sexta-feira, 31 de julho de 2009

GVT anuncia pacotes de banda larga com velocidade de até 100 Mbps

A operadora de telefonia fixa e banda larga GVT anunciou, nesta quinta-feira (30/7), a nova família Power, que oferece banda larga com velocidade de até 100 Megabits por segundo (Mbps).

A oferta com menor velocidade é a de 3 Mbps e sua mensalidade é de 49,90 reais. O usuário pode optar ainda pelas velocidades de 10 Mbps, 15 Mbps, 35 Mbps, 50 Mbps e 100 Mbps. Os valores são, respectivamente, 69,90 reais, 99,90 reais, 199,90 reais, 299,90 reais e 499,90 reais. Estes preços valem para a aquisição do serviço de internet em alta velocidade nos pacotes Unique e Smart Maxx, que incluem telefonia fixa e custam a partir de 102,87 reais a 552,87 reais.

A família Power, que começa a ser comercializada em agosto, substitui a TurboNet, que continua para a base de assinantes. "Nossa expectativa é que nossos clientes migrem para a Power", afirma o vice-presidente de marketing e vendas da GVT, Alcides Troller Pinto. Os interessados podem degustar o serviço no site Power GVT a partir de domingo (2/8).

Os habitantes de 56 cidades brasileiras - entre as 82 em que a operadora atua em massa - poderão contratar a banda larga Power. Os Estados que terão acesso à nova família de produtos são Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, além do Distrito Federal.

A expectativa da operadora é aumentar a base de clientes adeptos ao pacote com velocidade de 10 Mbps, tornando-a a maior da empresa, afirma Pinto. Atualmente, são 21% que têm esta velocidade. Todos os clientes que contratam 10 Mbps ou pacote superior recebem um modem da GVT, "adequado para as necessidades da conexão", garante o executivo.

Devido à concessão, a fidelização aos planos é de um ano. Por enquanto, "cerca de 25% de nossa receita de banda larga vem dos pacotes de 10 Mbps", diz.

A empresa tem investido para aumentar a agilidade de seus serviços. "Nos últimos três meses, aumentamos em 40% nossa equipe para instalação de banda larga", explica o vice-presidente de marketing.

Quanto a expansão territorial, Pinto aponta que a operadora considera algumas cidades em seu cronograma de planejamento. "Queremos atuação nacional e entrar em São Paulo com ofertas em massa", afirma. Atualmente, a GVT atua, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, somente no segmento corporativo.

"No último trimestre, pretendemos entrar em mais três cidades, que somam 2,6 milhões de habitantes", diz Pinto.

Fonte: IDG Now!

Código genético da cana-de-açúcar começa a ser decifrado

O sequenciamento do genoma da cana-de-açúcar já está em andamento no Brasil. Na Universidade de São Paulo (USP), um grupo de cientistas vinculados ao Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) realizou a primeira corrida em um pirossequenciador - uma tecnologia de última geração empregada para o sequenciamento genético - obtendo 1,1 milhão de sequências.

A segunda corrida terá início na próxima semana. Como a quantidade de informação gerada a partir da nova tecnologia é muito grande e de alta complexidade, o BIOEN está ampliando a equipe de bioinformática e busca pessoal para a pesquisa em banco de dados, desenvolvimento de ferramentas e análises estatísticas.

Segundo a coordenadora do BIOEN, Glaucia Mendes de Souza, professora do Instituto de Química (IQ) da USP, o resultado da primeira corrida equivale a mais de 11 vezes o trabalho realizado durante dois anos pelo Projeto Sucest-FUN, também conhecido como Projeto Genoma Cana.

O pirossequenciador está instalado no Centro Avançado de Tecnologias em Genômica (CATG) do IQ-USP. "Obtivemos, em uma única corrida, cerca de 335 milhões de pares de bases. O sequenciamento realizado pelo Sucest entre 2001 e 2003 gerou pouco menos de 30 milhões de pares de bases", disse à Agência FAPESP.

O experimento foi conduzido no CATG por Carlos Hotta. O trabalho integra as atividades do Projeto Temático Redes Regulatórias e de Sinalização da Cana-de-Açúcar, apoiado pela FAPESP e coordenado por Glaucia.

Melhoramento genético da cana

Segundo a coordenadora do BIOEN, o objetivo do experimento é identificar as regiões promotoras e variantes que controlam as expressões gênicas e reconhecer padrões de diversidade genética para apoiar os programas de melhoramento da cana-de-açúcar.

"O pirossequenciador 454 é o mais adequado para sequenciar a cana-de-açúcar porque possibilita trabalhar com fragmentos grandes de 450 pares de bases - o que é conveniente porque a cana tem um genoma grande, com mais de 10 bilhões de pares, com muitos trechos repetidos", explicou.

A tecnologia utilizada no pirossequenciador, conhecida como shotgun, foi empregada no sequenciamento do genoma humano. Com ela, o genoma não é clonado, mas "explodido" em fragmentos pequenos e sequenciado em larga escala. "Mas o genoma humano levou mais de dez anos para ser sequenciado, porque na época eles ainda não tinham o 454 à disposição", disse.

Redes metabólicas

O projeto Sucest - que envolveu 240 pesquisadores de mais de 40 instituições, sendo 17 delas do exterior - avaliou o transcriptoma da cana e montou um vasto banco de dados sobre o material genético da planta. Para isso foram sequenciados fragmentos de genes denominados ESTs (etiquetas de sequência expressa).

"O projeto nos deu a base para montar o BIOEN. Nessa nova fase, vimos que era preciso ir além das sequências expressas e partir para as sequências completas, porque com elas, entre outras coisas, podemos montar redes regulatórias", disse Glaucia.

"Por exemplo, se queremos saber como a cana-de-açúcar acumula sacarose e por que uma planta faz mais sacarose e outra faz menos, precisamos entender as redes metabólicas envolvidas na síntese da sacarose. Para saber como ela liga e desliga essas redes, é preciso identificar os genes e as regiões regulatórias, chamadas de promotores", explicou.

Os promotores, segundo ela, indicam onde, quando e em que medida um determinado gene está sendo expresso. "O que regula a fisiologia da planta - respostas ao estresse, metabolismo de açúcar e crescimento, por exemplo - são essas redes de genes que vão guiar as redes metabólicas", disse.

Cem corridas

Segundo Glaucia, o Programa BIOEN investiu recursos suficientes para fazer cerca de cem corridas. "Com isso, poderíamos obter pelo menos cinco vezes o genoma da cana-de-açúcar", afirmou.

No entanto, em um primeiro momento os cientistas envolvidos com o Programa BIOEN deverão sequenciar mil trechos lineares do genoma da cana-de-açúcar que tenham regiões de interesse para o programa, entre os quais genes associados com a produção aumentada de sacarose e com resistência e tolerância à seca.

"Serão aproximadamente 300 pedaços sequenciados da variedade R570 - uma cultivar tida como modelo em todo o mundo para o melhoramento genético da planta - e outros 700 de cultivares brasileiros. Mas é importante observar que não vamos concluir o genoma da cana-de-açúcar até o fim de nossos Projetos Temáticos", disse.

Rascunho do genoma

Com o uso do pirossequenciador, os pesquisadores pretendem, dentro de cerca de cinco anos, obter um rascunho do genoma da cana-de-açúcar e, a partir daí, tentar conseguir fragmentos grandes sequenciados a partir de BACs (Cromossomo Artificial de Bactéria, na sigla em inglês), que são fragmentos de mais de 100 mil pares de base introduzidos em um cromossomo artificial de bactéria e sequenciados um a um.

Glaucia afirma que o trabalho faz parte de uma estratégia internacional envolvendo Brasil, Austrália, África do Sul, França e Estados Unidos. "Nesse consórcio, cada um fará um rascunho do genoma de cultivares de seu interesse e vamos trabalhar em conjunto para tentar integrar os dados em um banco de dados mundial de genômica de cana-de-açúcar", disse.

Para isso, está sendo montada uma equipe de bioinformática internacional. "No Brasil, estamos em busca de pessoal para analisar os dados e necessitamos de recursos humanos em áreas como matemática, estatística, computação e engenharia de sistemas. O desenvolvimento do banco de dados será bastante trabalhoso" afirmou.

Novo patamar de conhecimento

Segundo a coordenadora do BIOEN, ter essa tecnologia em pleno funcionamento, com uma equipe formada, montando um banco de dados, fazendo sua análise e trocando informação com grupos internacionais será essencial para levar o conhecimento sobre a cana-de-açúcar para outro patamar.

"A cana está hoje onde o milho estava há dez anos, por isso não temos as ferramentas de biotecnologia para o melhoramento da cana. É difícil entender como o melhoramento foi feito até agora, porque não existe genética estatística disponível para analisar um genoma tão complexo como esse", disse.

Expedição parte em busca de ilha de lixo no Pacífico

Uma equipe de cientistas e ambientalistas parte neste final de semana da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, em busca do que alguns chamam de "A Ilha do Lixo" - um redemoinho de lixo no Oceano Pacífico formado por mais de seis milhões de toneladas de plástico.

A "ilha" também recebe outros nomes, como "Mancha de Lixo do Pacífico Norte" e "Pacific Vortex." Ela flutua à deriva entre a Califórnia, nos Estados Unidos, e o Japão.

Lixo flutuante

O redemoinho foi descoberto em 1997 pelo oceanógrafo Charles Moore. Ele ignorou os alertas de não passar pela região, onde faltam ventos e correntes, e acabou descobrindo o acumulado de lixo.

Durante a viagem, o oceanógrafo encontrou pedaços de garrafas, sacos plásticos, seringas e uma variedade enorme de outros objetos de plástico em vários estados de conservação, já que, devido à ação do sol e dos ventos, o material se desintegra em fragmentos pequenos que flutuam durante anos, obedecendo às correntes marítimas.

O plástico tem origem na atividade no continente, principalmente nas áreas costeiras. O material também chega ao oceano por meio dos rios. Os ventos e as correntes empurram o plástico até o redemoinho no Pacífico Norte.

A desintegração do plástico em partículas microscópicas, algumas infinitamente menores do que um grão de areia, faz com que esta mancha, cujo tamanho é duas vezes maior que a superfície do Estado americano do Texas, seja quase impossível de ser localizada com radares ou tecnologia de satélite.

Sopa plástica

Ao sair em busca do redemoinho a equipe de cientistas e ambientalistas do Projeto Kasei desafia problemas como a localização imprecisa e a decisão do que fazer quando finalmente ficarem frente a frente com esta gigantesca coleção de lixo.

