quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo, Feliz Olhar Novo!

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem. 2008 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal! Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal! Grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou.
Normal! 2009 não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí?
Fazer o quê?
Acabar com seu dia?
Com seu bom humor?
Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!

Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.
Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...

Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos.
Ou mude de classe, transforme-o em colega.
Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou?
Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso.
Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial. 2009 pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. 2009 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho!

Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!!!

Feliz olhar novo!!!

Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!"

Carlos D. De Andrade

NASA vai enviar sonda espacial para estudar Júpiter

A Nasa anunciou uma nova missão com o objetivo de estudar profundamente o maior planeta do Sistema Solar, Júpiter, que os cientistas acreditam guardar segredos da formação do nosso sistema planetário.

A sonda espacial que estudar Júpiter foi batizada de Juno. Na mitologia romana Juno era a mulher de Júpiter e filha de Saturno. A missão é a segunda do Programa Novas Fronteiras, que em janeiro de 2006 lançou a sonda New Horizons com destino a Plutão, com chegada prevista para 2015.

Eficiência no consumo de energia

O lançamento da Juno está agendado para agosto de 2011, a partir do Cabo Canaveral, na Flórida. A sonda deverá alcançar seu destino em 2016. A meta é que ela realize 32 órbitas em torno do maior planeta do Sistema Solar, a cerca de 4,8 mil quilômetros acima da camada de nuvens mais alta, por um ano.

A espaçonave funcionará com energia solar, apesar da grande distância do Sol. "Júpiter está a mais de 644 milhões de quilômetros do Sol. Por conta disso, a Juno terá que ser extremamente eficiente do ponto de vista do consumo de energia", disse Scott Bolton, principal pesquisador da missão no Instituto de Pesquisa Southwest, em San Antonio.

Órbita polar elíptica

A missão também será a primeira na qual a nave será posicionada em uma órbita polar elíptica ao redor do planeta, de modo a ajudar os cientistas a entender melhor a sua formação, evolução e estrutura.

Por baixo de sua densa cobertura gasosa, Júpiter guarda segredos dos processos e das condições fundamentais que governaram os primórdios do Sistema Solar. Processos e condições que os responsáveis pela missão esperam poder desvendar com a ajuda da sonda.

Arquétipo planetário

"Júpiter é o arquétipo dos planetas gigantes em nosso Sistema Solar e se formou muito cedo, capturando grande parte do material que sobrou após a formação do Sol. Diferentemente da Terra, a gigantesca massa de Júpiter permitiu que o planeta mantivesse sua composição original, o que nos oferece uma excelente maneira de traçar a história do Sistema Solar", disse Bolton.

A Juno levará câmeras e novos instrumentos científicos para ajudar a revelar o que está escondido por dentro das nuvens coloridas do planeta. Os instrumentos ajudarão os astrônomos a investigar a possível existência de água, além de explorar a campo magnético do planeta e a constituição química de sua atmosfera.

Cerâmica mais dura do mundo é criada imitando a madrepérola

Cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, utilizaram o biomimetismo para criar a cerâmica mais dura já fabricada pelo homem. Biomimetismo é imitação de estruturas encontradas na natureza para a solução de problemas de engenharia.

A equipe do Dr. Robert Ritchie foi buscar inspiração na madrepérola, também conhecida como nácar. A madrepérola é uma substância calcária de origem animal, dura e brilhante. Ela é produzida principalmente por moluscos bivalves.

Emulando a natureza

Controlando cuidadosamente o congelamento de partículas de óxido de alumínio (alumina) suspensas em água salgada, e adicionando um polímero conhecido como PMMA (polimetilmetacrilato), os pesquisadores fabricaram uma cerâmica que é 300 vezes mais dura do que os seus elementos constituintes.

"Nós emulamos os mecanismos de endurecimento usados pela natureza para fabricar híbridos de alumina cristalizados que são comparáveis em resistência específica e dureza às ligas de alumínio," diz Ritchie.

"Nós acreditamos que esses materiais-modelo poderão ser usados para identificar características microestruturais que poderão nos levar, no futuro, à síntese de materiais estruturais bio-inspirados, ainda que não-biológicos, com resistência e dureza únicas," diz o pesquisador.

Dureza da madrepérola

A madrepérola, com toda a beleza de sua iridescência e a sua dureza, tem 95% de sua estrutura formada por aragonita, um mineral de carbonato de cálcio duro, mas quebradiço. Os outros 5% são moléculas orgânicas.

Sua dureza, contudo, vem de uma arquitetura de comprimento variável, com estruturas variando de nanômetros até micrômetros de comprimento. A engenharia humana ainda não é capaz de reproduzir essas variações de escala, que resultam em uma dureza 3.000 vezes maior do que a dureza do material original de que é feita a madrepérola.

"Fundição por congelamento"

A solução encontrada pelos pesquisadores foi utilizar cristais de gelo como moldes para a cristalização do material dissolvido na água. Eles já haviam usado a técnica com partículas de carbonato de cálcio em suspensão, produzindo estruturas parecidas com ossos, só que quatro vezes mais fortes do que os melhores ossos artificiais.

Agora eles substituíram o carbonato de cálcio por alumina e acrescentaram o polímero PMMA, para fazer as vezes das moléculas orgânicas da madrepérola. "Como a água do mar congela na forma de um material em camadas, nós permitimos que a natureza guiasse o processo por meio do qual nós conseguimos 'fundir por congelamento' uma cerâmica que imita a madrepérola," concluem os pesquisadores.

Cerâmica com metal

No próximo passo da pesquisa, os cientistas planejam elevar o teor de alumina - hoje de 85% - e selecionar um polímero ainda melhor. Eles também planejam estudar a substituição do polímero por um metal.

"O polímero é capaz apenas de permitir que as coisas escorreguem umas sobre as outras, mas não de suportar cargas. Infiltrar as camadas cerâmicas com metais poderá nos dar um lubrificante que também consiga lidar com a carga. Isso irá aumentar a dureza e a resistência do compósito," diz Ritchie.

"Nanotubos gigantes" são 20 vezes mais fortes que fibra de carbono

Um nanotubo gigante? A idéia parece soar absolutamente contraditória, porque o termo nanotubo foi criado justamente para identificar tubos minúsculos, medidos na faixa dos nanômetros (bilionésimos de metro), possuindo poucos átomos de espessura.

Tubo de carbono colossal

Mas o professor Jianyu Huang, dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos, deu um jeito na aparente contradição. Ele e seus colegas criaram um tubo de carbono mil vezes maior do que os nanotubos tradicionais, mas capaz de reter as principais características elétricas e mecânicas dos seus irmãos menores.

Para não criar maiores confusões, o professor Huang batizou o seu "nanotubo gigante" de tubo de carbono colossal. Esses grandes tubos de carbono têm dimensões na faixa dos micrômetros, ou seja, eles são, em média, mil vezes maiores do que os nanotubos.

Estruturas extraordinárias

"As estruturas são extraordinárias porque elas são leves, possuem boa condutividade elétrica e propriedades mecânicas similares aos nanotubos de carbono," explica o professor.

A grande vantagem dos tubos de carbono colossais é que eles são muito mais fáceis de fabricar, podendo ter suas propriedades exploradas comercialmente de forma muito rápida do que os nanotubos.

Mais forte que fibras de carbono

Entre as possibilidades de sua utilização estão a criação de circuitos eletrônicos embutidos em roupas, novas formas de geração de energia para equipamentos portáteis e na fabricação de peças ultrarresistentes para a indústria aeroespacial e automobilística.

Os tubos de carbono colossais também batem os seus equivalentes ainda maiores, as chamadas fibras de carbono. Eles são mais fortes mesmo sendo 20 vezes mais leves. Essa característica deve-se à sua surpreendente porosidade, com paredes de carbono parecidas com telas de galinheiro, ou seja, com mais vazios do que "cheios."

Descoberto mecanismo que aciona diferenciação de células-tronco

O mecanismo por meio do qual as células-tronco embrionárias deixam de ser flexíveis e se transformam em células mais maduras que se desenvolvem em tecidos específicos acaba de ser descoberto por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém.

A descoberta terá conseqüências significativas para as futuras pesquisas que irão eventualmente tornar possível a criação de terapias de substituição celular com o uso das células-tronco geradas a partir de células adultas.

Células pluripotentes

Nos primeiros estágios do desenvolvimento humano, todas as células do embrião são idênticas.

Mas, ao contrário das células adultas, elas são muito flexíveis e contêm o potencial para se tornar qualquer tipo de tecido, seja dos músculos, da pele, do fígado ou do cérebro. É por isso que elas são chamadas de células pluripotentes.

Diferenciação celular

Esse processo de diferenciação celular - a transformação da célula-tronco em células específicas de cada tecido - começa a partir do momento em que o embrião fixa-se no útero.

Em termos do funcionamento interno da célula, o processo envolve dois mecanismos de controle principais. De um lado, os genes que mantêm o embrião no seu estado totalmente potencial são desligados e, ao mesmo tempo, os genes específicos de cada tecido, são ligados.

Ativando um determinado conjunto de genes, o embrião pode produzir células musculares. Ativando um conjunto diferente de genes, as mesmas células imaturas podem gerar células do fígado. E assim por diante, com cada conjunto de genes sendo responsável pela produção de um determinado tipo de tecido.

Gene G9a

Agora, os professores Yehudit Bergman e Howard Cedar decifraram o mecanismo por meio do qual as células-tronco embrionárias deixam de ser flexíveis e passam a um estágio de maturidade que as permite se diferenciar em tecidos específicos.

Eles descobriram que o processo inteiro é governado na prática por um único gene, chamado G9a, que é, ele próprio, capaz de dirigir um programa inteiro de alterações que desligam os conjuntos de genes que caracterizam cada tipo de célula e que permanecerão travados durante toda a vida do organismo, perdendo a flexibilidade das células-tronco originais.

