quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Saiba como orientar e controlar os hábitos online das crianças

No Brasil, há 2,6 milhões de crianças de 2 a 11 anos de idade acessando a web de casa, número que representava 10,6% do total de internautas residenciais do País em agosto, segundo o Ibope/NetRatings.

A maioria destas crianças se concentra na faixa etária entre 6 e 11 anos de idade - 2,3 milhões do total, diz o Ibope//NetRatings. Neste momento da vida, é provável que a sociabilidade, desenvolvida no ‘mundo real’, seja levada ao mundo virtual.

Entre os 19,7 milhões de usuários de banda larga mensais, 9,5% são crianças e, na linha discada, entre os 4,6 milhões de brasileiros, 17,5% são o público 'mirim'. De acordo com o Ibope//NetRatings, o total de crianças se conectando pela web discada têm crescido significativamente - de 591 mil em maio para 806 mil em agosto.

O analista de mídia do Ibope//NetRatings, José Calazans, conta que a razão da crescente conexão à web pelos usuários de 2 a 11 anos de idade se deve pelo aumento do uso do Orkut e da Wikipedia por crianças, principalmente do sexo feminino. "Um terço das meninas internautas já navega mensalmente na Wikipédia, e 60% delas já passam pelo Orkut", diz.

E como controlar o que as crianças vêem? “Primeiro, é fundamental a orientação dos pais. Eles sabem o que é o Orkut, o YouTube, e que os filhos estão lá? Afinal, se querem saber com quem o filho está saindo, e é a mesma coisa no universo virtual”, expõe a advogada da PPP Advogado, Cristina Sleiman.

Com base nesta conduta, alguns tópicos são importantes de se considerar quando se trata de monitoramento da atividade dos filhos. “O trabalho precisa ser abrangente. É preciso explicar que a senha é pessoal, que não deve ser revelada a amigos e ‘namoradinhas’, nem sob prova de amor ou amizade”, diz Cristina.

Em relação ao uso de comunidades virtuais como o Orkut, Cristina lembra a proibição de seu uso por menores de 18 anos de idade. As crianças de 2 a 11 anos, contudo, representam 8% da audiência total do Orkut no Brasil, segundo o Ibope//NetRatings.

“É falsidade ideológica se cadastrar como usuário que tem esta idade, mas infelizmente hoje não existe fiscalização para tal. O que aconselho é que o pai esteja presente, se for o caso, com seu perfil na rede, vendo se o filho está em comunidades que fazem apologia a crimes, racismo e afins”, diz Cristina.

A advogada conta que já presenciou alguns casos, inclusive de crianças, que criaram comunidades para xingar professores e colegas de classe. “Neste caso, os pais foram condenados em um processo e pagaram por danos morais.”

E, infelizmente, já que é impossível monitorar 100% dos hábitos infantis, uma solução alternativa é apelar para os softwares de monitoramento, que podem ajudar com eficiência na árdua tarefa de acompanhar a velocidade dos multitarefas conectados.

Fonte: IDG Now!

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