Batizada de tomatec, a solução consiste em uma série de medidas que qualquer agricultor pode tomar, além de ser aplicável em qualquer cultivar, ou variedade, de tomate.
Não se trata, contudo, de produção orgânica, uma vez que os produtos químicos contra pragas, como defensivos agrícolas ou fungicidas, continuam sendo usados, ainda que em escala reduzida.
Plantio direto
Segundo o engenheiro agrônomo José Ronaldo Macedo, o tomatec se caracteriza pelo ensacamento das pencas de tomate, o que garante que o fruto não fique contaminado por pragas e nem por resíduos dos agrotóxicos.
Macedo afirma que a tecnologia permite reduzir o custo dos produtores em cerca de 10%, ampliando a produtividade em até 30%.
Mas há outros pontos que devem ser adotados pelo agricultor.
Um deles é o sistema de plantio direto, que envolve a rotação de culturas, para que o solo não fique contaminado por pragas e doenças que atingem o tomate.
Fertirrigação
A condução do tomate, uma operação chamada tutoramento, é feita na vertical, e não inclinada, como na cultura tradicional.
Para isso são usados fitilhos para amarração, que podem ser reaproveitados na rotação de cultura, como, por exemplo, com a ervilha ou com o feijão de corda.
Segundo o pesquisador, essa mudança favorece a criação de um microambiente de maior umidade próximo às plantas.
Outro ponto é o uso da irrigação por gotejamento com a adubação - uma técnica chamada fertirrigação - em substituição à aspersão por mangueiras.
Manejo integrado
Finalmente, vem o manejo integrado de pragas.
Trata-se de um levantamento por meio do qual o agricultor faz uma estatística das pragas encontradas na lavoura.
Somente quando a população de pragas supera um determinado nível é que será feita a aplicação de defensivos.
Como as pencas de tomates já estarão ensacadas nessa etapa do plantio, os frutos ficarão protegidos dos venenos.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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