenar.

Essa mudança é detectada pelos dois filmes de nanotubos de carbono, que funcionam como os terminais positivo e negativo de uma bateria. Basta então monitorar esses dois "terminais" para detectar a alteração de pressão.

Aplicações da pele artificial

A equipe da Dra. Bao já havia criado uma "super pele artificial", com sensibilidade superior à da pele humana.

Mas esta nova abordagem é mais simples, dispensando toda a eletrônica e a alimentação elétrica - e, além disso, tem uma capacidade sensorial muito superior.

Entre as possíveis aplicações de sua pele artificial, os pesquisadores listam telas e monitores, interfaces, células solares, bandagens, sensores biomédicos, biofeedback, dispositivos médicos implantáveis e robôs.

Radiocirurgia chegar ao SUS para tratar câncer sem cortes

O Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) é o primeiro hospital público do país a adotar a técnica de radiocirurgia.

A radiocirurgia é uma terapia simples e rápida para tratar pacientes oncológicos que, por motivos clínicos, não poderiam se submeter aos riscos de uma cirurgia comum.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases localizadas no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro.

Cirurgia com radiação

Essa radiocirurgia concentra uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra de seu DNA.

O risco de danos aos tecidos sadios é mínimo.

Além disso, o equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja tratada.

Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação.

O procedimento dura, em média, cerca de uma hora e libera o paciente para voltar à sua rotina normal imediatamente.

Proteção aos tecidos sadios

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio equipamento de radioterapia é realizada para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Justamente por essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por esta razão, embora recebam uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam uma tolerância muito maior à nova técnica.

Além disso, o período de tratamento é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode subir para cerca de 30, quando empregada a radioterapia comum.

"Mesmo sendo indicada para um perfil específico de pacientes, a técnica tem revolucionado a vida de muitas pessoas, que passaram a ter acesso, pelo SUS, a um tratamento de ponta e com mais qualidade de vida", avalia o diretor geral do Icesp, Paulo Hoff.

Fonte: Icesp

Nanopartículas de titânio rompem barreira de proteção do cérebro

Pesquisadores da Comissariado francês de Energia Atômica (CEA) e da Universidade Joseph Fourier demonstraram que as nanopartículas de dióxido de titânio afetam uma barreira fisiológica essencial para proteger o cérebro: a barreira hematoencefálica.

As nanopartículas de titânio - também conhecidas como nano-TiO2 - são produzidas em escala industrial e são encontrados em cosméticos, incluindo os protetores solares, em tintas e também em revestimentos autolimpantes e superfícies bactericidas.

O estudo demonstrou que as nanopartículas rompem a barreira, gerando inflamação e uma diminuição da atividade da glicoproteína-P, uma proteína essencial para a eliminação de substâncias tóxicas nos órgãos vitais como o cérebro.

Modelo da barreira hematoencefálica

Estudos anteriores demonstraram que as nanopartículas podem danificar o DNA das células. Outros pesquisadores chegam a comparar as nanopartículas ao amianto. Mas pouco se sabia até agora sobre seus efeitos sobre o sistema nervoso central.

Um estudo feito em ratos havia mostrado que, após uma instilação nasal, o nano-TiO2 pode chegar ao cérebro, principalmente no hipocampo e bulbo olfatório.

Os pesquisadores então se perguntaram como essas nanopartículas podem ser encontradas no cérebro, normalmente protegido de elementos tóxicos por uma estrutura especial: a barreira hematoencefálica.

Para responder a esta pergunta, a equipe usou um modelo in vitro de células desenvolvido para reproduzir a barreira de proteção do cérebro.

Graças ao modelo celular, que também é utilizado pela indústria farmacêutica para testar os candidatos a medicamentos em estudos pré-clínicos, os pesquisadores demonstraram que a exposição in vitro às nanopartículas de TiO2 resulta na acumulação cerebral do material nanotecnológico.

Perturbação da função cerebral

O modelo desenvolvido pelos pesquisadores reconstrói a barreira combinando dois tipos celulares principais: as células endoteliais (do sistema circulatório), cultivadas em uma membrana semi-permeável, e células gliais (do sistema nervoso). O modelo apresenta as principais características da barreira hematoencefálica real, incluindo a humana.

