domingo, 31 de maio de 2009

REVISTAS: Everyday Pratical Electronics Magazine May 2009

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REVISTAS: Everyday Pratical Electronics Magazine April 2009

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REVISTAS: Nuts and Volts Magazine May 2009

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LIVROS: The Simpsons and Philosophy The D'oh! of Homer

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LIVROS: Materials Science and Engineering 7th Edition

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LIVROS: Essential Silverlight 2 Up to Date

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LIVROS: 101 Amazing ways to say “I LOVE YOU!”

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sábado, 30 de maio de 2009

Regras básicas para quem deseja fazer retratos de pessoas

Em fotografia, pessoas são um dos motivos mais comuns. Porém, poucas imagens conseguem compor um bom retrato. E esta composição vai desde a escolha do melhor plano de enquadramento até a criatividade de sair do senso comum e fazer retratos menos conservadores.


Planos
Para começar é importante conhecer os tipos de planos mais comuns para retratos. O Plano Geral (PG) é talvez mais utilizado em fotos de eventos, como festas e casamentos. Isso porque sua composição toma como base a pessoa fotografada de corpo inteiro, da cabeça aos pés.


Leia também:
>> Silhueta: veja como dar um ar dramático às suas fotos
>> Fotografia: regras básicas para uma boa composição de imagem
>> 12 downloads para lidar com suas imagens digitais
>> Como fazer fotos panorâmicas
>> Câmera digital compacta: como escolher a sua
>> Use o Photoshop para corrigir problemas comuns nas fotos


O Plano Americano (PA), também conhecido como Três Quartos, é mais apropriado para fotografias com mais de uma pessoa. Ele enquadra o retratado a partir da altura da coxa ou joelhos.


planos_planomedio.jpg

Exemplo de retrato em Plano Americano


No Plano Médio (PM) a pessoa fotografada é captada da cintura para cima e é um dos planos mais usados em fotos de revista (a TV utiliza esse plano quando mostra entrevistados).


Um dos enquadramentos mais utilizados em retrato, o Primeiro Plano (PP) é amplamente utilizado em retratos de moda e beleza, pois enquadra a partir dos ombros, o que traz mais intimidade com o fotografado.


planos_primeiroplano.jpg

Exemplo de retrato em Primeiro Plano


E por fim o Primeiríssimo Plano, ou mais conhecido como Close-up. Este provavelmente é um dos planos mais usados por fotógrafos amadores quando compõe um retrato. Como enquadra apenas a região da face é importante tomar cuidado com alguns ajustes.


planos_primeirissimoplano.jpg

Exemplo de retrato Close-up


Composição
Depois de entender como escolher o melhor enquadramento para suas fotos, vale agora escolher a composição final do retrato. Lógico que você não deve se prender literalmente a esses passos.


Um retrato não precisa ser necessariamente como está aqui e você é livre para criar uma fotografia como bem entender. Essas dicas servem para auxiliar na composição da imagem.


Em primeiro lugar e independentemente de como for fotografar, lembre-se que o foco deve estar centralizado nos olhos da pessoa. O olhar é o elemento que mais chama a atenção no retrato, principalmente nos planos de enquadramento mais próximos, com profundidade de campo é reduzida.


Se o objetivo, porém, for destacar outro elemento no retrato, logicamente o foco deverá recair nele.


planos_criancas_2.jpg


Como o objeto central de sua foto é o retratado, então vale se atentar ao fundo da imagem. Trabalhe com fundos simples e uniformes e sem cores chamativas, para não distrair a atenção de quem vê a foto.


Uma tendência natural é colocar o retratado no centro da fotografia. Vale apensa usar a regra dos terços e mudar a posição da sua foto. O resultado por ser surpreendente.


BoasFotos_aves
Exemplo clássico da aplicação da regra dos terços


Procure chegar o mais próximo possível do personagem retratado e só então escolher o plano de enquadramento que vai utilizar. Essa dica só não deve ser usada quando se está fotografando com uma lente grande angular. Neste caso, quanto mais próximo do objeto, mais distorcida a imagem ficará (em alguns casos, pode resultar em um efeito interessante).


Evite também usar uma iluminação direta na pessoa retratada. Este tipo de luz pode acentuar a expressão natural do rosto e o resultado nem sempre é bom.


Essas são regras básicas que podem orientar que gosta de fazer retratos. Mas o melhor a fazer é fotografar muito, experimentar variações e enquadramentos diferentes. Só a combinação de técnica com muita prática é que vão lhe mostrar como obter o melhor resultado.


Fonte PC World

A Terra Perdida: Assista ao oitavo e nono spots de TV

A Terra Perdida, versão cinematográfica da série de TV dos anos 70 teve mais dois comerciais de TV veiculados. Impressionante como a Fox impulsionou a divulgação do blockbuster nesta última semana…

Assista aqui ao oitavo spot e aqui ao nono!


Dirigida por Brad Silberling (Desventuras em Série), a comédia sci fi tem estréia marcada para o dia 28 de agosto no Brasil.


Vaza o primeiro teaser trailer de Toy Story 3

O programa Entertainment Tonight exibiu na noite desta quinta-feira (28), sem fazer alarde antes, o primeiro teaser trailer de Toy Story 3. Algum telespectador antenado captou as imagens da tevê e upou o vídeo para a internet, mas a Disney já liberou a prévia oficial, em alta resolução.


No curto teaser de apenas 45 segundos de duração, o vaqueiro Woody e o restante dos brinquedos voltam a se agrupar para mais uma aventura.



Tony Story 3 estreia no dia 18 de junho de 2010 nos Estados Unidos.


O Sequestro do Metrô: Assista cena de perseguição com Denzel Washington

A Sony Pictures liberou o primeiro clipe em alta resolução de O Sequestro do Metrô, refilmagem do suspense de 1974 estrelada por John Travolta e Denzel Washington. O vídeo tem curta duração, mas mostra uma eletrizante cena de Washington perseguindo um táxi em alta velocidade. Veja a seguir:



No thriller, Denzel é Walter Garber, um controlador de tráfego do metrô da cidade de Nova York, que tem seu dia transformado em caos por um crime audacioso: o sequestro de um dos carros do metrô. John Travolta dá vida à mente criminosa de Ryder que, como líder de uma gangue de bandidos fortemente armados, ameaça executar os passageiros do carro, a menos que um enorme resgate seja pago no prazo de uma hora.


Dirigida por Tony Scott (Déjà Vu), a nova versão de O Sequestro do Metrô entra em cartaz no dia 4 de setembro no Brasil.


Surrogates: Assista ao novo trailer internacional

Caiu na rede uma nova versão do primeiro trailer de Surrogates, adaptação de histórias em quadrinhos estrelada por Bruce Willis. A prévia internacional é similar ao trailer doméstico recentemente divulgado, mas apresenta alguns segundos a mais de cenas inéditas. Assista a seguir:



A ficção científica dirigida por Jonathan Mostow (O Exterminador do Futuro 3) estréia no Brasil em 27 de novembro.


Pandorum: Assista ao novo trailer do terror sci-fi

Já está disponível na web o novo trailer de Pandorum, ficção científica de terror assinada pelos mesmos criadores da franquia Resident Evil. Assista a angustiante prévia abaixo:



No longa, dois tripulantes de uma nave espacial abandonada, interpretados por Ben Foster e Dennis Quaid, acordam sem memória de quem são ou quais são suas missões. Com o tempo, vão descobrindo que existem mais pessoas nessa mesma situação, e que terão que lutar contra algumas estranhas criaturas à solta dentro da espaçonave.


Pandorum tem direção do alemão Christian Alvert (Antibodies) e é uma das produções sci fi mais aguardadas de 2009. Estréia em 4 de setembro nos EUA.


Mercado Livre realiza palestras sobre negociações online em São Paulo

No dia 6 de junho (sábado), o site de leilões Mercado Livre realiza um workshop da Universidade Mercado Livre, em São Paulo (SP), sobre as principais técnicas de vendas e atendimento online para conquistar clientes.

A jornada de capacitação também traz dicas para tornar os anúncios mais atrativos com a inserção de vídeos, fotos e descrição detalhada do produto anunciado no MercadoLivre.com, bem como detalhes sobre o uso da ferramenta de pagamento eletrônico, Mercado Pago e histórias de sucesso de alguns dos melhores vendedores do MercadoLivre.com.

Os interessados em participar da Universidade Mercado Livre podem adquirir um ingresso pela internet por 59,90 reais, ou comprar dois ingressos online por 109,80 reais.

A Universidade Mercado Livre acontecerá no dia 6 de junho, das 9h15 às 14h45 no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera (Avenida Ibirapuera, 2927 - Moema - São Paulo, SP). Mais informações pelo e-mail cadastromlu@mercadolivre.com.

Fonte: IDG Now!

Receita vai mandar torpedo para avisar sobre restituição do IR

A partir de junho, a Receita Federal vai enviar torpedos via celular para avisar aos contribuintes sobre o depósito da restituição do Imposto de Renda. A modalidade começa a valer para restituições de declarações do exercício 2008, entregues neste ano.

Para usar o recurso, o contribuinte precisará cadastrar o CPF e o número do celular no site da Receita Federal. No ato do cadastramento, o contribuinte deverá pedir para ser informado sobre a restituição via mensagens de texto (SMS).

Por segurança, ele receberá, no mesmo dia, um SMS com um código de ativação. Com esse código, o contribuinte vai ao site e efetiva o processo de ativação - a partir daí, o celular já fica habilitado para o serviço.

