Essas chaves, que regulam as funções das proteínas, parecem ser um fator crucial no envelhecimento humano e no surgimento e tratamento de doenças como câncer e males de Alzheimer e Parkinson. Os resultados da pesquisa foram publicados no exemplar desta semana da revista Science.
Novas perspectivas para o tratamento de doenças
A equipe, liderada pelo Dr. Matthias Mann, detectou 3.600 chaves de acetilação em 1.750 proteínas diferentes.
"Isto é muito mais do que uma simples inovação tecnológica, [a pesquisa] expande o número de chaves de acetilação conhecidas por um fator de seis e nos dá, pela primeira vez, um insight compreensivo nesse tipo de modificação das proteínas," diz o Dr. Mann.
Uma determinada proteína pode desempenhar mais do que uma função e o papel que ela desempenha é regulado pela adição de uma pequena molécula que funciona como uma "chave" que pode ligar diferentes tarefas. A acetilação é essencial para a as células manterem um funcionamento normal. Problemas na regulação das proteínas influem no processo de envelhecimento e no desenvolvimento de doenças como câncer, Parkinson e Alzheimer.
"Com o novo mapeamento, nós agora podemos começar a estudar e descrever como as chaves de acetilação respondem a medicações que podem reparar seus defeitos. Isto poderá ter um impacto enorme nos tratamentos médicos," diz o Dr. Mann, ressaltando que as medicações para reparar a má regulação das proteínas já estão demonstrando ser promissoras para o tratamento do câncer.
Proteínas cooperativas
A equipe também descobriu que alterações na acetilação ocorrem primariamente em proteínas que trabalham juntas, e que essas chaves moleculares têm consequências muito maiores para o funcionamento do organismo do que se acreditava até agora.
Por exemplo, a função da Cdc28, uma importante proteína do crescimento em modelos vegetais, pode ser interrompida pela adição de uma molécula de acetilação, em última instância afetando a capacidade do organismo em sobreviver.
Fonte: Diário da Saúde
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