segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Carros sem chaves podem ser facilmente hackeados, dizem pesquisadores

Quando a questão é segurança, os sistemas de acionamento da ignição de automóveis sem o emprego de chaves conhecido por PKES (passive keyless entry and start - entrada e acionamento passivos) são frágeis. Pesquisadores da Universidade suíça ETH Zurich descobriram que esses sistemas não oferecem proteção robusta contra tentativas de furto.

Em um ensaio realizado com dez veículos de oito marcas diferentes, os cientistas exibiram – com sucesso – que abrir, ligar e sair dirigindo os carros não era difícil.

As ferramentas usadas para quebrar a segurança dos sistemas foram todos adquiridos em lojas ordinárias e não chegam custar 100 dólares. Um relatório completo dos resultados pode ser acessado nesse link.

Apesar de o tema sobre a insegurança dos sistemas PKES já ter sido alvo de críticas anteriormente, o assunto fora removido das pautas por acharem que, ao serem implementados nos veículos, sua segurança seria maior. “No estudo publicado mostramos que esse não é o caso e que a segurança pode, sim, ser quebrada”, afirmam os cientistas.

Os resultados concretos de tais estudos serão demonstrados esse mês em uma conferência sobre segurança em San Diego, na Califórnia.

Os sistemas examinados em Zurique permitem abrir, trancar e dar partida no automóvel sem uso das chaves. Eles entram em funcionamento quando a pessoa portadora das chaves do veículo está próxima ao carro. Assim que o portador das chaves se afasta, o veículo é trancado de forma automática.

Para dar partida no motor, é necessário que o portador das chaves esteja dentro do veículo, mas, assim como o resto do sistema, o uso das chaves é dispensável.

Como funciona o PKES
Entre o sistema PKES e as chaves do veículo existe uma comunicação mista de freqüências da rádio baixas e altas. A abertura das travas e o acionamento da ignição são conseqüentes da proximidade das chaves com determinadas partes do veículo. Aproximá-las da maçaneta resulta em abertura das portas; se forem colocadas próximas à ignição, dão partida no motor.

Testes
Nos testes, os pesquisadores usaram uma antena direcional adquirida em uma loja comum, para capturar a troca de mensagens em freqüência de rádio entre o veículo e as chaves. As antenas foram capazes de ampliar os sinais, o que dava ao veículo a impressão de proximidade entre os participantes nessa troca de sinais.

O ensaio envolve o emprego de duas antenas. Uma do lado externo do veículo, próxima às maçanetas, serve para receber os sinais emitidos do veículo e enviá-los para um segundo receptor de sinais, localizado a alguma distância. Essa segunda antena ficaria, normalmente, dentro do molho de chaves que devolve as instruções para a abertura das portas.

Uma vez destrancadas as portas e garantido o acesso ao interior do veículo, os pesquisadores trariam a antena para dentro do veículo e pressionaram o pedal de freio ou outro botão no automóvel o que faria o sinal da ignição ser enviado até as chaves,que, por sua vez, respondem com o código que aciona o motor.

Na primeira fase, os pesquisadores ligaram duas antenas usando cabos coaxiais, na segunda, as antenas se comunicavam apenas usando as ondas emitidas (sem fio).

Segundo os pesquisadores, os testes demonstram haver mais que uma simples ameaça potencial. Todo o equipamento usado nos experimentos poderia ser facilmente comprado e instalado em um estacionamento para furtar veículos munidos dessa tecnologia.

Fonte: IDG Now!

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