terça-feira, 27 de abril de 2010

IRPF: Simulador ajuda o contribuinte a fazer a declaração correta

Há poucos dias do prazo final para a entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2010 (Ano-Base 2009) o contribuinte pode ganhar uma mãozinha de serviços online como o DeclareCerto.com.br. O sistema que estreou no início de abril oferece simulações gratuitas e pagas mostrando opções para que o usuário saiba qual a melhor forma de declarar seu imposto.


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Declaração Simples ou Completa? Conjunta ou separada? Estas são algumas das dúvidas tratadas pelo sistema em 17 ícones relacionados à declaração do IR, como ‘carteira assinada’, ‘autônomo’, ‘rendimento no exterior’ etc.. Ao final do questionário, um contribuinte casado com filhos, por exemplo, pode encontrar mais de dez formas diferentes de declarar seu imposto com variações entre o titular e os dependentes.


A diferença do Declare Certo é ser orientado ao usuário, o que muitas vezes não ocorre no site da Receita Federal, afirma a engenheira e mstre em Administração de Empresas, Mariana Spinelli, que integra o grupo de quatro sócios do projeto iniciado em novembro de 2009.


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O serviço é inspirado no TurboTax, que integra as informações preenchidas online ao sistema de declaração dos Estados Unidos. Por aqui, o Declare Certo desenvolve uma ferramenta capaz de importar os dados preenchidos no site diretamente para o software da Receita Federal. Mas ao contrário do sistema norte-americano, o serviço brasileiro não tem acesso aos dados ou à identidade do contribuinte, ressalta Mariana.


O simulador tem uma versão gratuita que é mais indicada a tirar dúvidas e para quem faz a declaração sem dependentes. O canal mais completo tem um custo único de 14,95 reais por declaração – o valor é pago eletronicamente pelo sistema MoIP, do grupo IdeiasNet.


Após a entrega do IRPF 2010, o Declare Certo não perde a validade. “Um dos serviços que queremos prover é um simulador retroativo para que o contribuinte verifique se fez a declaração mais correta nos últimos cinco anos, podendo retificar caso tenha perdido alguma oportunidade”, afirma a sócia do projeto. Outra ideia é auxiliar quem caiu na ‘malha fina’. “Muita gente tem dificuldade de fazer contato mesmo pelo site da Receita”.


O Declare Certo também conta com um blog e um canal no Twitter que trata das dúvidas mais frequentes dos contribuintes. “Muita gente não entende nem porque recebe restituição”, alerta a engenheira.


Além de eliminar alguns ‘mitos do Imposto de Renda’, o objetivo do serviço é ajudar o cidadão a antever sua declaração. Neste sentido, o Declare Certo também busca um parceiro na área de software de gestão financeira para que o internauta preencha sua declaração conforme registra suas despesas, ao longo do ano. “O IR não acontece somente entre março e abril. Se o contribuinte se planejar vai ter um ganho maior no final”, conclui Mariana.


Fonte: IDG Now!

Toda a poesia de Vinicius de Moraes para livre acesso na Internet

Já está disponível no site da Biblioteca Brasiliana USP (www.brasiliana.usp.br) o acervo completo de poemas de Vinicius de Moraes. A publicação foi autorizada pela VM Empreendimentos Artísticos e Culturais, que detém os direitos sobre a obra do autor.

O site reúne 15 livros do poeta, doados ao projeto pelo bibliófilo José Mindlin. Entre eles destacam-se "O caminho para a distância" (1933), primeiro livro publicado; a primeira edição de "Orfeu da Conceição" (1956), peça em três atos premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário de São Paulo; e o "Livro de sonetos" (1957), uma das mais populares publicações do poeta.

Pela Lei de Direitos Autorais em vigor na época do falecimento de Vinicius de Moraes, esses poemas só entrariam em domínio público 60 anos após sua morte, ou depois da morte do último herdeiro direto, ou seja, apenas em 2040.

A morte de Vinicius completa 30 anos em 2010.

Fonte: IDG Now!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Bioeletricidade: energia é captada diretamente das plantas

Recentemente, cientistas franceses construíram uma biocélula capaz de aproveitar um composto intermediário da fotossíntese das plantas para gerar eletricidade.