Os pesquisadores demonstraram que a exposição aguda e/ou crônica ao nano-TiO2 leva a um acúmulo dessas nanopartículas nas células endoteliais.

Elas também alteram a função protetora, primeiro, quebrando a barreira e, segundo, diminuindo a atividade da P-glicoproteína, uma proteína encontrada nas células endoteliais, cujo papel é bloquear as toxinas que podem adentrar ao sistema nervoso central.

Os resultados sugerem que a presença de nano-TiO2 poderia ser a causa da inflamação vascular cerebral. Eles também sugerem que a exposição crônica, in vivo, a essas nanopartículas pode levar à sua acumulação no cérebro, com um risco de perturbação da função cerebral.

Efeitos da nanopartículas sobre a saúde podem estar errados

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desenhos industriais em CAD feitos com os olhos

Se você acha que o mouse, as interfaces hápticas ou mesmo a velha linha de comando restringe sua criatividade ao fazer um projeto CAD, a solução acaba de chegar.

Pesquisadores desenvolveram um sistema gratuito que permite que os projetos e desenhos industriais sejam feitos com os olhos.

Limites à criatividade

Os projetos auxiliados por computador, mais conhecidos como CAD (computer-aided design), vieram facilitar o trabalho dos desenhistas, aumentar sua produtividade e melhorar a qualidade dos projetos.

É claro que os programas de computador têm suas limitações, que são impostas aos desenhistas, eventualmente limitando em alguma medida sua liberdade de trabalhar.

E, em uma área cujo centro de atuação é a criatividade, o que um profissional menos quer é uma limitação à sua criatividade, por mais sutil que seja.

Segundo seus criadores, a nova tecnologia de rastreamento dos olhos "quebra as rígidas distinções entre o humano e a máquina".

Interface mais fluida

"O sistema de rastreamento dos olhos identifica a parte do rascunho em que o usuário está se concentrando, tornando a interface homem-máquina mais fluida. O resultado é uma sinergia entre a ingenuidade humana e a tecnologia digital das máquinas," apregoa o professor Steve Garner, da Universidade Aberta (The Open University).

Entusiasmos à parte, é fato que a criatividade sempre foi um elemento fundamental para o processo de design. E a nova interface representa um avanço real justamente na liberação da criatividade.

"Nós queremos criar sistemas de desenho digital que sejam eles próprios projetados em resposta às necessidades de projetistas reais," completa Alison McKay, da Universidade de Leeds.

Os pesquisadores afirmam que são saudosistas tentando voltar à época das pranchetas - mas não é porque a tecnologia digital é boa que ela não precise ser melhorada, afirmam.

Ícones, janelas, menus - Quando a informática vai evoluir?


CAD com os olhos

Em seu projeto Designing with Vision (projetando com a visão), os pesquisadores se concentraram no estágio inicial do processo de design, que envolve desenhar, visualizar, selecionar e manipular formas.

Designers que trabalham com formas tendem a começar intuitivamente em determinadas áreas dos esboços, usando-as como ponto de partida.

No entanto, este elemento de seleção subconsciente é difícil de replicar com o CAD, porque o pacote de software não é capaz de "ver" aquilo no que o projetista está prestando atenção.

Para reverter este quadro, os pesquisadores adicionaram uma tecnologia de rastreamento ocular a um sistema CAD, dando à tecnologia digital uma maior fluidez na interface homem-máquina.

O resultado é um sistema de desenho que pode identificar e selecionar formas automaticamente dentro de um esboço, de acordo com o olhar do designer, e sem perder nenhuma das ferramentas tradicionais do pacote de software.

A primeira versão do sistema está sendo disponibilizada gratuitamente no site do projeto, no endereço http://design.open.ac.uk/DV/

Fábrica inteligente evolui graças a um DNA fabril

O tempo que leva para um novo produto chegar ao mercado está ficando cada vez mais curto.

Como consequência, os bens estão sendo produzidos utilizando fábricas e sistemas de TI que foram projetados tendo em mente produtos completamente diferentes, o que aumenta os custos e diminui a produtividade.

Por isto, pesquisadores do Instituto Fraunhofer juntaram-se a engenheiros da Mercedes-Benz para projetar fábricas mais inteligentes, capazes de reagir às mudanças nos produtos por conta própria.

