Uma nova pesquisa demonstrou que o consumo de álcool durante a gravidez pode alterar a integridade microestrutural da substância branca do feto nos lobos frontal e ocipital do cérebro.
Estas anomalias podem ajudar a explicar a disfunções motoras e os défices de processamento visual das crianças associadas com o consumo de álcool pela mãe durante a gravidez.
Os resultados da pesquisa serão publicados no exemplar de Março do periódico Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
Substância branca do cérebro
"A substância branca do cérebro é formada por aglomerados de nervos que transferem informações entre as regiões do cérebro," explica a Dra. Susanna L. Fryer, da Universidade do Estado de San Diego (Estados Unidos).
"Acredita-se que uma integridade ótima da substância branca do cérebro seja essencial para uma cognição eficiente. Desta forma, a descoberta de que a exposição pré-natal ao álcool está associada com alterações na integridade da substância branca pode ajudar a explicar os aspectos cognitivos e problemas comportamentais dos indivíduos com FASDs (desordens relacionadas à exposição fetal ao álcool)," explica Fryer.
Ponta do iceberg
A pesquisa utilizou um nova técnica de ressonância magnética chamada DTI (Diffusion Tensor Imaging), que consegue examinar as conexões nervosas do cérebro de uma forma que não era possível até hoje.
Os pesquisadores afirmam que os problemas cerebrais agora encontrados pela ação da ingestão do álcool durante a gravidez são apenas a ponta do iceberg. À medida que os equipamentos forem ganhando precisão e sensibilidade, segundo eles, será possível avaliar outros pontos do cérebro com maior nível de detalhamento, descobrindo outros tipos de conseqüências danosas ao desenvolvimento do feto.
Fonte: Diário da Saúde
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