Pesquisadores construíram um computador molecular, no qual os transistores eletrônicos foram substituídos por moléculas de DNA.
Processador de DNA
Lulu Qian e Erik Winfree, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, usaram mais de 100 fitas de DNA para construir seu circuito bioquímico.
As fitas de DNA foram dispostas em múltiplas camadas, formando "circuitos" digitais que podem executar as operações AND, OR, NOR e outras operações lógicas semelhantes.
O projeto representa mais um passo da chamada computação molecular, que demonstra como circuitos bioquímicos mais sofisticados podem ser construídos em escalas cada vez maiores.
Computador utiliza DNA em lugar de transistores
A grande vantagem do uso de DNA, em relação a outras abordagens de computadores químicos, é que essas moléculas são muito estáveis e bem-conhecidas pelos cientistas, havendo muitos recursos técnicos para manipulá-las.
Integração com a biologia
A expectativa dos cientistas é que as pesquisas se encaminhem para a integração desses circuitos em sistemas biológicos, como uma célula viva, por exemplo, para diagnosticar e tratar doenças.
O processador de DNA agora construído executa operações lógicas por meio da ligação e replicação das sequências de DNA.
Embora pesquisadores japoneses já tenham demonstrado o princípio de um processador molecular capaz de superar os supercomputadores atuais, o circuito de DNA é bastante lento: ao longo de 10 horas, o processador molecular é capaz de calcular uma raiz quadrada de um número não maior do que 15.
O futuro da computação molecular
Quian e Winfree também construíram um "compilador" para o seu processador de DNA, que permite que seus circuitos bioquímicos sejam programados de forma similar à usada nos circuitos lógicos tradicionais.
Computadores moleculares ganham compilador e ficam mais amigáveis
Isto parece ser uma vantagem, embora ainda não esteja claro se o futuro da computação molecular será imitar os computadores eletrônicos, ou se eles tomarão seu próprio caminho - um processador molecular que imita o cérebro humano, por exemplo, opera naturalmente de forma paralela, fazendo cálculos muito mais rapidamente.
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