As informações disponibilizadas seriam apenas referentes ao depósito das declarações de 2008 em diante. Também está em estudos a possibilidade de adotar o mesmo modelo para transmitir outros tipos de informação ao contribuinte.

Fonte: IDG Now!

Rio de Janeiro e Minas Gerais sediam seminário sobre comércio eletrônico

O Ciclo MPE.net – Ciclo de Seminários de Comércio Eletrônico promove o evento que debate a infraestrutura do e-commerce; os meios de pagamento e gestão de risco; o webmarketing; e a exportação e linhas de financiamento.

Com patrocínio do Sebrae e dos Correios, o workshop conta com uma palestra sobre logística e dicas sobre empreendedorismo online.

O evento é gratuito e está programado para ser realizado no Rio de Janeiro no dia 16 de junho, e em Uberlândia no dia 23 de junho, a partir das 9 horas. As inscrições são limitadas e devem ser feitas pela internet .

Mais informações estão disponíveis no site do evento.

Fonte: IDG Now!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lentes líquidas criam "lasers" flexíveis no interior de um biochip

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica para fabricar lentes que podem se ajustar às necessidades de manipulação da luz, abrindo um campo totalmente novo de aplicações em biochips.

As lentes convencionais possuem distâncias focais determinadas no momento de sua fabricação, o que as torna capazes de focalizar a luz apenas a distâncias fixas. Para mudar a direção da luz, ou para focalizar um objeto qualquer, a lente inteira deve ser movimentada.

Lentes líquidas e biochips

Esse problema pode ser contornado com as lentes líquidas, que podem ser ajustadas para focalizar e dirigir a luz à vontade. Mais do que uma solução técnica para um problema específico, essas lentes permitirão a criação de um campo totalmente novo, sobretudo em biochips extremamente miniaturizados.

No interior dos biochips, as lentes fluídicas serão utilizadas para contar células, testar moléculas e manipular objetos microscópicos por meio de uma técnica chamada pinças ópticas, que utilizam a luz para capturar e mover objetos muito pequenos.

Elas poderão ser úteis também em equipamentos médicos, acabando com a necessidade de se mover a extremidade de uma sonda e eliminando o desconforto associado com os exames como as endoscopias, que dependem da movimentação do endoscópio para focalizar as imagens.

Lente com distância focal variável

Todas essas possibilidades advêm do fato de que as lentes fluídicas, ou líquidas, podem alterar seu comprimento focal ou a direção da luz em menos do que um segundo, sempre fixas no mesmo lugar. E elas podem ser fabricadas extremamente miniaturizadas, no interior dos biochips.

As lentes líquidas criadas pela equipe do professor Tony Jun Huang usam água e uma solução de cloreto de cálcio, um material cujas propriedades ópticas são bem documentadas. Mas diversas outras soluções poderão ser usadas, de acordo com a aplicação.

Na verdade, a escolha da solução no interior da lente líquida é o elemento chave para o seu bom funcionamento. "Há inúmeras possibilidades em relação aos fluidos que podemos usar. A maioria das soluções muda seu índice refrativo se a concentração muda," explica Huang.

Fluxos ajustáveis

As lentes líquidas são formadas por minúsculos fluxos de cloreto de cálcio circundados por dois fluxos ajustáveis de água. Aumentando ou diminuindo o fluxo de água, os pesquisadores demonstraram ser possível encurtar ou aumentar a distância focal das lentes.

A distância focal muda porque a quantidade de difusão do cloreto de cálcio na água muda e altera o índice de refração do fluido. Os pesquisadores podem levar o ponto focal de um lado para o outro da lente alterando o fluxo de água de um dos lados.

"Com esses dois movimentos combinados, nós temos a capacidade de dirigir a luz para qualquer ponto no interior do dispositivo," diz Huang. Essa livre movimentação permitirá a incorporação de pinças ópticas no interior dos biochips, que passarão a ser capazes de capturar e estabilizar células para análise.

As pinças ópticas atuais usam feixes de laser focalizados, equipamentos complexos, grandes e caros e virtualmente impossíveis de se miniaturizar ao nível permitido pelas novas lentes líquidas.

Antenas de luz das bactérias verdes são desvendadas

Uma equipe internacional de cientistas desvendou a estrutura da clorofila nos clorossomos das bactérias verdes. Clorossomos são as pequenas antenas que essas bactérias utilizam para captar a luz e gerar a energia de que precisam para viver.

Um clorossomo, uma verdadeira antena biológica, é uma estrutura alongada que pode conter até 250.000 moléculas de clorofila. Diversos grupos de pesquisadores ao redor do mundo estão tentando descobrir formas de imitar as plantas, as algas e as bactérias, gerando energia a partir de uma fotossíntese artificial.

Folhas artificiais

De acordo com o professor Huub de Groot, da Universidade de Leiden, na Holanda, que coordenou a pesquisa, estruturas sintéticas que imitem os clorossomos poderão ser utilizados no desenvolvimento de folhas artificiais, uma geração totalmente nova de células solares.

Como as bactérias verdes captam a energia solar com altíssima eficiência, transformando-a na energia química que necessitam em seu metabolismo, a reprodução sintética desse mecanismo poderá levar a formas muito eficientes para criar combustíveis líquidos ou eletricidade a partir da luz do Sol.

Nanotubos naturais

A estrutura da clorofila é uma combinação de nanotubos naturais concêntricos. O resultado é uma espécie de "mastro" telescópico extremamente robusto, que funciona como uma antena.

As moléculas de clorofila formam hélices ao longo dos mastros de nanotubos. Através delas, a energia dos fótons migra para as proteínas na membrana celular, onde acontece a conversão química.

A estrutura flexível dos clorossomos permite que o animal varie as dimensões de suas antenas de luz para se adequar a diferentes condições de iluminação. Quando a intensidade da luz é muito baixa, a antena se estende e as moléculas de clorofila assumem outros arranjos para se adequar à alteração nas dimensões de seu ponto de fixação.

O esquema é tão eficiente que permite que a bactérias verdes aproveitem a luz do Sol no fundo do mar, a até 100 metros de profundidade.

Alternativa para conversão solar

As plantas e algas também convertem a luz do Sol em energia química e já se conhecia o funcionamento de suas antenas coletoras de luz. Já os clorossomos são muito heterogêneos em sua composição molecular, o que impede sua análise com as ferramentas tradicionais de cristalografia de raios X. Os pesquisadores tiveram que inventar técnicas novas para desvendar sua estrutura.

Uma das razões pelas quais os clorossomos são uma alternativa mais interessante para uma nova geração de dispositivos de conversão solar é que eles têm uma composição mais simples e são extremamente eficientes, mesmo em condições de baixa luminosidade.

A bola agora vai para a nanotecnologia

Na fotossíntese natural, a quantidade de luz solar geralmente não é um fator limitador, mas as bactérias verdes vivem um ambiente onde é difícil falar em "intensidade" de luz, já que suas moléculas de clorofila podem receber apenas alguns poucos fótons por dia.

Elas conseguem isso graças ao empilhamento muito denso das suas moléculas de clorofila, com fortes ligações entre as moléculas. Esse arranjo permite combinar a energia captada pelas centenas de milhares de moléculas para gerar um fluxo elétrico suficiente para a conversão da energia química necessária à vida do animal.

Agora que desvendaram os segredos das antenas de luz das algas verdes, os cientistas vão se dedicar ao próximo passo da pesquisa: usar as ferramentas da nanotecnologia para criar materiais nanoestruturados que possam captar a luz e convertê-las em combustíveis químicos.

Lançado navegador da internet especializado em ciências da vida

Pesquisadores da Universidade de Dresden (Alemanha), criaram um navegador para a Internet, também conhecido como browser, capaz de reconhecer termos técnicos das ciências da vida e localizar automaticamente informações adicionais sobre eles.

As ciências da vida - biologia, medicina, bioquímica etc. - contam com uma grande variedade de bases de dados contendo informações específicas, como as bibliotecas de genes e as informações sobre doenças, apenas para citar dois exemplos.

Grids científicos

Esses serviços, que ficam armazenados em sistema de computação distribuída conhecidos como grids, são acessíveis por meio da Internet.

"A computação em grid trata essencialmente de construir organizações virtuais que são independentes dos locais físicos onde elas residem," explica o professor Michael Schroeder.

O problema é que não é simples interligar essas informações com outros recursos e disponibilizá-los de maneira simples aos cientistas.

Navegador semântico

Para tentar resolver este problema, os pesquisadores criaram o projeto Sealife, um navegador semântico que interpreta o conteúdo das informações e as interliga aos serviços disponibilizados pelos diversos grids que possam ser úteis ao usuário. As opções encontradas são mostradas ao pesquisador na forma de links, como em uma página comum de um site.

Primeiro o navegador Sealife identifica os termos técnicos, o que, por si só, já é uma grande tarefa - cada gene humano, por exemplo, tem uma média de 5,5 nomes diferentes.

Ele deve lidar também com ambiguidades. Por exemplo, a palavra jaguar pode ser um termo de interesse de um biólogo, mas também pode estar se referindo a uma marca de automóvel ou a um sistema operacional.

Na versão atual, o navegador Sealife consegue identificar corretamente os termos das ciências da vida com 87% de sucesso.

Ontologias específicas

O desafio seguinte foi criar uma ontologia, um sistema hierárquico de conceitos e suas inter-relações. O sistema de classificação de plantas e animais da Biologia é um exemplo de ontologia extremamente bem fundamentada e sistematizada, o que fez os pesquisadores utilizarem-na como padrão.

