sábado, 17 de janeiro de 2009

Queda do Brasil no ranking não significa piora na mortalidade infantil

Depois de receber severas críticas do governo brasileiro, principalmente através do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para Infância) declarou que a queda de posição do Brasil no ranking da mortalidade infantil em crianças com até 5 anos de idade não significa uma piora da taxa de mortalidade infantil no país.

A coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil da Unicef, Cristina Albuquerque, disse que as diversas edições do documento divulgado pela UNICEF sofrem alterações em sua metodologia de cálculo.

Alterações de metodologia

Segundo ela, embora o esforço seja de padronização entre as diversas versões, os documentos anuais não podem ser diretamente comparados. "Não se compara esses relatórios e este aviso está no relatório. Todos os anos eles são reajustados, atualizados e a série histórica muda. Têm diferenças de um ano para o outro que não significam, necessariamente, melhora ou piora", afirmou.

De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2009, o Brasil está na 107º posição em uma lista com 194 paises. A colocação equivale a uma taxa de 22 mortes para cada mil nascidos vivos. No ano passado, o país ocupou a 113º posição, com taxa de 20 mortes para cada mil vivos.

Redução na mortalidade infantil

A coordenadora disse que o Brasil é um dos paises que mais reduziu a taxa de mortalidade entre 1990 e 2007. A queda foi de 62%, considerando que em 1990, a taxa era de 58 mortes para mil nascidos vivos.

"A 107º ou 113º posição no ranking não importa. O Brasil é um dos países com a maior diminuição da taxa e vai atingir a meta do milênio", acrescentou Cristina Albuquerque.

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