segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Banda larga: o que você precisa saber na hora de escolher um plano

O número de conexões à internet em banda larga no Brasil continua crescendo, de acordo com estimativas do Barômetro Cisco, estudo que mensura o uso do acesso rápido no País e na América Latina. Segundo projeções da pesquisa, o País deve ter fechado 2008 com cerca de 15 milhões de assinantes de serviços de banda larga - fixa ou móvel.

Ao mesmo tempo em que cresce a quantidade de usuários, cresce também a oferta de serviços, o que aumenta a confusão na cabeça dos usuários. Afinal, entre tantas ofertas, como saber qual plano de banda larga contratar sem ficar frustrado com a velocidade ou então pagar demais por um serviço que não é usado em sua totalidade?

Infelizmente - e provavelmente você já desconfiava disso - não existe uma resposta pronta. Cada caso é diferente e você deve levar em conta quais planos estão disponíveis para a sua residência - se é que existem opções de planos de banda larga. “Infelizmente, 90% das pessoas não têm escolha. Ou é uma ou é nenhuma”, afirma Horácio Belfort, presidente e fundador da Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar).

Se você tiver mais sorte e houver mais de um plano em sua cidade (ou bairro), vale a pena seguir algumas dicas. “Prefira a conexão via cabo, que costuma ter uma qualidade melhor que a ADSL”, explica Belfort. “Por último, procure a banda larga 3G”, diz. O motivo é a velocidade e a estabilidade do serviço sem fio, que, por ora, não é tão bom quanto o das redes fixas.

Belfort destaca que, em algumas cidades, há também “opções exóticas”, como o rádio e o acesso à internet via satélite. São alternativas para lugares mais remotos e sem boa infraestrutura de telefonia.

Qual velocidade?
Depois de escolher o tipo de acesso, o passo seguinte é definir qual velocidade contratar. Via de regra, Belfort explica que internautas preocupados apenas em navegar na web e ler e-mails podem escolher planos mais “lentos” - e também mais em conta. Já usuários “avançados” devem procurar planos de banda larga mais rápidos, para baixar músicas e vídeos sem ficarem frustrados com uma eventual lentidão.

Atualmente, as opções de banda larga no País vão desde 150 kilobits por segundo (Kbps) - o mínimo para surfar pela web e ver e-mails - até planos de 16 megabits por segundo (Mbps), suficientes para baixar uma música no formato mp3 em poucos segundo ou uma hora de vídeo em menos de 10 minutos. Em São Paulo, há velocidades ainda mais altas, que podem chegar até 60 Mbps, disponíveis para assinantes dos pacotes mais completos de TV a cabo digital.

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Cuidados
Antes de assinar um serviço de banda larga assinar, o presidente da Abusar explica que os usuários devem tomar alguns cuidados que podem evitar dores-de-cabeça no futuro. “Primeiro, entre no site da operadora e imprima o contrato de todos os dados do plano no momento em que você o contratou”, diz Belfort.

Na opinião de Belfort, os planos mais rápidos podem ser um desperdício de dinheiro. “Quando é que o assinante vai usar uma conexão de 30 megabits por segundo?”, questiona. Ele lembra que, muitas vezes, as operadoras usam o modelo de franquia de dados e limitam a quantidade de downloads e uploads que o assinante pode fazer mensalmente. Por exemplo, no período de um mês, o usuário pode transmitir até 50 GB de dados. Ao passar disso, ele pode ter sua velocidade reduzida ou então pagar para cada megabyte consumido além da franquia como punição.

Ele também recomenda que o assinante se informe sobre a possibilidade de uma empresa fazer traffic shaping - que é um tipo de controle na velocidade dos downloads feitas pelos usuários - e se o uso de aplicativos de compartilhamento de arquivos (peer-to-peer ou P2P) é liberado.

Para encerrar, Belfort explica que muitas vezes os planos das empresas oferecem benefícios em troca da fidelidade do cliente à operadora de banda larga. Por exemplo, a taxa de instalação e o modem podem ser gratuitos, mas só se o assinante continuar com a mesma operadora por um determinado período de tempo. “Isso é importante, porque às vezes existem multas por quebra de contrato.”

Fonte: IDG Now!

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