A pesquisa pode não apenas lançar novas luzes no funcionamento desse processo central, mas também poderá ter conseqüências para os tratamentos médicos. Um dos maiores desafios atuais é gerar novos tecidos para substituir células danificadas por uma série de doenças, entre elas o Mal de Parkinson e o diabetes.

Reprogramação de células adultas

Muitos esforços têm sido feitos na reprogramação de células adultas para que elas se tornem novamente pluripotentes. Apesar dos progressos recentes, ainda há muito desafios a serem vencidos (veja Células-tronco a partir da pele não eliminarão uso de células embrionárias).

Agora, com as novas informações descobertas por Bergman e Cedar, o programa molecular responsável pelo desligamento da flexibilidade das células-tronco embrionárias foi identificado.

Isto poderá iluminar novas rotas rumo ao desenvolvimento de enfoques alternativos para a reprogramação das células adultas de forma controlada e específica, eventualmente eliminando o uso de vírus e o acionamento de genes potencialmente cancerígenos.

Os resultados da pesquisa foram publicados em um artigo no periódico científico Nature Structural and Molecular Biology.

Brasil vai banir gordura trans de alimentos industrializados

O Brasil deverá estar livre da gordura trans nos alimentos industrializados até o final de 2010. É o que estabelece um acordo fechado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite tolerável é de 2% de gordura trans no total de gorduras que compõe os alimentos.

O que é gordura trans?

Formada por um processo de hidrogenação natural ou industrial, a gordura trans deixa os alimentos mais saborosos e lhes dá maior resistência, mantendo seu prazo de validade.

Entretanto, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a gordura trans pode aumentar a quantidade de colesterol ruim no organismo, sendo portanto um fator de risco para problemas cardiovasculares.

O nome trans vem da expressão ácido graxo trans-isomérico, o nome científico desse tipo de gordura não-saturada. As gorduras trans podem ser monoinsaturadas e poliinsaturadas.

Cuidados com a gordura trans

A nutricionista Ana Célia Oliveira, do Conselho Nacional de Nutricionistas, disse que a agenda de metas definida pelo governo e pela Abia é uma medida necessária e preventiva.

"A gordura trans existe em pequenas quantidades nos alimentos. A questão é que o consumo desse tipo de gordura pela população aumentou muito com a industrialização dos alimentos. É ela a principal responsável pelas doenças cardiovasculares, que estão entre as mais matam no mundo," disse ela em entrevista à Agência Brasil.

Ana Célia recomenda cuidado com a alimentação, que deve ser a mais natural possível. "A população criou o hábito de substituir comidas saudáveis por alimentos industrializados. A indústria usa e abusa da quantidade de gordura trans nos produtos. Assim a população não tem como controlar a quantidade de gordura ingerida."

Processo paulatino

O Canadá foi pioneiro na retirada da gordura trans dos alimentos colocados à disposição da população.

Segundo Ana Célia, o Ministério da Saúde não tem como tomar uma iniciativa como essa de imediato. "É um processo em que a indústria terá que se adaptar, e a população também. As pessoas terão que aprender a olhar o rótulo do produto, para ver a quantidade de gordura trans que contém, e voltar a comer mais alimentos naturais."

Corpo humano produz sua própria aspirina natural

Cientistas ingleses descobriram novas evidências de que o corpo humano pode produzir o seu próprio ácido acetil salicílico (AAS), o princípio ativo da aspirina. O ácido acetil salicílico é um dos analgésicos e antiinflamatórios mais utilizados em todo o mundo.

Segundo o estudo, publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, o AAS também poderá se transformar em uma nova classe de biorreguladores.

Aspirina natural

No artigo, John Paterson e seus colegas discutem como suas pesquisas anteriores demonstraram a existência do ácido acetil salicílico no sangue de pessoas que não tomaram aspirina.

Pessoas vegetarianas apresentam os mais elevados teores do AAS na corrente sangüínea, em níveis virtualmente equivalentes aos apresentados por pessoas que ingeriram pequenas doses de aspirina.

Baseados nestas descobertas, os pesquisadores haviam concluído anteriormente que esse ácido acetil salicílico vinha da dieta, uma vez que o AAS é uma substância naturalmente encontrada em frutas e vegetais.

Corpo humano produz sua própria aspirina

Agora o grupo relata a descoberta de alterações nos níveis do AAS em voluntários que tomaram ácido benzóico, uma substância também encontrada naturalmente em frutas e vegetais e que o corpo pode potencialmente utilizar para fabricar o ácido acetil salicílico.

Seu objetivo era descobrir se o AAS encontrados nos humanos e em outros animais resultaria somente do consumo de frutas e vegetais ou se os humanos produzem o seu próprio ácido acetil salicílico como um agente natural para combater dores, inflamações e outras doenças.

Os resultados são conclusivos, apontando que este é o caso, que o corpo humano é capaz de produzir o seu próprio ácido acetil salicílico quando necessário.

Biorregulador

"Nós suspeitamos que o ácido acetil salicílico seja um biofármaco com um papel central e amplo na defesa [do organismo] em animais, assim como nas plantas. Este composto químico simples é, propomos nós, passível de ser reconhecido como um biorregulador animal, talvez uma classe própria," dizem os pesquisadores no artigo.

Videogames de estratégia melhoram habilidades cognitivas de idosos

Se você tem mais de 60 anos de idade e anda preocupado com a sua memória e a sua capacidade de aprendizado, passar um pouco mais de tempo com seus netos pode valer a pena: mas só se eles lhe deixarem usar o videogame.

Um novo estudo, feito na Universidade de Illinois (Estados Unidos) mostrou que as pessoas na casa dos 60 e dos 70 anos de idade apresentam significativas melhorias em várias funções cognitivas depois de usar videogames de estratégia, principalmente aqueles que lidam a construção de cidades, países e com a expansão territorial.

Benefícios do uso de videogames em idosos

Este é o primeiro estudo sobre os benefícios do uso de videogames em idosos e o primeiro a demonstrar resultados tão promissores sobre o uso de videogames na aquisição de habilidades cognitivas que não são diretamente ensinadas pelo jogo.

Vários estudos têm demonstrado que é possível melhorar habilidades cognitivas, como a memória de curto prazo, por exemplo. Contudo, os participantes só se tornam melhores naquela tarefa em que foram treinados.

"Quando você treina alguém em uma tarefa, ele tende a melhorar naquela tarefa, qualquer que seja ela, mas normalmente a pessoa não transfere muito essa nova capacidade além daquela situação particular que ele aprendeu," explica o professor Arthur Kramer.

Desenvolvimento de habilidades cognitivas

Kramer e seus colegas então se dedicaram a estudar um processo de aprendizado mais integrado, que possa usar um ambiente de treinamento para desenvolver faculdades cognitivas que possam ser utilizadas na vida diária.

Para isso, eles começaram a estudar o impacto dos videogames de estratégia sobre aquelas capacidades cognitivas que mais decaem com a idade.

"Pessoas idosas tendem a ter pior desempenho em coisas chamadas 'processos executivos de controle.' Esses processos incluem coisas como agendamento, planejamento, memória, fazer várias coisas ao mesmo tempo e lidar com ambigüidades," explica Kramer.

Videogames de estratégia

Os jogos de estratégia lidam com todas essas habilidades, porque o participante precisa pensar e agir como comerciante, como militar, como educador, enfim, ele deve colocar-se no papel de todos os agentes necessários para manter o bem-estar do seu país.

Os pesquisadores descobriram que o treinamento no jogo de estratégia melhorou virtualmente todos os aspectos cognitivos testados nos participantes.

Os praticantes do jogo tornaram-se significativamente melhores e mais rápidos para alternar entre tarefas. Eles tiveram também melhorias significativas na memória de trabalho e no raciocínio. Benefícios em menor escala também foram detectados na memória de curto prazo e na observação de detalhes visuais.

Efeito dose-resposta

Todos os que se saíram bem no jogo também tiveram os maiores índices de melhoria na capacidade de passar rapidamente de uma tarefa para outra. Eles também tendem a se sair melhores nos testes de memória.

"Em terminologia médica, esses podem ser efeitos dose-resposta," diz Kramer. "Quando mais medicamento - ou, neste caso, quando mais treino no videogame de estratégia - maiores são os benefícios."

Microsoft desmente pesquisador sobre falha no Windows Media Player

A Microsoft desmentiu, nesta terça-feira (30/12), alertas sobre uma falha crítica no Windows Media Player afirmando que o pesquisador que declarou que a falha podia ser explorada estava errado.

A falha envolve "um problema de confiabilidade sem qualquer risco de segurança para os usuários", declarou a Microsoft.

De acordo com o pesquisador Laurent Gaffi, a vulnerabilidade poderia ser usada por hackers munidos de arquivos alterados de áudio com as terminações .wav, .snd ou .mid para comprometer PCs rodando os sistemas operacionais Windows Vista ou XP.

Diversas edições do Windows Media Player, incluindo as versões 9, 10 e 11, a mais recente, estão vulneráveis segundo o alerta de Gaffi enviado em 24 de dezembro à lista de e-mails de segurança Bugtraq. Gaffi também incluiu uma prova de conceito do ataque que poderia ser usado para a execução remota de um código malicioso na máquina da vítima.

A Microsoft refutou a descoberta de Gaffi e o repreendeu por ter publicado informações sobre a falha antes de reportá-la aos pesquisadores de segurança da empresa.

"As alegações [de Gaffi] são falsas" disse Christopher Budd, porta-voz do Microsoft Security Response Center, na tarde de segunda-feira (29/12) em um post no blog do MSRC. "Não encontramos qualquer possibilidade de execução remota de código neste problema."