A expedição visa estudar a composição desta "sopa plástica" (outro apelido que recebeu a "ilha"), o nível tóxico de seus componentes, seu efeito sobre a vida marinha e seu papel na cadeia alimentar.

O líder do projeto, Doug Woodring, explicou à BBC que o mais difícil será coletar amostras sem capturar espécies marinhas.

"Teremos que utilizar tecnologias diferentes, dependendo do volume de resíduos por quilômetros quadrado. Também contamos com redes de tamanhos diferentes", afirmou.

"A ideia é, primeiro analisar do que se trata e, depois, discutir a melhor maneira de lidar com ela (a "ilha de lixo")", acrescentou Woodring, que acredita que uma alternativa seria "transformar o lixo em diesel combustível".

Água de ninguém

Apesar de a "ilha" ter sido descoberta há mais de uma década, ninguém até o momento tomou medidas para resolver o problema. Para Woodring, no entanto, este fato não é surpreendente.

"O problema principal é que (a "ilha de lixo") está em águas internacionais. Ninguém passa pelo local, não está nas principais rotas comerciais, não está sob nenhuma jurisdição e o público não sabe de sua existência", afirmou.

"Por isso, nenhum governo é pressionado, nenhuma instituição é pressionada a resolver este problema. É um pouco parecido com o que acontece com o lixo espacial", acrescentou.

Plástico na cadeia alimentar

Apesar de este gigantesco depósito de lixo estar a uma distância relativamente "cômoda", as consequências de sua existência afetam a todos.

Os peixes pequenos, por exemplo, confundem as partículas plásticas com alimentos. Muitos morrem depois de ingerir estes fragmentos, que também agem como esponjas, absorvendo substâncias tóxicas e metais pesados.

Mas, outros peixes sobrevivem e, quando são ingeridos por animais maiores, transformam o plástico em parte da cadeia alimentar.

Dois barcos participam da expedição, o Kaisei e o New Horizon, e eles voltarão à costa dentro de um mês. Quem quiser acompanhar as descobertas realizadas durante a expedição pode acessar a página do projeto na internet em www.projectkaisei.org

Fonte: BBC Brasil

Elétron entra em fio quântico e divide-se em duas novas partículas

Imagine uma bola girando. Agora, separe os dois, a bola de um lado e o giro do outro. A bola deverá ficar parada, e o "giro" deverá ficar lá, sem a bola. Se você juntá-los novamente terá de novo uma bola girando.

Parece estranho? Os físicos sempre ficam entre orgulhosos e irritados quando dizemos que a mecânica quântica é bizarra. Mas é difícil encontrar palavras para descrever o comportamento das partículas/onda nas dimensões atômicas e subatômicas.

O fato é que, no mundo quântico, a separação entre a bola e o giro é possível. Não como uma bola, mas com um elétron.

Propriedades elétrica e magnética

Um elétron, apesar de parecer não ter tamanho e nem poder ser isolado, tem duas propriedades, uma elétrica e outra magnética. A propriedade elétrica é a carga do elétron. A propriedade magnética é o seu spin, que pode ser entendido como a direção na qual o elétron gira.

Em 2006, um grupo de pesquisadores coreanos demonstrou experimentalmente uma teoria criada pelo físico Duncan Haldane em 1981. Segundo ele, sob determinadas circunstâncias, seria possível separar o elétron em carga e spin. Ele chamou a "partícula" carga de hólon e a "partícula" spin de spínon.

Os pesquisadores demonstraram experimentalmente que isso de fato acontecia em sólidos unidimensionais, a temperaturas próximas ao zero absoluto - a descrição do experimento pode ser vista na reportagem Spínons e hólons: descobertas duas novas partículas do elétron.

Fio quântico

Agora, uma equipe de físicos das universidades inglesas de Cambridge e Birmingham criou um experimento ainda mais simples e que permitiu a confirmação dos resultados anteriores em bases bem mais claras e até mesmo mais amplas do que a teoria original de Haldane previa.

Quando os elétrons estão em um metal, eles se repelem, por terem todos carga negativa. Mas, quando eles são confinados em um nanofio unidimensional, fica muito difícil para que um elétron se afaste do outro. O "trauma" da aproximação entre eles é tão grande que o elétron cinde sua "personalidade", dividindo-se em hólon e spínon, mandando sua carga elétrica para um lado e seu giro magnético para o outro.

A grande dificuldade do experimento prático para demonstrar esse comportamento, digamos, bizarro, é que é necessário confinar os elétrons no nanofio unidimensional, também chamado fio quântico. Para isto, é necessário colocar o fio quântico próximo o suficiente de um metal para que os elétrons possam saltar para o nanofio, por meio de um processo chamado tunelamento quântico.

Nanodispositivo

As técnicas mais recentes de construção de nanodispositivos permitiram que os físicos Yodchay Jompol e Chris Ford construíssem um aparato no qual o fio quântico fica separado da placa metálica por uma distância equivalente a apenas 30 átomos.

Usando equipamentos de medição sensíveis o suficiente, eles perceberam que os cálculos teóricos dos seus colegas Tim Silk e Andy Schofield estavam certos. Eles detectaram claramente os sinais distintos das duas novas partículas, uma carga e um spin.

Revolução na computação

Além de demonstrar o fenômeno da cisão do elétron em duas partículas com uma clareza de observação que não tinha sido alcançada até agora, o novo experimento demonstrou que os spínons e hólons podem ser detectados em distâncias muito maiores do que a teoria originalmente previa. E isso pode abrir caminho para aplicações práticas.

"Os fios quânticos são largamente utilizados para conectar pontos quânticos, que estão sendo usados em experimentos de computação quântica, entre outros. O entendimento dessas propriedades pode ser importante para essas tecnologias quânticas, assim como irá nos ajudar a desenvolver teorias mais completas sobre a supercondutividade e a condução em sólidos em geral. Isso poderá levar a uma revolução na computação," diz o Dr. Chris Ford.

Nanopartícula tudo-em-uma: um canivete suíço para a nanomedicina

As nanopartículas são vistas como promissoras para uma grande variedade de usos no campo médico, incluindo o transporte de medicamentos até o local onde eles são necessários, a liberação de pulsos de calor extremamente localizados, capazes de matar células cancerosas e a geração de imagens médicas mais precisas.

Agora, os pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, parecem ter tido uma ideia melhor. Em vez de fabricar uma nanopartícula adequada a cada tarefa em particular, eles fabricaram uma nanopartícula "tudo-em-uma," uma espécie de canivete suíço da nanotecnologia, servindo a múltiplos usos.

Nanopartícula multifuncional

A nanopartícula multifuncional tanto servirá para a geração de imagens médicas quanto para as terapias. "Esta é a primeira vez que nanopartículas semicondutoras e metálicas foram combinadas de forma a preservar a função de cada componente individual," comemora o Dr. Xiaohu Gao, coordenador da pesquisa.

O foco desta pesquisa são as aplicações médicas, mas o Dr. Gao afirma que a técnica que seu grupo desenvolveu terá usos também em outras áreas, como na pesquisa de energia, podendo ser utilizada na fabricação de células solares duplamente eficientes.

Nanopartículas fluorescentes

Os semicondutores a que o pesquisador se refere são pontos quânticos, nanopartículas fluorescentes cujas dimensões equivalem a frações do comprimento de onda da luz visível. Nesta escala, as propriedades ópticas únicas dos pontos quânticos fazem com que eles emitam luz de diferentes cores, dependendo de suas dimensões. Os pontos quânticos estão sendo desenvolvidos para uso em imageamento médico, células solares e também em diodos emissores de luz, os LEDs.

Por outro lado, nanopartículas de ouro também são promissoras. Elas irradiam o calor que incide sobre elas a partir de uma fonte infravermelha. Isto permite que elas literalmente queimem células nas suas proximidades, como células tumorais.

O melhor de cada um

Agora os pesquisadores descobriram como juntar um ponto quântico com uma nanopartícula de ouro sem que uma nanopartícula anule o efeito da outra.

Os pesquisadores usaram um polímero - o etilenoglicol - para proteger um núcleo contendo um ponto quântico. Acima do polímero, a uma distância de apenas 3 nanômetros, foi construída uma concha externa usando uma camada de ouro com poucos átomos de espessura.

O "isolamento" de polímero garante que os campos óptico e elétrico dos dois materiais não interfiram entre si. Com isto, a nanopartícula multifuncional pode funcionar para a geração de imagens médicas por fluorescência - usando as propriedades do ponto quântico - e também para imageamento por difusão ou para terapias de aquecimento - para os quais a nanopartícula de ouro é mais eficiente.

Ovo nanotecnológico

A nanopartícula canivete suíço tem a estrutura muito parecida com a de um ovo, no qual o ponto quântico é a gema, o polímero é a clara e o ovo é a casca. Esse "ovo nanotecnológico" inteiro mede entre 15 e 20 nanômetros, dependendo da espessura da camada de polímero, que pode ser ajustada com precisão molecular.

Além de suas características intrínsecas, a camada de ouro pode receber moléculas biológicas, que se ligam com facilidade ao ouro. Essas moléculas podem alvejar tipos específicos de células, como as células de um determinado tumor.

Além disso, o ouro é biocompatível, não degrada, é aprovado para uso médico e amplifica o brilho do ponto quântico em até 10 vezes.

Vidro é criado a partir de resíduos de rochas ornamentais

Resíduos de rochas ornamentais como mármore e granito, que sobram depois do processo de serragem que transforma os blocos de pedra em chapas, podem agora servir de matéria-prima para a indústria do vidro.

Isso graças a um novo processo desenvolvido no Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), do Rio de Janeiro. O uso do resíduo também contribui para a solução do problema ambiental causado pelo pó fino que se acumula nas serrarias e acaba impactando o meio ambiente.

Resíduos de mármore e granito

As pesquisas foram desenvolvidas pela física Michelle Babisk, sob orientação do tecnologista José Carlos da Rocha. A pesquisa teve como objeto os resíduos gerados pela indústria de rochas ornamentais do Espírito Santo, que é hoje responsável pela metade da produção nacional deste tipo de material.

A transformação de resíduos de granito e mármore em vidro é viabilizada pela presença de óxidos, como a sílica, que são matérias-primas utilizadas em larga escala na produção de vidros sodo-cálcicos.

Junto aos resíduos das rochas - coletados em Cachoeiro do Itapemirim, na região Sul do estado, onde estão mais de 60% dos empreendimentos do Espírito Santo - são misturados areia, carbonato de cálcio e sódio, em quantidades controladas para que a composição se aproxime ao máximo das características do vidro comercial.

