quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pássaro celeste conta história de estrela que não conseguirá fugir do seu destino

Fosse um pássaro celeste ou uma nave Klingon saindo da camuflagem, o fato é que você nunca seria capaz de ver diretamente este espetáculo, captado pelo telescópio espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer).

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A estrela azul perto do centro da imagem é Zeta Ofiúco. Quando vista em luz visível, ela aparece como uma estrela vermelha relativamente fraca, cercada por outras estrelas fracas - você não verá nenhuma poeira espacial.

No entanto, nesta imagem capturada em infravermelho, descortina-se uma visão completamente diferente.

Zeta Ofiúco é realmente uma estrela azul muito grande, quente, e brilhante, abrindo caminho através de uma grande nuvem de poeira e gás interestelar.

Se não estivesse rodeada de tanta poeira, esta seria uma das estrelas mais brilhantes no céu - uma grande e bela estrela azul.

Divórcio cósmico

Os astrônomos acreditam que esta estrela em disparada foi no passado parte de um sistema estelar binário, com um parceiro ainda mais massivo.

Acredita-se que, quando o parceiro explodiu como uma supernova, arremessando para o espaço a maior parte da sua massa, Zeta Ofiúco foi repentinamente libertada da atração do seu parceiro e decidiu partir para outras plagas a toda velocidade - mais ou menos 24 km por segundo.

Zeta Ofiúco é aproximadamente 20 vezes mais maciça e 65.000 vezes mais luminosa do que o Sol.

Como todas as estrelas com esses extremos de massa e energia, ela se enquadra perfeitamente no ditado "viva rápido, morra jovem" - a estrela já está na metade da sua curta vida, estimada em 8 milhões de anos.

Em comparação, o Sol também está mais ou menos no meio da sua vida - de 10 bilhões de anos.

Enquanto o Sol acabará por se tornar uma anã branca, em uma morte tranquila e dificilmente percebida pela vizinhança cósmica, Zeta Ofiúco terá o mesmo destino do seu ex-parceiro, morrendo violentamente em uma enorme explosão chamada supernova.

As cores usadas na imagem representam determinados comprimentos de onda da luz infravermelha.

Azul e ciano (ou verde-azulado) representam a luz emitida em comprimentos de onda de 3,4 e 4,6 micrômetros, que é predominante nas estrelas. Verde e vermelho representam a luz de 12 e 22 micrômetros, respectivamente, que é emitida principalmente pela poeira interestelar.

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