quinta-feira, 20 de outubro de 2011

LED flexível e implantável funciona como sensor de doenças

Cientistas coreanos desenvolveram um LED biocompatível que poderá ser implantado no corpo humano.

O LED flexível funciona como um biossensor, podendo ser usado para monitorar o coração, os vasos sanguíneos ou mesmo tratar diversos tipos de doenças.

Apesar de ainda não ter sido testado em seres humanos, o professor Keon Jae Lee, do Instituto KAIST, afirma ter usado seu LED flexível para detectar células do câncer de próstata em meio de cultura.

LED flexível

O LED é feito com nitreto de gálio (GaN), sendo essencialmente do mesmo tipo dos LEDs usados em TVs e telas de computador.

Até agora, vinha sendo complicado tornar esses LEDs flexíveis porque o GaN é um material muito quebradiço.

A solução começou a surgir quando o professor Lee se envolveu em uma pesquisa para o desenvolvimento de nanogeradores, que exigem circuitos flexíveis para se adaptarem ao corpo humano e capturar as vibrações do andar ou do falar, por exemplo.

Nanogeradores agora são biocompatíveis e totalmente flexíveis

Usos biomédicos

O pesquisador usou um processo similar ao usado no nanogerador para transferir filmes finos de nitreto de gálio para substratos plásticos flexíveis.

A seguir, o material, já um LED pronto, capaz de emitir luz, foi recoberto com um material biocompatível.

Os testes de implante e funcionamento do LED no interior de tecidos biológicos foram simulados em meio aquoso em laboratório, comprovando que o novo biossensor pode se tornar um aliado importante na medicina, seja como sensor, para diagnosticar doenças, seja como gerador de luz, por exemplo, para liberar medicamentos em locais e horários pré-determinados.

Os cientistas citam, entre os possíveis usos dos LEDs implantáveis, a detecção de hemoglobina, gordura corporal, PSA (antígeno prostático específico) e colesterol, além de servir em terapias como esterilização, homeostase da pele e iluminação cirúrgica.

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