Como a ideia é permitir que o Sealife seja utilizado em outras áreas, os cientistas criaram editores para capturar e interpretar os dados de outras áreas do conhecimento, o que permitirá criar ontologias específicas para virtualmente qualquer outra disciplina.

Até o momento, o navegador foi testado em três áreas: medicina baseada em evidências, informações científicas e técnicas sobre patentes e biologia molecular.

Os resultados estão se mostrando tão promissores que os pesquisadores criaram uma empresa para comercializar os resultados, a Transinsight (www.biotec.tu-dresden.de/sealife).

Descoberto como dissolver madeira de forma ambientalmente benigna

Cientistas da Universidade Queens, no Reino Unido, descobriram uma forma não poluente de dissolver madeira, possibilitando transformá-la em produtos tão diversos quanto biocombustíveis, tecidos e papel.

Hoje, a técnica de quebra química da madeira é possível por meio de um método criado no século XIX, chamado processo Kraft, que gera uma série de subprodutos nocivos ao meio ambiente. Ainda assim, ele é tolerado porque não há alternativas.

Lignina e celulose

A nova técnica utiliza líquidos iônicos para dissolver cavacos de madeira, em um processo que exige condições relativamente amenas de temperatura e pressão. Controlando a adição de água e de uma solução de acetona, a madeira dissolvida foi parcialmente separada em lignina pura e em uma solução rica em celulose.

"Esta é uma descoberta muito importante porque a celulose e a lignina têm uma grande variedade de utilizações. A celulose pode ser usada para fazer papel, biocombustíveis e fibras para tecidos, assim como ser a base para outros materiais e compostos químicos," explica o professor Robin Rogers, um dos autores da descoberta.

"A lignina pode ser usada para fabricar aditivos, como o reforço estrutural de peças de carros e aviões com uma fração do peso dos materiais de reforço atuais. Ela é também uma fonte de outros químicos que hoje são obtidos principalmente a partir do petróleo," complementou Rogers.

Biorrefinaria

Os pesquisadores acreditam que o seu trabalho é um passo importante rumo ao desenvolvimento do conceito de biorrefinaria, onde a biomassa poderá ser transformada em uma grande variedade de químicos. A biorrefinaria usa biomassa, ao contrário das refinarias atuais, que usam petróleo e gás natural.

Agora os pesquisadores querem aprimorar sua técnica, estudando a adição de catalisadores para otimizar as reações, assim como acrescentar aos líquidos iônicos outros aditivos ambientalmente benignos, que poderão eventualmente otimizar o processo.

Eles acreditam também ser possível atingir uma melhor dissolução da madeira mesmo sob condições ainda mais amenas - pressão e temperaturas mais baixas. Outro foco da pesquisa é a tentativa de alcançar a separação completa dos diversos elementos em um único passo.

Outras pesquisas na área

Diversos grupos ao redor do mundo estão trabalhando na criação de processos que viabilizem as biorrefinarias. No ano passado, pesquisadores chineses deram um passo essencial para a produção de biocombustíveis a partir da celulose.

Outros estão trabalhando diretamente com os líquidos iônicos - veja, por exemplo, Líquidos iônicos poderão revolucionar o uso de solventes na indústria e Líquidos iônicos ambientalmente corretos poderão substituir solventes.

Asas que balançam farão aviões gastar 20% menos de combustível

Em comparação com os pássaros, os aviões mais modernos são máquinas de voar extremamente rudimentares e ineficientes. Ainda que eles funcionem bem e sirvam às atuais necessidades da humanidade, os engenheiros aeronáuticos sempre têm se debatido sem sucesso em busca de projetos de fato diferentes de máquinas de voar. E o voo dos pássaros não é uma inspiração razoável - ele é complicado demais para se reproduzir mecanicamente.

Aviões com asas que batem

Com esse quadro em mente, é possível estimar-se o impacto de uma descoberta experimental - sim, foi uma experiência prática, e não uma teoria - feita por um grupo de engenheiros europeus.

Eles descobriram que aviões que consigam mexer as asas lateralmente poderão ser até 20% mais econômicos do que os aviões atuais.

"Isso causou um bocado de surpresa para todos nós na comunidade da aerodinâmica," conta o professor Duncan Lockerby, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.

"E nós descobrimos isso, essencialmente, agitando um pedaço de asa de avião de um lado para o outro no interior de um túnel de vento," conta ele.

Aerodinâmica ativa

A história da aviação já mostrou que asas que se movimentem de fato não são uma boa opção. Ademais, o peso extra do aparato necessário para fazer isto não apenas anularia a economia de combustível obtida com o novo projeto aerodinâmico como provavelmente impediria os aviões de saírem de chão.

Mas a descoberta pode ser aplicada criando-se um mecanismo aerodinâmico ativo, uma espécie de asa que movimente o ar à sua volta, simulando seu deslocamento, em vez de ela mesma ter de se mexer.

Minúsculos jatos de ar poderão redirecionar o ar em volta das asas do avião de forma a criar um fluxo lateral, fazendo-o ir de um lado para o outro sobre a asa, simulando o movimento.

O resultado é uma diminuição no arrasto, na resistência que o ar impõe ao avanço do avião. Com menos arrasto, os motores gastarão menos combustível porque precisarão fazer menos força.

Princípio da ressonância de Helmholtz

"A verdade é que nós não sabemos ainda exatamente como essa tecnologia diminui o arrasto mas, com as atuais pressões sobre as mudanças climáticas, nós não vemos a hora de descobrir. Para isso, estamos começando a construir protótipos e começamos um projeto de três anos para estudar a física por trás desse fenômeno," conta o engenheiro.

Os jatos de ar funcionam com base no princípio da ressonância de Helmholtz, o mesmo fenômeno que se observa quando se sopra na boca de uma garrafa - se o ar é forçado em uma cavidade, sua pressão aumenta, o que força o ar para fora e o suga de novo para dentro, causando uma oscilação.

Melhor que pele de tubarão

Os engenheiros já sabem há muito tempo que minúsculas ranhuras sobre as asas podem reduzir o arrasto por fricção superficial. Esse mecanismo é observado na natureza, sobretudo na pele dos tubarões. Contudo, esse mecanismo reduz o arrasto em apenas 5%.

O Dr. Lockerby e seus colegas descobriram que as "asas que se movem" podem alcançar reduções no arrasto de até 40%. Cálculos iniciais dão conta de que essa diminuição poderia reduzir o consumo de combustível dos aviões comerciais em 20%.

Se as pesquisas posteriores tiverem sucesso, conseguindo criar mecanismos economicamente viáveis de criar o efeito sobre as superfícies metálicas ou de compósitos, a tecnologia poderá ser utilizada também em carros, barcos e trens.

Componente em nanoescala pode desvendar os segredos do Universo

Os maiores esforços da ciência atual estão se concentrando em dois extremos: no lado do muito grande, onde inúmeros observatórios, telescópios e sondas espaciais tentam desvendar os segredos do Universo, e no lado do muito pequeno, onde as nanociências e nanotecnologias têm prometido uma revolução na maioria das áreas da atividade humana.

O maciço e o minúsculo

Um detalhe intrigante é que a maioria dos dispositivos usados para se observar o Universo - o muito grande - somente se tornou possível graças ao desenvolvimento das nanotecnologias - o muito pequeno. Por exemplo, os sensores que captam a luz em diversos comprimentos de onda, em sua maior parte invisíveis aos olhos humanos, são feitos com a nanotecnologia do chips e sensores de imagem, cujas unidades básicas medem apenas algumas dezenas de nanômetros (10-9 metro).

Agora, uma pesquisa feita na Universidade de Londres está estreitando ainda mais os laços entre esses dois extremos, criando dispositivos ainda menores, de dimensões equivalentes a poucas moléculas, mas que poderão captar informações com um impacto gigantesco.

Energia do ponto zero

O estranho acoplamento entre o maciço e o minúsculo é consequência da hipótese de que o vácuo do espaço pode não ser tão vazio como temos acreditado. Segundo essas especulações, o espaço poderia ser "encrespado" pelas chamadas flutuações da energia do ponto zero, um fenômeno previsto pela mecânica quântica.

O princípio da incerteza de Heisenberg, bem conhecido pela afirmação de que é impossível conhecer a posição de uma partícula e seu momento ao mesmo tempo, também exige que o vácuo do espaço contenha alguma forma de energia residual. Devido à asserção da igualdade entre energia e massa, acredita-se que essa energia do vácuo assuma a forma de "partículas virtuais" continuamente pulando para dentro e para fora da existência em nosso mundo.

Energia escura

Sugestões de que essa energia do vácuo de fato seja a enigmática substância chamada de Energia Escura têm causado furor entre os cientistas. A energia escura, um dos mistérios não solucionados da moderna cosmologia, compõe mais de 75% do Universo e é responsável pela aceleração de sua expansão.

Mas ela tem se provado elusiva e difícil de definir. Há muitas teorias tentando descrever a energia escura - quintessência, campos fantasmas, campos escalares caóticos, apenas para citar alguns - todos eles conceitos nada intuitivos e ainda não fundamentados.

Como uma explicação alternativa, a energia do ponto zero é atraente ao atribuir um novo significado a um conceito que já está aí há décadas e está bem fundamentado em outra teoria.

Tunelamento em junções Josephson

O grande problema, contudo, vem a seguir: criar um experimento que dê algum fundamento a essa nova proposta. Embora todos os grandes experimentos espaciais, atuais e projetados, procurem de alguma forma lançar luzes sobre a energia e a matéria escuras, os Drs. Paul Warburton e Jon Fenton acreditam poder fazer melhor e mais barato: eles querem demonstrar a existência da energia escura em laboratório.