DNA das fábricas

Tão logo se fala em DNA, logo nos vem à mente a biologia e os seres vivos.

É a molécula de DNA, encontrada no interior de todas as células, que carrega o projeto codificado para os seres humanos, animais ou plantas.

Mas as fábricas também têm um projeto desse tipo. Todas as modernas instalações de produção se assemelham de certa forma aos organismos vivos, sobretudo por sua complexidade.

E, exatamente como na biologia, todas as suas partes constituintes estão interligadas umas às outras, e têm de ser cuidadosamente coordenadas.

Este é o desafio que os engenheiros alemães estão enfrentando - criar o DNA de uma fábrica.

USB industrial

O problema pode ser visto facilmente quando a produção está sendo alterada para um novo item, como um novo modelo de carro.

Seja a adição de um robô industrial na linha de produção, ou mesmo uma simples atualização do sistema operacional, tudo pode causar, senão estragos, pelo menos grandes demoras, uma vez que a menor das alterações tem um impacto sobre todo o processo produtivo.

O que está faltando é uma conexão inteligente entre os componentes: os produtos sendo fabricados, os equipamentos de fabricação e os sistemas de TI que controlam tudo.

Isso acontecia muito no início da computação pessoal.

Não muito tempo atrás, você precisava instalar o driver apropriado antes que pudesse usar qualquer novo periférico em seu computador.

Hoje em dia, tudo o que você precisa fazer é conectar um cabo USB: o novo dispositivo utiliza essa via para se comunicar com o PC e para se identificar, e tudo funciona muito bem e prontamente.

É isso que os pesquisadores estão fazendo com os equipamentos das fábricas.

Tradutor digital

Como estamos longe de ter uma padronização nos softwares usados nas fábricas, eles inventaram um tradutor digital para coletar as informações de cada novo "periférico fabril" e converter essas informações em uma linguagem de máquina padrão, chamada CAEX (Computer Aided Engineering Exchange).

Esta informação é enviada para um sistema especial de armazenamento de dados, também criado durante o projeto, que é consultado pelo gerenciador de TI da fábrica.

"Juntos, esses dois componentes são suficientes para tornar factível uma solução simples tipo um USB das fábricas," diz Dr. Olaf Sauer, coordenador do projeto. "Uma vez que os dados começam a fluir, o computador pode projetar um plano de controle do processo para a nova linha de produção, sem precisar de ajuda."

Voltando à analogia com os seres vivos, é como se a fábrica passasse por uma "evolução", recebendo mutações epigenéticas de seu ambiente.

Os pesquisadores demonstraram que o sistema funciona bem em sua fábrica-laboratório.

O próximo passo é testá-lo em uma fábrica real.

Trator-robô cuida da lavoura sozinho

Logo, logo, os fazendeiros não precisarão mais acordar de madrugada, pegar seus tratores e começar a cuidar de suas lavouras.

A depender dos engenheiros da Universidade de Leuven, na Bélgica, os tratores do futuro poderão fazer isso sozinhos.

A equipe do Dr. Erik Hostens está desenvolvendo um trator robotizado. O primeiro protótipo já é totalmente automatizado e capaz de andar sozinho por um circuito pré-determinado.

O trator-robô adapta-se automaticamente às variações no terreno, ajustando sua velocidade e até o raio com que deve fazer as curvas, cumprindo o circuito programado com incrível precisão - sem precisar de tratorista.

Controle da direção

O maior desafio da pesquisa, segundo Hostens, veio depois que todo o sistema de condução - aceleração, frenagem, mudança de marchas e controle do volante - já estava instalado no trator: como acionar o volante com uma precisão suficiente para imitar um tratorista.

"Somente tratoristas muito experientes têm a habilidade necessária para cuidar de uma lavoura com precisão. O trabalho de um operador de trator é realmente muito complexo: ele observa a posição atual do trator, avalia as condições do terreno, estima uma rota a ser seguida e, levando tudo isto em conta, decide a velocidade e a orientação do trator," explica Hostens.

Tudo isto teve que ser inserido no sistema de controle, no cérebro do trator robótico.

A leitura da posição foi a única que não exigiu muitos esforços: bastou instalar um leitor de GPS de alta precisão.

Os resultados foram além do esperado: o sistema já é capaz de levar em conta até o deslocamento lateral do trator devido ao movimento de um solo fofo.