Agora, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foram além, e capturaram a eletricidade diretamente das plantas, sem a necessidade de uma biocélula.

Bioeletricidade

A fonte da energia usada pelos pesquisadores de Stanford também é a fotossíntese.

Mas, em vez de hackearem as folhas das plantas, eles literalmente plugaram um fio nas células de algas marinhas responsáveis pela fotossíntese e capturaram diretamente o fluxo de elétrons que elas produzem.

"Nós acreditamos sermos os primeiros a extrair elétrons de células de plantas vivas," diz o Dr. WonHyoung Ryu, coordenador da pesquisa, destacando que o experimento pode ser o primeiro passo rumo à geração de bioeletricidade de alta eficiência.

Roubando elétrons

Ryu e seus colegas desenvolveram um nanoeletrodo ultra fino, feito de ouro, inicialmente projetado para sondar células vivas individuais.

Eles inseriram cuidadosamente os eletrodos através das membranas das células de algas. As células "abraçaram" os eletrodos, selando a membrana ao seu redor, o que as permite manterem-se vivas por algum tempo.

Os eletrodos coletam os elétrons no interior das células fotossintetizadoras e os transmitem para o exterior, criando uma pequena corrente elétrica.

"Nós continuamos nos estágios científicos da pesquisa," alerta Ryu. "Nós estamos lidando com células individuais para provar que podemos colher os elétrons."

Cloroplastos

As plantas usam a fotossíntese para converter a energia da luz em energia química, que é armazenada nos açúcares que elas utilizam como alimento.

Esse processo acontece nos cloroplastos, verdadeiras usinas de força das células, onde são produzidos os açúcares e que são também os responsáveis pela cor verde das folhas e das algas.

Nos cloroplastos, a água é quebrada em oxigênio, prótons e elétrons. A luz do Sol penetra no interior do cloroplasto e excita os elétrons para um nível de energia mais alto, o que faz com que ele seja prontamente capturado por uma proteína.

Os elétrons passam por uma série de proteínas, que sucessivamente capturam mais e mais de sua energia para sintetizar os açúcares - até que toda a energia dos elétrons seja gasta.

Geração de energia sem liberação de carbono

Neste experimento, os cientistas interceptaram os elétrons assim que eles foram excitados pela luz, quando estavam em seu nível mais alto de energia.

O resultado, destacam eles, é uma produção de eletricidade que não libera carbono na atmosfera. O único subproduto da fotossíntese são os prótons e o oxigênio.

"Esta é potencialmente uma das fontes de energia mais limpas para a geração de eletricidade. Mas a questão é, será ela economicamente viável," pergunta-se Ryu.

Nanoenergia

Cada célula de alga produz 1 picoampere - uma quantidade de energia tão pequena que seria necessário plugar eletrodos em 1 trilhão de células fotossintetizadoras para gerar a energia disponível em uma pilha AA.

Ainda assim, a eficiência na conversão da energia luminosa em eletricidade atinge 20% - equivalente à das células solares fotovoltaicas. Mas os cientistas afirmam que, teoricamente, deve ser possível se aproximar dos 100% de eficiência.

O problema mais sério, contudo, é que as células morrem depois de uma hora. Os cientistas ainda não sabem se elas morrem por causa de vazamentos na membrana celular ao redor do eletrodo ou se é porque elas estão perdendo a energia que seria necessária aos seus processos vitais.

O próximo passo da pesquisa é aprimorar os eletrodos para que a célula possa viver mais tempo. Eletrodos maiores deverão conseguir capturar mais eletrodos. E cloroplastos maiores podem capturar mais energia por área.

Sonda dada como perdida está de volta com amostra de asteroide

A sonda espacial japonesa Hayabusa, que se acreditava perdida, não apenas deu sinal de vida, como também deverá retornar à Terra no próximo dia 13 de Junho.

A Hayabusa foi a primeira sonda a ser enviada para pousar em um asteroide, coletar amostras e trazer essas amostras de volta à Terra.

Pouso no asteroide

Quando a sonda tocou o asteroide Itokawa, em Novembro de 2005, seu sistema de controle de altitude falhou e seus instrumentos relataram um vazamento de combustível.

