segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Empresas apostam em cartões de memória para substituir CDs de música

Os discos de vinil foram substituídos pelos CDs, que, segundo apostas da SanDisk, serão substituídos pelos minúsculos cartões de memória. A mudança pode parecer improvável, mas o acordo anunciado nesta segunda (22) pela empresa que fabrica os cartões envolve as quatro principais gravadoras do mercado: Vivendi/Universal, Sony, Warner e EMI.

O acordo entre as empresas é chamado de “slotMusic” e prevê a venda de cartões microSD carregados de músicas em formato MP3, sem proteção contra cópias. O objetivo é alavancar as vendas de músicas, aproveitando que os cartões são compatíveis com aparelhos eletrônicos populares, como smartphones e até videogames portáteis. Os álbuns serão vendidos em cartões de 1 gigabyte e virão acompanhados de cabo USB para permitir a conexão direta com computadores.

Os CDs ainda dominam as vendas de discos no mundo - foram 449 milhões de cópias físicas contra 50 milhões de álbuns digitais vendidos em 2007, segundo levantamento da Nielsen SoundScan. Mas as vendas dos “álbuns físicos” vêm caindo - diminuição de 19% no mesmo período.

A lista dos álbuns que serão vendidos no formato assim como seus preços serão anunciados antes da temporada de compras de final de ano, disseram as empresas.

Para convencer os usuários a comprar o dispositivo físico em vez de baixar as músicas, as gravadoras vão incluir extras, como a capa do CD, vídeos e outros “conteúdos criativos”.

As músicas também virão em alta qualidade, podendo ser tocadas a uma taxa de até 320 Kbps (músicas baixadas da internet via peer-to-peer normalmente têm taxa máxima de 128 Kbps).

Não foram divulgados nomes de bandas e preços, mas os cartões devem chegar primeiro aos Estados Unidos e depois à Europa.

Rio Caraeff, vice-presidente executivo da Universal, diz que a gravadora vai lançar cerca de 30 discos na estréia do formato. “Queremos proporcionar os benefícios da música digital para as pessoas que freqüentam lojas ‘físicas’”, diz ele.

Já Russ Crupnick, analista do grupo NPD, diz que a indústria precisa “desesperadamente” levar as pessoas de volta à seção de música.

“Não significa que nós queremos que as pessoas abandonem a seção de games, mas quando eles terminarem com ‘Guitar hero’, queremos que voltem para a seção de música”, diz ele.

Fonte: G1 e IDG Now!

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