Agricultura de precisão

E quais são os benefícios de um trator robotizado e autônomo?

O professor Wouter Saeys, membro da equipe, aponta pelo menos duas.

"A importância da direção precisa nas máquinas agrícolas tem aumentado significativamente, particularmente com o advento da agricultura orgânica," afirma ele.

Outra tendência na agricultura, segundo o pesquisador, é a automação, que reduz os custos, aumenta a produtividade e viabiliza a chamada agricultura de precisão, em que cada metro quadrado da lavoura é "tratada" de acordo com suas necessidades de adubação, irrigação etc.

Cientistas fazem milagre da multiplicação dos elétrons

Em uma célula solar, cada fóton excita um elétron, que vai compor a energia elétrica gerada.

Mas, nas células solares de pontos quânticos, cada fóton pode excitar diversos elétrons, o que as torna potencialmente muito mais eficientes.

Esse fenômeno, chamado multiplicação das cargas, permite um rendimento líquido em torno de 44%, mais do que o dobro das melhores células solares atuais.

Os pontos quânticos são nanocristais de materiais semicondutores que podem ser fabricados em reações químicas de alto rendimento, em soluções líquidas, o que os torna potencialmente muito baratos, além de serem aplicáveis em substratos plásticos flexíveis.

Aproveitamento das cargas multiplicadas

Mas havia um problema: os elétrons movimentados pela multiplicação das cargas vivem um tempo curto demais, acabando por colidir com outros e "desaparecer", em um processo conhecido como recombinação de Auger.

Agora, cientistas da Universidade de Delft, na Holanda, demonstraram que é possível capturar vários elétrons produzidos pela absorção de um único fóton usando pontos quânticos acoplados, dispostos em uma película fina.

Esta é a mesma equipe que detectou experimentalmente pela primeira vez, em 2008, esse efeito avalanche dos elétrons.

Desde então eles vêm tentando descobrir uma forma de tirar proveito prático dele.

Escapando da recombinação

Os cientistas prepararam filmes de pontos quânticos nos quais os elétrons podem se mover entre os diversos pontos quânticos de forma tão eficiente que eles se libertam e começam a se mover livremente, antes de serem absorvidos pela recombinação de Auger.

Desta forma, os elétrons não apenas se movem livremente pelo material, como também ficam disponíveis para serem capturados pela célula solar e dirigidos para fora através de um eletrodo.

O experimento mostrou a possibilidade de capturar, em média, 3,5 elétrons por partícula de luz absorvida, mostrando o potencial futuro dessas células solares flexíveis.

O próximo passo da pesquisa é construir os primeiros protótipos das novas células solares.

Segunda geração do vírus Stuxnet rouba informações de fábricas

Pesquisadores encontraram indícios de que uma nova versão do vírus Stuxnet está se preparando para atacar instalações industriais.

O Stuxnet atacou uma usina nuclear iraniana em 2010, tornando-se a primeira arma conhecida de uma guerra cibernética, com a qual exércitos do mundo todo já se ocupam.

"Ninguém identificou os autores do vírus, mas o dedo da suspeição caiu sobre os governos dos Estados Unidos e de Israel," afirmou a BBC.

Agora, a empresa Symantec anunciou ter identificado uma nova versão que compartilha a mesma base do Stuxnet, batizado do Duqu - o nome vem das iniciais DQ que o vírus usa em seus arquivos.

Vírus para atacar fábricas

Análises iniciais mostram que o Duqu usa segmentos de código-fonte praticamente idênticas às do Stuxnet, sugerindo que ele foi escrito pelos mesmos autores ou por alguém que tenha tido acesso ao código-fonte integral da versão original.

"A ameaça está altamente dirigida para um número limitado de empresas e seus ativos específicos," afirmou a Symantec.

Ou seja, como o Stuxnet, o Duqu deve tentar corromper sistemas de controle industrial, paralisando fábricas, danificando seus equipamentos ou causando acidentes em seu interior.

O vírus foi encontrado em "um número limitado de organizações, incluindo aquelas envolvidas na fabricação de sistemas de controle industrial," afirmou a Symantec.

Roubo de informações industriais

Os indícios, contudo, parecem apontar no sentido de um worm, ou seja, o Duqu seria um espião projetado para roubar informações dessas empresas visando um ataque futuro, e não um ataque em si, como no caso do Stuxnet.

"Não é trabalho de algum hobista, ele está usando técnicas de vazamento inovadoras, e isto indica que ele foi criado por alguém com um objetivo específico em mente," disse Grey Day, da Symantec.

O verme cibernético remove a si mesmo do sistema depois de 36 dias, o que indica que ele foi projetado para ser um espião que se esconde depois de coletar dados suficientes.

No caso do Stuxnet, ele foi configurado para danificar motores usados em centrífugas de enriquecimento de urânio, colocando-as para girar fora de controle.

Fonte: BBC

Injeções de silicone podem ser mortais, alertam especialistas

Tem aumentado de forma preocupante os relatos de efeitos adversos dos implantes de silicone.

Além dos incidentes mostrados pela imprensa, levantamentos científicos mostram que nenhum dispositivo médico tem índice tão elevado de falhas quanto os implantes para os seios.

Mas os maiores problemas têm vindo das injeções de silicone feitas com objetivos cosméticos.

Nesta semana, durante uma conferência internacional realizada no Havaí, cientistas de quatro instituições diferentes apresentaram trabalhos relatando "efeitos adversos" das injeções de silicone.

Entre esses efeitos, há vários casos fatais.

Injeção de silicone

Apesar do silicone ser considerado quimicamente inerte e aprovado para uso em implantes médicos, o silicone líquido injetável tem apresentado resultados potencialmente fatais, segundo os médicos.

Em um dos estudos, um paciente morreu e dois outros apresentaram danos nervosos e respiratórios causados pela injeção de silicone.

Mais preocupante ainda, as mortes causadas pela chamada síndrome da embolia por silicone atingiram até 33% em um dos estudos.

Injeção de silicone pode ser fatal

"A injeção de silicone em tecidos moles com objetivos cosméticos é especialmente perigosa e frequentemente mortal, no melhor dos casos resultando em uma série de complicações pelo corpo," afirmaram os organizadores da conferência.

"Considerando as potenciais consequências de desconforto respiratório, e potencial morte, as pessoas devem ser informadas sobre as possíveis consequências mortais de suas escolhas," conclui a nota.

Descoberto na Europa vírus semelhante ao Ebola

Cientistas norte-americanos e espanhóis descobriram o primeiro vírus do tipo filovírus nativo da Europa.

Os filovírus, que incluem os bem-conhecidos Ebola e Marburg, estão entre os patógenos mais mortais para os primatas, humanos e não-humanos.

Eles são geralmente encontrados no Leste da África e nas Filipinas.

A nova descoberta expande a distribuição geográfica natural dos filovírus, mostrando que eles podem ser mais comuns do que se acreditava.

Lloviu

O novo patógeno, similar ao Ebola, foi chamado de vírus Lloviu (LLOV).

Ele foi encontrado em morcegos no nordeste da Espanha, causando a morte dos animais.

As mortes dos animais foram registradas em 2002 na França, Espanha e Portugal, mas só agora os cientistas conseguiram rastrear suas causas em cavernas nas regiões de Astúrias e Cantabria.

"A detecção deste novo filovírus na Espanha é intrigante porque ele está completamente fora de sua área de ocorrência descrita anteriormente. Precisamos verificar se existem outros filovírus nativos da Europa e, mais importante, se e como eles causam doenças," disse Gustavo Palacios, um dos autores da identificação do Lloviu.

Importância dos morcegos

Os morcegos têm um papel importante na polinização das plantas, espalhando sementes e controlando populações de insetos.

Com isto, patógenos que atacam as populações de morcegos podem ter consequências importantes tanto ecológicas quanto indiretamente para a saúde do homem, que pode passar a ser mais atacado por insetos.

Os filovírus normalmente não deixam os morcegos doentes, mas a equipe de pesquisadores detectou o vírus Lloviu apenas em morcegos que tinham morrido e cujos tecidos mostravam sinais de uma resposta imune.

Outros 1.300 morcegos saudáveis não apresentavam o Lloviu.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Já estamos prontos para descartar a teoria do Big Bang?

Um grupo de físicos portugueses está propondo que o Sol seja usado para testar algumas teorias alternativas à Teoria da Relatividade Geral de Einstein.

Jordi Casanellas e seus colegas da Universidade Técnica de Lisboa afirmam que uma teoria proposta há mais de um século por Arthur Eddington não foi totalmente descartada pelas observações recentes dos neutrinos solares e das ondas acústicas solares.

E, segundo eles, uma variante da teoria de Eddington pode ajudar a resolver algumas das deficiências das teorias atuais.

Problemas da Teoria da Relatividade

A Teoria da Relatividade Geral, que descreve a gravidade como a curvatura do espaço-tempo por corpos celestes de grande massa, tem passado por todos os testes aos quais tem sido submetida ao longo dos anos.

Mas isto não significa que ela não tenha problemas.

Além da bem conhecida dificuldade de unificação com a mecânica quântica e das ainda pendentes explicações para a matéria e a energia escuras, há o problema bem mais sério das singularidades, onde as leis da física simplesmente se esfacelam.

Buracos negros e Big Bang

Em 2010, Máximo Bañados (Universidade Católica do Chile) e Pedro Ferreira (Universidade de Oxford) propuseram uma variante da teoria de Eddington que adiciona um termo gravitacional repulsivo para a teoria da relatividade.

Mas o que parece ser a simples adição de mais um membro a uma equação tem um efeito devastador sobre o entendimento mais geral do cosmo.

Esse termo gravitacional repulsivo não apenas elimina a necessidade das singularidades - ele descarta a formação dos buracos negros e a ideia de que o Universo teria surgido de um Big Bang.

Sol como laboratório

Quando tenta interpretar um campo gravitacional em um vácuo, essa teoria inspirada em Eddington é equivalente à teoria da relatividade. Mas ela prevê efeitos diferentes para a gravidade agindo no interior da matéria.

O lugar ideal para testar essas diferenças seria o interior de estrelas de nêutrons.

Embora se acredite que estrelas de nêutrons possam acordar o vácuo quântico, não se sabe o suficiente a respeito delas para comparar as duas teorias. Por exemplo, recentemente foi encontrada uma estrela de nêutrons cuja existência os astrônomos acreditavam ser impossível.

Entra em cena então a proposta de Casanellas e seus colegas portugueses: usar o Sol.

Mesmo sendo uma fonte de gravidade muito menos extrema do que uma estrela de nêutrons, o funcionamento do interior do Sol já é razoavelmente bem descrito pelos modelos solares.

O grupo de Casanellas calculou que, mesmo em sua forma newtoniana, não-relativística, a teoria derivada de Eddington prevê diferenças quantificáveis nas emissões solares em comparação com a teoria gravitacional padrão, desenvolvida por Einstein.

Constante gravitacional na matéria

O termo gravitacional repulsivo na teoria de Bañados e Ferreira, afirmam eles, seria equivalente a dar um valor diferente para a constante gravitacional no interior da matéria.

E intensidades diferentes da gravidade no interior do Sol devem resultar em diferenças em sua temperatura interna, uma vez que se assume que o Sol está em equilíbrio hidrostático - a pressão para dentro de sua massa é equilibrada pela pressão para fora gerada pelas reações de fusão nuclear em seu interior.

Uma temperatura mais elevada implica uma maior taxa de fusão nuclear, o que, por sua vez, implica em uma maior taxa de emissão de neutrinos solares, algo diretamente mensurável.

E não apenas isso: uma força da gravidade maior no interior do Sol implica em uma variação na sua distribuição de densidade, o que deve modificar a propagação das ondas acústicas em seu interior, o que pode ser medido com as técnicas da heliossismologia.

Todos esses dados já estão disponíveis. Contudo, eles colocam sérias restrições à nova teoria, impondo limites muito estreitos para seus valores.

Mas não a descartam, afirmam os pesquisadores, salientando que os dados apenas colocam limites para a nova teoria.

Um teste mais rigoroso exigiria melhorias nos modelos solares, incluindo a abundância de hélio na superfície do Sol, ou medições mais precisas dos fluxos de neutrinos.

Para apenas fazer o teste já é por si um enorme avanço, demonstrando que nossa estrela - tão pequena em termos cósmicos - pode ser usada para fazer experimentos de teorias com potencial de explicação em termos universais.

Esfera no buraco

Paolo Pani, um dos membros da equipe, sugere um teste alternativo, aqui na Terra mesmo.

