quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Revisão eleva crescimento dos EUA para 3,3% no segundo trimestre

A economia dos EUA cresceu no segundo trimestre a uma taxa mais forte do que o calculado anteriormente, segundo um relatório do governo americano divulgado nesta quinta-feira (28).

De acordo com a revisão do governo, o Produto Interno Bruto (PIB) teve aumento de 3,3% no período, com gastos de consumo e exportações mais robustas do que o estimado. Inicialmente, a taxa de expansão da economia no período de abril a junho tinha sido informada como 1,9%.

Surpresa positiva

O aumento foi maior do que o esperado pelo mercado. A maior parte dos analistas aguardava que a expansão do PIB fosse revisada para 2,7%. No primeiro trimestre, o PIB americano cresceu apenas 0,9%, após contração de 0,2% nos três últimos meses de 2007.

Os gastos do consumidor, que alimentam dois terços da economia dos EUA, cresceram a uma taxa revisada de 1,7%, em vez de 1,5%.

Índice de preços

O índice de preços dos gastos com consumo nos EUA (PCE, na sigla em inglês) subiu 4,2% no segundo trimestre deste ano, na mesma variação da estimativa preliminar, informou o Departamento de Comércio. No primeiro trimestre de 2008, o índice havia subido 3,6%.

O núcleo do PCE, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, também foi mantido em alta de 2,1% no período entre abril e junho deste ano, acima do avanço de 2,3% entre janeiro e março de 2008.

O índice de preços de compras domésticas brutas, que mede os preços pagos pelos residentes nos EUA, subiu 4,2% no segundo trimestre, também sem revisão, ante alta de 3,5% do trimestre anterior.

Comércio exterior

As exportações do país aumentaram 13,2% em taxa anualizada, e não os 9,2% calculados inicialmente.

Muitos analistas acreditam que as exportações e os gastos do consumidor, que têm ajudado a economia a escapar de uma recessão, vão perder força no segundo semestre com a redução dos recursos oferecidos pelo governo no pacote de estímulo econômico e com a desaceleração global e a alta do dólar, que devem diminuir a demanda estrangeira.

Como evidência de que a crise imobiliária continua a pesar sobre a economia, a construção residencial caiu 15,7% em termos anuais, pouco mais que os 15,6% de baixa registrados anteriormente.

Os estoques diminuíram em US$ 49,4 bilhões em termos anuais no trimestre, e não US$ 62,2 bilhões como informado inicialmente, um possível sinal de que as empresas estão menos pessimistas do que se imaginava.

Seguro-desemprego

O Departamento do Trabalho dos EUA também divulgou que os novos pedidos de seguro-desemprego nopaís somaram 425 mil na semana terminada no dia 23 deste mês, uma queda de 10 mil na comparação com a marca revista de uma semana antes, de 435 mil.

Na média das quatro últimas semanas, houve redução de 6 mil requisições, ficando em 440,250 mil, perante a média antecedente revisada de 446,250 mil.

Fonte: Valor Online e Agência Estado

Nenhum comentário: