domingo, 21 de setembro de 2008

GUIA DE CARREIRAS: Engenharia Civil

O aumento dos investimentos em obras de infra-estrutura deve ampliar a demanda por engenheiros civis no mercado nos próximos anos. Segundo dados do Governo federal, só o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê um investimento de R$ 504 bilhões em quatro anos.

NOTA: Última atualização: 28/08/2007

Em 2007, a idéia é gastar R$ 15 bilhões dessa verba. Até agora, foram reservados R$ 4,4 bilhões, que devem ser usados em obras. A formação em engenharia civil é tema do Guia de Carreiras desta semana.

Segundo especialistas da área, a iniciativa privada também tem aumentado seus investimentos principalmente em construções imobiliárias. O fato ocorre devido ao aumento de liberação de crédito nos bancos para a compra de imóveis.

“O mercado será promissor se o PAC der certo. Desde a década de 90 que não se investe em infra-estrutura no país”, diz o engenheiro Francisco José Ladaga, coordenador nacional da Câmara Especializada em Engenharia Civil, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).

Diante dessas projeções, alguns especialistas chegam a afirmar que vai faltar profissional no mercado. “Já ouço reclamação de falta de gente para trabalhar”, afirma o professor André Luiz Aquere, coordenador do curso da Universidade de Brasília.

Há 170 mil engenheiros civis registrados em todo o país. O conselho federal estima que existam outros cerca de 80 mil profissionais sem cadastro no órgão. Para poder atuar na área, a pessoa tem que tirar o registro no conselho regional de seu estado.

Para o Confea, não faltam engenheiros no mercado. Segundo Ladaga, devido à falta de empregos na área, muitos profissionais acabaram migrando para outros setores. No entanto, ele acredita que caso haja crescimento de vagas, o mercado tem como atender essa demanda.

Na opinião do professor Carlos Eduardo Javaroni, coordenador do curso da Universidade Estadual Paulista em Bauru (interior de São Paulo), para que esses engenheiros que não atuam na área possam atender à demanda, eles terão que passar por cursos de atualização.

Especialistas da área esperam que com mais vagas os salários pagos melhorem. Por lei, um engenheiro de qualquer especialidade deve ganhar pelo menos seis salários mínimos (R$2.100, em valores atuais) para trabalhar seis horas. Quem passar mais tempo no trabalho tem que receber 25% a mais por hora. Apesar de ser um piso salarial, segundo os especialistas, muitos profissionais passam anos ganhando esse valor. Em algumas regiões do país, nem esse mínimo é pago.

Áreas de atuação

Um engenheiro civil trabalha nas fases de concepção, planejamento, projeto, construção, operação e manutenção de edificações e de infra-estruturas em geral como pontes, túneis, viadutos, estradas, portos, além das áreas de recursos hídricos e saneamento e de transportes.

O campo de atuação possui seis grandes áreas: estrutura, geotecnia, recursos hídricos e saneamento, sistemas construtivos e transportes. Em geral, os engenheiros se especializam em um desses campos. No entanto, segundo os professores do curso, é necessário ter uma visão ampla de todos. “É uma área muito interdisciplinar. Quem faz uma parte tem que ter conhecimento da obra, porque um trabalho depende do outro”, afirma o professor.

Fonte: G1

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