Para ele, tanto a teoria derivada de Eddington, quanto outras teorias alternativas da gravidade, poderiam ser testadas medindo a atração gravitacional entre uma esfera de metal inserida em um buraco no solo e a massa da Terra ao seu redor.

A ideia é fazer um buraco onde coubesse apenas a esfera, e nada mais, com uma precisão gigantesca, de forma que a medição mostrasse apenas a intensidade da gravidade no interior da matéria, e não no vazio ao seu redor - no caso, no ar.

Entretanto, o próprio Pani concorda que projetar esse experimento apresenta desafios consideráveis.

Não poderia ser diferente para alguém que tenha a pretensão de desbancar uma das teorias de maior sucesso até hoje.

Teoria de Einstein derruba dois competidores

Roupas autolimpantes, auto-remendantes e à prova de insetos

Uma equipe da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu uma roupa de algodão autolimpante.

Além de quebrar quimicamente produtos químicos e resíduos de pesticidas, quando exposto à luz o tecido é capaz de liquidar também com bactérias que o estejam infestando e produzindo maus odores.

Ning Liu e seus colegas incorporaram nas fibras de algodão um composto chamado 2-AQC (ácido carboxílico 2-antraquinona).

O composto liga-se fortemente às fibras de celulose no algodão, tornando a ligação resistente mesmo a processos fortes de lavagem.

Isto torna o tecido autolimpante mais durável do que soluções similares e uma solução diferenciada em relação ao filtro de algodão que mata bactérias, apresentado anteriormente.

Quando exposto à luz, o 2-AQC produz as chamadas espécies reativas de oxigênio, como os radicais hidroxila e o peróxido de hidrogênio, que matam bactérias e quebram as moléculas de compostos químicos como pesticidas e outras toxinas.

Algodão que conduz eletricidade tece primeiras roupas multifuncionais

Roupas com repelentes e inseticidas

A equipe espanhola do projeto Inseplatex está mais concentrada na proteção automática que as roupas podem oferecer à saúde em situações de grande risco.

Em vez de olharem para as bactérias, eles estão desenvolvendo roupas à prova de insetos.

Os pesquisadores estão pensando não apenas em bombeiros, guardas florestais e agentes de combate à dengue e malária, mas também nas pessoas abrigadas em campos de refugiados, durante crises humanitárias ou acidentes naturais, como enchentes, terremotos e vulcões.

Para isso, estão sendo isolados agentes repelentes ou inseticidas, que serão a seguir incorporados nos plásticos e tecidos usados na fabricação das roupas profissionais e de ajuda humanitária.

"O projeto pretende controlar a ativação e a duração das propriedades biocidas em diversos produtos plásticos e têxteis, para então especificar usos concretos, sobretudo em roupas de uso profissional," afirmam eles.

O primeiro passo está sendo dado com a realização de bio-ensaios, quando biólogos e entomólogos isolam os compostos com ação para cada tipo de praga em particular.

A grande dificuldade do trabalho é que os pesquisadores ainda não descobriram uma forma única de incorporação desses agentes nos plásticos e nos tecidos, o que exige uma solução individualizada para cada repelente ou inseticida.

Roupas inteligentes utilizam biossensores para monitorar estado de saúde

Roupa que se auto-conserta

A Dra. Susie Jahren e seus colegas noruegueses têm uma preocupação mais local: proteger os pescadores e pessoas que precisam usar roupas para se protegerem da chuva e da água do mar.

Seus primeiros protótipos são tecidos sintéticos capazes de se autoconsertar no caso de serem furados.

Como o trabalho dos pescadores em alto mar é extremamente rude, é comum sofrer esbarrões e contatos com os equipamentos e com o barco, o que por vezes perfura a roupa de proteção.

Como não é possível parar o trabalho para trocar de roupa, o resultado é um pescador molhado e doente.

Enquanto as borrachas que se emendam sozinhas não chegam ao mercado, a solução encontrada foi usar um material à base de poliuretano, disperso no plástico em microcápsulas.

"Se a capa se rasgar ou for perfurada, as cápsulas se rompem na área danificada. O selante é liberado e endurece quando entra em contato com o ar ou com a água. Assim, a roupa se conserta sozinha," diz Jahren.

Materiais reparam-se sozinhos com luz