Eles estão usando componentes que podem dar algumas respostas, componentes eletrônicos baseados nas bem conhecidas junções Josephson.

As junções Josephson são minúsculos componentes eletrônicos formados por fitas de material supercondutor, no qual uma corrente elétrica flui sem resistência, separadas por uma finíssima camada isolante.

Nesse experimento pode-se verificar outra consequência do princípio da incerteza de Heisenberg - aquele acerca da probabilidade de que um elétron esteja localizado na camada de isolamento e, sob certas circunstâncias, ele possa de fato "tunelar" através da camada isolante, o que resultaria em um fluxo de corrente.

Interessados no ruído

Como em qualquer aparato eletrônico, os efeitos do ruído de fundo devem ser levados em conta. Mas, enquanto na maioria dos experimentos o ruído é um incômodo que deve ser minimizado ao máximo, nesta experiência a área de real interesse é um componente no espectro do ruído.

A baixas temperaturas, quando as excitações termais no material supercondutor são de alguma forma suprimidas, a corrente devida ao ruído é dominada pelas flutuações do ponto zero. O potencial para a demonstração, ou pelo menos para uma evidência convincente, se a energia do vácuo é de fato a energia escura, reside no limite imposto sobre a energia do vácuo pelas observações astronômicas acerca da quantidade de energia escura no Universo. O valor finito da densidade da energia escura impõe que a equipe de pesquisadores não deverá observar correntes geradas pelas flutuações do ponto zero acima de uma frequência crítica de 1,7 THz.

O maior desafio agora é desenvolver o equipamento experimental capaz de medir o ruído de fundo em frequências tão elevadas. Explorando as propriedades dos supercondutores de alta temperatura, a equipe do London Centre for Nanotechnology espera fazer medições ao longo da faixa crítica de frequências dos THz.

Busca por respostas

As implicações da verificação do limite superior e a conexão da energia do vácuo com a energia escura poderão ser gigantescas, lançando luzes sobre a formação do nosso universo e permitindo previsões sobre o seu futuro.

Mas, na atmosfera de incerteza e mesmo controvérsia envolvendo a teoria, quaisquer respostas para a questão se podemos de fato medir a energia escura em laboratório será um passo bem-vindo nessa longa busca por respostas.

Teoria da Relatividade é ideologia, e não ciência, defende pesquisador

O LHC (Large Hadron Collider) é o maior experimento científico já feito pelo homem, tendo sido criado para arremessar prótons uns contra os outros em velocidades próximas à da luz, recriando as condições momentos depois do Big Bang. Infelizmente, até agora ele não funcionou.

E ele poderá de fato não funcionar, e não por causa de suas falhas elétricas ou mecânicas, mas porque as teorias básicas da física podem estar erradas.

Voz dissonante

Esta ideia quase maluca, absolutamente dissonante no mundo científico, acaba de ser defendida pelo Dr. Peter Hayes, um cientista da Universidade North East, no Reino Unido.

"Os físicos teóricos têm colhido da árvore errada nos últimos 100 anos - porque a Teoria da Relatividade de Albert Einstein é inconsistente," afirma Hayes.

"Ao longo dos anos, muitos têm apontado que há falhas lógicas na teoria. Já nos anos 1960 o professor Herbert Dingle alertou que experimentos de larga escala baseados na Teoria da Relatividade poderiam acabar destruindo o mundo. Talvez tenha sido uma sorte para nós que o LHC simplesmente quebrou," vaticina o pesquisador.

A Ideologia da Relatividade

Em seu último artigo, "A Ideologia da Relatividade", o Dr. Hayes argumenta que a Teoria da Relatividade de Albert Einstein - provavelmente a teoria científica mais famosa da história - deveria ser vista como uma ideologia, não como ciência. Ele argumenta que seus impactos na ciência e na cultura popular foram tão grandes precisamente porque, como uma teoria científica, ela de fato não faz sentido.

"A teoria de Einstein contém inconsistências elementares, mas em 1919, quando a teoria se tornou conhecida popularmente, o mundo estava saindo de uma guerra terrível, seguida por uma pandemia de gripe. As ideias de Einstein eram tudo o que 'eles' precisavam. Na pressa de divulgá-la, poucas pessoas pararam para questionar as falhas lógicas óbvias da teoria," diz Hayes, traçando um quadro típico de uma teoria da conspiração - ele não aponta quem eram os "eles" que precisavam de tal ideologia.

Críticos de Einstein

"Alguns dos primeiros críticos de Einstein assumiram posições de direita e antissemíticas e isso tendeu a desacreditar suas objeções técnicas à relatividade como sendo cientificamente superficial. Meu artigo investiga uma possibilidade alternativa: que os críticos estavam certos e que o sucesso da teoria de Einstein em suplantá-los deve-se à sua força como uma ideologia e não como uma ciência," propõe o pesquisador.

O Paradoxo do Relógio

Uma falha famosa na teoria de Einstein é o chamado Paradoxo do Relógio. Ele estabelece que se um relógio viaja a bordo de uma espaçonave, enquanto outro fica na Terra, quando o relógio da espaçonave retornar ele irá mostrar que se passou menos tempo do que o relógio que ficou na Terra.

Essa previsão viola o próprio "princípio da relatividade" de Einstein, que estabelece que, se você está na espaçonave deverá ser o relógio que ficou na Terra que andará mais devagar. Esta é uma crítica que a ciência nunca foi capaz de resolver satisfatoriamente.

"O Paradoxo do Relógio ilustra como a Teoria da Relatividade de fato contém inconsistências que a tornam cientificamente problemática. Essas inconsistências, contudo, tornam a teoria ideologicamente poderosa. Precisamente porque a teoria de Einstein é inconsistente, seus defensores têm se baseado em princípios contraditórios de uma forma que expande enormemente sua aparente capacidade de explicar o Universo," diz Hayes.

Como o Marxismo

"O mais incrível sobre a Teoria da Relatividade de Einstein é que ela continua se mantendo. Ela é construída sobre contradições, mas exatamente essas contradições significam que quase tudo 'prova' que ela está correta. É mais ou menos como uma teoria onde você diz que 1 + 1 = 2, mas também que 1 + 1 = 3," defende Hayes.

Contudo, o pesquisador não acredita que descrever a teoria de Einstein como uma ideologia, em vez de ciência, é o mesmo que dizer que a teoria não tem valor.

"O Marxismo é uma ideologia, não uma ciência, mas Karl Marx continua dando insights valiosos sobre o funcionamento do capitalismo. Uma vez que a Teoria da Relatividade seja entendida dentro do que ela realmente é, uma ideologia, nós poderemos entender onde a Teoria da Relatividade pode oferecer insights para a ciência e onde ela não pode.

"O triunfo da Teoria da Relatividade representa o triunfo de uma ideologia não apenas na profissão de físico, mas também na filosofia da ciência," conclui Hayes.

Robôs industriais ganham sensibilidade com sensor de silício

Primeiro os robôs surgiram nas páginas das histórias de ficção científica. Há bem menos tempo, eles começaram a fazer mais sucesso, depois que alguns começaram a ficar parecidos com o ser humano e depois que a tecnologia começou a dar a eles capacidades de auxiliar o ser humano.

Mas a robótica não ficou parada nesse intervalo. Sem tanto apelo de mídia, na verdade vistos mais como inimigos tomadores de empregos dos trabalhadores humanos, os robôs invadiram as fábricas. E lá estão, soberanos, até hoje.

Máquinas rudes

Contudo, são ainda máquinas rudes, com seus próprios espaços delimitados, do qual os trabalhadores não podem aproximar-se sem o risco de serem feridos com gravidade pelos movimentos bruscos e constantes dos robôs industriais.

Isso poderá começar a mudar, graças a um novo sensor minúsculo, desenvolvido por engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha. Já existem sensores de força e torque que poderiam dar uma maior "sensibilidade" aos robôs industriais, mas eles ainda são caros demais.

Sensor de força e torque

O novo sensor mede as forças e torques exercidos pelo braço robótico. Hoje, se um robô industrial atinge um operário, o operário provavelmente se ferirá com gravidade, mas o robô continuará seu trabalho como se nada tivesse acontecido.

Com o sensor, tão logo o braço robótico atinja o trabalhador - ou qualquer outro obstáculo no ambiente de trabalho - ele parará imediatamente e a gravidade do acidente se limitará a um pequeno empurrão que nem mesmo desequilibrará o operário.

Programação de robôs

O sensor também ajudará a programar o robô. No modo de aprendizado, o sensor poderá medir a força com que o programador movimenta o braço robótico. Em vez de inserir as coordenadas de cada movimento no computador, uma tarefa cansativa, demorada e sujeita a muitos erros, o programador poderá simplesmente guiar o robô pelo toque e ensiná-lo a sequência adequada de movimentos.

Funcionamento do sensor

O novo sensor de força consiste numa única peça de silício, construída por fotolitografia, o mesmo processo utilizado na fabricação dos chips de computador, contendo resistências elétricas em um de seus lados. Se o braço robótico bate em um obstáculo, o formato da pastilha de silício se altera ligeiramente, dobrando-se apenas alguns micrômetros.

O movimento, imperceptível a olho nu, é suficiente para alterar o fluxo da corrente que percorre o sensor, indicando o impacto e enviando o comando para parar imediatamente o movimento do robô.

Como é mais simples, o novo sensor é mais robusto, menos sujeito a falhas, e deverá custar apenas uma fração do preço dos sensores similares atuais.

