quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cebola é alternativa natural aos conservantes artificiais

Alguns compostos da cebola possuem propriedades antioxidantes e antimicrobianas, tornando possível o uso de derivados do bulbo para a conservação de alimentos.

Esta possibilidade acaba de ser demonstrada por uma equipe de cientistas das universidades Politécnica da Catalunha e de Barcelona, ambas na Espanha, em um estudo publicado no International Journal of Food Science and Technology.

Benefícios da cebola

O estudo mostra que os flavonoides da cebola, além de apresentarem efeitos benéficos para a saúde, aumentam a vida útil dos alimentos, o que os torna uma alternativa natural para os aditivos artificiais atualmente utilizados pela indústria alimentícia.

Flavonoides são compostos fenólicos - contendo o grupo fenol - que são sintetizados pelas plantas.

"As propriedades antioxidantes e antimicrobianas dos flavonoides da cebola crua os tornam excelentes candidatos para conservarem alimentos," dizem os pesquisadores.

Maionese com cebola

Os resultados confirmaram que, especialmente a variedade amarela, é "uma boa fonte desse tipo de substância, e há uma correlação positiva entre a presença dos flavonoides e sua capacidade antioxidante." diz o artigo.

"A cebola pode ser eficaz no retardamento da oxidação lipídica em emulsões de óleo e água - um sistema modelo de alimentos como as margarinas e as maioneses - e também inibe o crescimento de microorganismos que alteram os alimentos."

Os experimentos comprovaram que os compostos presentes na cebola evitam o desenvolvimento das bactérias Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus e Listeria monocytogenes - todos microorganismos tipicamente associados com a deterioração dos alimentos.

Benefícios dos flavonoides

Pesquisas anteriores indicaram que os flavonoides têm efeitos benéficos para a saúde devido às suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, cardioprotetoras, vasodilatadoras e anticarcinogênicas.

Isto tem tornado esses compostos um alvo preferencial de pesquisas voltadas para a prevenção de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares, e de alguns tipos de câncer.

Cebolas

Os flavonoides da cebola são mais estáveis do que alguns de seus outros componentes, como os compostos de enxofre. Pesquisas indicam que esses compostos sulfúricos são bons para a saúde.

São eles os responsáveis pelo sabor característico, pelo aroma e pelo efeito lacrimogênico da cebola. Essas substâncias são muito voláteis e instáveis, sendo liberadas quando a cebola é cortada.

A cebola é um dos vegetais mais cultivados e mais consumidos no mundo todo. Dados indicam uma produção de 66 milhões de toneladas de cebola em 2008.

Cientistas brasileiros criam curativo de cana-de-açúcar

Um dos mais abundantes resíduos da indústria sucroalcooleira, o bagaço de cana-de-açúcar, poderá ter uma destinação nobre graças a uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP).

A equipe, coordenada pelo professor Adalberto Pessoa Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, desenvolveu uma fibra que poderá se tornar um tecido que, com o acréscimo de enzimas e fármacos, tem potencial para ser utilizado como curativo com múltiplas aplicações.

Quitosana

A pesquisa surgiu a partir da iniciativa da professora Silgia Aparecida da Costa. "O objetivo foi aproveitar dois importantes resíduos, o bagaço da cana e a quitosana, substância extraída da carapaça de crustáceos e que tem propriedades farmacológicas", disse ela.

A quitosana é obtida a partir da quitina, um polissacarídeo formador do esqueleto externo de crustáceos como siris e caranguejos, e tem propriedades fungicida, bactericida, cicatrizante e antialérgica.

O trabalho uniu as áreas farmacêutica e de engenharia de tecidos e depositou patente do processo de fabricação da fibra com potenciais farmacêuticos.

Fibra de cana-de-açúcar

O primeiro desafio foi extrair a fibra da cana-de-açúcar, trabalho feito por Sirlene Maria da Costa. Durante seu doutorado, Sirlene havia desenvolvido um papel corrugado, utilizado no interior de embalagens de papelão, feito da celulose do bagaço da cana.

"Por ter uma fibra curta, nosso maior receio era que a cana produzisse uma fibra de má qualidade para a fabricação de tecidos", disse Sirlene.

No entanto, em testes efetuados no Laboratório de Têxteis e Confecções do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o tecido derivado do bagaço apresentou um grau de polimerização quatro vezes maior que o da viscose, o que significa maior resistência.

