A infecção pelo HIV continua incurável em grande parte porque o vírus consegue passar pela barreira hematoencefálica.
A barreira hematoencefálica é uma rede de células e vasos sanguíneos especiais que protegem o cérebro de inúmeras substâncias perigosas.
Só que os medicamentos desenvolvidos para combater o HIV não conseguem segui-lo pela barreira protetora do cérebro, mantendo "bolsões" de HIV que reinfectam continuamente o corpo.
Aspirador de pó biológico
Uma "bomba" localizada na barreira hematoencefálica suga os medicamentos anti-virais, assim como muitas outras substâncias danosas, de forma parecida com um aspirador de pó.
Infelizmente, o HIV passa por essa bomba.
Jean Chmielewski e Christine Hrycyna, da Universidade Purdue (EUA) desenvolveram uma nova substância que se conecta a esse aspirador de pó biológico e, em vez de ser sugada, passa para o interior do cérebro, atacando o HIV escondido lá dentro.
Drogas amarradas
A técnica envolve grudar duas moléculas anti-HIV com uma estrutura de amarração - uma espécie de corda amarrando duas esferas.
Essa estrutura gruda na bomba de limpeza da barreira hematoencefálica, passando por ela sem ser eliminada.
Depois de cruzar a barreira de proteção do cérebro, a amarração se dissolve e deixa as duas drogas livres para agir, matando o vírus.
As pesquisadoras afirmam que sua técnica, quando aprovada para uso em humanos, poderá ser empregada também em outros tratamentos cujos medicamentos têm uma limitação limitada no cérebro, como o câncer e a esquizofrenia.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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