Budd reconheceu que a amostra de código enviada por Gaffi é capaz de travar o Windows Media Player, mas disse que o programa pode ser reiniciado sem afetar o restante do sistema.

Pesquisadores do grupo Security Vulnerability Research and Defense (SVRD) da Microsoft também reduziram o impacto do alerta de Gaffi em outro blog com detalhes técnicos, na segunda-feira. "Este bug não pode ser alçado à execução arbitrária de código" disseram Jonathan Ness e Fermin Serna do grupo SVRD. Segundo eles, os pesquisadores da Microsoft já haviam identificado o bug antes e corrigido o problema no pacote de atualizações Service Pack 2 do Windows Server 2003.

A Microsoft já se enganou em desmentir bugs, anteriormente. Em abril, por exemplo, a companhia teve de voltar atrás sobre um alerta de segurança envolvendo uma falha no Windows, que a empresa havia negado três semanas antes. Embora a falha tenha sido ativamente explorada desde meados de outubro, o problema ainda está sem correção pela empresa.

Fonte: IDG Now!

Celulares poderão fazer exames de HIV em países em desenvolvimento

Pesquisadores da UCLA, em Los Angeles, estão tentando transformar o celular em uma espécie de laboratório portátil, capaz de realizar exames para detectar doenças como o HIV e a malária. A idéia partiu de Aydogan Ozca, professor assistente da UCLA, que desenvolveu um dispositivo capaz de contar as células de determinadas moléstias. Esse dispositivo é pequeno o suficiente para ser incorporado em um telefone celular.

Segundo Ozcan, os testes poderão ser feitos com poucas gotas de sangue, que serão colocadas em uma espécie de chip e inseridas no celular. O celular fará a análise e enviará os dados para o hospital mais próximo.

Apesar de os resultados não serem tão eficientes quanto um exame feito em laboratório, o sistema pode fazer um diagnóstico preliminar, permitindo iniciar o tratamento rapidamente. Em países em desenvolvimento, onde o hospital mais próximo está a centenas de quilômetros, esse tipo de exame poderia ser muito útil, afirma o professor.

Fonte: IDG Now!

Aplicativo de e-mail que mantém usuário anônimo é criado por holandeses

O projeto de privacidade de dados em código aberto Small Sister - um trocadilho com o conceito de Big Brother, do livro "1984", de Gorge Orwell - lançou a primeira versão beta da aplicação SmallMail, que permite o envio de e-mails que não podem ser interceptados por curiosos ou mesmo por entidades governamentais.

O SmallMail esconde o conteúdo dos cabeçalhos dos e-mails quando as mensagens trafegam pela internet, criptografando os dados. Como esta informação não pode ser rastreada, agências de segurança nacional não podem determinar de onde a mensagem se origina ou qual o seu destino.

O projeto foi criado por um grupo de desenvolvedores holandeses e tem como líder o jornalista da área de tecnologia Brenno de Winter, especializado em assuntos de segurança e privacidade. A fundação NLNet está bancando o projeto sugerindo uma doação de 35 dólares pelo aplicativo.

O Small Sister é o primeiro projeto público de e-mail anônimo, disse De Winter ao Webwereld. As tecnologias atuais permitem apenas que o corpo da mensagem seja criptografado, mantendo o cabeçalho.

O projeto está baseado no serviço Tor, que facilita a navegação anônima na internet roteando o tráfego por uma série de roteadores do mundo todo, que embaralham o rastreamento do remetente.

Por conta do roteamento, os e-mails enviados pelo SmallMail apresentam um atraso de cerca de 3 minutos após o envio. Além disso, tanto quem envia como quem recebe as mensagens, deve instalar em sua máquina um software especial de segurança, além de migrar para um servidor específico de e-mail. O projeto oferece atualmente um servidor para uso público.

Armazenamento de logs
O SmallMail é uma resposta à lei de retenção de dados da Europa, que requer que autoridades armazenem todo o tráfego de e-mail e logs de dados por um período de seis meses. Para De Winter, a legislação é uma severa ameaça ao jornalismo investigativo já que as autoridades podem usar os logs para rastrear fontes anônimas, por exemplo.

De Winter argumenta que a aplicação pode ser interessante a corporações e entidades governamentais que precisam trocar mensagens eletrônicas de forma segura. O sistema também poderia ser usado por criminosos e terroristas, ele admite. "Mas infelizmente os terroristas já possuem suas ferramentas comparáveis. Você pode usá-las tanto para o bem como para o mal."

O SmallMail ainda está na versão beta e foi testado somente no sistema operacional Ubuntu. O projeto conta com voluntários para portar a aplicação open source, escrita em Python, para Windows e Mac OS X.

Fonte: IDG Now!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Negociação salarial: como tratar o assunto durante a crise

A negociação do salário, de forma geral, é uma tarefa difícil para qualquer profissional. Contudo, em períodos de crise, nos quais as empresas estão economizando cada centavo, entrar na sala do chefe para pedir um aumento pode soar como uma falta de sensibilidade por parte do funcionário.

“Você está louco? Não lê o jornal? Não assiste TV? Não percebe o que está acontecendo?”, afirma Joe Kilmartin, diretor da consultoria Salary.com – consultoria na área de gestão de recursos humanos –, ao exemplificar a reação da maior parte dos gestores a um pedido de aumento do salário. “O perigo é você – ao fazer esse tipo de solicitação – virar um alvo. Ou seja, se o diretor financeiro ou mesmo o dono da empresa criam uma lista de quem eles podem dispensar, seu nome pode aparecer nela”, ressalta o especialista.

A opinião de Kilmartin, no entanto, não é uma unanimidade. Para Jeremy Sisemore, da consultoria SearchPath International, que também atua com apoio a RH, não existe problema em pedir um aumento de salário, mesmo que em momentos de turbulência econômica. Muito menos, defende ele, deve ser uma desculpa para o profissional ser punido. “Se não pedir, você não tem”, brinca, acrescentando: “Ninguém vai ser prejudicado por perguntar”.

Antes, no entanto, de invadir a sala do seu chefe para pleitear um aumento de salário, qualquer profissional precisa ter bastante claro qual o seu valor de mercado – baseado em seus conhecimentos, experiência e desenvolvimento. Para tanto, deve-se também consultar a média salarial para sua função, por meio de sites especializados, conversando com empresas de recrutamento ou, até mesmo, falando com amigos.

“Se você descobrir que seu conhecimento está acima da média ou seu salário está abaixo do valor praticado no mercado, talvez seja o momento de apostar no aumento”, aconselha Sisemore. Ainda segundo ele, no caso de sua remuneração já estar acima de outros profissionais em posição similar, uma saída pode ser avaliar uma possível promoção dentro da empresa, ou, pelo menos, considerar o quão difícil seria para sua organização promovê-lo, com base em seus conhecimentos e o valor que você traz para o negócio.

Kilmartin aponta que, no caso de profissionais com conhecimentos bastante especializados – como, por exemplo, se a pessoa atua como o responsável pelos sistemas de missão crítica –, as empresas têm noção da importância desse funcionário e vão estar mais dispostas a negociar aumentos salariais.

E, melhor do que isso, se o profissional consegue especificar quanto o trabalho dele representou para o atingimento de resultados da companhia, está em uma posição melhor ainda para solicitar a revisão do salário, sinaliza o consultor da Search Path.

Cenário de negócios
Um outro fator crítico a ser considerado quando o funcionário está decidindo se o momento é adequado, ou não, para pedir a revisão salarial diz respeito à como sua organização está sendo afetada pela crise internacional.

Para Al Lee, diretor da Payscale.com, se a companhia estiver sendo duramente prejudicada pelo cenário de crise, o ideal é que os profissionais posterguem essa revisão de salário, mesmo que eles tenham noção de que o valor está defasado e que seus resultados justificam um aumento. Ainda segundo ele, vale a pena congelar a solicitação até que a turbulência econômica passe e a companhia volte a ter resultados positivos.

Lee reforça que se, mesmo assim, o funcionário estiver disposto a negociar uma melhor remuneração, precisa ter o máximo de subsídios. Para tanto, deve apresentar ao chefe dados que confirmem como seu salário está defasado. Por outro lado, o consultor aponta que o profissional não pode, de forma alguma, usar fatores subjetivos na discussão.

Fonte: PCWorld

Saiba prevenir perda de dados gravados em CDs e DVDs

Quem lida com CDs ou DVDs com certa freqüência já deve ter se decepcionado várias vezes ao tentar ler os arquivos gravados em um disco: há mensagens falando de erros CRC, arquivos corrompidos ou simplesmente a impossibilidade de copiar por inteiro aquele vídeo ou foto. A boa notícia é que você pode prevenir esse tipo de problema usando um programa gratuito e multiplataforma chamado dvdisaster. Clique aqui para baixar.

Como expliquei nesta coluna, realizar backups é importante porque assegura a disponibilidade de seus arquivos mesmo no caso de erros no disco rígido, infecção por vírus, erros de software e etc. O DVD-R (ou DVD+R) é a opção mais barata para essa tarefa atualmente, considerando-se a capacidade da mídia e do drive óptico, e, por isso, será a escolha de muitos usuários.

Infelizmente, discos ópticos deterioram, mais cedo ou mais tarde. Dependendo da qualidade da mídia, das condições de armazenamento, como umidade e temperatura, e dos cuidados ao manuseá-los, eles poderão durar um pouco mais, mas, eventualmente, qualquer disco começará a falhar.

