quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Corpo humano produz sua própria aspirina natural

Cientistas ingleses descobriram novas evidências de que o corpo humano pode produzir o seu próprio ácido acetil salicílico (AAS), o princípio ativo da aspirina. O ácido acetil salicílico é um dos analgésicos e antiinflamatórios mais utilizados em todo o mundo.

Segundo o estudo, publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, o AAS também poderá se transformar em uma nova classe de biorreguladores.

Aspirina natural

No artigo, John Paterson e seus colegas discutem como suas pesquisas anteriores demonstraram a existência do ácido acetil salicílico no sangue de pessoas que não tomaram aspirina.

Pessoas vegetarianas apresentam os mais elevados teores do AAS na corrente sangüínea, em níveis virtualmente equivalentes aos apresentados por pessoas que ingeriram pequenas doses de aspirina.

Baseados nestas descobertas, os pesquisadores haviam concluído anteriormente que esse ácido acetil salicílico vinha da dieta, uma vez que o AAS é uma substância naturalmente encontrada em frutas e vegetais.

Corpo humano produz sua própria aspirina

Agora o grupo relata a descoberta de alterações nos níveis do AAS em voluntários que tomaram ácido benzóico, uma substância também encontrada naturalmente em frutas e vegetais e que o corpo pode potencialmente utilizar para fabricar o ácido acetil salicílico.

Seu objetivo era descobrir se o AAS encontrados nos humanos e em outros animais resultaria somente do consumo de frutas e vegetais ou se os humanos produzem o seu próprio ácido acetil salicílico como um agente natural para combater dores, inflamações e outras doenças.

Os resultados são conclusivos, apontando que este é o caso, que o corpo humano é capaz de produzir o seu próprio ácido acetil salicílico quando necessário.

Biorregulador

"Nós suspeitamos que o ácido acetil salicílico seja um biofármaco com um papel central e amplo na defesa [do organismo] em animais, assim como nas plantas. Este composto químico simples é, propomos nós, passível de ser reconhecido como um biorregulador animal, talvez uma classe própria," dizem os pesquisadores no artigo.

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