Economia de areia e benefício ambiental

Com a utilização destes resíduos, há uma considerável diminuição dos impactos ambientais na região, já que antes eles eram descartados no solo. Por outro lado, o uso do material reduz o consumo de areia, minimizando outro problema, que é a extração excessiva desse recurso.

Um terceiro benefício ambiental é o emprego também dos óxidos ferrosos despejados no solo por meio das limalhas de ferro ou aço que são jateadas contra a rocha no processo de corte. O material é incorporado à composição do vidro como corante, garantindo a produção de vidros verdes, que têm um mercado bastante específico.

Novas tecnologias na Ciência dos Materiais

A pesquisa de Michelle produziu no INT quatro tipos de vidro, sendo testadas suas condições de impermeabilidade, passagem de luz, entre outras propriedades. Com resultados bem-sucedidos no controle de qualidade do produto, a produção de vidro a partir de resíduos de rochas ornamentais está sendo patenteada e será apresentada no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 25 de setembro, na 11ª Conferência Internacional de Materiais Avançados (Icam). Organizado pela International Union of Material Research Societies (IUMRS), o evento - já sediado por países como China, Japão e México - é realizado em anos alternados e tem como objetivo apresentar novas tecnologias relacionadas à área da Ciência dos Materiais.

No mês que vem Michelle finaliza seu mestrado com os resultados do trabalho realizado no INT, que terá como título Desenvolvimento de vidro sodo-cálcicos a partir de resíduos de rochas ornamentais. O objetivo final do desenvolvimento desse processo, afirma a pesquisadora, é a transferência da tecnologia para as indústrias.

Argamassa de pó-de-rocha

A área de Processamento e Caracterização de Materiais do INT já transforma resíduo de rochas ornamentais em matéria-prima para a indústria há algum tempo. O primeiro trabalho concretizado nesta linha foi o aproveitamento do pó fino das serrarias do município de Santo Antonio de Pádua na produção de argamassas, tecnologia já transferida para a empresa Argamil e gerando royalties para os pesquisadores do INT e do Centro de Tecnologias Minerais (Cetem/MCT), parceiros na inovação.

O pesquisador do INT, José Carlos da Rocha , desenvolveu ainda a produção de rochas artificiais a partir dos resíduos grossos da serragem.

Físicos criam dispositivo capaz de armazenar a luz

Pesquisadores da Universidade de Mainz, na Alemanha, realizaram um sonho longamente perseguido por físicos de todo o mundo: eles construíram uma armadilha de luz, um dispositivo que permite que a luz seja armazenada por longos períodos de tempo.

O dispositivo é inacreditavelmente simples e feito a partir de uma única fibra óptica, o que abre caminho para seu uso em um sem-número de aplicações, de dispositivos quânticos inovadores até as telecomunicações e os equipamentos eletrônicos portáteis.

Interface quântica entre luz e matéria

"Nós queremos usar esse microrressonador multifuncional para acoplar minúsculos campos de luz, consistindo de fótons individuais, com átomos individuais," explica o professor Arno Rauschenbeutel, coordenador da pesquisa.

Se o professor Arno e sua equipe puderem dar esse passo adicional, eles estarão criando um interface quântica entre a luz e matéria, um passo essencial para a viabilização da comunicação e da criptografia quânticas, além da realização do tão sonhado computador quântico.

Como armazenar a luz

Einstein demonstrou que a luz pode ser vista como uma partícula, formada por unidades discretas, chamadas fótons. Mas será que isso implica que ela poderia ser armazenada, na forma de "bolinhas de luz"?

Certamente que não. Simplesmente porque, no mundo quântico, onde se pode tratar a luz como uma partícula, as coisas se comportam de forma bem mais complicada, e partículas nem sempre são partículas, elas se transformam em ondas e ondas se comportam como partículas, enfim, nada é como no mundo macroscópico e a palavra estabilidade assume outros significados quando se trata de fenômenos quânticos.

Assim, se você estiver mesmo interessado em fabricar um "pote" para armazenar a luz, terá que lidar com ela da forma como a percebemos, como uma onda.

Esfera espelhada

Uma primeira solução poderia ser construir uma esfera totalmente espelhada, com um único furo microscópico por onde a luz pudesse ser injetada em seu interior. Se o espelho for perfeito, a luz que entrar pelo furo ficará refletindo de um lado para o outro indefinidamente. A única perda seria dos fótons que batessem exatamente na porta de entrada.

Mas não existem espelhos perfeitos. Os melhores deles, os mais perfeitos espelhos que se consegue fabricar hoje, perdem vários por cento da luz a cada reflexão. Como a luz é muito rápida - em apenas um segundo, ela dá sete voltas ao redor da Terra - ela vai refletir tantas vezes que será absorvida pelo espelho, gerando calor, antes mesmo que consigamos medir o quanto ainda resta dela lá dentro.

Microrressonadores

As coisas começam a melhorar um pouco quando tentamos construir nosso dispositivo armazenador de luz em escala microscópica. Quando construímos paredes reflexivas e conseguimos inserir a luz de forma controlada no interior do nosso dispositivo, temos o que se chama um microrressonador.

Só para antecipar um pouco as coisas, aqui saímos do nível teórico. Já existem microrressonadores de uso prático, sendo usados, por exemplo, nos diodos laser, que revolucionaram as telecomunicações e o armazenamento óptico de informações - lembre-se dos CDs e dos DVDs - ao longo dos últimos anos.

De volta aos espelhos

Mas então, pode-se perguntar, em nível microscópico, os espelhos são melhores? Não, mas a questão é que os microrressonadores não têm a intenção de armazenar a luz por longos períodos, como a nossa proposta original ao construir um pote de luz. Para eles, basta que a luz fique confinada por alguns milionésimos de segundo.

Lembre-se da velocidade da luz. Como ela é muito rápida, o número de reflexões por segundo no interior dos microrressonadores atinge alguns trilhões por segundo. Para guardarmos a luz por alguns milionésimos de segundo, cada 1 milhão de reflexões que ocorrer nesse período não poderá perder mais do que 1 milionésimo da energia da luz.

Isso não seria uma solução para o nosso pote de luz macroscópico, porque, como dissemos, os melhores espelhos perdem vários por cento da luz por reflexão. Fazendo os cálculos, vemos que um pote de luz macroscópico precisaria de espelhos 10 mil vezes mais eficientes do que os atuais para armazenar a luz por apenas um milionésimo de segundo.

Interação entre luz e matéria

Se já não tivéssemos dificuldades suficientes rumo ao nosso pote de luz, em escala quântica surge um outro problema. Durante o armazenamento, e em qualquer aplicação prática que se possa pensar, a nossa luz armazenada estará sempre entrando em contato com átomos.

Isto exige que a frequência da luz seja ajustada com extrema precisão para interagir com os átomos, o que significa que, além de construir um espelho perfeito, teremos que fazê-lo absolutamente puro, com um único elemento químico. E ainda assim poderemos armazenar luz de uma única frequência, ou seja, de uma única cor - a frequência da luz é o que surge para nossos olhos como cor.

Esse fenômeno pode ser melhor entendido comparando o efeito com a corda de um instrumento musical: a corda somente pode vibrar em frequências fixas determinadas pelo seu comprimento. De forma similar dá-se a interação entre cada tipo de átomo e cada frequência da luz.

Ficamos então com dois problemas: precisamos de um espelho bom o bastante e precisamos ajustar a frequência da luz armazenada em nosso pote com os átomos de que o pote será feito.

Dispositivo para armazenar luz

Esta era a situação com a qual os cientistas se defrontavam até agora.

Até que a equipe do professor Arno encontrasse, de uma só vez, a solução para os dois problemas. Eles construíram um microrressonador que combina todas propriedades que se possa querer em um pote de luz, isto é, um longo tempo de armazenamento e a possibilidade de ajuste para armazenar qualquer cor de luz; e com uma vantagem adicional: tudo contido em um dispositivo único e muito pequeno.

Então, aqui vai a receita dos cientistas alemães para construir um pote capaz de armazenar luz: pegue uma fibra óptica, aqueça-a até que ela possa ser esticada e então vá puxando as suas extremidades até que ela atinja um diâmetro de cerca de metade do diâmetro de um fio de cabelo humano. Pegue um laser e molde o centro da fibra afinada, construindo nela uma saliência, um bojo, parecido com uma bola de futebol americano.

E pronto. A luz que entrar em nosso pote de luz ficará refletindo continuamente na superfície da fibra óptica, viajando em uma rota espiral ao redor do eixo da fibra. Com isto, a luz não poderá escapar pelas extremidades da fibra, onde começa e onde acaba o nosso pote, porque o diâmetro da fibra reduz-se abaixo do seu comprimento de onda.

Garrafa ressonadora

Os pesquisadores não batizaram a sua armadilha de luz de "pote de luz". Eles a chamaram de garrafa ressonante, ou garrafa ressonadora, pela similaridade do dispositivo com a chamada garrafa magnética, na qual uma partícula se move entre os extremos de um campo magnético que é fraco no meio da garrafa e forte em suas extremidades, ficando aprisionada lá dentro.

O ajuste da garrafa ressonadora para que ela possa armazenar diferentes comprimentos de onda da luz é uma questão de puxar (ou, teoricamente, empurrar) as duas extremidades da fibra. A tensão mecânica altera o índice refrativo do cristal da fibra óptica, espichando ou encurtando o caminho da luz, o que determina qual comprimento de onda ficará preso lá dentro.

Criptografia do iPhone 3GS é inútil, diz especialista

O desenvolvedor de iPhone e hacker Jonathan Zdziarski publicou vídeos demonstrando a extração completa de dados criptografados do iPhone. O recurso deveria impedir que informações confidenciais, especialmente de empresas, vazassem no caso de perda ou roubo do aparelho. Mas a implementação da funcionalidade é falha e permite que qualquer um copie os dados sem precisar descobrir as chaves de segurança.

Zdziarski explicou, em uma entrevista à revista “Wired”, que é possível fazer com que o próprio iPhone se encarregue de decodificar as informações. Basta instalar um “kernel” (código) personalizado no aparelho.

A principal utilidade da criptografia é a eliminação remota dos dados, conseguida por meio do serviço MobileMe. No entanto, para impedir que o usuário consiga fazer isso, o criminoso precisa apenas retirar o cartão SIM do aparelho, o que o impedirá de receber o comando de eliminação. Zdziarski comparou esse comportamento com o dos celulares BlackBerry, da RIM, que automaticamente apagam as informações após passarem um período sem acesso à rede.