Para amenizar esse problema, o dvdisaster gera um arquivo contendo um ECC (error-correcting code, ou código de correção de erros). Na configuração padrão, esse arquivo terá entre 500 MB e 650 MB para um DVD contendo aproximadamente 4 GB de dados (aproximadamente 15% do tamanho do disco). Caso o DVD venha a falhar, o dvdisaster pode usar o arquivo ECC gerado para recuperar as informações perdidas.

CDs, DVDs, discos rígidos e até memórias RAM utilizam códigos de correção de erros. Nos CDs e DVDs, a funcionalidade deles é limitada e rapidamente o disco esgotará sua capacidade de autocorreção. O ECC gerado pelo dvdisaster garantirá uma proteção extra muito superior à padrão dos discos.


Foto: Reprodução

Conceito: imagem ISO

Para utilizar o dvdisaster é preciso saber o que é uma imagem ISO. Essa “imagem” não é uma figura ou gráfico, mas sim um arquivo que representa todo o conteúdo do disco, inclusive dados que não podem ser vistos pelo gerenciador de arquivos, como por exemplo as múltiplas sessões em um CD-R (quando ele é gravado mais de uma vez).

O dvdisaster lê todo o disco e gera uma imagem no formato “ISO”. A partir dela é criado o arquivo ECC.


Como funciona um ECC do dvdisaster


Discos possuem setores e, quando parte do setor não pode ser lido, todo ele é invalidado. Muitas vezes, o sistema desistirá de ler um arquivo quando o primeiro setor danificado for encontrado. Um código de correção de erros (ECC) contém informações que ajudam o computador a determinar os valores dos setores que não estão sendo lidos.

Usando o dvdisaster, é possível ler o disco inteiro e, depois, usar as informações do ECC para calcular o que estava armazenado nos setores perdidos, recuperando as informações. Alguns softwares de recuperação de dados tentam fazer a mesma coisa sem usar ECC, o que pode levar muito mais tempo, isso se for possível.

Em alguns casos, pequenos defeitos no CD/DVD podem tornar o ECC do dvdisaster inútil. Mas esses casos são raros; o algoritmo do dvdisaster é otimizado para recuperar os discos nos casos de deterioração da parte externa e arranhões habituais -- os mais freqüentes. Somente arranhões de determinados formatos incomuns conseguirão danificar o disco de tal maneira a torná-lo irrecuperável.


Verificando um disco

O ECC deve ser criado quando o disco está bom. O dvdisaster não recupera discos danificados que não tiveram um ECC gerado. A opção Scan do dvdisaster procura setores danificados do disco. Essa opção pode ser usada tanto para saber se um CD/DVD antigo ainda pode ser “protegido” como para verificar se ele precisa ser corrigido e refeito, caso um ECC já tenha sido criado para ele anteriormente.


Lendo um disco e criando o ECC

Primeiro, selecione o caminho para os arquivos. Para isso, basta clicar nos ícones ao lado das caixas de texto no topo. O caminho padrão é geralmente indesejável, especialmente no Windows, pois ele vai tentar gravar os arquivos em “Arquivos de Programas”, o que não é recomendado. O primeiro ícone, da esquerda para a direita, é referente à imagem do CD/DVD (ISO) que será gerada; o segundo, ao arquivo de correção (ECC).


Para facilitar, vale a pena mudar algumas configurações (veja imagem abaixo). Basta clicar no ícone com as ferramentas (“Preferences”). Na aba General (ou “Files”, dependendo da versão), deve-se marcar as caixas Create error correction file after reading image e Remove image file after error correction file creation. Com isso, o arquivo de correção será criado automaticamente após a leitura do disco. Logo depois, o recém-criado arquivo de imagem será removido, deixando apenas o que nos interessa: o arquivo ECC.


Foto: Reprodução

Para iniciar o processo, basta inserir um CD ou DVD no drive especificado no canto superior esquerdo e clicar em Read. Se você não marcou as opções recomendadas acima, terá que clicar em Create após terminar a leitura. Esse arquivo deve ser guardado. Você pode colocá-lo também em um DVD ou deixá-lo no disco rígido.


Recuperação de mídia danificada

Vá às configurações. Na aba Read & Scan (ou Image, dependendo da versão) marque a opção de leitura Adaptive, como mostra a imagem abaixo. Dessa maneira o programa não ficará tentando ler infinitamente os setores danificados. A opção de criar arquivo ECC será desmarcada automaticamente.

Selecione um caminho para a imagem (se precisar). Clique em Read para fazer a leitura. Escolha então um arquivo ECC clicando no ícone respectivo, no topo. Depois, basta clicar em Fix. O arquivo ISO será corrigido e poderá ser regravado ou “emulado” em um programa como o Daemon Tools para recuperar arquivos específicos.


Foto: Reprodução

Opções avançadas

O dvdisaster tem opções que permitem especificar o nível de proteção. Quanto mais alto, maior será a necessidade de espaço para armazenar o arquivo ECC. O nível padrão é recomendado porque tem um bom custo-benefício.

As outras opções são bem técnicas e provavelmente não será preciso mudá-las.

O dvdisaster permite anexar o arquivo ECC a um ISO. Para isso, você terá que, no programa de gravação de CD, gerar a imagem ISO em vez de gravar. Depois, terá que escolher a imagem no dvdisaster e gerar o ECC, que será uma nova imagem completa do disco. Essa imagem, então, pode ser gravada.

Essa opção só está disponível nas versões mais recentes do programa. Não é recomendável utilizá-la, até porque, caso algo aconteça com o DVD, o arquivo de correção será danificado também. Ela é menos prática e forçará você a controlar o tamanho do DVD antes de gravá-lo.

Apesar da necessidade de investir um pouco mais em armazenamento, considere o uso do dvdisaster. Uma vez que informações digitais foram perdidas, a recuperação nem sempre é fácil (isso se for possível) e o dvdisaster pode ser a salvação.

Circuitos integrados superflexíveis suportam deformações extremas

Os cientistas já criaram telas flexíveis, circuitos eletrônicos que podem ser esticados e até uma tela totalmente maleável.

Circuitos moldáveis

Agora eles parecem ter dado o passo que faltava e criaram circuitos eletrônicos que podem não apenas ser aplicados a superfícies irregulares, mas que podem ser verdadeiramente moldados em qualquer formato e até mesmo serem trançados.

A equipe, das universidades Northwestern e Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, foi a mesma que recentemente apresentou um sensor flexível que permite a construção de uma câmera digital que imita a retina humana.

Juntando teoria e prática

O professor John Rogers, que é especializado na construção de dispositivos experimentais, uniu-se aos seus colegas Yonggang Huang e Joseph Cummings, que são voltados para a teoria. O resultado da parceria foi um aumento na flexibilidade dos circuitos eletrônicos em 140% em relação aos protótipos anteriores.

Juntos, eles desenvolveram um processo para fabricar os circuitos eletrônicos dobráveis que aumenta a faixa na qual é possível que esses circuitos sejam deformados sem comprometer o seu funcionamento.

Retina biônica

O aumento na flexibilidade dos circuitos eletrônicos abre cada vez mais o leque de suas aplicações. Além da retina biônica, o novo material abre caminho para todo tipo de sensor flexível, transmissores, painéis solares que acompanham a superfície dos prédios ou automóveis, microlaboratórios de análises clínicas e uma série de implantes biomédicos que poderão incorporar os circuitos eletrônicos seguindo o formato do corpo humano.

O segredo da nova técnica, e seu avanço em relação à flexibilidade alcançada anteriormente, está na fabricação das conexões dos circuitos em formato de S. Além de conservar a característica de poder ser esticado e dobrado, o formato de S permite também que o circuito seja trançado, ou girado ao longo do seu eixo, sem danificar as conexões.

Para conhecer outra pesquisa, que procurar levar a eletrônica flexível aos computadores, veja Eletrônica flexível poderá chegar aos processadores.

Dinheiro será a principal pauta das discussões sobre clima em 2009

A postura dos países desenvolvidos, durante a Conferência das Partes sobre o Clima (COP-14), em Poznan, na Polônia, nas negociações sobre a ampliação das fontes de recursos para o Fundo de Adaptação, indica que deve haver mais dificuldades em outros pontos da convenção, que deve ser fechada até a COP-15, em Copenhagen, na Dinamarca, em dezembro de 2009.

Recursos para combate às mudanças climáticas

Essa avaliação foi feita pelo diretor do departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e presidente das negociações sobre a convenção, embaixador Luiz Alberto Figueiredo.

"Isso é um sinal negativo com relação ao ano de 2009, porque na verdade nós vamos ter que alavancar recursos muito mais importantes que isso e o sinal que foi dado é que haverá resistências entre aqueles países que têm uma obrigação legal, de acordo com os termos da Convenção do Clima, de proverem esses recursos", afirmou.

Fundo de Adaptação às mudanças climáticas

O Fundo de Adaptação é um mecanismo destinado a ajudar os países em desenvolvimento mais vulneráveis a se prepararem para enfrentar os resultados das mudanças climáticas - que já são sentidas em alguns desses países, em particular, as pequenas ilhas.

Atualmente, os recursos do fundo são advindos de 2% dos crédito gerados por projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). "É, portanto, um fundo alimentado por dinheiro dos países em desenvolvimento, porque é um dinheiro tirado dos créditos de carbono dos países em desenvolvimento", explicou Figueiredo.

Mecanismos do mercado de carbono

Um dos resultados que se esperava ter em Poznan era a extensão das fontes para outros mecanismos do mercado de carbono, como a implementação conjunta (projetos implementados por dois países para redução de emissões) e o comércio de emissões (quando um país vende a outro permissões ligadas às suas metas de redução das emissões de carbono). Essa extensão possibilitaria o aumento dos recursos do fundo, que hoje estão em cerca de US$ 50 milhões, para US$ 200 milhões.

