A pesquisa reforça conclusões de um outro estudo recente, que descobriu genes no cérebro associados aos transtornos alimentares e à obesidade, levantando a possibilidade de tratamentos psicoterápicos para transtornos que afetam as sensações de apetite e a saciedade (veja Descobertos genes no cérebro associados à obesidade).
Terapia comportamental cognitiva
A nova técnica de psicoterapia "melhorada", chamada terapia comportamental cognitiva, representa um avanço em relação às psicoterapias já existentes para o tratamento da bulimia.
A terapia comportamental cognitiva é o primeiro tratamento a se mostrar adequado para a grande maioria dos transtornos alimentares.
Tipos de transtornos alimentares
A literatura médica reconhece três tipos principais de transtornos alimentares: anorexia nervosa, bulimia nervosa e uma categoria genérica com os casos restantes, denominada "transtornos alimentares atípicos," que apresenta diferentes níveis de combinação dos sintomas da bulimia e da anorexia.
Quase 50% dos casos tratados de desordens alimentares enquadram-se nesta terceira categoria genérica.
Psicoterapia melhorada
O novo tratamento foi desenvolvido pelo professor Christopher Fairburn, da Wellcome Trust, uma fundação de pesquisas biomédicas sem fins lucrativos, situada no Reino Unido.
Fairburn e seus colegas demonstraram que uma versão "melhorada" da psicoterapia para bulimia é não apenas mais eficaz do que os tratamentos anteriores, como também pode ser utilizada para o tratamento de pacientes que se enquadram na categoria de desordens alimentares atípicas.
Baixa auto-estima e perfeccionismo extremo
"Desordens alimentares são problemas de saúde mental sérios e podem ser muito estressantes para a família e para os pacientes. Agora, pela primeira vez, nós temos um único tratamento que pode ser eficaz para tratar a maioria dos casos sem a necessidade de internação dos pacientes," diz o professor Fairburn.
A nova psicoterapia amplia o enfoque do tratamento, levando em conta sintomas geralmente associados com as desordens alimentares, como baixa auto-estima e perfeccionismo extremo. O tratamento consiste em 20 sessões de terapias de 50 minutos cada uma, uma vez por semana.
Fonte: Diário da Saúde
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