Os problemas e as falhas de comunicação levaram a Agência Espacial Japonesa, a JAXA, a levantar dúvidas sobre se a sonda seria capaz de retornar à Terra.

Agora, em um comunicado que causou surpresa, a JAXA afirmou que a cápsula de retorno da Hayabusa cairá em um ponto remoto da Austrália no próximo dia 13 de Junho.

Marcas históricas

Devido aos problemas havidos durante o pouso, os cientistas não sabem se a cápsula de retorno está de fato trazendo amostras do asteroide.

De qualquer forma, a Hayabusa já se tornará a primeira nave a retornar à Terra depois de pousar em um outro corpo celeste desde que o homem pousou na Lua, há mais de 40 anos.

Se a cápsula de retorno da Hayabusa contiver amostras, ela segue o caminho do próprio projeto Apollo e da sonda Stardust, que mudou as teorias sobre a formação dos cometas ao trazer amostras da cauda do Wild 2.

Missões de coleta de amostras

A NASA anunciou recentemente detalhes da missão Osiris-Rex, uma sonda robótica que deverá pousar no asteroide 1999 RQ36, coletar amostras e trazê-las de volta à Terra.

Muito mais próxima da realização, contudo, a sonda russa Fobos-Grunt deverá partir em 2011 para pousar na lua Fobos de Marte, coletar amostras e igualmente trazê-las para estudos.

Cientistas começam a ligar os pontos do Mal de Parkinson

Pesquisadores alemães descobriram que três fatores precisam coincidir para que a doença neurodegenerativa conhecida como Mal de Parkinson possa se desenvolver.

Os resultados, publicados na revista PLoS Biology, são um passo importante na compreensão das causas dessa doença debilitante e até hoje sem tratamento eficaz.

Com o envelhecimento da população mundial, torna-se imperativo que os mecanismos das doenças degenerativas, como o Mal de Parkinson, que normalmente se desenvolve entre 45 e 60 anos de idade, sejam descobertos ou, no mínimo, melhor compreendidos.

O que é Mal de Parkinson

O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central (SNC) e afeta mais de 6 milhões de pessoas no mundo todo, com este número apresentando uma tendência de crescimento.

O Mal de Parkinson afeta as habilidades motoras, de fala, controle muscular, movimento e equilíbrio. Os pacientes acometidos pela doença muitas vezes tremem e são incapazes de controlar os movimentos de seus membros.

A variedade de sintomas e condições tem levado os cientistas a concluírem que talvez o Mal de Parkinson não seja uma doença única. Outra pesquisa mostrou que o Mal de Parkinson pode não se originar no cérebro, apenas migrando para lá depois de se desenvolver em outras partes do organismo.

Neurotransmissor

Mas o modelo teórico mais aceito atualmente afirma que o Mal Parkinson se desenvolve como resultado de uma redução na atividade do neurotransmissor dopamina no cérebro.

Apesar de anos de pesquisa extensiva, no entanto, os cientistas ainda não conseguiram descobrir o que provoca as alterações moleculares que causam essa redução.

Vários avanços têm ocorrido na pesquisa do Mal Parkinson ao longo dos últimos 10 anos, incluindo a identificação de vários genes envolvidos no desenvolvimento da forma hereditária da doença.

Outra pesquisa mostrou que os fatores de crescimento das células nervosas, como o GDNF (fator neurotrófico derivado das células gliais), reduzem o ritmo de destruição das células nervosas na parte do cérebro afetada pelo Parkinson.

Por outro lado, pesquisas recentes com o transplante de células-tronco no cérebro para tratamento do Mal de Parkinson mostraram que as células implantadas acabaram também sendo afetadas pela doença.

Condições para o Mal de Parkinson

O avanço da equipe alemã ocorreu quando eles descobriram que, em modelos animais, a morte celular na substância negra (o mesencéfalo) ocorre quando três fatores particulares estão presentes:

1. um gene da doença com problemas (o gene DJ-1);
2. uma deficiência na resposta ao fator de crescimento, e
3. o envelhecimento do animal.