Roupas doces

Os bons resultados da fibra extraída do bagaço tornaram desnecessária a sua mistura com outros tipos de celulose, uma alternativa que os pesquisadores previam caso a qualidade do material oriundo da cana não correspondesse aos padrões exigidos.

A fibra obtida pela equipe da USP ainda conta com características que a tornam adequada para a confecção de roupas. "Ela é agradável ao toque e bastante confortável, sendo um tipo de liocel", disse a professora Silgia referindo-se ao nome comercial da fibra oriunda da polpa da madeira.

Curativo de cana-de-açúcar

Para ser utilizada como curativo foi preciso analisar se não haviam vestígios dos reagentes utilizados no processo de obtenção da celulose. "Constatamos que 99% do reagente é recuperado após o processo, portanto a fibra não agride a saúde", afirmou.

Obtida a fibra, o passo seguinte foi agregar enzimas e fármacos. Além da quitosana, a professora Silgia realizou ensaios para imobilizar quatro outras substâncias às fibras de cana: os fármacos comerciais anfotericina B e sulfadiazina e as enzimas bromelina e lisozima, a primeira obtida do talo do abacaxi e a segunda da clara de ovo.

A equipe foi bem-sucedida também nessa etapa e os testes realizados posteriormente em células mostraram que o tecido curativo da cana não apresentava efeitos tóxicos.

"O produto se mostrou tecnicamente viável. A avaliação econômica caberá à iniciativa privada, caso alguma empresa se interesse em licenciar o processo", disse Pessoa, que considera o material útil para tratamento de queimaduras, por exemplo.

Curativos bucais e roupas repelentes

Um grupo de pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP entrou em contato com Pessoa a fim de desenvolver um curativo em parceria para ser utilizado na mucosa bucal.

"O local é de difícil aderência, por isso, vamos testar a fibra para verificar se ela adere no interior da boca", explicou o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

A professora Silgia, por sua vez, pretende agora iniciar uma pesquisa para incorporar citronela a tecidos de algodão. A substância extraída do capim-limão é eficiente para repelir insetos. "Roupas com citronela seriam úteis para afastar insetos como o mosquito da dengue", destacou.

O grande desafio do trabalho, segundo ela, é fazer com que a substância permaneça na roupa mesmo após sucessivas lavagens e que não seja absorvida pela pele.

Doença poderá ser detectada antes que os sintomas apareçam

Esqueça tudo o que você sabe sobre o diagnóstico de doenças, que há séculos segue a sequência doença-sintomas-consulta-diagnóstico-tratamento.

Uma nova pesquisa, que será publicada no exemplar de Maio da revista científica The FASEB Journal, detalha uma nova ferramenta inovadora que detecta sinais das doenças muito antes que os sintomas apareçam.

Reversão das doenças

A técnica revolucionária, não-invasiva, detecta sinais de doenças oculares nos seus estágios moleculares iniciais, quando seus efeitos no organismo ainda não são suficientes para gerar os sintomas.

Melhor ainda, esta nova ferramenta médica promete detectar algumas doenças dos olhos tão precocemente que haverá tempo para que elas sejam revertidas antes que possam causam quaisquer danos permanentes.

No futuro, a nova técnica poderá ser estendida a outras áreas do corpo e também poderá ajudar os médicos a avaliarem de uma forma mais precisa a eficácia dos tratamentos adotados.

Microesferas fluorescentes

Para fazer tal descoberta tão promissora, Ali Hafezi-Moghadam e seus colegas da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, combinaram microesferas fluorescentes - usadas como contraste para fazer imagens do interior do corpo - com moléculas encontradas na superfície das células do sistema imunológico.

Essas moléculas são acionadas no início do processo inflamatório.

Os cientistas pegaram esse composto de microesferas e moléculas e combinaram-no novamente com sondas de imageamento especialmente projetadas por eles.

Resposta imunológica

A seguir eles usaram as sondas simples e as duplamente combinadas para localizar biomarcadores endoteliais nos olhos de animais de laboratório, porque os olhos têm uma capacidade única de capturar os compostos de imageamento guiados por luz.

Os resultados mostraram uma sensibilidade imensamente superior das sondas duplamente conjugadas, que possibilitaram a detecção de moléculas expressas em níveis muito baixos e que ocorrem em muitas doenças oculares.

As sondas de imageamento também detectaram células do sistema imunológico que haviam sido ativadas, revelando informações quantitativas sem precedentes sobre a resposta imunológica à doença.