Para conhecer uma outra pesquisa que procura aumentar a segurança no uso dos robôs, veja Robôs vão obedecer às Leis de Asimov na vida real.

Ginseng é um anti-inflamatório natural, confirma pesquisa

Experiências feitas em laboratório confirmaram os efeitos imunológicos do ginseng (Panax sp). Em um artigo publicado no Journal of Translational Medicine, os médicos demonstraram que a planta medicinal, muito utilizada na medicina tradicional chinesa, tem efeitos anti-inflamatórios.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Hong Kong, liderada pelo Dr. Allan Lau, identificou sete compostos ativos do ginseng, chamados ginsenosídeos, que apresentam efeito imunossupressivos.

"O papel anti-inflamatório do ginseng pode ser devido ao efeito combinados desses ginsenosídeos, ativando diferentes níveis de atividade imunológica, contribuindo assim para as múltiplas ações do ginseng no corpo humano," diz o médico.

Extratos de ginseng

Os cientistas trataram células do sistema imunológico humano com diferentes extratos de ginseng. Eles descobriram que, dos nove ginsenosídeos que eles identificaram, sete inibem seletivamente a expressão do gene anti-inflamatório CXCL-10.

"Serão necessários novos estudos para verificar os potenciais efeitos benéficos dos ginsenosídeos no tratamento das doenças inflamatórias agudas e crônicas em humanos," diz o Dr. He.

Os cientistas reconstituíram os princípios ativos de volta em um extrato único com os ginsenosídeos selecionados para reconfirmação dos efeitos, obtendo os mesmos resultados positivos.

Metodologia para estudar plantas medicinais

Os pesquisadores conseguiram testar integralmente os efeitos imunes dos extratos de ginseng utilizando sofisticadas tecnologias de purificação para identificar constituintes individuais - os chamados componentes ativos - e definir sua bioatividade usando ensaios biológicos e genômicos.

Além da própria descoberta relativa ao ginseng, a técnica de pesquisa utilizada representa uma nova metodologia para estudar plantas medicinais, utilizando tecnologias estado-da-arte para avaliar seus princípios ativos.

Setor de alimentos orgânicos ganha regulamentação federal

O governo concluiu a primeira etapa da regulamentação do setor de orgânicos com a assinatura de três instruções normativas que estabelecem normas técnicas para os produtos processados, a certificação para o extrativismo sustentável orgânico e os mecanismos de controle para esses alimentos.

"O produtor agora tem um marco regulatório e sabe como ele tem que produzir para que o seu produto passe a ser considerado um produto orgânico e poder ir ao mercado com o selo para que quem compre saiba que aquele produto é correto", explicou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, após o Café da Manhã Orgânico, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Selo de orgânico

As exigências para que os alimentos recebessem o selo de orgânico podiam variar de acordo com a certificadora, mas agora serão unificadas.

O coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura (Mapa), Rogério Dias, disse que a regulamentação não é apenas em relação aos produtos usados no cultivo dos alimentos orgânicos, mas também ao modelo de produção.

"Agora há regras gerais pré-estabelecidas, e aí não é só o que se usa, mas também a preocupação com o meio ambiente e quais são as questões sociais garantidas ali na relação das pessoas que trabalham no processo", ressaltou.

De acordo com o ministério, as normas devem estar na edição de sexta-feira (29) do Diário Oficial da União. Toda a cadeia produtiva de alimentos orgânicos terá até dezembro deste ano para se adequar às regras estabelecidas.

Especialistas criticam atualização do Windows que interferia no Firefox

O pesquisador de segurança Chris Sullo, da fabricante de computadores HP, criticou na sexta-feira passada (22) o plug-in “ClickOnce”, instalado pela Microsoft no Firefox de forma silenciosa. O componente faz parte do framework .NET e, segundo o especialista, reduz a segurança do navegador web da Mozilla, ao permitir que softwares sejam instalados de forma automatizada.

O framework do .NET é necessário para a execução de aplicativos da plataforma de mesmo nome. É um componente quase obrigatório atualmente, e é instalado pelo Windows Update (atualizações automáticas). Além de permitir que os programas “ClickOnce” sejam executados sem a intervenção habitual do usuário, o plug-in ainda envia informações sobre a versão instalada do framework para todos os websites que o internauta visitar.

Sullo publicou um post em um blog de segurança da HP criticando a atitude da Microsoft. Para ele, a empresa não deveria instalar forçosamente uma extensão em um navegador concorrente e, em vez disso, deveria ter colocado o plug-in no site de complementos ("add-ons") da Mozilla, “como todo mundo”.

O especialista da HP cita um texto de fevereiro escrito por Brad Abrams, um blogueiro da Microsoft. Na época – quando a ação da Microsoft já estava causando polêmica – Abrams publicou instruções complicadas de desinstalação, porque não era possível remover o plug-in por meio do próprio Firefox. No início deste mês, a Microsoft disponibilizou uma atualização que deve permitir uma remoção facilitada do componente.

Mas o pesquisador de segurança da nCircle Tyler Reguly foi ainda mais longe em suas críticas. “Eu não sei se horrificado é uma palavra forte o suficiente para expressar como isso me faz sentir. Chocado, enojado... desculpem-me se eu alguma vez defendi a Microsoft no passado... essas são algumas coisas que vêm à mente. Não apenas eles reduziram a segurança do Firefox, eles destruíram minha confiança neles”, escreveu Reguly, que ficou sabendo do incidente após ler o post de Sullo.

O Microsoft .NET Framework Assistant pode ser desativado ou configurado no Firefox no menu Ferramentas > Complementos.

Site brasileiro permite que autores publiquem livros sob demanda

Um site brasileiro lançado oficialmente nesta semana pode tirar da gaveta -- ou da pasta “meus documentos” -- os livros de escritores sem contrato com editoras. Em teste desde fevereiro, o Clube de Autores tem cerca de 300 obras disponíveis e, segundo os responsáveis pela página, já recebeu 800 pedidos para impressão de livros.

Por se tratar de um sistema sob demanda, não há tiragem mínima: é possível imprimir um único exemplar ou quantidades maiores, dependendo do número de pedidos.

O funcionamento é simples. O interessado cria gratuitamente uma conta e cadastra seu livro diretamente na página, seguindo um padrão predeterminado (formato A5; 14,8 cm de largura por 21 cm de altura, além de arquivo em formato PDF), que o próprio site ensina a fazer. O clube também disponibiliza modelos de capa ou permite que o autor crie sua própria capa, desde que mantenha padrões estabelecidos.

Cumpridas essas etapas, o livro fica disponível no site, para qualquer internauta que queira comprá-lo. Quem determina a margem de lucro das vendas é o próprio autor, depois de ser informado sobre o preço de custo de cada unidade (em média R$ 30 para cem páginas). A cada R$ 300 de lucros acumulados, o responsável pela obra pode receber o dinheiro ganho com suas vendas.

A clube trabalha com gráficas terceirizadas, que fazem a impressão e despacham o produto diretamente para o comprador.

Fonte: G1

Google Brasil fecha acordo para trazer Street View a cidades brasileiras

O Google Brasil fechou acordo para trazer o serviço de captura de imagens de ruas e avenidas Street View para diversas cidades brasileiras, segundo diferentes fontes próximas ao projeto consultadas pelo IDG Now!.

A montadora Fiat está envolvida nos planos do buscador para adaptar o serviço ao mercado nacional no centro de desenvolvimento do Google em Belo Horizonte, já responsável pela adaptação do Google Maps ao Brasil.

Não está claro ainda, porém, qual seria a participação da montadora no processo - se o novo serviço carregará apenas o logotipo da Fiat ou se os carros usados para captura de imagens seriam da empresa.

As cidades de São Paulo e Belo Horizonte, onde o Google tem escritórios no Brasil, estão confirmadas para receber o serviço de mapas, embora uma das fontes admita que "haverá mais cidades atendidas", sem apontar o número preciso.

Lançado em maio de 2007 nos Estados Unidos, o Google Street View integra ao serviço Maps e ao software Google Earth fotos aproximadas das ruas e avenidas de grandes cidades, dando uma visão de 360 graus do ambiente.

Em julho de 2008, o Google lançou o Street View na França, primeiro mercado a receber o serviço fora dos Estados Unidos. No total, o Street View está disponível em em nove países, incluindo Reino Unido, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e Japão.

O Google vem enfrentando problemas relacionados a privacidade em alguns dos mercados onde vem capturando as imagens que alimentarão as versões regionais do Street View. Além de ser obrigado a refazer imagens no Japão e enfrentar turbulências no Reino Unido, o buscador foi proibido de fotografar três cidades gregas e vem sofrendo pressões na Alemanha para apagar certas localidades.

Segundo as fontes, o anúncio oficial deverá ser feito pelo Google Brasil nas próximas semanas. Consultado pelo IDG Now!, o Google Brasil afirma que não comentará a questão.

Fonte: IDG Now!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

REVISTAS: Nature Magazine 28/05/2009

Nome do Lançamento: Nature Magazine 28/05/2009
Tamanho: 16MB
Links: Homepage
Download: Multi-Servidor

Biostar traz placa de vídeo fodona por menos de mil Reais

Se você quer dar um upgrade sério no seu computador para finalmente rodar Crysis BEM e prefere não vender muitos de seus priminhos para levantar o dinheiro necessário, a placa gráfica HD 4890, que a Biostar acaba de lançar no Brasil, pode ser a solução para os seus problemas. Com preço oficial sugerido de R$ 789, é menos que qualquer coisa parecida no MercadoLivre. E nada mal para uma das 5 melhores placas de vídeo no mercado.