Figueiredo destacou que existe uma busca por meios adicionais de viabilizar as ações de adaptação dos países mais vulneráveis e se pensou em instrumentos de mercado, e não apenas doações governamentais, a fim de garantir um fluxo de recursos mais estável e robusto. No entanto, os países desenvolvidos argumentaram que as negociações ainda estão em curso, que o pacote final vai sair em 2009 e não há necessidade de se precipitar agora.

Dificuldades do acordo

"A questão não é nem isso, é porque essa é uma parte fácil do pacote. Essa não é a parte difícil, essa não é dizer aos países industrializados que eles devem tirar de seus cofres públicos doações importantes, isso é mais complicado. A parte mais fácil é utilizar um mecanismo de mercado, que já está acontecendo e estabelecer esse tipo de 'taxação' de 2%, que é algo que não afetaria negativamente os governo dos países industrializados, mas ainda assim eles se opuseram, o que lança um sinal equivocado ao meu ver para 2009", rebateu o embaixador.

Ainda assim, ele afirmou que isso não atrapalha o cronograma previsto para as negociações das metas para o segundo período do Protocolo de Quioto e que ainda se espera conseguir um aumento nos recursos do fundo, para fazer frente à mudança climática. "A gente quer que seja um resultado equitativo, mas robusto em termos de que tem que ser de acordo com o que a ciência está mostrando que é o necessário, então não pode ser algo aquém do que a ciência mostra", concluiu.

Fava de sucupira é eficaz contra câncer de próstata

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificaram uma substância na planta popularmente conhecida como sucupira (Pterodon pubescens Benth) capaz de inibir o crescimento de células de câncer de próstata em estudos in vitro.

Os testes in vivo do trabalho, coordenado pela pesquisadora Mary Ann Foglio, do programa de pós-graduação do Departamento de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da Faculdade de Odontologia, terão início em fevereiro de 2009 visando ao estudo do comportamento dos compostos isolados em modelos experimentais utilizando o combate às células cancerígenas em camundongos.

Óleo da semente de sucupira

"Outras substâncias com estruturas análogas estudadas também mostraram efeito semelhante, mas uma em especial apresentou maior potência, com seletividade para a linhagem de tumores de próstata", disse Mary Ann à Agência FAPESP.

Segundo ela, o nome da molécula de interesse, extraída do óleo da semente de sucupira, é 6alfa-acetóxi-7beta-hidroxi-vouacapano. A sucupira é uma planta do Cerrado tradicionalmente conhecida pelos seus efeitos antiinflamatórios e de combate à dor.

Efeitos antiinflamatórios e analgésicos da sucupira

Os pesquisadores da Unicamp se basearam em dados de literatura que relacionam a atividade antiinflamatória com o controle do crescimento de alguns tipos de tumores. Além disso, dois estudos de mestrado realizados na Unicamp já haviam comprovado efeitos antiinflamatórios e analgésicos dos extratos da sucupira.

Outros trabalhos na literatura já demonstram, explica Mary Ann, a relação entre atividade antiinflamatória e o controle de alguns tipos de tumor, especialmente do sistema digestivo.

"Por isso isolamos e monitoramos as substâncias do óleo da semente da planta em modelos in vitro para, em um primeiro momento, preservar os animais e comprovar a associação entre a atividade antiinflamatória e anticancerígena", conta.

30 substâncias de interesse

Por ser composto de muitas substâncias, o óleo da semente foi fracionado com a utilização de métodos cromatográficos. Este processo identificou cerca de 30 substâncias de interesse. Dessas, sete foram isoladas e realizadas modificações em suas estruturas químicas para comparação de suas ações farmacológicas e toxicológicas.

Entre as moléculas identificadas nessas substâncias bioativas, os pesquisadores encontraram a 6alfa-acetóxi-7beta-hidroxi-vouacapano que, segundo Mary Ann, ainda não havia sido descrita na literatura.

"Na próxima etapa do estudo iremos implantar as linhagens de câncer de próstata nos animais e tratá-los com essa substância inédita. Já demos início também a estudos de microencapsulação da molécula para ver a possibilidade de aumentarmos seu tempo de vida útil a fim de administrarmos doses menores da substância", aponta.

Plantas com potencial medicamentoso

Um artigo com os achados do estudo foi submetido ao Journal of the Brazilian Chemical Society, publicação da Sociedade Brasileira de Química. "O trabalho já foi aceito e deve ser publicado no início de 2009", afirma Mary Ann.

O estudo contou com a participação do docente João Ernesto de Carvalho, também do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Unicamp, além de outros alunos de mestrado e doutorado na entidade.

O projeto de pesquisa é intitulado Avaliação farmacológica de frações e princípios ativos obtidos de Pterodon pubescens, com o objetivo de identificar compostos de plantas com potencial medicamentoso.

Comissão aprova uso de GPS para localizar pessoas desaparecidas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou o Projeto de Lei 3797/08, que prevê o uso de GPS (Sistema de Posicionamento Global) para localizar pessoas desaparecidas e rastrear idosos, deficientes e adolescentes que precisem de acompanhamento.

"A proposta vem ao encontro dos anseios de boa parte dos pais, ao possibilitar um recurso que lhes permita monitorar seus filhos, expostos, nos dias de hoje, a diversas ameaças; e também de pessoas idosas, expostas aos mesmos riscos", avaliou o relator da matéria na comissão, deputado Marcelo Melo (PMDB-GO).

A proposta prevê que a família possa contratar o serviço de uma empresa que enviará informações em tempo real sobre a localização dos aparelhos cadastrados, via mensagens de texto ou acesso à Internet.

Para Melo, um dos aspectos mais positivos da proposta é o fato de o custo do rastreamento ser acessível a qualquer cidadão, independentemente de renda. Isso porque o serviço será baseado no registro de sinais emitidos pelos telefones celulares, que são identificados pelas operadoras por meio do código do aparelho, transmitido ininterruptamente e captado pelas antenas de retransmissão de sinal, possibilitando a localização aproximada do aparelho.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: IDG Now!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Revistas: SuperBike Magazine Dez. 2008

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Certificação: Prova para VMware VCP-310 Exame Q e A

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Livros: Build Your Own Security Lab

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Livros: 3ds Max Bible

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Livros: 2 D Electromagnetic Simulation of Passive Microstrip Circuits

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Livros: Graph Theory and Interconnection Networks

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Livros: Practical Matlab Applications for Engineers

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sábado, 27 de dezembro de 2008

Etanol de segunda geração é essencial à sustentabilidade dos biocombustíveis

O etanol de segunda geração, produzido a partir da celulose, presente nos resíduos da cana-de-açúcar e em outras matérias-primas vegetais, é uma alternativa fundamental aos cerca de cem países capazes de produzir o combustível renovável e que desejam fazê-lo sem prejudicar a produção de alimentos.

O cenário foi destacado por Christoph Berg, diretor geral da F.O. Licht, consultoria alemã do mercado de commodities durante a sessão plenária que abordou o tema da segurança energética na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que reuniu delegações de 92 países em São Paulo para a discussão dos desafios e oportunidades dos biocombustíveis.

"Do ponto de vista da oferta, as tecnologias de primeira geração deverão garantir um crescimento relativamente constante no mercado do etanol até 2018. A partir daí, os produtores mundiais precisarão de tecnologias da geração seguinte. Caso contrário, teremos o limite da oferta em relação à competição entre o uso da terra para a geração de energia e a produção de alimentos", alertou.

Participação do etanol no mercado de combustíveis

Berg, que é membro do Grupo Consultivo sobre Biocombustíveis da Comissão Européia, apontou que o etanol, nesse período de tempo, tem capacidade de atingir uma participação no mercado global de combustíveis de até 10%, considerando a estrutura tecnológica atual.

"Uma participação de mercado maior do que essa só seria alcançada com o domínio das tecnologias do etanol de segunda geração, que poderão prover os necessários metros cúbicos extras do biocombustível por hectare", afirmou.

Etanol da biomassa

O etanol de segunda geração, uma alternativa para o uso energético da biomassa, pode ser obtido a partir da tecnologia de lignocelulose, que utiliza o bagaço e a palha da cana com vantagens ambientais e econômicas.

Calcula-se que esses compostos orgânicos, hoje praticamente sem valor comercial, correspondem a cerca de 50% da biomassa terrestre. A produção de etanol da lignocelulose extraída desses materiais é feita com tecnologias ainda em fase de aperfeiçoamento. A transformação pode ser feita com uso de ácidos (hidrólise ácida) ou de enzimas (hidrólise enzimática).

Insustentabilidade dos combustíveis fósseis

O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Richard Jones, divulgou dados do relatório anual da entidade sobre o estado atual da economia de energia mundial e as possibilidades para o futuro. Segundo ele, a tendência atual de uso dos combustíveis fósseis é "insustentável" tanto do ponto de vista ambiental como do econômico e social.

"A má notícia do relatório é que a utilização mundial de gás, carvão e petróleo continuará aumentando, assim como as emissões de gases de efeito estufa provenientes desses combustíveis. O resultado poderá levar a um aumento na temperatura global de cerca de 6ºC nas próximas décadas", disse o diplomata norte-americano, que foi embaixador dos Estados Unidos em Israel, Kuait, Cazaquistão e Líbano.

Corte nas emissões

Esse crescimento do uso e das emissões pode ser evitado, na opinião de Jones, por meio de um esforço conjunto mundial que busque uma economia baseada na diversificação das fontes de energia, melhorando não apenas a eficiência das já existentes como também criando tecnologias novas, especialmente no setor dos biocombustíveis, devido à sua representatividade crescente nos transportes.

