quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nanotecnologia pode reduzir problemas dos implantes de silicone

Nenhum dispositivo médico tem índice tão elevado de falhas quanto os implantes para os seios.

Embora nenhum dispositivo médico seja 100% seguro, há uma taxa extraordinariamente elevada de complicações atribuídas a esses implantes de silicone - entre 20 e 30%.

Além das cirurgias estéticas, cerca de 75% das mulheres mastectomizadas optam pela reconstrução dos seios. E o único material disponível hoje é a borracha de silicone.

Preocupada com isto, a Dra. Judit Puskas, da Universidade de Akron (EUA), decidiu buscar na nanotecnologia uma nova esperança para essas mulheres.

Nanotecnologia amiga do peito

A Dra. Judit rastreou toda a literatura científica em busca de inovações na criação de novos materiais que está sendo conduzida pela nanotecnologia.

Seu foco foi em materiais biologicamente compatíveis, passíveis de serem pesquisados com vistas à substituição dos implantes de silicone.

A nanotecnologia desenvolve novos materiais "de baixo para cima", ou seja, a partir de seus constituintes moleculares.

Esses materiais têm propriedades e características diferentes dos chamados "materiais brutos", sintetizados em larga escala, sem atuação direta nas partículas que os formam.

Reduzindo o tamanho dessas partículas, ou seja, dos elementos fundamentais que constituem os materiais, é possível obter propriedades não encontradas em materiais já conhecidos.

Materiais ativos

Com base no conhecimento gerado por outras áreas, a Dra. Judit e seus colegas estão agora desenvolvendo um novo material nanoestruturado que poderá ser uma alternativa mais segura do que o silicone, minimizando as complicações.

Trata-se de um elastômero termoplástico reforçado com nanopartículas de carbono, embora a composição final ainda não esteja definida.

O novo material, segundo o grupo, será capaz de liberar medicamentos localmente, de forma a melhorar a eficácia dos implantes e reduzir o risco de complicações, além de poderem eventualmente ser utilizados para liberar drogas durante os tratamentos quimioterápicos.

"Nós esperamos que esta pesquisa contribua para um melhor entendimento dessa questão tão controversa, e motive os cientistas dos materiais e os médicos a trabalharem juntos para desenvolver alternativas baseadas nas novas nanotecnologias para as mulheres que optam por dispositivos feitos de materiais sintéticos," conclui a pesquisadora.

Fonte: Amy Molnar

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