Altamente contagioso, o sarampo é propagado por meio das secreções mucosas (como a saliva, por exemplo) de indivíduos doentes para outros não-imunizados.
A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo e alcança uma letalidade entre 5% e 10% nessas populações.
No Brasil, no entanto, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, essa letalidade não chega a 0,5% - segundo dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Recentemente, o Brasil solicitou à Organização Mundial da Saúde o certificado de erradicação do sarampo.
Sintomas do sarampo
O período de incubação do sarampo dura entre oito e 13 dias.
Depois começam a aparecer os principais sintomas, com o aparecimento de pequenas erupções na pele (exantemas) de cor avermelhada, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação, com presença de catarro, das vias respiratórias.
A moléstia torna-se mais grave quando atinge mães em período de amamentação, crianças desnutridas e adultos e a melhor maneira de prevenção continua a ser a vacinação.
Vacina contra sarampo
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marilda Siqueira, recomenda que as famílias levem as crianças para a vacinação contra sarampo.
Segundo a especialista, as campanhas de vacinação periódicas foram fatores determinantes nos esforços para a eliminação da doença no país.
"A primeira grande campanha de vacinação contra o sarampo foi realizada em 1992. A iniciativa imunizou cerca de 42 milhões de crianças e jovens menores de 15 anos de idade, com cobertura vacinal de 95%. Este foi o ponto de partida para a criação do Programa de Controle e Eliminação do Sarampo", ressalta.
"No mesmo ano, houve um compromisso do governo brasileiro em disponibilizar a vacina de maneira homogênea em todo o país. Mais tarde, a tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba, foi introduzida gradativamente em todos os estados. Outras campanhas foram realizadas e hoje podemos afirmar que não existe mais transmissão endêmica de sarampo não só no país, como também nas Américas", afirma.
"Apesar dos outros países latino-americanos estarem também sem a circulação endêmica desse vírus, o Brasil foi o primeiro a preparar a documentação para entregar à Opas", conclui a pesquisadora.
Tríplice viral
A primeira dose da vacina contra o sarampo deve ser administrada a todas as crianças de um ano de idade e uma segunda dose às crianças entre quatro e seis anos.
A tríplice viral também é recomendada às pessoas que viajam para o exterior, profissionais que atuam no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, estudantes e outros que mantenham contato com viajantes internacionais, além dos profissionais da saúde e da educação.
Fonte: Fiocruz
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