Esse trabalho conseguiu, na prática, a inversão de um paradigma que dizia que as células-tronco somente seguem um determinado caminho traçado de mão única. A reprogramação genética permitiu a criação do que se chama de células tronco pluripotentes (ou seja, capazes de se transformarem em qualquer tecido) induzidas.
Essas células modificadas passam a permitir o estudo de uma série de doenças graves, nas quais não se conseguia cultivar linhagens celulares a partir de exemplares já doentes.
A doença de Lou Gehrig, ou esclerose lateral amiotrófica, que causa paralisia progressiva por lesar os neurônios motores, foi o primeiro sucesso desse tipo.
Um grupo conseguiu derivar células-tronco induzidas a partir da pele de um paciente de 82 anos com a doença.
Esse admirável mundo novo abre portas para que possamos entender como algumas doenças se desenvolvem, e quem sabe em alguns anos tenhamos a possibilidade de criar novas opções de tratamento para quem não as tem. Essa e outras descobertas que compõem a lista de avanços científicos de 2008 estão na edição de 19 de dezembro da revista "Science".
Fonte: Luis Fernando Correia
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