Logo, logo, os fazendeiros não precisarão mais acordar de madrugada, pegar seus tratores e começar a cuidar de suas lavouras.
A depender dos engenheiros da Universidade de Leuven, na Bélgica, os tratores do futuro poderão fazer isso sozinhos.
A equipe do Dr. Erik Hostens está desenvolvendo um trator robotizado. O primeiro protótipo já é totalmente automatizado e capaz de andar sozinho por um circuito pré-determinado.
O trator-robô adapta-se automaticamente às variações no terreno, ajustando sua velocidade e até o raio com que deve fazer as curvas, cumprindo o circuito programado com incrível precisão - sem precisar de tratorista.
Controle da direção
O maior desafio da pesquisa, segundo Hostens, veio depois que todo o sistema de condução - aceleração, frenagem, mudança de marchas e controle do volante - já estava instalado no trator: como acionar o volante com uma precisão suficiente para imitar um tratorista.
"Somente tratoristas muito experientes têm a habilidade necessária para cuidar de uma lavoura com precisão. O trabalho de um operador de trator é realmente muito complexo: ele observa a posição atual do trator, avalia as condições do terreno, estima uma rota a ser seguida e, levando tudo isto em conta, decide a velocidade e a orientação do trator," explica Hostens.
Tudo isto teve que ser inserido no sistema de controle, no cérebro do trator robótico.
A leitura da posição foi a única que não exigiu muitos esforços: bastou instalar um leitor de GPS de alta precisão.
Os resultados foram além do esperado: o sistema já é capaz de levar em conta até o deslocamento lateral do trator devido ao movimento de um solo fofo.
Agricultura de precisão
E quais são os benefícios de um trator robotizado e autônomo?
O professor Wouter Saeys, membro da equipe, aponta pelo menos duas.
"A importância da direção precisa nas máquinas agrícolas tem aumentado significativamente, particularmente com o advento da agricultura orgânica," afirma ele.
Outra tendência na agricultura, segundo o pesquisador, é a automação, que reduz os custos, aumenta a produtividade e viabiliza a chamada agricultura de precisão, em que cada metro quadrado da lavoura é "tratada" de acordo com suas necessidades de adubação, irrigação etc.
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