"Estima-se que a utilização dos biocombustíveis no setor de transportes cresçerá dos atuais 1,5% para cerca de 8% em 2030. A previsão para 2050 é de 26% de participação. Sabemos que o potencial de crescimento dos biocombustíveis é ainda maior e as pesquisas brasileiras com o etanol de cana-de-açúcar têm mostrado isso", destacou.

O petróleo responde por cerca de 99% do consumo de energia pransporte rodoviário no mundo e, segundo projeções da Agência Internacional de Energia, a demanda energética nesse setor poderá crescer até 38% nos próximos 20 anos.

Alternativas energéticas

O especialista em bioenergia do Imperial College London, Richard Murphy, falou sobre um importante caminho a ser trilhado se o destino final é ter um futuro seguro do ponto de vista energético em nível global. "Primeiro, os países precisam ter certeza de que os biocombustíveis produzidos irão de fato mitigar as emissões dos gases de efeito estufa, de modo a estancar as alterações climáticas", alertou.

"Há várias formas corretas de garantir isso, como o investimento em pesquisa e desenvolvimento e a criação de políticas públicas que permitam a drástica diminuição de gases estufa em comparação aos combustíveis fósseis", disse.

Murphy ressalta que o Reino Unido não tem capacidade instalada para cultivar toda a biomassa necessária para garantir o desenvolvimento limpo da frota de veículos do país.

"Vamos depender muito do restante do mundo para a compra de biocombustíveis. Gostaríamos de ser parceiros de outros países no desenvolvimento de alternativas energéticas", disse o também membro do grupo de trabalho do Plano de Pesquisa sobre Bioenergia do Reino Unido.

Encontrada água mais antiga do Universo

Cientistas encontraram água na maior distância da Terra de que se tem notícia. Tão longe que sua identificação, feita por um grupo de cientistas europeus, corresponde a um sinal que, tendo viajado pela velocidade da luz, levou 11,1 bilhões de anos para chegar ao radiotelescópio Effelsberg, na Alemanha.

Água primordial

O sinal de vapor de água pertenceu a um momento em que o Universo tinha cerca de um quinto de sua atual idade e ainda seriam precisos mais de 6 bilhões de anos para o surgimento do Sistema Solar. A descoberta mostra que condições para a formação e sobrevivência de moléculas de água já existiam apenas 2,5 bilhões de anos após o Big Bang.

O sinal foi descoberto no quasar MG J0414+0534. Os autores do estudo estimam que o vapor de água teria existido em nuvens de poeira e gás que alimentavam o buraco negro supermaciço no centro do distante quasar. A detecção foi confirmada por observações interferométricas (baseadas em fenômenos ópticos de interferência) de alta resolução com outro radiotelescópio, o Expanded Very Large Array, nos Estados Unidos.

Infância do Universo

A descoberta de água da infância do Universo foi possível somente por conta do alinhamento do quasar com uma galáxia à sua frente (em relação à Terra). Com o alinhamento, a galáxia atuou como uma espécie de lente de aumento cósmica, ampliando a luz emitida pelo quasar. Sem essa ajuda, seriam precisos 580 dias de contínua observação com o Effelsberg, que tem 100 metros de diâmetro, no lugar das meras 14 horas que permitiram a descoberta.

"Outros tentaram e falharam em sua busca por água e sabíamos que estávamos olhando para um sinal muito fraco. Decidimos aproveitar a chance de usar uma galáxia como lente de aumento para observar a uma distância muito maior do que seria possível e, como imaginávamos, a emissão de água surgiu", disse Violette Impellizzeri, do Instituto Max Planck de Radiastronomia.

Desvio para o vermelho

Além do alinhamento providencial, os cientistas contaram com uma grande coincidência. O quasar está exatamente dentro do intervalo certo do desvio para o vermelho - ou redshift, a alteração na forma como a freqüência das ondas de luz é observada em função da velocidade relativa entre a fonte emissora e observador - para que a emissão do sinal da molécula de água passe de sua freqüência normal de 22 GHz para 6 GHz, entrando na faixa de alcance do receptor instalado no telescópio.

"É interessante que encontramos água no primeiro objeto aumentado gravitacionalmente que observamos no Universo distante. Isso sugere que a água pode ter sido muito mais abundante no início do Universo do que achávamos e é algo que poderemos usar em futuros estudos sobre buracos negros supermassivos e sobre evolução de galáxias", disse outro autor do estudo, John McKean, também do Max Planck.

A emissão de água foi identificada na forma de um maser, uma radiação semelhante ao laser, mas na forma de microondas. O sinal corresponde a uma luminosidade de 10 mil vezes a do Sol.

Brasil vai desenvolver tecnologia para fabricar aviões silenciosos

Reduzir o nível de ruído de aeronaves durante o vôo é o maior desafio do Projeto Aeronave Silenciosa, que em 2009 buscará bolsistas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

O projeto, que conta com apoio da FAPESP e da Embraer, envolve seis universidades brasileiras sob coordenação acadêmica do professor Julio Romano Meneghini, da Escola Politécnica (Poli) da USP.

Supercomputador contra o barulho

De acordo com Menghini, o projeto, que vai até 2011, terá investimentos de R$ 11 milhões. Parte dos recursos se destinam à aquisição de um supercomputador com mais de 1,2 mil núcleos de CPUs para uso exclusivo do projeto. As primeiras pesquisas já foram iniciadas e em 2009, com a instalação completa da infra-estrutura, o projeto entrará em plena operação.

"O supercomputador está sendo montado e toda a estrutura do projeto já está preparada. Em breve, buscaremos estudantes e pesquisadores que terão oportunidade de trabalhar em uma pesquisa tecnológica com aplicações práticas e na investigação de problemas científicos de ponta", disse à Agência FAPESP.

Ruído dos aviões

O ruído das aeronaves, principalmente nos momentos que antecedem pousos e decolagens, tem grande impacto na qualidade de vida da população que vive próxima às zonas aeroportuárias. Aeroportos em todo o mundo fazem restrições cada vez mais severas aos níveis de ruído produzidos, limitando a competitividade dos fabricantes que não conseguem reduzi-los.

"Um projeto desse tipo é um pólo de atração para estudantes de engenharia mecânica, mecatrônica ou engenharia aeronáutica que, muitas vezes, acabam indo para ramos que não têm relação direta com o que estudaram. Aqui, pelo contrário, vamos trabalhar com uma questão científica muito rica e uma necessidade tecnológica importante", afirmou.

Estabilidade, aerodinâmica e silêncio

A redução do ruído em aeronaves é uma tarefa tecnicamente complexa tanto na parte conceitual como em aspectos práticos, do tipo estabilidade e aerodinâmica. Meneghini explica que o projeto será dividido em quatro plataformas principais: predição numérica de ruído, ensaios aeroacústicos em túnel de vento, procedimento operacional de baixo ruído com simulações usando ferramentas de performance para simulações e criação de métodos de design de baixo ruído.

"Como é muito difícil reduzir o nível de ruído, qualquer avanço já terá valido a pena. Se conseguirmos resultados bons em dois ou três anos, não tenho dúvidas de que isso terá um impacto importante, daqui a cinco ou sete anos, no projeto de novas aeronaves por parte da Embraer, que atendam a demandas de redução de ruído e possam pousar e decolar em mais aeroportos", disse.

Flutuações de pressão

De acordo com Meneghini, o projeto tem envolvimento direto de 13 professores de sete grupos: da EP e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da USP, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade Federal de Uberlândia, da Universidade de Brasília e da Universidade Twente, da Holanda.

A parte experimental, que inclui testes com aviões, ficará principalmente concentrada na Embraer e na EESC. A EP-USP concentrará a maior parte da pesquisa da simulação numérica, que abrange a resolução de equações para calcular a velocidade e a pressão no campo do escoamento ao redor da aeronave. As flutuações de pressão são as principais fontes de geração de ruídos das aeronaves.

Microfones no aeroporto

Meneghini explica que a infra-estrutura ficará a cargo das universidades. Dos R$ 11 milhões destinados ao projeto, uma grande parte foi destinada à compra do supercomputador, que representa uma parte substancial do projeto e será usado por seus integrantes para simulações numéricas.

"Outra parte será investida em ensaios de vôo. Eles serão feitos com a instalação de uma matriz de microfones que funcionará como se fosse um radar acústico. A partir das medições feitas por essa matriz - no total serão quase 500 microfones - poderemos identificar as fontes de geração de ruído de cada um dos elementos da aeronave: isto é, discriminar que ruídos são produzidos pela turbina, pelos slats [superfície aerodinâmica na parte da frente das asas], flaps [na traseira das asas], pelo trem de pouso e assim por diante", explicou.

Os microfones para os ensaios serão instalados na cabeceira de uma pista de testes na cidade de Gavião Peixoto (SP) - com um sistema de análise de sinais - onde os aviões da Embraer irão decolar e pousar várias vezes por dia. "O supercomputador e essa parte de informes corresponderão a uma parte substancial do projeto - pelo menos US$ 1 milhão", afirmou Meneghini.

Túneis de vento

O restante do projeto incluirá ensaios em túneis de vento, que serão realizados na EESC. "Vamos fazer modificações no túnel de vento que eles já têm, para que seja capaz de fazer medições do problema acústico transformando-se em uma câmara anecóica. Ou seja, faremos com que as paredes do túnel não reflitam ondas sonoras que eventualmente forem geradas", disse.

Os locais dos ensaios, segundo o professor, terão estações de trabalho que permitirão aos integrantes do projeto acessar o supercomputador, instalado na Escola Politécnica, na Cidade Universitária, em São Paulo.