Lançada no fim do ano passado, a HD 4890 é a segunda melhor solução gráfica da ATI para jogos (perdendo apenas para a 4870x2, que é basicamente duas placas semi-espremidas em uma). Na briga com a nVidia, a ATI ainda está atrás, mas oferece desempenho semelhante por menos dinheiro, na média. Se você não é muito entendido em placas gráficas, funciona assim, grosseiramente falando: uma empresa faz o chip e outras 30 embalam com acessórios diferentes, em clocks diferentes, por preços diferentes. Há outras placas com o chip HD 4890 (a Asus lançou uma no Brasil há coisa de 2 mses), mas essa é pelo menos R$ 400 mais barata que as concorrentes.


Aqui vai um gráfico comparativo entre as melhores placas do mercado - o benchmark no caso é o Fallout 3, com resolução máxima e tudo ligado.


Agora só falta descobrir onde a Biostar HD 4890 é vendida. Nem o pessoal da assessoria de imprensa deles conseguiu me dizer. Mas eles me passaram as características técnicas, pelo menos.


Características Técnicas
ATI HD 4890
Fabricante: Biostar
Tipo de memória: DDR5
Capacidade: 1GB
Velocidade: 3,9Gbps


Fonte: GIZMODO

Próxima parada: a Lua

Seguindo Maio, que marcou a inauguração de uma nova era nos telescópios espaciais, Junho será marcado pelo lançamento de duas missões que vão olhar para mais próximo da Terra - mais especificamente, para a Lua.

No próximo dia 17/06, um foguete Atlas V será lançado do Cabo Canaveral, levando a bordo as missões LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter - Sonda de Reconhecimento Lunar) e LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite - Satélite de Observação e Sensoriamento de Crateras Lunares).

Em busca do gelo lunar

Em conjunto, as duas missões permitirão o mapeamento de altíssima resolução da Lua, com precisão de até 1 metro, o conhecimento de sua mineralogia, além da esperada resposta a uma pergunta que permanece no ar há décadas: existirá de fato água congelada no interior das crateras lunares?

LRO - Sonda de Reconhecimento Lunar

Utilizando sete instrumentos científicos diferentes, a missão LRO ajudará a identificar locais de pouso seguros para as futuras missões tripuladas à Lua.

Essa busca por espaçoportos lunares incluirá a localização de recursos minerais que poderão potencialmente ser utilizados pelos astronautas, além de futuras explorações comerciais, e o estudo da radiação ambiental do nosso satélite.

Uma espécie de plástico que imita a consistência dos tecidos humanos medirá a absorção da radiação ambiental lunar, buscando descobrir como ela afetará o corpo humano.

Além do mapeamento da superfície lunar no espectro ultravioleta, as câmeras da LRO construirão um mapa 3-D em alta resolução da superfície da Lua. Um dos momentos mais esperados da missão será a visualização direta do interior das crateras mais profundas da Lua, em busca de depósitos tão esperados, e que seriam muito bem-vindos, de água congelada.

"A LRO é uma espaçonave incrivelmente sofisticada. Seu conjunto de instrumentos trabalhará em harmonia para nos enviar dados em áreas nas quais nós estamos famintos por informações há anos," diz o coordenador da missão, Craig Tooley.

LCROSS - Satélite de Observação e Sensoriamento de Crateras Lunares

A sonda LCROSS irá buscar por uma resposta definitiva sobre a presença ou não de água congelada nos polos lunares.

A missão usará o segundo estágio do foguete Atlas de uma forma inédita, culminando com dois impactos espetaculares sobre a superfície lunar.

Ao contrário das missões tradicionais, onde o satélite se solta do foguete quando entra em órbita, o segundo estágio do foguete Atlas seguirá viagem com a LCROSS. Depois de uma jornada de quatro meses, ele será dirigido para um impacto preciso em uma cratera permanentemente escura em um dos polos da Lua.

Os cientistas calculam que a nuvem de poeira resultante do impacto eleve-se a mais de 15 quilômetros de altitude, o que permitirá sua observação pelos instrumentos da sonda espacial, do telescópio Hubble e até mesmo por telescópios terrestres.

Quando a poeira atingir uma altitude que a faça ser iluminada pela luz do Sol, os cientistas esperam encontrar traços de água congelada. Mas as medições darão também um conhecimento inédito sobre todos os componentes minerais do fundo das crateras lunares.

Ao contrário da LRO, uma missão de altíssima tecnologia, que vai inclusive testar novos tipos de equipamentos nunca usados antes, a LCROSS é uma missão estilo "carro popular", com tecnologias comprovadas e baratas, reaproveitando equipamentos e softwares já testados em missões anteriores.

Plante uma árvore ao lado de sua casa e economize energia

Que cultivar árvores faz bem ao meio ambiente, todas as crianças já sabem. Mas que elas podem ajudar a diminuir a conta de luz no fim do mês já não é tão óbvio.

Pesquisadores norte-americanos descobriram que as árvores plantadas ao lado das residências podem diminuir o consumo de energia em 5%, desde que elas sejam plantadas na posição correta. Para o melhor benefício, as árvores devem ficar posicionadas para oferecer sombra nos lados oeste e sul das residências.

Custo de carbono

A pesquisa envolveu o acompanhamento de 460 residências na cidade de Sacramento, durante o verão. Estatísticas precisamente coletadas demonstraram que os ganhos vão além da diminuição da conta de luz: o "custo de carbono" também é diminuído com o cultivo das árvores.

"As pessoas já sabem há muito tempo que as árvores têm múltiplos efeitos para as pessoas, mas nós quantificamos esses benefícios pela primeira vez usando dados reais e colocamos valores nesses efeitos," justifica o pesquisador David Butry, do instituto NIST.

Segundo o estudo, árvores plantadas nos lados oeste e sul diminuem a conta de eletricidade em até 5%. Se elas estiverem no lado leste não há qualquer efeito mas, se as árvores forem plantadas no lado norte, elas podem de fato aumentar a conta de energia.

Sequestro de carbono

"Além de fornecer sombra, as árvores sequestram carbono," diz Butry. "Nós medimos o quanto essas árvores reduziram o carbono criado pela queima de combustíveis para produzir a eletricidade e descobrimos que as árvores também sequestraram uma quantidade equivalente de carbono, o que representa um benefício em dobro."

A pesquisa chamou a atenção de empresas de energia da Coreia do Sul e da África do Sul, que contataram os pesquisadores para que o estudo seja expandido para outras regiões e para outras estações do ano, a fim de que as conclusões possam ser mais gerais.

Refrigerantes cola causam superdimensionamento muscular

Médicos lançaram um novo alerta sobre o consumo excessivo de refrigerantes cola depois de detectarem um aumento no número de pacientes sofrendo de problemas musculares. A pesquisa será publicada no exemplar de Junho do International Journal of Clinical Practice.

"Nós estamos consumindo mais refrigerantes do que nunca e vários problemas de saúde relacionados a isso já foram identificados, incluindo problemas nos dentes, desmineralização dos ossos e desenvolvimento de síndromes metabólicas e diabetes," explica o Dr. Moses Elisaf, da universidade grega de Ioannina.

Hipocalemia

As evidências agora indicam que o consumo excessivo de refrigerantes do tipo cola leva à hipocalemia, uma condição na qual os níveis de potássio no sangue caem, causando efeitos adversos sobre funções musculares vitais.

A revisão de várias pesquisas feitas sobre o assunto mostrou que os sintomas podem variar de fraquezas leves até a paralisia profunda.

Felizmente, todos os pacientes estudados apresentaram uma recuperação total e rápida depois de pararem de tomar os refrigerantes cola e tomarem doses de potássio por via oral ou intravenosa.

Exageros nos refrigerantes

Os casos pesquisados incluíram pacientes que tomavam de dois até nove litros de refrigerantes cola por dia, incluindo duas mulheres grávidas, uma das quais chegou a consumir sete litros de cola por dia, durante mais de 10 meses.

Em 2007, o consumo de refrigerantes alcançou 552 bilhões de litros em todo o mundo, o equivalente a 83 litros por pessoa por ano. As estimativas apontam para um consumo de 95 litros por pessoa por ano em 2012. Nos Estados Unidos, contudo, esse consumo atinge 212 litros por pessoa por ano.

Intoxicação com cafeína

Segundo os pesquisadores, a hipocalemia parece ser causada pela ingestão excessiva de três dos ingredientes básicos dos refrigerantes cola: a glucose, a frutose e a cafeína.

"O papel individual de cada um desses ingredientes na fisiopatologia da hipocalemia induzida pelos refrigerantes cola não foi determinado e pode variar em diferentes pacientes," afirmam os pesquisadores.

"Entretanto, na maioria dos casos que analisamos em nossa revisão, a intoxicação por cafeína parece desempenhar o papel mais importante," dizem eles. Contudo, a hipocalemia também pode ser causada pela frutose contida nos refrigerantes, que pode causar diarréia.

Versão final do Windows Vista SP2 já está disponível; baixe

Depois de um longo período de desenvolvimento, que incluiu uma série de testes e alguns atrasos, a Microsoft finalmente liberou ao público o novo pacote de atualizações para os Windows Vista e Server 2008. O Service Pack 2 para o Vista (versão final 6.0.6002.18005) já está disponível para download no Baixatudo.

Inicialmente, o SP2 está disponível em cinco idiomas - inglês, francês, alemão, japonês e espanhol -, para qualquer uma das versões Vista ou Server 2008. Versões em outras línguas deverão chegar em breve.

