Da próxima vez que alguém lhe disser que comprou um "HD salgado" pode ser que ele não esteja se referindo ao preço elevado de seu novo brinquedinho.
É que cientistas de Cingapura desenvolveram uma técnica que aumenta a densidade de armazenamento dos discos rígidos em até seis vezes.
Embora isso tenha sido conseguido com uma série de inovações, a que mais chamou a atenção é a adição de cloreto de sódio - o sal de cozinha - em uma das etapas de fabricação dos grânulos magnéticos, os pequenos aglomerados onde são gravados os bits no HD.
Ganhos de organização
Os HDs atuais usam grânulos magnéticos espalhados aleatoriamente sobre a superfície do disco.
O Dr. Joel Yang e seus colegas do Instituto de Pesquisas e Engenharia de Materiais (IMRE) alcançaram uma precisão na fabricação que os permite criar grânulos criteriosamente espaçados.
Na tecnologia atual, cada grânulo mede entre 7 e 8 nanômetros. Ocorre que são necessários vários deles para gravar um bit de dado.
Na nova tecnologia, cada grânulo é um pouco maior - 10 nanômetros - mas seu espaçamento preciso permite que cada um deles seja usado para gravar um bit.
O segredo para isso é um processo de litografia com feixe de elétrons de resolução extremamente elevada.
O Dr. Yang descobriu que esse aumento de resolução pode ser conseguido simplesmente adicionando cloreto de sódio na solução usada durante este processo.
Teste de leitura
Com a nova tecnologia, a densidade de armazenamento subiu de 0,5 Terabyte (TB) por polegada quadrada, nos HDs atuais, para teóricos 3,3 TB por polegada quadrada na nova tecnologia.
Isto significa que um disco rígido que armazena 1 TB de dados hoje poderá conter até 6 TB de informação, com tudo o mais constante, incluindo o tamanho.
Os cientistas fabricaram superfícies magnéticas com 1,9 Terabit/pol.quadrada e 3,3 Terabit/pol.quadrada, mas apenas os primeiros passaram no teste de leitura de dados.
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