Por meio de dados colhidos pelo robô Opportunity na cratera Vitória, próxima ao equador marciano, um grupo internacional de pesquisadores identificou uma região inteira no planeta que foi formada pela água.
Padrões sedimentares
Segundo o estudo, o padrão de camadas sedimentares na cratera é característico da formação pela ação da água e é semelhante ao encontrado em outras crateras a cerca de 6 quilômetros ao norte. Isso implicaria que a água ajudou a formar toda a região que envolve as crateras.
Steven Squyres e seus colegas da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, analisaram as paredes da cratera Vitória, que tem cerca de 750 metros de diâmetro e 75 metros de profundidade, e caracterizaram o impacto do asteroide que a criou.
Dunas marcianas
De acordo com os pesquisadores, as camadas nas paredes da cratera apontam evidências de antigas dunas, algumas das quais seriam comparáveis em escala com as depositadas no oeste dos Estados Unidos entre 200 milhões e 146 milhões de anos atrás, durante o período Jurássico.
Para os autores do estudo, a principal constatação é que o mesmo fluxo de água que formou as crateras ao norte também foi responsável pela cratera Vitória. Ou seja, a água cobriu toda uma extensa área, não apenas partes dela.
Fonte: Agência Fapesp
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