A Microsoft lembra que o SP1 é pré-requisito para baixar a versão final do SP2, assim como o usuário deve desinstalar qualquer versão beta do SP2 previamente baixada, a fim de garantir um arquivo menor e não tão pesado para o usuário.

Para fazer isso, vá em "Programs and Features" (Programas e Recursos), dentro do Painel de Controle, selecione "View installed updates" (Exibir atualizações instaladas) e, em seguida, sob o Windows procure por "KB948465".

O SP2 pode ser aplicado tanto para o Vista quanto para Server 2008 porque a Microsoft optou por adotar um modelo único, minimizando a complexidade da implantação e dos testes. Além disso, como ambos os sistemas operacionais têm os mesmos binários comuns para todos os arquivos, é possível oferecer uma liberação mais rápida dessas atualizações para os usuários finais.

Além das atualizações já lançadas desde o SP1, há 14 meses, o SP2 traz cerca de 800 correções e alguns complementos importantes: Windows Search 4.0, Bluetooth 2.1 Feature Pack, gravação de dados sobre a mídia Blu-Ray diretamente do Vista, Windows Connect Now (WCN) com configuração Wi-Fi, entre outros recursos, como informa o site "TechNet".

Já de acordo com o site "Ars Technica", as primeiras atualizações automáticas da versão final do SP2 estão marcadas para 30 de junho.

Fonte: G1

Saiba como fazer iPhone e iPod problemáticos voltarem a funcionar

Quando o seu iPhone ou iPod começa a funcionar mal e de maneira estranha, ou simplesmente trava, você não consegue mais ouvir músicas, assistir a vídeos e usar todas as outras funções. Para resolver este problema, não é necessário entrar em contato com a Apple ou procurar uma assistência técnica, basta usar uma simples combinação de botões.

Para ver o vídeo clique aqui.

Não importa qual é o modelo do seu iPod, este procedimento sempre funciona. Por exemplo, no iPod clássico um dos modelos mais populares, o primeiro passo é testar se ele está desligado. Depois aperte o botão do meio e o menu ao mesmo tempo por alguns segundos.

Você vai notar que ele reiniciou o sistema, exibindo na tela a “maçã”, que é o símbolo da Apple. O iPod nano funciona da mesma maneira. Com a combinação de botões indicados, espere o símbolo aparecer que ele está pronto para ser usado novamente.

Já no caso do iPhone e do iPod touch o procedimento é um pouco diferente, porque eles funcionam como minicomputadores. O segredo é apertar o botão pequeno na parte de cima do aparelho, junto com o botão “home” por alguns segundos.

O iPhone demora um pouco mais porque são mais funções para reiniciar, mas depois de um tempo também exibe a “maçã” na tela. No modelo mais recente do pequeno shuffle é ainda mais simples. Desligue, segurando o botão de cima por alguns segundos, e em seguida ligue de novo.

Fonte: G1

Google Docs quer espaço do Office nas empresas

O Google começa a testar novas funções na plataforma de produtividade Google Docs, permitindo que empresas personalizem aplicações online e tarefas automáticas.

Os testes do novo Google Apps Script serão iniciados nas próximas semanas com 1.000 empresas selecionadas, informou a empresa norte-americana de buscas na quarta-feira (27/5), durante a conferência Google I/O para desenvolvedores. Os interessados em testar as funções podem se candidatar pela internet.

As aplicações serão testadas, inicialmente, no programa de planilhas eletrônicas Google Spreadsheets e depois estendidas a outros programas do Google Docs, informou o gerente de produtos do Google Docs, Jonathan Rochelle, em uma apresentação durante o evento.

O novo Google Apps Script, baseado em linguagem de programação Java Script, permitirá que organizações criem funções personalizadas em planilhas como traduzir métricas de polegadas para milímetros ou traduzir textos de diferentes idiomas. O sistema também integrará uma aplicação do Google Docs a outra, tornando possível enviar um e-mail diretamente do software de planilhas ou acessar o calendário da lista de endereços.

A empresa publicou um vídeo na internet com mais informações sobre o Apps Script em seu blog corporativo.

A ideia do Google é competir com o popular software Excel de planilhas da Microsoft, mas a inovação baseada em scripts também pode abrir caminho para ataques e outros problemas de segurança de dados. Neste sentido, a empresa trabalha para criar um sistema "a prova de balas" antes do lançamento para o público, disse Rochelle.

Durante o Google I/O, parceiros da empresa mostraram serviços de integração e ferramentas de desenvolvimento para aprimorar o Google Docs. A empresa LTech, por exemplo, lançou uma ferramenta para que os usuários baixem e façam backup de documentos do Docs - que são armazenados na web - em um disco local.

A Oracle também está prestes a lançar uma ferramenta de testes para que usuários da plataforma Siebel de relacionamento com clientes (CRM) importem e exportem dados do Google Docs.

Fonte: IDG Now!

CIEE oferece oficinas gratuitas para estudantes de TI em São Paulo

O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) oferece quatro novas oficinas gratuitas de Tecnologia da informação, em São Paulo, com duração de quatro horas cada e ministradas para turmas de até 25 alunos. O objetivo é permitir que candidatos a estágio atualizem seus currículos.

>> Participe das discussões da CW Connect

As oficinas são ministradas por professores da Associação dos Instrutores da Cisco Net Academy (Ainet), parceira do CIEE desde 2001, e abordam os seguintes temas: Telefonia IP - Redes convergentes; Segurança: Redes convergentes; Infraestrutura de Redes IP; e Wireless: Redes convergentes.

Podem participar estudantes de cursos de TI de nível técnico e superior, cadastrados no CIEE. Mais informações sobre a programação e inscrições são obtidas no site do CIEE.

Fonte: IDG Now!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A teoria estava errada: os transistores podem encolher

Pesquisadores descobriram uma falha na teoria utilizada para explicar o "ruído eletrônico", um fenômeno que afeta o funcionamento dos transistores, os blocos básicos com que são construídos todos os chips.

Esse ruído era usado para explicar porque os transistores não podem ser miniaturizados além de um certo limite porque seu funcionamento começa a ser errático. Em um processador digital, um transístor funciona essencialmente como uma chave. Acontece que, abaixo de determinadas dimensões, essa chave começa a pular aleatoriamente entre os estados ligado e desligado.

Se a teoria estava errada, o entendimento correto do fenômeno poderá permitir a criação de transistores menores, mais eficientes e com menor consumo de energia do que se acredita ser possível até agora.

Modelo de Tunelamento Elástico

Há décadas, os engenheiros se baseiam nesse modelo teórico, conhecido como Modelo de Tunelamento Elástico, para identificar as falhas nos transistores e tentar descobrir formas de evitá-las.

Um transistor é fabricado com materiais extremamente puros - mesmo as "impurezas" adicionadas a eles, os chamados materiais dopantes, devem estar isentos de substâncias estranhas. Quaisquer falhas nesses materiais funcionam como as rochas no leito de um rio, desviando o fluxo de eletricidade e fazendo com que o transistor fique chaveando entre os modos ligado e desligado de forma aleatória.

Agora, pesquisadores do instituto NIST, dos Estados Unidos, descobriram que a teoria que explica as flutuações no comportamento do transistor, causadas por esse ruído eletrônico, não condizem com os fatos.

A teoria está errada

A teoria prediz que, à medida que os transistores diminuem de tamanho, as flutuações do funcionamento do transistor deveriam ter sua frequência aumentada. Os pesquisadores então foram estudando o efeito em transistores cada vez menores, até descobrir que, quando o transistor alcança a escala dos nanômetros, a frequência das flutuações se estabiliza.

"Isto implica que a teoria que explica o fenômeno deve estar errada. O modelo funcionou adequadamente quando os transistores eram grandes, mas nossas observações indicam claramente que ela é incorreta nos regimes de nanoescala nos quais a indústria está trabalhando hoje," explica o Dr. Jason Campbell.

Os transistores atuais estão sendo fabricados na faixa dos 45 nanômetros e até agora acreditava-se que seus limites físicos seriam atingidos por volta dos 10 nanômetros.

Gargalo nas baixas potências

Contudo, a descoberta não traz apenas boas notícias. Os dados experimentais indicam que as flutuações crescem na razão inversa da potência despendida pelo transístor. A indústria tem pesquisado novas formas de fabricação de transistores que consumam menos energia, principalmente para uso em computadores e outros equipamentos eletrônicos portáteis.

"Este é realmente um gargalo em nosso desenvolvimento de transistores para aplicações de baixa potência," diz Campbell. "Nós teremos que entender o problema antes que possamos corrigi-lo e, de fato, nós não sabemos ainda o que de fato está acontecendo."

LEDs orgânicos superam eficiência das lâmpadas fluorescentes

Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha, fabricaram LEDs orgânicos que superam por larga margem as lâmpadas fluorescentes na emissão de luz branca. O material ainda está em fase de laboratório e tem o potencial para atingir eficiências ainda maiores.

LEDs orgânicos

Os LEDs orgânicos - ou OLEDs (Organic Light-Emitting Diodes) - são semicondutores feitos com películas finíssimas superpostas de materiais à base de carbono. Eles emitem luz de forma difusa ao longo de todo o material, o que significa que eles criam não um ponto emissor de luz, mas uma área totalmente iluminada.

Combinando o formato do OLED com a cor da luz emitida, os LEDs orgânicos deverão criar oportunidades totalmente novas de iluminação, como painéis, paredes ou tetos iluminados por igual e que poderão ser personalizados ao gosto de cada pessoa. Além disso, eles permitirão grande economia de energia porque são mais eficientes na conversão da eletricidade em luz.

