Seja você um atleta, um músico ou um paciente que sofreu derrame tentando reaprender a andar, o treinamento persistente pode levá-lo a atingir seus objetivos.
O que Alaa Ahmed, da Universidade do Colorado (EUA), descobriu agora é que um pouco mais de prática, mesmo depois de atingido o objetivo, pode levá-lo a uma "perfeição eficiente".
Por perfeição eficiente ela entende um jeito de praticar gastando menos energia.
"A mensagem é que, a fim de praticar com menos esforço, mantenha o treinamento, mesmo depois que parece que a tarefa já foi aprendida," diz a pesquisadora.
Custo total de energia
Os experimentos mostraram que o que se considera aprender uma tarefa motora corresponde a um estado estável de atividade muscular.
Isto é, conforme a pessoa vai aprendendo o movimento, sua atividade muscular vai diminuindo, até atingir um nível estável.
Contudo, se o treinamento continua além desse ponto, o custo total de energia consumido pelo corpo da pessoa continua a diminuir.
No fim da tarefa, o custo metabólico líquido, medido pelo consumo de oxigênio e pela exalação de dióxido de carbono, decresce até 20%.
Economia cerebral
"Nós demonstramos que há uma vantagem clara em continuar treinando depois que não se percebe qualquer ganho visível em termo de desempenho," diz a pesquisadora.
O estudo sugere que movimentos eficientes envolvem, em última instância, tanto uma eficiência biomecânica quanto um processamento neural eficiente.
"Nós suspeitamos que o decréscimo no custo metabólico pode envolver uma atividade cerebral mais eficiente," disse Ahmed.
"O cérebro pode estar modulando características sutis da atividade muscular, recrutando outros músculos ou reduzindo sua própria atividade para tornar os movimentos mais eficientes."
Para ela, as conclusões do estudo são particularmente importantes para pacientes de fisioterapia, tentando recuperar movimentos.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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