As nanopartículas são compostas por uma mistura balanceada de triglicerídios (óleos) das castanhas de murumuru e de babaçu.
O pesquisador Marcos Roberto Rossan testou sua nanotecnologia em um produto já existente no mercado - o Activeshine Amazon.
Mas as partículas empregadas no estudo poderão ser usadas também em outros produtos, já que o processo desenvolvido por Marcos Roberto permite o uso de equipamentos convencionais e é de aplicação simples, o que viabiliza seu uso industrial.
Cosmético com nanotecnologia
A ideia do pesquisador era desenvolver um cosmético inovador, sobretudo utilizando óleos, gorduras e ceras brasileiras de origem amazônica.
Além disso, o novo cosmético incorpora as tecnologias de micro e nanopartículas para a intensificação do brilho e tratamento dos fios do cabelo.
Como as matérias-primas já são comerciais, o produto deve ter um preço competitivo no mercado. "E terá um valor agregado porque possui uma tecnologia que permite gastar baixa energia", destaca o pesquisador.
Ele desenvolveu o novo produto com a ajuda da nanotecnologia, criando ainda uma linha para encapsulação de corantes naturais, com o objetivo de atingir o mercado de tinturas.
Brilho do cabelo
Um dos diferenciais das partículas que foram preparadas pelo pesquisador é que elas são revestidas de forma a ter uma carga elétrica superficial positiva, proporcionando uma maior aderência aos fios de cabelo.
Como os cabelos têm uma carga contrária (carga negativa), o produto fica melhor fixado. O produto está passando agora por testes de eficácia.
Segundo Marcos Roberto, a proposta é fornecer ao cabelo um alto brilho, um dos itens mais cobiçados pelo consumidor.
Em geral, usa-se o silicone para isto, um material de origem sintética. A intenção é oferecer um aditivo cosmético natural de fonte vegetal.
Nanopartículas
O processo cria as nanopartículas com dimensões de 20 a 200 nanômetros, o que é milhares de vezes menor do que a espessura de um único fio de cabelo.
Elas são geradas a partir dos óleos de murumuru e babaçu por um processo de aspersão em baixa temperatura, o que congela as gotículas, que são coletadas como um pó seco muito fino.
A elevação posterior da temperatura não destrói as nanopartículas, que permanecem isoladas e na forma de pó.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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