Medicina do futuro

"O conhecimento quantitativo das alterações na dinâmica molecular na saúde e na doença não apenas avançará nosso entendimento, mas também irá mudar a forma como a medicina será praticada no futuro," diz Ali Hafezi-Moghadam, da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

"Esta ferramenta vira o jogo: ela detecta doenças que causam inflamações nos olhos em nível molecular antes que qualquer dano ocorra," comentou o Dr. Gerald Weissmann, editor da revista científica que irá publicar o estudo.

"Quando você tem os sintomas, pode ser muito tarde. Então, os médicos ficam frequentemente limitados ao controle dos danos. Agora no olho, e mais tarde em outras áreas do corpo, a detecção de alterações moleculares pelas microesferas fluorescentes irá salvar vidas," conclui ele.

Descoberto um animal capaz de sintetizar caroteno

Carotenos são pigmentos orgânicos encontrados em plantas e em alguns microrganismos, como algas e fungos.

Os carotenos são essenciais para a vida e, como nenhum animal pode sintetizá-los, eles devem ser ingeridos na dieta... Certo? Bom, isso era o que os cientistas diziam até agora.

Mas os livros texto já podem começar a ser reescritos.

Transferência genética

Dois pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram que o pulgão-de-ervilha (Acyrthosiphon pisum) é capaz de produzir seu próprio caroteno. A descoberta está descrita na edição atual da revista Science.

Segundo eles, os afídios (insetos pequenos que se alimentam da seiva das plantas) aparentemente adquiriram tal habilidade por causa de uma rara transferência genética com fungos, há muito tempo em sua história evolutiva.

Beta-caroteno

Os outros animais precisam ingerir carotenoides (moléculas relacionadas ao caroteno), que são vitais para uma série de funções do organismo (importantes para a visão e os ossos, por exemplo), bem como para a pigmentação.

O beta-caroteno, pigmento que faz com que as cenouras sejam laranja, é o componente básico da vitamina A.

Nancy Moran e Tyler Jarvik decidiram investigar por que o pulgão-de-ervilha tem coloração vermelha ou verde, sendo que o primeiro tipo é devorado por joaninhas e o segundo, por vespas. Para o estudo, os cientistas vasculharam o genoma dos afídios, sequenciado recentemente.

A surpresa foi descobrir que o próprio genoma contém múltiplas enzimas para a produção de carotenoides e que são esses compostos biossintéticos os responsáveis pela diferença na cor do inseto, e não a dieta ou a predação por inimigos naturais.

Raridades da vida

Até hoje não se tinha notícia de animais capazes de produzir esses importantes antioxidantes, que os cientistas estimavam derivar apenas de alimentos ingeridos.

"Talvez esse seja apenas um caso raro e extraordinário. Mas em estudos genômicos, um caso inicial geralmente se mostra como apenas um exemplo de algo muito maior," disse Nancy.

Cientista brasileira descobre como a malária causa infecção pulmonar

As lesões respiratórias agudas estão entre os vários problemas de saúde causados pela malária.

Esse comprometimento pulmonar atinge, com frequência, crianças de até 3 anos de idade e mulheres grávidas e pode gerar um quadro de insuficiência respiratória que leva à morte.

Os mecanismos que desencadeiam essas lesões, no entanto, eram até agora desconhecidos.

Malária afeta o pulmão

Uma nova pesquisa desvendou um dos mecanismos fundamentais para o desenvolvimento da síndrome respiratória aguda associada à malária. Os resultados do estudo serão publicados na edição de 20 de maio da revista PLoS Pathogens.

De acordo com a autora principal do estudo, Sabrina Epiphanio - professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Diadema (SP) -, o tema começou a ser estudado durante seu pós-doutorado, realizado entre 2003 e 2008 no Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e no Instituto Gulbenkian de Ciência, ambos em Portugal e foi finalizado no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP).

Síndrome respiratória

De volta ao Brasil, Sabrina, que atualmente é professora do Departamento de Ciências Biológicas da Unifesp, retomou o trabalho que deu origem ao artigo e à sua linha de pesquisa atual, que trata da identificação e caracterização da síndrome respiratória associada à malária em modelos animais.

"Muitos relatos de casos envolvendo malária pulmonar têm sido descritos na região amazônica, além de em regiões africanas e asiáticas. Pela primeira vez conseguimos desvendar um importante mecanismo envolvido na injúria respiratória aguda associada à doença", disse ela.