Yebol, mecanismo de busca semântica, promete mais eficiência que Google

Depois da estreia do Bing, mecanismo de buscas da Microsoft, e, antes, do Wolfram Alpha, outro mecanismo de busca entra ao mercado. A bola da vez é o Yebol, site de buscas semânticas que promete oferecer resultados mais relevantes que o Google, o líder do segmento com mai de 65% de participação do mercado, de acordo com dados da comScore.

Por ora, o site está em fase beta, mas já consegue fornecer resultados para mais de 10 milhões de expressões. O Yebol promete ainda apresentar resultados para “qualquer expressão já concebida” em um prazo entre três e seis meses. Para isso, o mecanismo usará uma combinação de algoritmos e conhecimento humano para criar um diretório web gigantesco.

As buscas feitas a partir do Yebol apresentam, além dos tradicionais links para outros sites, outras buscas relacionadas, resultados no Twitter e mostra quais os principais sites sobre um determinado assunto. “O Yebol vai libertar as pessoas das listas que são as buscas na web, sem sacrificar a quantidade de conteúdo”, disse o diretor de comunicação do site, Grant Landis.

Fonte: IDG Now!

'Brecha do iPhone' ameaça celulares de outros fabricantes, diz especialista

O especialista em segurança Charlie Miller revelou, nesta quarta-feira (30), como pessoas mal-intencionadas podem usar torpedos (mensagens de texto) para invadir o celular multimídia iPhone, da Apple, além de aparelhos com as plataformas Android, do Google, e Windows Mobile, da Microsoft. Apesar de as atenções terem se voltado para o iPhone, esses outros portáteis também estão vulneráveis.

Durante o evento de segurança Black Hat, realizado em Las Vegas, o analista da Independent Security Evaluators cumpriu sua promessa e revelou detalhes de como o ataque pode ser realizado.

Segundo a “Business Week”, ele explicou que a invasão está baseada no envio de uma mensagem de texto “defeituosa”, que “confunde” o portátil, fazendo com que ele gerencie os dados do torpedo de uma forma diferente da tradicional. Assim, o celular se torna vulnerável e poder ser “sequestrado” por pessoas mal-intencionadas.

“Os celulares aceitam as mensagens de texto e sempre processam os dados nelas contidos”, explicou Miller. Se conseguirem explorar a falha e invadir o aparelho, golpistas podem fazer ligações, visitar sites, ligar a câmera, o microfone e ainda enviar mais mensagens para disseminar a invasão entre os iPhones.

As mensagens associadas à fraude, divulgou a “Forbes”, exibem apenas um quadrado. Caso os usuários recebam uma mensagem desse tipo, devem desligar rapidamente o celular -- o recebimento do torpedo funciona como um alerta de que alguém está tentando tirar proveito da brecha.

Solução

À “Forbes”, Miller disse acreditar na importância da exposição da falha antes que ela seja explorada por pessoas mal-intencionadas.

Ele também afirmou ter avisado a Apple e a operadora de telefonia AT&T sobre o problema e ter dado às empresas tempo para resolvê-lo. “Como pesquisador, posso apenas mostrar a brecha. Cabe a eles fixá-la”, continuou, dizendo ter dado à Apple “mais tempo [para uma solução] do que já dei para qualquer outra empresa”.

Segundo Miller, somente a operadora de telefonia móvel e o fabricante podem eliminar a falha. Ele afirma que as operadoras podem filtrar as mensagens, bloqueando aquelas associadas a possíveis golpes, enquanto as responsáveis pelos aparelhos com sistemas operacionais vulneráveis podem corrigir o código, eliminando assim a brecha.

A boa notícia, diz a “Business Week” é a dificuldade na exploração do problema. “É extremamente complicado. Levei duas semanas e meia para desenvolver um código [que tirasse proveito da falha”, disse Miller.

Fonte: G1

Adobe corrige 12 falhas de segurança no Flash Player

A Adobe corrigiu 12 vulnerabilidades no Flash Player, incluindo uma que vinha sendo explorada por crackers desde a semana passada para invadir computadores. Das outras, dez tinham potencial para serem exploradas por criminosos digitais na criação de golpes. As falhas de segurança atingem as versões do Flash Player para Windows, Mac e Linux. As correções para a versão Solaris ainda estão sendo desenvolvidas.

Na semana passada, a Adobe havia prometido que corrigiria o Flash em 30 de julho, depois do surgimento de relatos que indicavam que o aplicativo para visualização de conteúdo multimídia estava comprometido. Os mesmos relatos também indicavam que o Acrobat, popular programa para visualização de arquivos no formato PDF, também continha vulnerabilidades. As correções para o Acrobat devem ser publicadas nesta sexta-feira.

As novas versões do Flash Player para Windows, Mac e Linux já podem ser baixadas do site da Adobe. Como alternativa, os usuários podem se valer do recurso de atualizações automáticas para obter as versões corrigidas do aplicativo.

Fonte: IDG Now!

Fórum destaca certificação digital na área de saúde em São Paulo

No dia 4 de agosto, São Paulo sedia o 7º CertForum, evento promovido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e voltado para a apresentação de casos de certificação digital no governo e em empresas privadas.

Na edição, a área médica ganhará destaque com uma palestra sobre a modernização do Hospital Português de Pernambuco e casos sobre implantação de sistemas de prontuário eletrônico.

Também em destaque na grade, casos do poder judiciário mostrarão como a certificação digital dá mais velocidade e segurança na tramitação de processos eletrônicos.

O evento apresenta ainda o uso de certificados digitais no setor financeiro e projetos de autenticação em ambiente corporativo com o uso da biometria.

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas no site certforum.iti.gov.br.

Fonte: IDG Now!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Brasil fará transmissão transcontinental de cinema em altíssima definição

"A primeira transmissão transcontinental ao vivo de cinema em superalta definição da América Latina para os Estados Unidos e Japão", como vem sendo chamada por seus organizadores, será realizada na quinta-feira (30/7), às 19 horas, durante a 10ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), em São Paulo.

Do Teatro Popular do Serviço Social da Indústria (Sesi), na capital paulista, o filme Enquanto a noite não chega, dirigido por Beto Souza e Renato Falcão, será transmitido para a Universidade da Califórnia em San Diego e para a Universidade de Keio.

4 vezes melhor que TV Full HD

Por meio da rede KyaTera, do Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia), o desafio será transmitir, em tempo real, imagens em movimento de um longa-metragem com resolução de 4K.

A tecnologia 4K (4096 × 2160 pixels) refere-se à projeção de imagens em altíssima resolução. O total equivale a mais de 8 milhões de pixels, o dobro de um filme digital convencional. Trata-se de uma imagem com definição cerca de quatro vezes maior do que a HD (High Definition) e 24 vezes superior que a da televisão tradicional.

As imagens serão transmitidas ao vivo pelas redes de fibras ópticas do KyaTera, que operam com taxas de até 10 gigabits por segundo (Gbps), capacidade atualmente restrita principalmente às universidades e instituições de pesquisa do país.

Possibilidades para ciência

"Trata-se de um experimento que abre possibilidades enormes para a ciência, funcionando, primeiramente, com a demonstração de um princípio tecnológico factível para, em seguida, gerar novos benefícios e aplicações em outras áreas do conhecimento", disse o professor Eunézio de Souza, coordenador do Laboratório de Fotônica do Mackenzie e coordenador da camada física das redes ópticas do KyaTera, à Agência FAPESP.

"As infraestruturas lógica e física da rede estão prontas e as chances de a transmissão fracassar são muito remotas - isso aconteceria caso a energia elétrica da Avenida Paulista acabasse na hora do experimento, por exemplo, uma vez que os lasers que alimentam os cabos ópticos com informações são alimentados eletricamente", afirmou.

Fibras ópticas apagadas

Segundo o docente, que é conhecido pela comunidade científica como Thoroh, a transmissão transcontinental só se tornará possível graças à infraestrutura oferecida pela rede, que conecta dezenas de laboratórios de pesquisa no Estado de São Paulo.

"Sem o KyaTera não haveria esse experimento. A grande vantagem dessa rede é a possibilidade de usarmos as fibras ópticas apagadas [desativadas ou sem tráfego de luz], que já estão disponíveis e não estão conectadas a nenhum dispositivo convencional. Essas fibras pertencem à Telefônica e foram cedidas por meio de um acordo de cooperação científica com a FAPESP", disse.

"Diferentemente das fibras acesas, cuja largura de banda é determinada pelas empresas operadoras, nas fibras apagadas somos nós, pesquisadores, que determinamos as características da banda a ser utilizada. Para o experimento da transmissão transcontinental de imagens em superalta definição, utilizaremos taxas de cerca de 10 Gbps", completou.

Laboratório de Fotônica

Pelo lado brasileiro, a iniciativa é liderada por docentes e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura e de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Os detalhes técnicos para a transmissão das imagens estão a cargo do Laboratório de Fotônica do Mackenzie.

"Vemos esse experimento como a ligação da inovação tecnológica com um evento cultural e artístico que é o cinema", disse Jane de Almeida, coordenadora dos cursos de mestrado e doutorado em Educação, Arte e História da Cultura do Mackenzie e que também está à frente do experimento.

Participam ainda da transmissão pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da Rede ANSP (Academic Network at São Paulo, na sigla em inglês), da FAPESP.

No dia seguinte à transmissão transcontinental, na sexta-feira (31/7), às 10 horas, haverá um debate por cineconferência com pesquisadores brasileiros e das duas universidades estrangeiras que participam do projeto.

Mais informações podem ser obtidas no site www.file.org.br

Novo-G, primeiro supercomputador reconfigurável do mundo

Um supercomputador chamado Novo-G, descrito por seus criadores como sendo o mais poderoso computador de seu tipo no mundo, começou a funcionar nesta semana na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

Supercomputador reconfigurável

O nome Novo-G junta a palavra latina para "inovar, mudar, alterar" com a letra G, de Gênesis.

Sendo um computador reconfigurável, o Novo-G é capaz de rearranjar seus circuitos internos para atender às necessidades do problema que ele tem por resolver.

As aplicações dos computadores reconfiguráveis vão desde os satélites espaciais até os supercomputadores de pesquisa. Eles poderão ser usados "em qualquer lugar onde tamanho, energia e alta velocidade são importantes," diz o pesquisador Alan George.