"Embora já tivéssemos um pressentimento de que isto poderia estar acontecendo, nós não tínhamos nenhuma prova real até agora," disse o Dr. Aron Liviu, do Instituto Max Planck de Neurobiologia, que é primeiro autor do estudo.

Fisiologia versus comportamento

A descoberta é uma espécie de "caminho do meio" entre a tendência majoritária da ciência em explicar a doença por questões estritamente fisiológicas, como os genes, e a avaliação de que fatores ambientais - cultura, modo de vida, personalidade etc. - possam ser importantes indutores de alterações dessa fisiologia.

"A descoberta da conexão entre a resposta a um fator de crescimento e o gene DJ-1 é extremamente interessante," acrescentou o professor Rüdiger Klein, também do Max Planck Institute. "Os fatores ambientais influenciam a oferta de fatores de crescimento e suas interações com fatores genéticos podem ajudar-nos a compreender melhor a doença de Parkinson."

Roupas tecidas com algodão elétrico monitoram a saúde

Em um futuro próximo, quando você for escolher uma camiseta ou outra peça de roupa, ou mesmo roupas de cama, poderá não ser a grife, a cor, ou nem mesmo a estampa, o que lhe fará decidir entre um modelo e outro.

Você poderá estar interessado, por exemplo, em uma camiseta de algodão que possa monitorar seus batimentos cardíacos, sua frequência respiratória e sua pressão arterial. Ou talvez analisar as toxinas liberadas pelo seu suor.

Mas haverá opções. Como roupas que coletam a luz solar ou geram energia a partir do movimento do seu corpo para recarregar seu celular ou seu iPod. Que tal então uma fronha que monitore suas ondas cerebrais? Ou um lençol que o aqueça ou refrigere de acordo com a temperatura ambiente?

Algodão elétrico

Estas possibilidades ainda estão no futuro, mas um futuro cada vez mais próximo, graças ao trabalho da equipe do professor Juan Hinestroza, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.

Hinestroza e seus colegas já haviam recoberto fibras sintéticas com nanopartículas, criando tecidos funcionais que podem ser utilizados para fabricar uma roupa antibacteriana que protege contra gripes, resfriados e até poluição.

Agora eles adotaram um enfoque mais naturalista, e decidiram trabalhar com fios de algodão.

O resultado são fibras naturais de algodão capazes de conduzir eletricidade tão bem quanto fios de metal da mesma espessura, sem perder a flexibilidade e a leveza que dão o conforto das roupas de algodão.

Roupa que gera energia

Segundo os pesquisadores, a tecnologia funciona tão bem que simples nós são capazes de completar um circuito elétrico funcional. Para demonstrar isto, eles produziram uma roupa de algodão feita com as fibras funcionalizadas que captura energia solar e a fornece a um dispositivo qualquer, como um recarregador de celular, por exemplo.

A roupa que gera energia será apresentada ao público pela primeira vez no próximo final de semana (13/03), durante o Cornell Design League Fashion Show, um evento promovido pela própria universidade.

Fios de algodão com nanopartículas

A tecnologia para transformar as fibras de algodão em fios elétricos consiste no seu revestimento com nanopartículas condutoras de eletricidade.

"Nós agora podemos ter seções de um tecido de algodão fabricado por técnicas convencionais que sejam condutoras, abrindo um leque impensável de aplicações," diz Hinestroza, que chegou aos resultados por meio de uma colaboração com colegas das universidades de Bologna e Cagliari, na Itália.

Segundo o pesquisador, o tecido feito com as novas fibras de algodão, além de conduzir eletricidade, mantém sua flexibilidade, sua leveza e é igualmente confortável.

"Tecnologias anteriores já obtiveram a condutividade [em tecidos] mas as fibras resultantes tornam-se rígidas e pesadas. Nossa nova técnica deixa nossos fios totalmente adequados para o processamento normal dos tecidos, com a tecelagem, a costura ou até o bordado," diz o pesquisador.

Roupas inteligentes

Para demonstrar que a tecnologia já superou a fase da teoria, Abbey Liebman, pesquisadora do laboratório de Hinestroza, projetou uma camiseta que utiliza células solares flexíveis que geram eletricidade, disponibilizando-a em um recarregador USB fixado na cintura da roupa.

