Supercomputador reconfigurável
O nome Novo-G junta a palavra latina para "inovar, mudar, alterar" com a letra G, de Gênesis.
Sendo um computador reconfigurável, o Novo-G é capaz de rearranjar seus circuitos internos para atender às necessidades do problema que ele tem por resolver.
As aplicações dos computadores reconfiguráveis vão desde os satélites espaciais até os supercomputadores de pesquisa. Eles poderão ser usados "em qualquer lugar onde tamanho, energia e alta velocidade são importantes," diz o pesquisador Alan George.
Um computador desse tipo, muito menor, chamado "LapTop Voador," deverá ir ao espaço em 2012 - Sonda espacial terá hardware reconfigurável para múltiplas pesquisas
O melhor de dois mundos
Os computadores tradicionais usam os chamados "componentes de lógica fixa" para desempenhar uma grande variedade de tarefas. Mas esse enfoque "pau para toda obra" exige uma quantidade significativa de energia e espaço adicionais, não importando qual seja o trabalho a ser feito.
Por outro lado, computadores especializados, dirigidos para uma tarefa específica, podem ser construídos para realizar determinadas tarefas de forma muito mais eficiente. Mas eles não são flexíveis, e só sabem fazer uma coisa.
Os computadores reconfiguráveis, por sua vez, juntam o melhor desses dois mundos. Isto porque eles podem reorganizar seus circuitos internos como se fossem blocos de Lego, criando a arquitetura mais apropriada para cada trabalho. O resultado é que um computador reconfigurável pode ser entre 10 e 100 vezes mais rápido do que os computadores comuns do mesmo tamanho, mas usam até 10 vezes menos energia.
Tecnologia muito complicada
Embora o conceito de computador reconfigurável já esteja bem demonstrado, eles continuam em estágio de pesquisa, principalmente porque não são muito fáceis de usar. Um dos objetivos da pesquisa com o Novo-G é justamente desenvolver ferramentas que possam tornar os computadores reconfiguráveis mais acessíveis.
"É uma tecnologia poderosa, mas é também uma tecnologia muito complicada," diz George. "Nós não queremos que essa tecnologia tão importante seja acessível apenas para especialistas."
Fonte: Aaron Hoover
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