Um computador desse tipo, muito menor, chamado "LapTop Voador," deverá ir ao espaço em 2012 - Sonda espacial terá hardware reconfigurável para múltiplas pesquisas

O melhor de dois mundos

Os computadores tradicionais usam os chamados "componentes de lógica fixa" para desempenhar uma grande variedade de tarefas. Mas esse enfoque "pau para toda obra" exige uma quantidade significativa de energia e espaço adicionais, não importando qual seja o trabalho a ser feito.

Por outro lado, computadores especializados, dirigidos para uma tarefa específica, podem ser construídos para realizar determinadas tarefas de forma muito mais eficiente. Mas eles não são flexíveis, e só sabem fazer uma coisa.

Os computadores reconfiguráveis, por sua vez, juntam o melhor desses dois mundos. Isto porque eles podem reorganizar seus circuitos internos como se fossem blocos de Lego, criando a arquitetura mais apropriada para cada trabalho. O resultado é que um computador reconfigurável pode ser entre 10 e 100 vezes mais rápido do que os computadores comuns do mesmo tamanho, mas usam até 10 vezes menos energia.

Tecnologia muito complicada

Embora o conceito de computador reconfigurável já esteja bem demonstrado, eles continuam em estágio de pesquisa, principalmente porque não são muito fáceis de usar. Um dos objetivos da pesquisa com o Novo-G é justamente desenvolver ferramentas que possam tornar os computadores reconfiguráveis mais acessíveis.

"É uma tecnologia poderosa, mas é também uma tecnologia muito complicada," diz George. "Nós não queremos que essa tecnologia tão importante seja acessível apenas para especialistas."

Célula solar mais eficiente já fabricada atinge 50% de eficiência

Cientistas do Laboratório de Energias Renováveis do Estados Unidos propuseram uma nova estrutura de célula solar que, segundo seus primeiros testes, atinge uma eficiência de até 40%, o que é mais do que o dobro das melhores células fotovoltaicas disponíveis comercialmente. E há espaço para melhorias.

Processo de crescimento invertido

A técnica consiste em inverter o processo de crescimento do cristal fotovoltaico, além de uma melhoria na estrutura atômica dos materiais usados para captar os fótons da luz solar e liberar os elétrons para gerar a eletricidade.

A faixa de energia dos fótons solares que atingem a superfície da Terra - entre 0 e 4 elétron-Volt (eV) - limita o rendimento das células solares construídas pela junção de semicondutores, que não são capazes de coletar a energia dos fótons que não coincidam com a sua bandgap - a diferença de energia entre os estados neutro e fotoexcitados.

Células solares multijunção

Essa limitação pode ser contornada com as células multijunção, sendo cada junção projetada para responder a uma faixa de energia dos fótons. O problema é que, com a tecnologia atual, não se pode usar mais do que três junções - a partir daí, a complexidade da célula solar começa a derrubar sua eficiência e anular os ganhos das multijunções.

As ligas semicondutoras conhecidas como III-V (Al,Ga,In)(As,P), formadas por combinações de elementos dos grupos III (alumínio, gálio e índio) e V (arsênico e fósforo) da tabela periódica, são os mais promissores para a construção de células multijunção porque suas características podem ser ajustadas variando a composição de cada elemento na liga.

Contudo, defeitos na estrutura atômica dos cristais, conhecidos como deslocamentos, reduzem o desempenho da célula solar multijunção resultante. Os ganhos de eficiência obtidos com a utilização das ligas ajustáveis só pode ser obtido com algo próximo da perfeição cristalina, o que é virtualmente impraticável em um processo industrial em larga escala.

Célula solar invertida

Mas John F. Geisz e Daniel Friedman acreditam ter achado a solução invertendo o o processo de crescimento cristalino que dá origem à célula solar.

Para fabricar a célula solar, os cristais - as ligas semicondutoras - são cultivados sobre um substrato. Para se obter uma boa célula solar, é necessário que a estrutura cristalina do semicondutor coincida com a estrutura desse substrato, reduzindo os deslocamentos. Mas, se esse processo for preciso demais, limita-se a escolha das bandgaps e tudo volta à estaca zero.

A solução encontrada pelos pesquisadores foi deixar para crescer por último os cristais com o maior nível de coincidência das estruturas atômicas, reduzindo os deslocamentos e mantendo a possibilidade de escolha das bandgaps.

O complicado procedimento não poderia receber um nome simples: os pesquisadores batizaram sua nova célula solar de alta eficiência de célula solar metamórfica de tripla junção invertida.

Célula solar mais eficiente do mundo

Os primeiros testes em escala de laboratório foram surpreendentes, alcançando 40% de eficiência. Segundo os pesquisadores, é possível ainda elevar a eficiência das suas células solares invertidas para algo entre 45 e 50%, mediante o uso de materiais de maior qualidade e, eventualmente, adicionando uma quarta junção.

A nova célula solar é tecnicamente imbatível, mas o complicado processo de fabricação indica que ela não será mais barata do que as atuais. Contudo, elas tornam-se candidatas naturais para usos onde a energia solar é essencial, como nos satélites artificiais, nas sondas espaciais e nos robôs enviados para explorar outros planetas.

Bokode: novo substituto dos códigos de barra?

Os códigos de barra são absolutamente indispensáveis na economia atual. Sua simplicidade e baixo custo têm garantido uma hegemonia que já dura décadas.

E não é por falta de alternativas e nem de concorrentes diretos. Há vários candidatos tentando substitui-los, em uma corrida na qual as etiquetas inteligentes RFID parecem ter a dianteira.

Transmissão óptica de informações

Essa corrida agora ganhou mais um competidor. Cientistas do MIT apresentaram o seu Bokode, uma forma totalmente nova de codificar informações opticamente. Assim como as etiquetas RFID, o Bokode tem capacidade para armazenar uma quantidade de informações muito maior do que os códigos de barra tradicionais.

Basicamente, há três formas de transferir dados opticamente: através de uma imagem tradicional, usando um espaço bidimensional; através de variações temporais - como em um filme, onde se usa o tempo como uma dimensão -; e por meio de variações no comprimento de onda da luz - técnica utilizada nas comunicações por fibras ópticas para compartilhar uma única fibra entre vários canais com informações distintas.

O Bokode se destaca de todos esses mecanismos e vai na direção dos hologramas. Ele codifica os dados na dimensão angular. O brilho dos raios de luz que emergem do dispositivo varia dependendo do ângulo desses raios em relação ao plano de visão.

Segundo Ramesh Raskar, coordenador do laboratório onde o Bokode foi criado, parece que ninguém havia usado essa técnica antes. "Havia três formas de codificar opticamente uma informação e agora nós temos mais uma," diz Raskar.

Holograma 2.0

Um Bokode tem 3 milímetros de diâmetro, o suficiente para conter uma quantidade de informações muito superior à que pode ser codificada em um código de barras bidimensional comum.

O protótipo precisa de uma fonte e de um LED para funcionar, o que mostra que ainda há desenvolvimento a se fazer se o objetivo é de fato concorrer com os códigos de barra.

Segundo os pesquisadores, eles já estão trabalhando em uma versão reflexiva, similar às imagens holográficas existentes em cartões de crédito, que poderão ser menores e mais baratos. "Nós estamos tentando torná-los praticamente invisíveis mas, ao mesmo tempo, fáceis de ler com uma câmera digital comum, mesmo com a câmera de um celular," disse Ankit Mohan, principal responsável pela criação do Bokode.

Bo o quê?

O nome Bokode vem de bokeh um termo técnico em japonês na área de fotografia, que se refere à mancha circular produzida por uma imagem de uma fonte de luz feita fora de foco. "Code" refere-se a código, como em "barcode", código de barras.

Ao contrário dos códigos de barra, as novas etiquetas ópticas podem ser lidas à distância de vários metros. E, ao contrário dos scanners a laser utilizados hoje, o Bokode pode ser lido por uma câmera comum de baixa resolução.

A versão atual do Bokode usa uma câmera fora de foco para leitura, permitindo que a informação codificada angularmente seja detectada a partir da imagem borrada.

O dispositivo também pode ser lido por uma câmera comum com o foco configurado para infinito. Mas, chegando bem perto, as informações podem ser visualizadas mesmo a olho nu.

Pneus feitos com celulose são melhores e mais baratos

Reinventar a roda é a melhor expressão que temos para perda de tempo e esforço. Reinventar a roda e fazê-la de madeira, contudo, pode soar como se aproximar das raias da insanidade.

Mas pesquisadores da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, estão fazendo algo parecido com isso. Só que, em vez de estarem perdendo o juízo, podem estar ajudando a criar uma solução para um dos maiores problemas ambientais já criados pelo homem: os pneus de automóveis.

Pneus com celulose

O professor Kaichang Li e sua equipe descobriram que a celulose microcristalina - um produto que pode ser fabricado facilmente a partir de qualquer tipo de planta - pode substituir uma parte da sílica como carga de preenchimento na fabricação de pneus.

Eles comprovaram em escala de laboratório que o uso da celulose na fabricação dos pneus diminui a energia consumida no processo produtivo, reduz os custos e produz um pneu mais eficiente quando rodando em asfalto quente, como nos dias de verão.

A celulose já vem sendo utilizada como reforço em alguns tipos de borracha e outras peças automotivas, incluindo cintas, mangueiras e mantas de isolamento - mas nunca em pneus, onde os chamados fillers preferidos são a sílica e o negro de fumo. O lado negativo desses dois materiais é que eles são muito densos e reduzem a eficiência dos automóveis no quesito consumo de combustível.

Celulose microcristalina

A celulose microcristalina está se mostrando uma alternativa promissora. Ela pode ser produzida por meio de um processo de baixo custo, chamada hidrólise ácida, usando a celulose, o polímero natural que representa entre 40 e 50% de toda a massa da madeira.

Os pesquisadores já conseguiram substituir até 12% da sílica usada na fabricação dos pneus, mantendo todas as suas características de resistência, flexibilidade e tração. A única variação detectada foi para melhor: sob altas temperaturas, a resistência ao rolamento do pneu com celulose é menor da que a resistência do pneu tradicional, o que significa que os veículos consumirão menos combustível nos dias quentes.

Agora os cientistas vão começar os testes de durabilidade dos pneus com celulose. Mas eles afirmam que a tecnologia já está pronta para ser testada por qualquer fabricante de pneu em escala real.

Criado exame de urina capaz de detectar apendicite

O apendicite é a causa mais comum de cirurgias de emergências em crianças, mas seu diagnóstico é muito difícil. O resultado pode ser tanto a realização de cirurgias desnecessárias quanto as sérias consequências de um apêndice rompido, quando o problema não foi detectado a tempo.

