A maior incidência da anorexia e da bulimia em homens se dá na faixa etária entre 14 e 18 anos. Os sintomas são os mesmos que acometem as mulheres. No caso da anorexia, há o medo permanente de ganhar peso ou de se tornar obeso, a falta de percepção de que se está abaixo do peso e a recusa em aceitar que está doente.
Já no caso da bulimia, pode haver compulsão por ingestão de alimentos, para em seguida eliminá-los por meio de vômitos provocados, laxantes e diuréticos; prática exagerada de exercícios e jejuns prolongados.
Doença de mulher
Por serem doenças normalmente associadas às mulheres, mesmo com todos esses sintomas, a resistência dos homens em aceitar que está doente e procurar tratamento é muito grande.
"O padrão de IMC independe de sexo. O considerado normal deve girar em torno de 20 a 24,9 kg/m². Dentre nossos pacientes, o IMC mínimo foi de 15,5 kg/ m². A anorexia e a bulimia são, sim, problemas que afetam também os homens", afirma o médico psiquiatra e coordenador do AMBULIM do Hospital das Clínicas de São Paulo, Alexandre Azevedo.
Causas da anorexia e bulimia
Predisposições genéticas ajudam no aparecimento do transtorno alimentar. Porém é preciso que mais algum fator estimule este aparecimento, como a insatisfação com a aparência corporal e, mais grave, a distorção da imagem corporal. Mesmo estando muito magros, os pacientes ainda se acham gordos.
Entre os fatores mais comuns para o surgimento do problema, estão a obesidade na infância (o mais comum), conflitos de orientação sexual, comprometimento da auto-estima e preocupação com adoecimento no futuro.
Estabilização do peso
O paciente é considerado curado quando o seu peso está estabilizado, seus hábitos alimentares estão adequados, quando não há mais desejo de perda de peso desnecessário e não há mais a distorção da própria imagem corporal. Durante o tratamento é feito um trabalho psicoterápico que previne recaídas na recuperação do paciente.
Durante o tratamento, o paciente não é afastado de sua vida normal. São poucos os casos que precisam de internação hospitalar completa ou parcial.
Fonte: Diário da Saúde
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