terça-feira, 21 de junho de 2011

Lava-louças estão infectadas com fungos patogênicos

Um fungo potencialmente patogênico encontrou um novo lar nas condições extremas de um dos aparelhos domésticos mais comuns atualmente, as lavadoras de louça.

Os pesquisadores descobriram que as lava-louças representam habitats perfeitos para os fungos chamados extremo-tolerantes (extremófilos ou extremofílicos), o que inclui as leveduras negras.

Alguns deles são especialmente perigosos para a saúde humana.

Infecção mundial

Uma característica típica de aparelhos como máquinas de lavar louça, máquinas de lavar e máquinas de café é um ambiente úmido e quente.

No caso das máquinas de lavar louça, altas temperaturas entre 60 º a 80 º C são produzidas de forma intermitente. Além disso, detergentes agressivos e altas concentrações de sal são utilizados em cada ciclo de lavagem.

Os pesquisadores coletaram amostras de fungos potencialmente patogênicos em máquinas de lavar louça de domicílios de 101 cidades em 6 continentes.

62% das máquinas de lavar louça continham fungos na borracha da porta, 56% dos quais incluíam as leveduras poli-extremo-tolerantes Exophiala dermatitidis e E. phaeomuriformis.

Ambas as espécies Exophiala apresentaram tolerância notável ao calor, altas concentrações de sal, detergentes agressivos, e água tanto ácida quanto alcalina.

Esta é uma combinação de propriedades extremas nunca observada anteriormente em fungos.

Fungos e leveduras patogênicos

A Exophiala dermatitidis é raramente encontrada isolada na natureza, mas é frequentemente encontrada como um agente de doença humana, tanto em pessoas debilitadas quanto saudáveis.

Elas são também conhecidas por seu envolvimento na colonização pulmonar de pacientes com fibrose cística e, ocasionalmente, causam infecções fatais em humanos saudáveis.

A invasão de leveduras negras nas residências representa um potencial risco à saúde.

Segundo os cientistas, a descoberta dessa presença generalizada de fungos extremofílicos em alguns dos aparelhos domésticos mais comuns sugere que estes organismos têm passado por um processo evolutivo extraordinário que pode representar um risco significativo para a saúde humana no futuro.

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