Agora, cientistas do Hospital Infantil de Boston (EUA) descobriram uma proteína que pode ser detectada em um exame de urina e que serve como um indicador - ou, como chamam os pesquisadores, um biomarcador - do apendicite. A descoberta foi publicado no periódico médico Annals of Emergency Medicine.

Proteômica

Vários biomarcadores já foram descobertos em laboratório, mas até agora nenhum deles havia se mostrado de uso prático em um exame de rotina. Usando as mais modernas técnicas do campo da proteômica - o estudo das proteínas - em conjunto com uma técnica que detecta e quantifica proteínas em uma amostra - chamada espectrometria de massa - os pesquisadores descobriram o mais preciso biomarcador para o apendicite conhecido até hoje.

Os pesquisadores descobriram na verdade sete biomarcadores promissores. Mas o melhor deles foi o LRG (glicoproteína alfa-2 rica em leucina), que parece ser um marcador específico para uma inflamação localizada.

O biomarcador apresentou uma sensibilidade de 0,97, indicando uma sensibilidade quase perfeita (com quase nenhum falso-negativo) e uma especificidade quase perfeita (com quase nenhum falso-positivo).

Exame para crianças

Nos testes com pacientes com apendicite, o LRG mostrou-se fortemente elevado mesmo em pacientes onde o apêndice aparecia normal nas imagens captadas por diversas técnicas e a quantidade do biomarcador mostra-se associada com a gravidade do apendicite - quanto maior grave, maior o nível de LRG.

Embora a espectrometria de massa não esteja disponível na maioria dos laboratórios, as variações dos níveis de LRG na urina foram detectados por imunoabsorção, sugerindo que um testes clínico rápido poderá ser desenvolvido.

Todos os estudos foram feitos em crianças. Como os níveis de LRG podem variar em adultos, agora os cientistas planejam estender os testes para verificar se o novo exame de detecção de apendicite poderá ser estendido para as outras faixas etárias.

Descoberta receita para criar gordura boa, capaz de queimar calorias

Um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos acaba de demonstrar como modificar geneticamente células para a produção de tecido adiposo marrom, um tipo natural de gordura que queima calorias e pode atuar contra a obesidade.

A estratégia se mostrou bem-sucedida tanto em células de camundongo como em humanas, em testes in vitro. De acordo com os autores do estudo, publicado na edição desta quinta-feira (30/7) da revista Nature, caso o novo método possa ser desenvolvido para uso em humanos, poderá representar uma nova abordagem para o tratamento de obesidade e diabetes.

Gordura marrom

O grupo liderado por Bruce Spiegelman, do Instituto de Câncer Dana e da Escola Médica de Harvard, identificou as partes de um interruptor molecular que normalmente faz com que células musculares imaturas no embrião se tornem células de gordura marrom.

Os cientistas conseguiram manipular o interruptor para forçar outros tipos de células, em laboratório, a produzir tecido adiposo marrom. Em seguida, os precursores sintéticos da "gordura boa", conhecidos como eBAT, foram transplantados em camundongos adultos de forma a aumentar suas reservas desse tipo de gordura.

Testes indicaram que o tecido adiposo transplantado passou a queimar energia em taxas elevadas, calorias que, sem isso, teriam sido armazenadas como gordura em tecidos adiposos brancos.

"Uma vez que células de gordura marrom têm capacidade elevada de dissipar o excesso de energia e de combater a obesidade, o eBAT tem grande potencial para o tratamento desse problema cada vez mais comum. E é nisso que estamos trabalhando", disse Shingo Kajimura, também da Escola Médica Harvard e outro autor do estudo.

Excesso energético na dieta

O excesso energético na dieta é armazenado em células de gordura branca - que se acumula no corpo. A gordura acumulada em indivíduos obesos leva essas células a dar início a um processo que causa inflamação nos órgãos e no sistema circulatório, aumentando o risco de problemas como diabetes e doenças cardiovasculares.

A gordura marrom atua em sentido oposto. Ela protege animais de condições adversas no inverno e previne a obesidade. Células do tecido adiposo marrom são equipadas com grandes quantidades de mitocôndrias, organelas que usam oxigênio para queimar açúcar da dieta e produzir calor, em vez de armazenar tal energia como gordura, como as células do tecido adiposo branco.

Onde está a gordura marrom

Cientistas achavam que a gordura marrom estaria presente apenas em animais jovens e em humanos recém-nascidos. Mas estudos recentes, com ajuda da tecnologia de tomografia por emissão de pósitrons - capaz de detectar tecidos que estão absorvendo açúcar, por exemplo -, revelaram grandes quantidades de gordura marrom espalhadas pelo peito e pescoço de humanos.

Em 2007, o grupo de Spiegelman descobriu uma proteína, denominada PRDM16, que atua como um interruptor que determina se as células musculares imaturas vão se desenvolver em células musculares maduras ou em células do tecido adiposo marrom.

Desde então os pesquisadores suspeitavam que a PRDM16 atuaria junto com outra proteína desconhecida para iniciar o desenvolvimento da gordura marrom. O novo estudo mostrou que estavam certos. O grupo descobriu que a PRDM16 age em conjunto com a C/EBP-beta e apenas juntas elas são capazes de iniciar o desenvolvimento da gordura marrom em diversos tipos de células.

Veja mais informações sobre a gordura boa, capaz de queimar calorias e reduzir a obesidade em Cientistas descobrem gordura boa.

Procon multa 20 empresas por desrespeito à lei do call center

A Fundação Procon São Paulo multou 20 empresas de diferentes setores por desrespeito à lei que regulamenta o funcionamento dos call centers. No total, foram aplicadas 22 multas em 20 companhias, que, somadas, totalizam mais de 10 milhões de reais. As maiores sanções foram aplicadas contra as operadoras de telefonia celular Claro e Vivo, que foram condenadas a pagar 3,19 milhões cada.

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De acordo com a fundação, entre 1º de dezembro do ano passado e o dia 28 de julho, foram recebidas 5.419 denúncias de consumidores contra o atendimento prestado pelos Serviços de Atendimento ao Consumidor. O setor que mais recebeu reclamações foi o de telefonia fixa e móvel, com 3.570 denúncias. Os segmentos de TV por assinatura e cartão de crédito receberam 452 e 409 denúncias, respectivamente.

As principais falhas no atendimento relatadas foram a falta de solução ao problema após o prazo de cinco dias úteis; espera para ser atendido superior a um minuto; consumidor teve que relatar o problema mais de uma vez; a ligação foi interrompida; e telefone inacessível.

As multas variam de acordo com a gravidade e quantidade de infrações cometidas e a condição econômica do infrator, ficando entre 212,82 reais e 3,19 milhões de reais. Os resultados dos 22 processos administrativos que levaram às multas foram publicados no Diário Oficial do Estado.

“Não adianta aumentar a capacidade de venda se não aperfeiçoar na mesma medida a capacidade de atender às demandas dos consumidores”, afirmou o diretor-executivo da Fundação Procon-SP, Roberto Pfeiffer.

Fonte: IDG Now!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

LIVROS: The Complete Idiots Guide to Simple Home Repair

Nome do Lançamento: The Complete Idiots Guide to Simple Home Repair
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Equipamento transforma imagens em mapas sonoros tridimensionais

O conceito é aparentemente simples e dois protótipos já foram testados com sucesso: um feixe de laser de baixa potência e câmeras de vídeo digitais tornaram-se os novos olhos de pessoas cegas, mostrando-lhes os objetos e o movimento ao seu redor.

Mapas acústicos tridimensionais

Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, desenvolveram novos algoritmos e um poderoso sistema de processamento de imagens em tempo real capaz de identificar objetos e obstáculos, como árvores, veículos e pessoas.

O sistema usa imagens estéreo para criar um "mapa de profundidade" que permite o cálculo de distâncias. O sistema também pode analisar os objetos em movimento e prever para onde eles estão indo.

O processamento das imagens de fato não é tão inovador, mas como apresentar essa informação visual para uma pessoa cega? Entra em cena a tecnologia desenvolvida na Universidade de Laguna, na Espanha, que possibilita a transformação de informações espaciais em mapas acústicos tridimensionais.

Uma pessoa cega portando fones de ouvido pode então detectar como o som se altera à medida que ela se move pelo ambiente. O sistema de áudio estereofônico torna possível posicionar os sons de tal forma que o cérebro possa interpretá-los como um ponto no espaço.

Sensor de posicionamento da cabeça

Os sons tornam-se mais claros conforme a pessoa se aproxima dos objetos e mais difuso conforme se afasta. Os objetos à direita são ouvidos pela orelha direta e, se a pessoa move a cabeça, o som se reposiciona automaticamente. E, se alguma coisa está vindo em sua direção, será ouvido um som que avisa da aproximação do objeto, com um tom que alerta para que se possa sair do caminho.

As duas tecnologias foram condensadas em um único equipamento portátil, que contém ainda um giroscópio, chamado de sensor de posicionamento da cabeça, que detecta os movimentos que o usuário do equipamento faz com a cabeça. O sensor alimenta o sistema com essa informação para que o som possa ser reposicionado nos fones de ouvido em tempo real.

O equipamento foi testado com sucesso por pessoas cegas em vários ambientes reais, incluindo ruas movimentadas.

Óculos com laser

O primeiro protótipo usa um sensor a laser desenvolvido originalmente pela Siemens para detectar passageiros dentro de um carro. Ele é capaz de detectar a distância de objetos entre 0 e 5 metros, em um campo de visão de 60 graus. O laser fica montado dentro dos óculos e não pode ser visto pelas pessoas ao redor porque usa luz infravermelha.

A segunda versão do equipamento recebeu duas câmeras de vídeo digitais, colocadas uma de cada lado de um capacete. Esta versão é capaz de detectar objetos em movimento e prever sua rota.

Câmeras nos óculos

"Ainda há um bocado de trabalho para fazer antes que o equipamento possa ir para o mercado, especialmente para provar que o sistema é 100% confiável," diz Guillermo Peris-Fajarnés, que coordenou o projeto multi-institucional. "Você não pode se arriscar a errar enquanto um usuário está atravessando a rua. Mas agora nós sabemos que a tecnologia funciona."

Os pesquisadores já estão procurando parceiros na indústria para começar a testar o equipamento de forma a torná-lo viável comercialmente. Uma das melhorias necessárias, segundo Peris-Fajarnés, é miniaturizar o aparelho, se possível incluindo as câmeras nos óculos.