A energia gerada é suficiente para alimentar um telefone celular ou um tocador de MP3. E não há fios metálicos conectando as células solares e nem ligando-as ao recarregador USB - somente fios de algodão desenvolvidos com a nova técnica.

"Em vez de fios convencionais, nós estamos usando nosso algodão condutor para transmitir a eletricidade, de forma que nossos fios condutores se tornam parte da roupa," conclui Hinestroza.

EUA lançam nave espacial militar não-tripulada

O protótipo de uma espaçonave desenvolvida pela Força Aérea norte-americana foi colocado em órbita nesta quinta-feira.

O X-37B, que parece um ônibus espacial em tamanho reduzido, e sem tripulação, foi lançado do Cabo Canaveral, no Estado americano da Flórida.

Nave espacial autônoma

Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de envergadura, a nave reutilizável tem cerca de um quarto do tamanho dos ônibus espaciais.

O veículo militar não tem piloto e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial norte-americano. A antiga União Soviética já realizou manobras assim como o seu ônibus espacial Buran, que também não tinha tripulação.

E enquanto os ônibus espaciais usam um sistema elétrico baseado em células a combustível, a nova nave militar é alimentada por um painel solar, que se estende quando o veículo está em órbita, e baterias de íons de lítio.

Teste de tecnologias

Os objetivos precisos e os custos do programa são secretos, mas os primeiros voos permitirão que os militares avaliem o desempenho da nave e se certifiquem de que os componentes e sistemas funcionam adequadamente.

A Força Aérea (USAF) afirma que o veículo será usado para testar sistemas avançados de orientação, navegação e controle, sistemas de proteção térmica, aviônica e estruturas e selos de alta temperatura.

"A prioridade principal deste primeiro voo é avaliar o próprio veículo", disse Gary Payton, vice-secretário da Força Aérea norte-americana para programas espaciais. "Conseguir colocá-lo em órbita, abrir as portas do compartimento de carga, estender os painéis solares, aprender sobre o controle de altitude em órbita e trazê-lo de volta."

O X-37B foi lançado verticalmente a bordo de um foguete Atlas V.

Voo autônomo

O Pentágono não especificou a duração da missão, mas o X-37B foi projetado para permanecer em órbita por até 270 dias: "Com toda honestidade, não sabemos ao certo quando ele vai voltar. Depende do progresso que fizermos com os experimentos em órbita, as demonstrações em órbita," disse Payton.

Quando a missão for concluída, um comando será enviado a partir da central de controle para que a nave de cinco toneladas acione seu motor traseiro e comece a reentrada na atmosfera.

Ela então navegará de forma autônoma até pousar na pista de 4,5 quilômetros da base aérea de Vandenberg, na Califórnia.

Cópia já encomendada

O X-37B nasceu em 1999 como um programa da agência espacial, mas a Nasa entregou o projeto ao Pentágono em setembro de 2004.

Com isto, a Força Aérea pode falar abertamente sobre o projeto da nave espacial militar, mas os seus objetivos continuam secretos.

A USAF já solicitou à Boeing, que fabricou o veículo, a construção de uma segunda nave experimental, que deverá estar pronta para o lançamento em 2011.

Militarização do espaço

Especulações sobre os objetivos da nave levaram a acusações de que o projeto seria mais um passo para a militarização do espaço.

"Não sei como isso poderia ser chamado de militarização do espaço. É apenas uma versão atualizada do tipo de atividades que os ônibus espaciais fazem no espaço. Nós, a Força Aérea, temos um conjunto de missões militares no espaço e esse novo veículo poderia potencialmente nos ajudar a realizar melhor essas missões", disse Payton.

A Dra. Joan Johnson-Freese, do Colégio de Guerra Naval, disse que a nave poderia ser potencialmente utilizada foi como uma espécie de satélite manobrável.

Ela disse que os satélites convencionais são vulneráveis a sistemas de mísseis porque eles seguem rotas previsíveis em órbita, e são relativamente fáceis de detectar. O X-37B pode iludir as tentativas de derrubá-lo com armas anti-satélite.

Fonte: BBC