"Os recursos para bolsas vão partir da Embraer, como contrapartida. Será um número de bolsas considerável", afirmou Meneghini. As bolsas da Embraer, segundo o professor, serão oferecidas não só a pesquisadores, mas também a professores. "A nova Lei de Inovação possibilitou bolsas de pesquisa para professores envolvidos no projeto. A Embraer vai arcar também com todos os ensaios em vôo - o que é um custo considerável, já que inclui o combustível, a equipe de pilotos e o seguro das aeronaves", disse.

Segundo o professor, um grupo de 20 engenheiros da Embraer deverá trabalhar em tempo integral no projeto. Outros deverão ser integrados no decorrer do projeto.

"Esses recursos também estão considerados na contrapartida. Por outro lado, a parcela da FAPESP é essencial, sem ela não existiria o projeto. O apoio da Fundação possibilitou a compra de equipamentos, microfones, do supercomputador, ou seja, toda a parte de aquisição de dados", destacou.

Dieta com alimentos de alto índice glicêmico reduz peso

Dependendo do perfil do paciente e das restrições calóricas a que ele está sujeito, uma dieta com alimentos de alto índice glicêmico pode até mesmo ajudar a melhorar a silhueta e reduzir o peso.


A pesquisa foi coordenada por feita Fábio Vinícius Pires da Silva, da Universidade de Brasília, que analisou 41 pessoas entre 18 e 50 anos de idade.


O estudo indica que existe uma alternativa à dieta de baixo índice glicêmico, modalidade que vem ganhando destaque na mídia e nos consultórios, já que os alimentos com índice baixo demoram mais tempo para se transformar em açúcar na corrente sangüínea.


Dieta de alto índice glicêmico


Na dieta de alto índice glicêmico desenvolvida na UnB, todos os 41 voluntários apresentavam excesso de peso, ou seja, índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 35. Nenhum deles tinha doença crônica, como diabetes, hipertensão ou hipotireoidismo.


Os voluntários foram divididos em três grupos, de acordo com a presença ou não de alterações na glicose do sangue e de insulina. Em cada um dos grupos, foi aplicada uma dieta diferenciada, definida a partir do perfil analisado de cada um dos voluntários, acompanhados por um período de quatro meses.

Dieta com alimentos de alto índice glicêmico reduz peso

Pacientes sem alterações na glicose e na insulina


O primeiro grupo, de 13 pessoas, era formado por indivíduos saudáveis, sem alteração na glicose e na insulina. Eles receberam alimentos de alto índice glicêmico, como pão francês, arroz polido e batata cozida amassada. "Houve perda de peso global de 5%, e redução da circunferência da cintura em 5%", afirma Silva.


O pesquisador explica que esse resultado só foi possível porque cada voluntário teve a alimentação de alto índice glicêmico aliada a uma restrição na quantidade de calorias entre 25% e 30% do que ingeriam antes de participar do estudo.


"Vimos que não é a qualidade do carboidrato que faz a diferença, mas a restrição calórica", explica ele. Entretanto, o grupo teve diminuição no HDL colesterol, conhecido popularmente como bom colesterol, relacionado à prevenção de doenças cardíacas.


Paciente com glicose normal e insulina alterada


O segundo grupo continha 14 indivíduos com glicose normal, mas níveis de insulina alterados. Para esses participantes, foi elaborado um cardápio de baixo índice glicêmico, do qual faziam parte alimentos como pão integral, arroz integral e biscoito integral, entre outros.


Os principais resultados foram perda de peso global em 7%, melhora no perfil dos lipídios sanguíneos, em especial triglicerídeos, redução dos valores de glicose e insulina e redução da circunferência da cintura em 7%.


A opção por uma alimentação com baixo índice glicêmico teve o intuito de não interferir negativamente na insulina, já que estudos de outras universidades apontam que uma dieta de alto índice glicêmico pode aumentar a glicose e a insulina no sangue.


Pacientes com alterações na glicose e insulina


O terceiro grupo, também com 14 pessoas, reuniu indivíduos com alterações na glicose e na insulina, que apresentavam forte risco de se tornarem diabéticos. A equipe recebeu uma dieta de baixo índice glicêmico, acrescida do medicamento metformina, que reduz a glicemia e melhora os níveis de resistência à insulina, minimizando assim, sobre-esforço do pâncreas, órgão responsável pela produção da insulina.


Essa combinação de estratégias levou a uma redução em 6% do peso corporal, além de diminuição dos valores de insulina, e 5% dos valores de circunferência da cintura. "Eles tiveram uma alteração significativa no padrão insulinêmico, o que é muito bom, pois se afastam do risco de desenvolver diabetes", afirma.


Frutas e verduras liberadas


Embora frutas e verduras tenham diferentes índices glicêmicos, a ingestão delas foi liberada para os três grupos. "Queríamos promover hábitos alimentares saudáveis, melhorando a qualidade da ingestão alimentar em todos os grupos", diz Silva.


Para o nutricionista, a principal contribuição do estudo é desfazer os mitos sobre dietas que se baseiam no índice glicêmico. Ele diz esperar que os resultados auxiliem os profissionais de saúde, em especial endocrinologistas e nutricionistas.


Peças de automóvel viram incubadora de baixo custo para recém-nascidos

A fonte de calor é um par de faróis. Um alarme de carro sinaliza emergências. Um filtro de ar automotivo e um ventilador oferecem controle de temperatura. Mas essa concepção não tem nenhuma relação com transportes. Trata-se de uma robusta incubadora de baixo custo, projetada para manter aquecidos recém-nascidos vulneráveis durante os primeiros frágeis dias de vida.

Ao contrário das incubadoras de alta manutenção encontradas em unidades neonatais de tratamento intensivo dos Estados Unidos, essa é facilmente reparada, pois todas as suas peças operacionais vieram de veículos.

Enquanto incubadoras chegam a custar US$ 40 mil ou mais, essa pode ser construída por menos de mil dólares.

Os criadores da incubadora feita com peças de carro – um projeto promovido pela Iniciativa para a Saúde Global do Center for Integration of Medicine and Innovative Technology, ou Cimit, uma parceria sem fins lucrativos de hospitais e faculdades de engenharia de Boston – dizem que ela pode prevenir milhões de mortes de recém-nascidos nos países em desenvolvimento.

As principais causas de morte dos bebês – infecções, parto pré-maturo e asfixia – são prontamente tratadas com o conhecimento e o equipamento adequados, afirmou Kristian Olson, principal pesquisador do projeto.

"É tão frustrante ver essas mortes que podem ser evitadas", disse ele. "As pessoas não dão nomes aos bebês em Aceh, Indonésia, até eles completarem dois meses de vida. É uma adaptação cultural para a espera da morte."

Simples e complicado

Mecanicamente, incubadoras são dispositivos simples, que oferecem um ambiente aquecido, limpo e semelhante ao útero materno, no qual um bebê pode amadurecer (apesar de modelos ultra-modernos terem acessórios como máquinas de raio-X embutidas e colchões rotatórios). O pouco peso no nascimento e outros problemas fazem com que seja especialmente difícil para os recém-nascidos regularem sua temperatura corporal, uma condição que pode levar à falência de órgãos.

Na incubadora feita com peças automotivas, bebês nascidos com 32 semanas de gestação ou mais podem receber oxigênio suplementar enquanto seus pulmões ganham força, antibióticos se eles têm infecção, e um ambiente escurinho e tranqüilo onde dormir se as mães estão ausentes ou não são capazes de segurá-los nos braços. Em caso de emergência, o berço da incubadora pode ser removido e carregado para outra parte do prédio ou até para outro hospital.

Na verdade, afirmam especialistas, os países em desenvolvimento não precisam de mais incubadoras. Eles precisam de incubadoras que funcionem. Durante anos, milhares de equipamentos foram doados por países ricos e acabaram em "cemitérios de incubadoras" – a maioria quebrada, algumas nunca usadas. Segundo um estudo de 2007 da Duke University, 96% dos equipamentos médicos doados por estrangeiros falham dentro de cinco anos após a doação – a maioria devido a problemas elétricos, como picos de voltagem ou quedas de energia, ou devido a problemas de treinamento, como deixar de enviar manuais de uso junto com os equipamentos.

Para compensar essa miopia filantrópica, equipes médias ajustam a temperatura em "sala de incubadoras" para 38ºC ou mais, ou enfaixam os bebês em plástico para manter a temperatura corporal.

Essas soluções improvisadas levaram à equipe de Boston a perguntar: Como podemos fazer uma incubadora para países em desenvolvimento que possa ser consertada?

Nasce uma idéia

Uma pessoa que opinou sobre essa pergunta em 2006 foi Jonathan Rosen, então diretor do programa de implementação de tecnologia do Cimit. Defensor da tecnologia biomédica sustentável, Rosen, hoje na Boston University School of Management, usa o termo "recurso orgânico" para descrever o princípio de criar equipamentos médicos a partir de qualquer material abundante localmente.

Em suas conversas com médicos atuantes em regiões pobres, Rosen aprendeu que não importa o quanto um local é remoto, sempre há um Toyota 4Runner funcionando bem.

Foi seu momento "eureka", como lembrou depois: Por que não construir uma incubadora a partir de peças usadas ou novas de carros, e ensinar mecânicos locais a serem tecnólogos médicos?

Cimit contratou a Design That Matters, uma instituição sem fins lucrativos de Cambridge, Massachusetts, para projetar a máquina. "A idéia era começar com um 4Runner", contou Timothy Prestero, fundador e diretor executivo da instituição, "e eliminar todas as partes que não eram de uma incubadora."

O resultado foi um equipamento de aparência séria, azul-acinzentado, que lembra um carrinho de bebê cibernético, mas se encaixa confortavelmente em hospitais e clínicas com poucos recursos. O suprimento das partes de substituição é praticamente ilimitado, pois o protótipo modular pode ser adaptado para qualquer tipo e modelo de carro.

