Mas um físico da Universidade Temple (EUA) descobriu que pode-se diluir o sangue humano submetendo-o a um campo magnético.
O físico Rongjia Tao foi pioneiro no uso de campos elétricos e magnéticos para diminuir a viscosidade do óleo em motores e dutos.
Agora, ele está usando os mesmos campos magnéticos para afinar o sangue humano no sistema circulatório.
Magnetismo no sangue
Como os glóbulos vermelhos contêm ferro, Tao foi capaz de reduzir a viscosidade do sangue de uma pessoa entre 20 e 30 por cento, sujeitando-o a um campo magnético de 1,3 Tesla por cerca de um minuto.
Esse campo magnético tem aproximadamente a mesma intensidade da usada em um exame de ressonância magnética (MRI).
Depois de testarem diversas amostras de sangue em laboratório, os pesquisadores descobriram que o campo magnético polariza as células vermelhas do sangue, fazendo com que elas se liguem a cadeias curtas, melhorando a circulação.
Como essas cadeias são maiores do que as células do sangue individuais, elas fluem para o centro, reduzindo o atrito contra as paredes dos vasos sanguíneos.
Os efeitos combinados reduzem a viscosidade do sangue, ajudando-o a fluir mais livremente.
Viscosidade do sangue
Quando o campo magnético é retirado, a viscosidade inicial do sangue lentamente retorna, mas em um período de várias horas.
A técnica é conhecida como magneto-reológica e, sendo reversível, aponta para uma possibilidade de uso em situações críticas ou na prevenção de ataques cardíacos - os campos magnéticos podem ser reaplicados e a viscosidade reduzida novamente.
"Selecionando uma intensidade do campo magnético e uma duração de pulso adequadas, podemos controlar o tamanho das cadeias agregadas de hemácias, controlando, portanto, a viscosidade do sangue," disse Tao.
Método do campo magnético
Atualmente, o único método para diluir o sangue é através de drogas, como a aspirina. No entanto, essas drogas frequentemente produzem efeitos colaterais indesejados.
Tao afirma que o método do campo magnético não é apenas mais seguro, mas também pode ser aplicado repetidas vezes.
Ele também acrescentou que a redução da viscosidade não afeta a função normal das células vermelhas do sangue.
O pesquisador alerta que mais estudos serão necessários e que ele espera conseguir transformar esta tecnologia em uma terapia para prevenir doenças cardíacas, que seja aceita pelas autoridades de saúde.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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