"A síndrome respiratória não é muito frequente, mas quando ocorre muitas vezes leva à morte. Além de acometer muitas crianças e mulheres grávidas, o problema também atinge amplamente os pacientes logo após o tratamento antimalárico. Ainda não sabemos por que isso ocorre", explicou.

Malária na gravidez

Segundo Sabrina, além de descobrir que um importante mediador inflamatório conhecido como VEGF está diretamente envolvido no desenvolvimento das lesões pulmonares, o trabalho propõe um novo modelo para futuros estudos das afecções respiratórias associadas à malária.

"Começamos trabalhando com outro enfoque, testando parasitas da malária em diferentes linhagens de camundongo. Mas observamos que determinada linhagem desenvolvia a síndrome respiratória aguda. Isso nos motivou a começar os estudos, já que não havia um modelo animal definido para isso. Desenvolvemos o modelo e começamos a montar um verdadeiro quebra-cabeça para descobrir os mecanismos que desencadeiam a síndrome", disse Sabrina.

Alguns dos experimentos mais importantes envolvidos no trabalho, de acordo com Sabrina, foram desenvolvidos em parceria com Claudio Marinho, professor do Departamento de Parasitologia do ICB-USP, que estuda os mecanismos imunopatológicos envolvidos na malária durante a gravidez.

Monóxido de carbono

O VEGF (sigla em inglês para fator de crescimento endotelial vascular) é uma molécula responsável pelo aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos. Os pesquisadores observaram que sua presença promovia o aumento da permeabilidade vascular no pulmão, gerando edemas e hemorragias característicos de uma injúria pulmonar aguda.

"Utilizamos várias técnicas para desvendar os mecanismos. Observamos, por exemplo, que havia aumento do VEGF no soro dos animais que desenvolviam a síndrome respiratória. Depois utilizamos adenovírus que bloqueavam os receptores solúveis de VEGF e observamos que, com isso, o mediador inflamatório voltava aos níveis basais e o animal não desenvolvia o problema pulmonar", explicou.

Os cientistas utilizaram também o monóxido de carbono - que é uma molécula anti-inflamatória - para tratar os animais, conseguindo uma reversão do processo de injúria respiratória aguda. "O monóxido de carbono tem uma potente ação anti-inflamatória, antiapoptótica e antiproliferativa. Com ele, revertemos o quadro clínico dos animais, que não chegaram a desenvolver a síndrome", disse Sabrina.

Modelo animal eficiente

Depois de desvendar o mecanismo crucial para o desenvolvimento da lesão respiratória associada à malária, os cientistas agora querem entender melhor a síndrome em relação a outros fatores inflamatórios.

"O principal objetivo é avançar nos estudos com esse modelo que desenvolvemos e também gerar outros modelos, de forma a compreender cada passo do processo", afirmou.

Segundo Sabrina, na década de 1970 havia sido proposto um modelo animal com outra linhagem de camundongos, mas sua eficiência foi criticada e sua aplicação não evoluiu. "Consideramos que conseguimos desenvolver o primeiro modelo realmente eficiente", disse.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Google amplia conjunto de ferramentas para web sites

Em uma nova investida do Google, a empresa tenta impulsionar ainda mais sua atuação na área de desenvolvimento de sites com o lançamento de quatro Web Elements, que visam a integração de seus produtos com os portais da internet.

Lançado na última sexta-feira, os novos recursos incluem o Sidewiki, o Checkout, o Wave e o Virtual Keyboard.

Em uma declaração em seu blog, Jeff Scudder e Adam Feldman, da equipe de desenvolvimento da empresa, afirmam que o “Google Web Elements é ótimo para pessoas que não têm muito tempo disponível ou experiência. No entanto, mesmo para desenvolvedores avançados o Web Elements é um bom ponto de partida, já que se apoia em uma base de APIs que oferece maior controle sobre o conteúdo e a aparência”.

No mesmo post, as ferramentas são descritas uma a uma:

Google Sidewiki
O Google Sidewiki auxilia os visitantes de seu site a compartilhar informações entre eles. Diferentemente dos já tradicionais comentários, todos os registros no Sidewiki são ranqueados por utilidade, o que faz com que os melhores sejam mostrados antes.