"Um ferro-velho é uma excelente fonte de peças", disse Robert Malkin, diretor do Engineering World Health, um programa da Duke University, que não é afiliado do projeto da incubadora. "Temos designs para bombas e aspiradores cirúrgicos formados por peças de automóveis."

O pessoal da manutenção estará no centro disso tudo. "Os futuros tecnólogos da área médica, nos países em desenvolvimento", disse Malkin, "são os atuais mecânicos, técnicos de ar condicionado, pessoas que consertam bicicletas. Não existe outra boa fonte de indivíduos com conhecimento tecnológico para assumir o futuro do reparo e da manutenção de equipamentos médicos."

Questões em aberto

No entanto, nem todos concordam que a incubadora de peças de carro seja a melhor solução para combater a morte de recém-nascidos. Os mais céticos mencionam uma série de artigos publicados em 2005 no periódico britânico "The Lancet" listando intervenções comprovadas – incluindo visitas à mãe durante a gravidez, cuidados especializados no parto e tratamentos de emergência – que poderiam eliminar até 72% das mortes neonatais no mundo todo.

"Mesmo se nós só fizermos o que sabemos, poderíamos poupar cerca de dois terços dos bebês que estão morrendo", sustentou Stephen Wall, experiente consultor de pesquisa da Save the Children, uma organização sem fins lucrativos independente.

Em seu trabalho em países sem recursos, Wall tem promovido amplamente uma estratégia chamada de "canguru", na qual um bebê é colocado no peito da mãe imediatamente e continuamente após o nascimento, garantindo contato aquecido pele com pele da mãe com o bebê, além da amamentação.

O método tem provado aumentar taxa de sobrevivência de bebês abaixo do peso que são medicamente estáveis, e Wall afirma que trabalhadores da área de saúde do mundo todo deveriam promover a prática com mais ênfase antes de endossar um novo equipamento. Ele observa que a maioria dos bebês em países em desenvolvimento não nasce em hospitais, mas em casa.

"Por enquanto", disse ele, "existe uma necessidade urgente de oferecer soluções simples que possam ser usadas pelas famílias, informações que possam ser compartilhadas através de agentes de saúde trabalhando junto à comunidade, grupos de mulheres ou outros mecanismos comunitários."

Porém, outros têm uma opinião diferente a respeito. "Mães doentes incapazes de cuidar do filho, e mães que não podem amamentar, não podem recorrer à prática do canguru", afirmou Malkin, da Duke. Nem as mães obrigadas a voltar a trabalhar para sustentar suas famílias, nem aquelas cuja cultura determina que os bebês sejam carregados nas costas, não na frente.

Além disso, por si só, o método canguru não é suficiente para ajudar os bebês menores e mais doentes. Apesar dos bebês abaixo do peso corresponderem a somente 14% dos nascidos, eles respondem por 60 ou até 80% das mortes neonatais.

"A conclusão é: sim, precisamos de tecnologias mais simples em hospitais para os casos complicados", sustentou Renee Van de Weerdt, chefe de saúde maternal, de recém-nascidos e infantil da Unicef. "Ao mesmo tempo, precisamos acelerar os esforços para ampliar o uso dos cuidados pele a pele para os casos menos complicados".

A incubadora de peças automotivas recebeu US$ 150 mil em financiamentos iniciais do Cimit. A equipe do projeto está buscando apoio institucional para desenvolver um protótipo. Por não depender de produtos ou processos originais, a incubadora muito provavelmente não será patenteada, apesar do Hospital Geral de Massachusetts e o Design That Matters compartilharem os direitos de propriedade intelectual.

Ao mesmo tempo, a equipe está refinando seu modelo de negócios e solidificando parcerias comerciais no exterior. "A tecnologia é a parte menos difícil do problema", comentou Mr. Prestero. "Produzir, financiar, distribuir, obter aprovação regulamentar: essas são as principais barreiras. Não existem muitos exemplos de sucesso de um produto produzido em escala direcionado aos pobres".

Se organismos internacionais de saúde, como a Organização Mundial de Saúde e o Fundo para a População das Nações Unidas, endossarem a incubadora, ele disse, isso poderia acelerar a adoção do equipamento pelos países em desenvolvimento, mesmo sem o apoio da Food and Drug Administration, dos Estados Unidos.

Olson afirma que sua determinação para criar uma incubadora barata e confiável – e o treinamento médico para acompanhar – foi reforçada em uma viagem realizada este ano para o Hospital Cut Nyak Dhien, um edifício de concreto de um andar na cidade de Meulaboh, Indonésia, devastada pelo tsunami.

"Quando entrei na sala das incubadoras", ele disse, "uma família inteira chorava ao redor de um berço". O bebê deles, de sete meses, havia nascido levemente abaixo do peso e sofria de infecção. Ele acabara de morrer, após ficar deitado por horas em um berço frio. Com o calor e os cuidados adequados, ele poderia ter sobrevivido.

Havia também seis incubadoras de alta tecnologia, doadas do Ocidente, entulhando a sala. Nenhuma delas funcionava.

Fonte: G1

Site referência em combate a pragas digitais encerra atividades

Uma mensagem publicada na terça-feira (23) no site CastleCops diz aos visitantes, no meio de seu conteúdo: “todas as coisas chegam ao fim”. O texto parece afirmar que site estaria fechando, dando fim ao trabalho de dezenas de voluntários que faziam parte de diversas iniciativas de segurança.

Além de ser obrigado a lidar com processos judiciais iniciados por empresas desenvolvedoras de spywares, o CastleCops era freqüentemente atacado por criminosos, que conseguiam tirar o site do ar. Os problemas foram aliviados quando o site recebeu abrigo dos especialistas em internet do Internet Systems Consortium (Isc), mas nem mesmo eles conseguiram barrar todos os ataques.

O site vinha tendo ainda mais problemas ultimamente e chegou a ficar uma semana offline.

O CastleCops operava os serviços PIRT (Phishing Incident Response & Termination) e MIRT (Malware Incident Response & Termination), nos quais voluntários derrubavam sites de spam/phishing e vírus, respectivamente, além de colaborar com empresas antivírus. Havia ainda um fórum em que usuários recebiam assistência antivírus gratuita, uma área de notícias e diversos bancos de dados com informações para especialistas em códigos maliciosos e usuários.

É possível que o site volte ao ar como arquivo, porque a mensagem diz que o site está “atualmente” offline. Mesmo assim, muitos especialistas e internautas interessados em segurança, este colunista inclusive, gostariam que a data, neste caso, fosse 1º de abril em vez do Natal. Em 2009, o site completaria sete anos de existência.

Samsung vende porta-retratos digitais infectados com cavalo-de-tróia

Pelo segundo ano seguido, um fabricante de porta-retratos digitais vendeu equipamentos com malwares integrados.

Dessa vez, o problema aconteceu com a Samsung. CDs vendidos com muitos modelos de porta-retratos digitais incluíam um cavalo-de-tróia que, caso explorado, poderia dar aos crackers uma forma de invadir o micro da vítima.

O malware, conhecido como W32.Sality.AE, está no software para Windows XP do Frame Manager, da Samsung, encartado aos aparelhos eletrônicos.

O malware é instalado a partir do momento que o Frame Manager é lido do CD, que ajudar usuários a jogar ao porta-retrato imagens do disco rígido. A praga não afeta o Windows Vista.

O W32.Sality.AE foi descoberto no setor de segurança em abril e, segundo a Samsung, é detectado pela grande maioria dos softwares antivírus.

Os modelos atingidos são os SPF-75H, SPF-76H, SPF-85H, SPF-85P e SPF-105P. A Samsung remonda usuários afetados a baixar a atualização para o software já oferecida no seu Download Center.

Em 2007, a rede de lojas Best Buy vendeu porta-retratos da marca Insignia contaminados com um vírus. O varejista, posteriormente, descontinuou a linha própria de aparelhos do tipo.

Fonte: IDG Now!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Livros: Dreamweaver CS4 All-in-One For Dummies

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Plástico e metal juntam-se em compósito leve e condutor

Os plásticos são leves e baratos, mas não conseguem conduzir correntes elétricas. Os metais lidam muito bem com a eletricidade, mas são pesados e caros.

Combinar esses dois materiais tem sido um desafio para os engenheiros que precisam integrar circuitos elétricos e eletrônicos nos carros, aviões, equipamentos industriais e até mesmo nos equipamentos eletrônicos tradicionais.

Na prática isso tem sido feito por meio de processos demorados e caros que recortam e dobram as finas folhas metálicas e as integram nas peças plásticas.

Compósito metal-plástico

Os engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, criaram uma solução mais simples e mais barata de se fabricar: um material compósito. O metal e o plástico não são simplesmente grudados ou encaixados um no outro, mas misturados em um processo especial para formar um material único.

O processo cria um material constituído por uma fina malha eletricamente condutora, leve, com excelente estabilidade química e com a mesma condutibilidade elétrica e termal dos metais que entram em sua composição.

Faróis de automóveis

Com a malha elétrica inserida no plástico, os engenheiros afirmam que brevemente a fabricação das peças plásticas e das placas de circuito impresso poderão ser feitas em um único passo, reduzindo o custo e o peso dos equipamentos.

A primeira utilização do novo material deverá ser nos faróis de automóveis. Hoje, os faróis são feitos de um invólucro plástico no qual são inseridos os contatos metálicos para que a lâmpada possa receber a energia necessária para funcionar.

Com invólucros fabricados com o novo compósito, os circuitos de conexão poderão utilizar as malhas condutoras do próprio compósito, simplificando o processo de fabricação, tornando os faróis mais simples e mais leves, além de darem um novo grau de liberdade para os projetistas, que poderão criar faróis que se encaixam de forma mais harmônica no restante da carroceria.