Sonda espacial terá hardware reconfigurável para múltiplas pesquisas

A grande maioria das descobertas sobre o Universo foi feita por meio de sondas espaciais. E elas poderiam ser ainda melhores se fossem um pouco mais versáteis - uma vez lançadas, suas características não podem mais ser mudadas e cada sonda servirá unicamente à missão para a qual foi inicialmente projetada.

"Morphing"

Mas isto está para mudar. Toshinori Kuwahara, da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, idealizou um satélite artificial de testes que conterá um hardware que poderá ser totalmente reconfigurado no espaço, podendo desempenhar várias funções diferentes, fazendo pesquisas não previstas quando ele foi construído e lançado.

Batizado de "Laptop Voador," o satélite poderá passar, por exemplo, de um sensor de poluição atmosférica para um detector de asteroides que se aproximam da Terra.

O nome não se refere a um computador embutido no satélite, mas ao fato de que os computadores comuns são máquinas voltadas para múltiplas finalidades, dependendo dos programas instalados.

Múltiplos instrumentos científicos

O satélite conterá um grande conjunto de instrumentos científicos e sensores, incluindo câmeras, imageadores multiespectrais, câmeras de infravermelho, rastreadores de estrelas, receptores de GPS e até um radar de sensoriamento da superfície dos oceanos.

Para que esses equipamentos possam operar em conjunto - eles geralmente equipam satélites e sondas espaciais com finalidades muito diferentes - são necessárias diferentes configurações de hardware, capazes tanto de operar equipamentos tão diferentes quanto de processar os dados que eles coletam. É por essa dificuldade que as sondas espaciais e os satélites de pesquisa hoje são feitos para desempenhar apenas uma ou, no máximo, duas tarefas.

E aí que entra o hardware reconfigurável.

Hardware reconfigurável

Para construir o satélite multitarefa, Kuwahara irá utilizar microprocessadores chamados FPGA (Field-Programmable Gate Arrays), que contêm portas lógicas que podem ser conectadas e desconectadas por chaves programáveis.

Tudo o que é necessário fazer para que o satélite passe a ser capaz de desempenhar uma nova tarefa é alterar a configuração das conexões das portas lógicas, o que poderá ser feito à distância, transmitindo as instruções para o satélite depois que ele estiver em órbita.

Os processadores FPGA são muito sensíveis aos raios cósmicos, que podem alterar sua programação e causar erros. Para resolver o problema, o pesquisador planeja usar vários FPGA de reserva, vários deles fazendo a mesmo tarefa de forma redundante. Um programa se encarregará de verificar qual é o resultado correto, com menor probabilidade de conter erros.

Aluguel de satélites

Segundo o pesquisador, a grande vantagem dos satélites e sondas espaciais reprogramáveis será a possibilidade de alugá-los para vários grupos de cientistas, interessados em fazer pesquisas em áreas totalmente diferentes. Cada grupo precisará unicamente reprogramar a sonda para que ela faça o trabalho desejado.

O Laptop Voador pesará menos de 100 quilogramas e será alimentado por um painel solar de um metro quadrado. Seu lançamento está previsto para 2012.

Reciclagem de telas LCD produz material para uso médico

As telas de LCD, usadas em monitores de computador, TVs e telefones celulares, agora poderão ser recicladas, tanto para fabricação de novas telas LCD como para a produção de compostos úteis para uso na medicina.

Um dos compostos utilizados na fabricação das telas LCD não provoca reações do sistema imunológico humano, o que o torna adequado para uso na biomedicina.

Como são feitas as telas LCD

As telas de LCD são compostas por duas camadas de vidro, no meio das quais é colocado um finíssimo filme de um material viscoso - o chamado cristal líquido. O material é uma mistura que contém de 15 a 20 compostos químicos diferentes.

Quando são descartadas, essas telas geralmente são incineradas e todos esses compostos são perdidos - da tela propriamente dita geralmente apenas o vidro é aproveitado. E isso quando o monitor inteiro não vai parar no aterro sanitário.

Reciclagem das telas LCD

Agora, a equipe do Dr. Avtar Matharu, da Universidade de Iorque, na Inglaterra, descobriu uma forma de reciclar as telas LCD e aproveitar todos os compostos químicos, sobretudo o álcool polivinílico (PVA PolyVinyl-Alcohol, um composto de grande interessa na medicina.

"Nós desenvolvemos uma tecnologia limpa e eficiente para recuperar o composto do cristal líquido a partir de telas de LCD descartadas. Uma vez recuperado, o composto pode ser reciclado para a fabricação de novas telas LCD ou a mistura pode ser separada em seus componentes individuais e comercializados diretamente," explica Matharu.

Para a reciclagem, o material extraído do interior das telas de cristal líquido é aquecido em uma solução aquosa no interior de um forno de microondas. Depois de esfriar e ser "lavado" em etanol, o produto final é o chamado PVA expandido, pronto para ser comercializado.

Biocompatibilidade do PVA

Os pesquisadores dedicaram especial atenção ao PVA devido às suas propriedades de biocompatibilidade. Depois de reciclado, o material pode ser utilizado na construção de suportes para o crescimento celular em laboratório ou para a regeneração de tecidos no corpo.

O PVA pode também ser utilizado em pílulas ou em medicamentos inovadores, chamados drogas inteligentes, nos quais nanopartículas devem ser acondicionadas no interior de materiais biocompatíveis para chegarem ao local preciso onde o medicamento deve ser aplicado, evitando efeitos colaterais danosos.

Como serão as futuras interações entre humanos e androides?

As relações humanas estão longe de serem perfeitas. Então, o que se pode esperar quando um terceiro elemento for adicionado à equação? Mais especificamente, uma versão metálica de nós mesmos?

Em um artigo publicado na revista científica Perspectives on Psychological Science, o psicólogo Neal J. Roese juntou-se ao cientista da computação Eyal Amir para tentar prever como serão as interações humano-androides daqui a 50 anos.

Os androides do futuro

Baseando-se no conhecimento das tecnologias atuais, os cientistas preveem que, dentro de 50 anos, os androides serão capazes de se expressar com vozes parecidas com as de um ser humano, identificar com precisão as palavras faladas, responder questões escritas, andar e correr com um movimento similar ao humano, mostrar expressões faciais realísticas e detectar as emoções das pessoas por meio de processamento visual.

Entretanto, mesmo com todos esses avanços, serão necessários bem mais do que 50 anos para que possamos ver androides com aspecto orgânico e agindo como humanos, como se vê nos filmes de ficção científica.

Por volta de 2060, os cientistas preveem que os androides continuarão incapazes de detectar vários aspectos da linguagem natural e de chegar a conclusões partindo de inputs visuais. Em resumo, os androides daqui a 50 anos serão capazes de ver, mas não de entender.

Uso de androides nas fábricas

O maior desafio para a inteligência artificial está na programação da chamada Teoria da Mente, a capacidade humana de processar a fala, as ações, as motivações e o estado emocional dos outros, sem esforço consciente.

Roese e Amir preveem que, em 2060, os androides serão usados para tarefas subalternas, como coletores de taxas e vendas de bilhetes, onde a presença de um não-humano é algo prático e não-ameaçador. Eles acreditam também que haverá uma mudança rumo ao uso de trabalhadores androides, similar ao que aconteceu com o uso de máquinas nas fábricas.

Interação entre humanos e androides

Os desafios psicológicos das interações humano-androides envolvem a ausência, nos androides, de funções humanas básicas, como a linguagem corporal, o contato olhos-nos-olhos e a coordenação do espaço pessoal, que poderão potencialmente deixar as pessoas constrangidas ao interagir com eles.

Os cientistas não veem, com base na tecnologia atual, perspectivas de que essas deficiências venham a ser sanadas nos próximos 50 anos.

Preconceitos contra os não-humanos

Mas será que as pessoas se sentirão mais ou menos confortáveis ao interagir com androides com uma aparência que permita que eles sejam confundidos com os humanos? Será que surgirão estereótipos e preconceitos contra os não-humanos?

A incapacidade de distinguir entre o que é humano e o que não é poderá causar confusão e medo no público, mesmo que estejamos criando os androides em nosso próprio benefício.

Roese e Amir concluem que os impactos psicológicos da interação humano-androide devem começar a ser considerados já, de forma a dirigir e moldar os esforços de desenvolvimento tecnológico para a construção futura de androides.

Coma é diagnosticada incorretamente em 41% dos casos

Se há alguma coisa pior do que entrar em coma, é você não estar em coma e os médicos acharem que você está.

Uma nova pesquisa, que comparou vários métodos para detectar o nível de consciência das pessoas, mostrou que cerca de 40% dos pacientes diagnosticados como estando em estado vegetativo estão na verdade em um estágio chamado de "minimamente consciente."

No cenário de pior caso, um erro de diagnóstico desses pode influenciar a decisão para permitir que um paciente morra. Mas, na maior parte das vezes, o erro leva à suspensão dos medicamentos que poderiam fazer o paciente sentir-se mais confortável e que poderiam aumentar suas chances de recuperação.

Estado vegetativo versus estado minimamente consciente

Em um estado vegetativo, os reflexos estão intactos e o paciente pode respirar sem a ajuda de aparelhos, mas ele não tem consciência.

Já o estado minimamente consciente é uma espécie de zona nebulosa, somente reconhecida pelos médicos recentemente, na qual os pacientes podem sentir alguma dor física, experimentar algumas emoções e até comunicar-se parcialmente. Entretanto, como a consciência é incompleta e intermitente no estado minimamente consciente, algumas vezes pode ser muito difícil dizer a diferença entre os dois.

Em 2002, a equipe do Dr. Joseph Giacino, do Instituto de Reabilitação JFK (EUA), desenvolveu o primeiro conjunto de critérios para diagnóstico do estado minimamente consciente. Uma escala aperfeiçoada, chamada CRS-R (Escala de Recuperação de Coma Revisado, na sigla em inglês) ficou pronta em 2004.

Alarme saudável

A escala CRS-R consiste em uma série de testes comportamentais baseados em critérios e que pode ser usada para distinguir entre o estado de coma, ou vegetativo, e o estado minimamente consciente.

Para avaliar a precisão da nova ferramenta de diagnóstico, os pesquisadores avaliaram 44 pacientes diagnosticados como estando em coma pelos seus médicos. A aplicação da escala CRS-R mostrou que 18 deles - 41% - não estavam em estado vegetativo, mas em estado minimamente consciente.

"Nós poderemos ficar muito mais confortáveis com a nossa capacidade de detectar a consciência," disse Giacino à revista New Scientist. "Eu acredito que é adequado acionar um certo nível de alarme em relação aos resultados de nossa análise."