Google Checkout
Esta ferramenta permite a elaboração de uma loja virtual com o Google Spreadsheet. Usuários podem colocar a loja em funcionamento em menos de cinco minutos. Uma vez que você tenha uma conta no Google Checkout, basta adicionar no Spreadsheet os detalhes de cada item que está à venda, seguir as instruções que serão passadas e copiar e colar o código no site.

A ferramenta é compatível com o Blogger, o Google Sites, o iGoogle e sites pessoais que podem ter sua HTML alterada, e não requer nenhum tipo de habilidade de programação.

Google Wave Element
O terceiro recurso, o Google Wave Element, possibilita aos desenvolvedores a inserção no site de um wave ou um espaço de trabalho compartilhado. Segundo Jeff Scudder e Adam Feldman, “o wave pode ser usado de muitas maneiras, como no incentivo a discussões colaborativas entres os visitantes ou na publicação de conteúdo na página”.

Virtual Keyboard
Por fim, o Virtual Keyboard facilita a inclusão de um teclado virtual no site, algo muito útil para usuários que precisam escrever em seu idioma local a partir de um teclado que não esteja adaptado à sua língua. O comunicado explica o procedimento: “Depois de escolher o layout do teclado, copie e cole o código HTML na página e voilá, um teclado virtual poderá ser utilizado para a inserção de texto no site”.

Antes de tais ferramentas serem lançadas, já haviam sido disponibilizados o Calendar, o News, o Translate e o YouTube News.

Fonte: IDG Now!

Uma biblioteca em um chip, com nanopontos magnéticos

Imagine um livro de 400 páginas. Agora imagine não apenas um, mas 2,5 milhões desses livros. Para ajudar, saiba que o acervo bibliográfico da USP (Universidade de São Paulo), que é um dos maiores do mundo, tem pouco mais de dois milhões de livros - e só uma parcela pequena deles tem 400 páginas.

Agora, cientistas acabam de demonstrar uma tecnologia que permite colocar todas as informações desses nossos imaginados 2,5 milhões de livros de 400 páginas dentro de um único chip - e de um chip que caberia na palma da sua mão.

Nanopontos magnéticos

"Nós criamos nanopontos magnéticos que armazenam um bit de informação cada um, permitindo armazenar um bilhão de páginas de informações em um chip de uma polegada quadrada," explica o Dr. Jay Narayan, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Nanopontos são ímãs incrivelmente pequenos, fabricados com um único cristal extremamente puro, criando sensores magnéticos que podem ser integrados diretamente em um chip de silício.

Esses nanopontos, medindo apenas seis nanômetros de diâmetro cada um, podem ser fabricados de maneira uniforme, com orientação definida.

Níquel, ferro e platina

Como cada nanoponto é um ímã, ele tem polos norte e sul. Esses polos podem ser invertidos com a aplicação de um campo magnético externo, permitindo a gravação de dados binários, exatamente como nos discos rígidos - só que ocupando uma área muito menor, elevando drasticamente a densidade de dados por área.

A equipe do Dr. Narayan demonstrou a viabilidade da fabricação dos nanopontos e a confiabilidade dos dados magnéticos armazenados neles.

A pesquisa demonstrou a possibilidade de fabricação dos nanopontos magnéticos a partir de cristais de níquel, níquel-platina e ferro-platina, crescidos na forma de um filme fino por uma técnica chamada deposição a laser pulsado.

Leitura do chip-biblioteca

Mas, como se trata de uma forma de armazenamento totalmente nova, as "cabeças de leitura" ainda não estão prontas. Este é o próximo passo da pesquisa.

Os cientistas afirmam que a tecnologia de leitura a laser parece ser a mais promissora para permitir a interação efetiva com os nanopontos de forma a ler seus dados com precisão.

Nanopontos

Existem vários tipos de nanopontos, que estão sendo estudados com várias finalidades. A aplicação de cada um depende de sua composição.

Os nanopontos magnéticos têm grande potencial para uso no armazenamento digital de dados, como agora demonstrado pela equipe do Dr. Narayan, garantindo uma densidade de dados que poderá viabilizar o que ele chama de "biblioteca em um chip."

Pesquisadores coreanos estão utilizando nanopontos de ouro para otimizar o rendimento de células solares.

Os nanopontos de ouro também estão sendo pesquisados para uso em pesquisas biomédicas. Ao contrário dos pontos quânticos semicondutores, eles são solúveis em água, podendo ser úteis para o rastreamento de células in vivo.