terça-feira, 23 de setembro de 2008

Robô da Nasa parte para nova missão em Marte

A agência espacial americana (Nasa) vai enviar sua sonda Opportunity em uma missão de dois anos para tentar chegar a uma cratera chamada Endeavour, em Marte.

Depois de alcançar a cratera Victoria, que tem quase um quilômetro de diâmetro, o robô terá de se mover cerca de 11 quilômetros para chegar até seu novo alvo, uma distância que vai dobrar o que a Opportunity já percorreu no planeta. Segundo o repórter da BBC Stephen Jensen, a sonda já enviou ótimas imagens da cratera Victoria.

Durante o caminho até a Endeavour, a Opportunity vai continuar estudando as pedras da superfície de Marte, mas nos meses de inverno a sonda não poderá se mover, pois não há luz do Sol suficiente para gerar energia.

A sonda já coletou informações importantes a respeito da geologia do planeta, incluindo provas de que já existiu água em Marte.

Além das expectativas

A cratera Endeavour é muito maior do que qualquer outra investigação feita pelas sondas - tem 22 quilômetros de diâmetro - e vai ampliar os tipos de rochas estudadas.

As duas sondas de exploração de Marte, Opportunity e Spirit, chegaram em 2004 em uma missão que, inicialmente, deveria durar apenas três meses.

O desempenho dos dois robôs excedeu as expectativas de todos. No entanto, a Nasa admite que a nova missão da Endeavour será muito difícil.

“Podemos não chegar até lá, mas, cientificamente, é a coisa certa a fazer”, disse Steve Squyres, da Universidade de Cornell, principal investigador para instrumentos científicos da Opportunity e da Spirit.

“A cratera é incrivelmente grande, comparada com tudo o que vimos antes.”

A equipe da missão em Marte prevê que a Opportunity possa viajar cerca de 100 metros por dia, numa jornada que deve levar dois anos.

Imagens detalhadas do satélite Mars Reconaissance Orbiter vão ajudar a escolher a melhor rota para a sonda. E um novo programa recentemente carregado na Opportunity permitirá que o robô tome suas próprias decisões sobre como contornar rochas maiores que fiquem no caminho.

A sonda não terá de lidar com os problemas de movimentação já enfrentados pela Spirit, que teve um defeito em uma das rodas e agora se move apenas de marcha à ré.

Fonte: G1

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