quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Exoesqueleto robótico dá independência a pessoas com paralisia

O sonho de reconquistar a capacidade de se levantar e caminhar está mais perto da realidade para pessoas paralisadas da cintura para baixo que acreditavam que nunca andariam novamente.

Uma equipe de engenheiros da Universidade de Vanderbilt (EUA) desenvolveu um exoesqueleto motorizado que permite que pessoas com lesões graves na medula espinhal fiquem de pé, andem, sentem-se e subam escadas.

O exoesqueleto robótico é leve, compacto e possui um design modular que promete dar aos usuários um grau de independência sem precedentes.

Até recentemente "robôs de vestir" eram coisa de ficção científica.

Nos últimos 10 anos, contudo, os avanços na robótica e nas tecnologias de microeletrônica, baterias e motores elétricos avançaram a um ponto que se tornou prático desenvolver exoesqueletos para ajudar pessoas com deficiência e idosos com dificuldades motoras.

Assistência robótica 

Estes aparelhos funcionam como um esqueleto metálico externo, presos firmemente ao redor do tronco.

Suportes rígidos são amarrados às pernas, do quadril até os joelhos, e dos joelhos até os pés.

As articulações do quadril e joelho são movidas por motores elétricos controlados por computador, e alimentados por baterias.

Pacientes com paralisia podem usar o aparelho robotizado com o auxílio de um andador ou de muletas para manter o equilíbrio.

A intensidade da assistência robótica ajusta-se automaticamente para usuários que têm algum controle muscular em suas pernas, o que lhes permite utilizar os próprios músculos durante a caminhada.

Assim, idosos podem usar apenas o exoesqueleto. Quando o usuário está totalmente paralisado, o aparelho faz todo o trabalho.

Estimulação elétrica funcional

Já existem outros exoesqueletos robóticos sendo comercializados, mas este é o primeiro robô portátil a incorporar uma tecnologia comprovada de reabilitação, chamada estimulação elétrica funcional.

A estimulação elétrica funcional aplica pequenos impulsos elétricos nos músculos paralisados, fazendo-os contrair e relaxar.

A técnica pode melhorar a força nas pernas de pessoas com paraplegia incompleta. Para os paraplégicos completos, a estimulação elétrica pode melhorar a circulação, alterar a densidade óssea e reduzir a atrofia muscular.

A universidade licenciou o projeto para a empresa Parker Hannifin, que afirmou que a tecnologia do exoesqueleto permitirá que ele seja significativamente mais barato do que as unidades à venda atualmente, que custam por volta de US$140.000.

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