Camas de bronzeamento artificial são cancerígenas, diz pesquisa

Um estudo da Agência Internacional de Pesquisas do Câncer (IARC, na sigla em inglês) indica que as camas e lâmpadas ultravioletas de bronzeamento artificial são cancerígenas.

Anteriormente, a agência, que faz recomendações à Organização Mundial de Saúde, classificava esses aparelhos de bronzeamento artificial como “prováveis cancerígenos”.

A pesquisa, publicada na edição desta quarta-feira (29) da revista científica "Lancet Oncology", eleva esses equipamentos ao nível mais alto dos cancerígenos – conhecido como grupo 1, ao lado do gás mostarda e do arsênio, por exemplo.

A decisão de alterar a categoria da exposição às lâmpadas a e à radiação dos equipamentos de bronzeamento artificial foi feita a partir da análise de 20 estudos sobre a relação entre o uso desses aparelhos e o risco de desenvolver o câncer.

Segundo os resultados, o uso dos equipamentos de bronzeamento artificial aumenta em até 75% o risco de desenvolver o melanoma – a forma mais fatal do câncer de pele – em pessoas que começam a usar os aparelhos antes dos 30 anos.

Proibição

A Sunbed Association, que representa empresários do setor, afirma que não há provas da relação entre o uso responsável das camas de bronzeamento e o câncer de pele.

Apesar disso, ativistas contra a prática acreditam que a decisão da IARC poderá aumentar a pressão para uma maior regulação da indústria sobre o uso desses aparelhos.

A Sunbed Association apoia a proibição do uso das camas de bronzeamento para adolescentes com menos de 16 anos, mas afirma que mais provas são necessárias para elevar a idade da proibição para 16 ou 17 anos.

Jessica Harris, da ONG britânica Cancer Research UK, que trabalha com pesquisas sobre a doença, afirmou que muitos estudos científicos já demonstraram com convicção a relação entre o uso das camas e o câncer de pele.

“Estamos tão satisfeitos que a IARC tenha elevado a categoria de risco das camas de
bronzeamento para o nível máximo”, disse Harris.

“A decisão apoia a recomendação da Cancer Research de evitar as camas de bronzeamento para fins cosméticos. Elas não trazem benefícios à saúde e sabemos que aumentam o risco de câncer”, afirmou.

Kathy Banks, executiva da Sunbed Association, negou as acusações sobre os danos causados pelas camas à saúde.

“A relação entre a exposição à radiação ultravioleta e o aumento no risco de desenvolver o câncer de pele somente ocorre quando há uma superexposição, ou seja, uma queimadura”, afirmou Banks.

“No entanto, as pesquisas mostram que 80% dos usuários das camas de bronzeamento artificial sabem dos riscos associados à superexposição aos raios ultravioletas e a maioria usa os aparelhos 20 vezes ou menos por ano”, disse.

Um porta-voz do Ministério de Saúde da Grã-Bretanha disse que as camas de bronzeamento artificial são “perigosas”.

“Precisamos nos certificar de que as pessoas que as usam, o façam com segurança. Se necessário, iremos analisar novas leis para proteger os mais jovens”, disse.

Fonte: G1

Como os spammers chegam ao seu endereço de e-mail?

Eles podem fazer isso de várias formas:

- Vírus que examinam o disco rígido ou catálogo de endereços armazenados no computador: os vírus capturam todas os e-mails colocados em “Para”, “De” e "Cc" de qualquer mensagem armazenada no PC. No caso de webmail, as páginas ainda ficam guardadas no chamado cache do navegador.


- “Robôs” chamados “crawlers” que "navegam" na internet procurando por qualquer coisa que se pareça com um e-mail. Ao encontrar uma combinação de palavra@palavra.extensão, o crawler entende que aquilo é um e-mail e o armazena.


- Dados são roubados de empresas e websites. Em outros casos, as empresas ou sites vendem os e-mails de seus usuários para spammers.

A coluna já deu algumas dicas para que você dificulte a captura do seu e-mail. Clique aqui e conheça e-mails descartáveis, técnicas de disfarce de e-mail e a importância do uso de cópia oculta (Cco).

Golpistas usam falsa notícia de morte de Felipe Massa para roubar senhas

E-mails com notícias falsas sobre o estado de saúde do piloto brasileiro Felipe Massa estão circulando na internet com o objetivo de fazer o internauta clicar em um link e inadvertidamente infectar seu computador com programas maliciosos que roubam senhas bancárias.

Leia também: Confira gafes que podem denunciar criminosos virtuais

As mensagens tentam reproduzir a marca do G1 e trazem notícias falsas sobre o piloto da Ferrari, que segue internado no Hospital Militar de Budapeste, desde sábado (25), se recuperando do acidente ocorrido durante os treinos de classificação do GP da Hungria.

Em uma das versões, com a notícia falsa da morte cerebral de Felipe Massa, o texto traz um link que promete um "vídeo completo" sobre o caso. Esse é o chamariz utilizado pelos golpistas para incentivar o internauta a clicar no link.

Mas, em vez das imagens prometidas, o endereço guarda, na verdade, códigos maliciosos que podem infectar o computador e abrir portas para piratas virtuais roubarem dados.

E como é comum em mensagens fraudulentas na internet, o texto é confuso e apresenta erros gramaticais.

Em junho, criminosos usaram falsas notícias sobre o acidente do voo 447 da Air France para infectar computadores de usuários desavisados. Em 2008, os golpistas espalharam e-mails fraudulentos aproveitando outro caso de grande repercussão nacional - a morte da menina Isabela Nardoni, além dos nomes do apresentador Silvio Santos e do programa Big Brother Brasil.

Códigos maliciosos

Os programas maliciosos, que não são capazes de se espalhar sozinhos, facilitam o acesso de piratas de computador ao PC do usuário, permitindo o roubo de informações como dados sobre sua conta bancária.

Esse tipo de ameaça é chamada de phishing scam. Nesse sistema, piratas de computador enviam e-mails sugerindo que os internautas baixem programas, cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras.

Fonte: G1

Música na web: seleção traz 10 rádios online gratuitas

Neste mês de julho, as rádios online e a Copyright Royalty Board, grupo norte-americano que faz o gerenciamento dos direitos autorais de músicas, chegaram ao final de um impasse que poderia dificultar a transmissão de música, de forma legalizada, pela web.

Os dois grupos acertaram um modelo de pagamento de royalties pelas canções que permite que as rádios online continuem funcionando normalmente em longo prazo. Com isso, os 42 milhões de norte-americanos que ouvem as rádios web semanalmente (de acordo com dados das empresas de pesquisa de mercado Arbitron e Edison Research) terão sua diversão garantida. Claro, a medida beneficia os ouvintes brasileiros também, já que a maioria dessas emissoras virtuais pode ser acessada daqui do País.

E é para você que gosta de música e está interessado em descobrir coisas novas, que fizemos uma seleção com dez rádios online com programação para todos os gostos musicais. Confira abaixo.

Accuradio
Apesar de ter estações dedicadas a vários estilos musicais, o ponto forte da Accuradio é sua seção de rock, que tem 10 subestações voltadas para diferentes estilos, como uma voltada para as novidades do rock alternativo e outras voltadas para canções mais clássicas. Em compensação, a música eletrônica nem dá as caras nessa rádio online.

RadioIO
Com 60 estações, a RadioIO cobre os principais gêneros musicais, incluindo estilos pouco populares fora dos EUA, como o bluegrass. A rádio exibe sempre as informações dos artistas, os nomes das músicas e também permite que os internautas comprem as canções diretamente do site da Amazon.com.

AOL Radio
Uma das mais abrangentes rádios online, a AOL Radio traz estações voltadas para 27 gêneros diferentes. É possível comandar a programação das rádios e pausar uma canção ou pular uma música que você não gosta. Outro diferencial é que, além de estações exclusivamente virtuais, o guia de rádios da AOL também indica estações do mundo real que também transmitem sua programação pelo mundo digital.

Rádio UOL
Além de contar com estações dedicadas a diferentes gêneros - incluindo de músicas nacionais como axé, samba e bossa nova -, a rádio do portal UOL traz programas exclusivos, como o PopLink, de novidades do rock alternativo, o Remistura, de remixes e versões, e o UOL That Jazz, com novidades do mundo jazzístico.

Digitally Imported
A Digitally Imported é uma rádio voltada exclusivamente para a música eletrônica. Quem gosta desse gênero encontrará várias estações voltadas às diferentes vertentes, como house, techno, drum ‘n bass e chillout. A versão básica inclui 25 estações com qualidade próxima a do CD. Uma versão Premium oferece mais 25 estações em alta qualidade.

Indie 103.1 FM
Especializada em rock alternativo, essa emissora de Los Angeles deixou de existir no dial (pelo menos nos EUA) e agora vive “apenas” na web. A programação inclui clássicos e novidades da música alternativa americana - mas para quem gosta do estilo, o mais legal são as dicas apresentadas pela equipe responsável pela rádio. Vale a pena conferir.

blip.fm
A blip.fm pode muito bem ser considerada a versão musical do Twitter, site que mistura rede social com microblog. Aqui, quem monta a programação é o próprio usuário, que escolhe a música e compartilha com seus amigos - melhor dizendo, ouvintes. O internauta também pode seguir outros DJs, formando uma rádio particular com várias pessoas de gostos musicais parecidos ou não.

last.fm
Rede social que analisa o gosto musical de seus integrantes e monta rádios personalizadas de acordo com as canções e artistas mais ouvidos. O destaque fica pelas listas de música organizadas: você descobre quais seus artistas e músicas preferidas, quantas vezes escutou as canções e várias outras informações. Também serve para descobrir pessoas com gostos musicais semelhantes e traz várias informações sobre os artistas.

Deezer
O Deezer usa um conceito interessante: você pode escolher quais canções quer ouvir e montar uma lista ou simplesmente escolher alguns artistas e montar sua estação personalizada. O site também conta com listas de música feitas pelos usuários e estações virtuais voltadas a gêneros específicos.

Grooveshark
O Grooveshark “modestamente” afirma que, a partir dele, você pode “escutar qualquer música do mundo, e de graça”. Na prática, ele não funciona exatamente como uma rádio online, mas permite que você procure por uma faixa e faça seleções musicais, que podem ser salvas e exportadas. Outra coisa divertida é que ele exporta os links direto para o Twitter e para o Facebook, assim seus amigos também podem ouvir as canções que você está escutando.

Fonte: IDG Now!