Eficiência dos LEDs orgânicos

Atualmente, as lâmpadas fluorescentes representam o padrão da indústria a ser batido pelas novas tecnologias. Considerando as perdas nos refletores, essas lâmpadas alcançam uma eficiência entre 50 e 70 lúmens por Watt (lm/W).

Os novos OLEDs superaram as melhores marcas das lâmpadas fluorescentes em pelo menos um terço, alcançando 90 lm/W no brilho padrão de 1.000 candelas por metro quadrado (cd/m2).

"A eficiência energética dos nossos LEDs alcança 90 lm/W mesmo quando se utilizam somente técnicas de acoplamento planas - mas que são escaláveis. Com acoplamentos especiais 3D, atingimos até 124 lm/W," conta o coordenador da pesquisa, Dr. Sebastian Reineke.

"O potencial desses dispositivos é óbvio quando se considera que, mesmo com um brilho de 5.000 cd/m2, nós obtivemos uma eficiência energética de 74 lm/W, Diz Karl Leo, outro membro da equipe.

Memória "eterna" poderá guardar dados por 1 bilhão de anos

No início eram os disquetes, depois vieram os discos ópticos e agora é a vez dos pen-drives. Geração a geração da tecnologia, torna-se cada vez mais fácil e prático carregar volumes de dados cada vez maiores.

Contudo, a tecnologia ainda não resolveu um problema que está preocupando cada vez mais os pesquisadores e, sobretudo, os bibliotecários: os melhores dispositivos de armazenamento atuais têm uma vida útil entre 10 e 30 anos.

O mais durável sistema de armazenamento atual, as fitas magnéticas, tem uma vida estimada em 100 anos. E só as empresas e bancos guardam informações nesse tipo de mídia. Todo o esforço de digitação de obras científicas e artísticas, vistas hoje como sinônimo de qualidade e modernidade, trazem consigo um risco inerente: o de não poderem ser lidas dentro de poucos anos.

Memória eterna

Mas a solução pode estar a caminho. Ainda que a filosofia e a teologia não tenham conseguido produzir definições adequadas de eternidade, levando-se em conta os poucos milhares de anos da história humana na Terra, uma memória capaz de durar 1 bilhão de anos de fato merece o título de uma "memória eterna".

O professor Alex Zettl e seus colegas da Universidade de Berkeley (EUA) criaram o protótipo de uma memória digital formada por uma nanopartícula de ferro inserida dentro de um nanotubo de carbono. Na presença de eletricidade, a nanopartícula pode ser deslocada para um lado e para o outro no interior do nanotubo, representando o 0 e o 1 digitais conforme ela esteja de um lado ou de outro.

Dois elementos destacam-se na pesquisa: o uso dos promissores, mas até agora pouco utilizados na prática, nanotubos de carbono, e o fato de que a memória não utiliza silício, o material por trás de toda a revolução tecnológica da eletrônica e da computação.

Bit eterno

No laboratório e nas simulações teóricas, os pesquisadores confirmaram que uma memória construída com esse bit de nanotubo de carbono e nanopartícula de ferro atingirá uma capacidade de armazenamento de 1 terabyte por polegada quadrada.

As simulações também mostraram que o "tempo de decaimento" do "bit eterno" - uma alteração aleatória induzida pela agitação térmica dos átomos - supera 1 bilhão de anos.

No estudo, que será publicado no exemplar de Junho do periódico científico Nano Letters, os cientistas citam o fato de que o Livro do Apocalipse de William, o Conquistador, escrito em couro no ano 1086, sobreviveu por 900 anos, chegando até nós. Mas uma versão digitalizada da obra, gravada em 1986, não pode mais ser lida em 2006, apenas 20 anos depois.

Desafios eternos

As pesquisas prosseguirão, agora na tentativa de viabilizar a fabricação dos bits eternos em larga escala. Os desafios a vencer são os mesmos com que se deparam todas as pesquisas que procuram explorar as incríveis propriedades dos nanotubos de carbono - a dificuldade de fabricá-los de forma controlada, sistemática e com alta qualidade.

Avanço brasileiro em concretos refratários ganha prêmio internacional

Uma pesquisa inédita, feita na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que aperfeiçoou os materiais refratários utilizados em siderúrgicas e metalúrgicas, foi reconhecido com uma premiação de nível internacional, o Prêmio Wakabayashi 2009, da Associação Técnica de Refratários do Japão.

Os vencedores da honraria são autores do artigo Microsilica effects on cement bonded alumina-magnesia refractories castables, que foi considerado pela entidade japonesa o melhor trabalho publicado em 2008 na área de materiais cerâmicos para aplicações em altas temperaturas. O estudo foi publicado no Journal of the Technical Association of Refractories.

Concretos refratários

"O estudo permitiu o aperfeiçoamento de concretos refratários existentes, levando a melhorias no desempenho desses materiais principalmente em 'panelas para aço', que são recipientes capazes de transportar até 300 toneladas de metal fundido a uma temperatura de 1.500 ºC", disse Victor Carlos Pandolfelli, um dos autores da pesquisa.

O grupo recebeu certificados e prêmio em dinheiro em cerimônia que marcou a abertura do Congresso Internacional de Refratários, na cidade de Sendai, no Japão.

A equipe brasileira pesquisa novas tecnologias em concretos refratários para aplicações em siderurgia, petroquímica e na indústria de alumínio - áreas cujos processos envolvem altas temperaturas, contato com materiais corrosivos e grande variação cíclica de temperatura.

Óxido de magnésio e o óxido de alumínio

No estudo premiado foi desenvolvido um concreto com boas propriedades à alta temperatura e que inibe a reação entre o metal fundido e a cerâmica, contribuindo para o aumento da vida útil do equipamento. O material refratário foi desenvolvido a partir da aplicação de microssílica em pequenas quantidades, combinada com óxidos de magnésio (MgO) e de alumínio (Al2O3).

Segundo o professor Pandolfelli, a tendência de crescimento do setor siderúrgico em todo o mundo tem afetado diretamente o desenvolvimento tecnológico dos materiais refratários. Nesse contexto, destaca-se a utilização dos "concretos refratários espinelizados", em virtude da sua versatilidade de aplicação e desempenho.

"Por ser refratário, o concreto desenvolvido no trabalho mantém sua integridade física a temperaturas elevadas, superiores a 1.500 ºC, além de ser espinelizado por combinar o óxido de magnésio e o óxido de alumínio, reação que forma uma estrutura cuja fórmula é o MgAl2O4", detalha Pandolfelli.

Microestrutura dos concretos

Essa reação apresenta caráter expansivo e, por isso, deve ser controlada para evitar danos na estrutura do concreto. Segundo Pandolfelli, o caráter expansivo das reações envolvidas nesses materiais pode trazer benefícios ou problemas no uso. No entanto, apesar desses aspectos, são poucos os estudos que indicam o efeito das matérias-primas sob a expansão e a sua consequência nas propriedades dos concretos.

O estudo da engenharia de microestrutura desses materiais e a obtenção de um mapa de expansão, visando a analisar o impacto dos componentes que constituem esse tipo de concreto refratário, têm importância fundamental para a sua aplicação, o que também foi estudado no trabalho premiado.

"Chamamos esses mapas de expansão de roadmaps, que indicam como mudar a composição de um material para chegar a uma determinada propriedade desejada. Mais do que uma formulação nova, o nosso estudo indica algumas rotas de alteração da formulação do concreto refratário visando a sua adequação a aplicações distintas", disse.

Pesquisa de ponta

De acordo com Pandolfelli, o concreto refratário desenvolvido já está sendo utilizado em siderúrgicas nacionais. "No entanto, não há uma formulação única e aí reside uma das maiores contribuições do artigo premiado, que é a indicação de rotas para que a composição química do produto seja ajustada e assim obter o melhor desempenho em cada aplicação prática", aponta.

A linha de pesquisa conduzida na UFSCar resultou, nos últimos oito meses, em dois outros artigos publicados no Journal of the American Ceramic Society, a revista de maior impacto na área de materiais cerâmicos.

Os estudos renderam ainda duas outras publicações em revistas nacionais, três apresentações em congressos no exterior e dois estágios em instituições de pesquisa e indústrias na França e na Holanda, ambos realizados pela pesquisadora Mariana Braulio.

O Prêmio Wakabayashi, que recebe o nome do fundador da Associação Técnica de Refratários do Japão, é a distinção mais importante na área de cerâmicas refratárias.

"Ganhar esse prêmio reflete o reconhecimento e a atenção da comunidade científica internacional às pesquisas realizadas no Brasil. Hoje, os pesquisadores brasileiros estão entre os cinco melhores grupos no mundo na área de materiais cerâmicos refratários", afirmou Pandolfelli.

Prêmio Wakabayashi

O Prêmio Wakabayashi é concedido desde 1983 com o intuito de promover e manter a alta qualidade nas publicações da área. Pandolfelli já havia recebido este prêmio em 2005, quando foi o primeiro pesquisador não japonês a obter a distinção.

"O Japão detém as tecnologias mais avançadas em produção de aço e materiais refratários. É uma honra ser reconhecido por um país que domina essas duas áreas e, por isso, estabelece critérios bastante seletivos para suas premiações", disse Pandolfelli.

Os autores do estudo são Mariana Braulio, Victor Carlos Pandolfelli, professor do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da universidade, e Luis Rodolfo Bittencourt, diretor técnico da empresa Magnesita Refratários. O trabalho também contou com a participação de Jacques Poirier, professor da Universidade de Orleans, na França.